Crônicas de um Futuro Improvável escrita por Primus 7


Capítulo 2
Missão 1: Ignição


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal.
Aqui vai o primeiro episódio desse futuro maluco. Aqui vcs já podem conhecer os protagonistas da história. Bem... espero que goste e por favor quero comentários.



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Capital City, também chamada de “A Cidade-País”. Além de ser a capital da Terra, é também a estadia da família real e um grande centro econômico. Um de seus maiores bairros é o bairro de Fortuna, onde diversos seres inteligentes vinham de lugares muito distantes para comprar todo o tipo de coisa. Não muito diferente do seu tempo, não é?

Hoje era para ser mais um de seus típicos dias, onde aglomerados de diversos seres iam e vinham, compravam e vendiam em todo lugar. Contudo, algo estavam brotando medo e pânicos nos habitantes. Enquanto milhares corriam para todos os cantos, uma gigantesca e viscosa criatura destruía tudo o que via pela frente. Sua aparência não era humanoide, nem parecida com qualquer coisa conhecida. Não tinha olhos, apenas uma boca gigantesca que devorava tudo o que encontrava e quanto mais devorava maior ela ficava. Seus membros eram fortes e maciço e podiam de esmagar qualquer coisa que estivesse por ali.

Todavia, a ajuda estava a caminho. Uma aeronave em forma de letra “V” sobrevoa muito acima dos arranha-céus do bairro de Fortuna. Nela havia um emblema de um desenho de sol amarelado, com linhas finais simbolizando os raios de sol. Era o emblema do Império Solar e aquela aeronave pertencia a T.P.S., Tropa dos Patrulheiros Solares.

— Ual! Olha o tamanho daquela coisa! — Disse uma jovem aparência felina que olhava a criatura pelas janelas da aeronave. Seu nome era Neko. Apesar de ter uma aparência um tanto humana e oriental, era muito notável ver que ela tinha inúmeras características felinas, como orelhas, garras e uma calda. Ela tinha cabelos pintados de brancos e usava uma roupa de couro marciano azul detalhada com o emblema do Império Solar no peito e um cinto cheios de acessórios com uma fivela em forma de um “R”. — Acho que finalmente achamos alguém que come mais que você, Banha.

Ao lado da jovem estava uma figura muito curiosa. Ele era grande, muito obeso, com pele vermelha, cabelo espetado, orelhas pontudas e três olhos amarelos no rosto. Ele usava apenas uma calça larguíssima com um cinto de fivela em forma de letra R e um par de tênis grandes. Seu apelido era Banha e apesar de sua aparência muito intimidadora ele era muito simpático e sensível.

— Eu não como tanto assim. — Disse o gigante vermelho.

— Obvio que sim! — Disse uma terceira figura igualmente estranha que pilotava a aeronave. Era uma cabeça grande e verde e com antenas, que ficava dentro de um capsula cilíndrica. Ele não tinha corpo e comandava toda a nave utilizando uma conexão telepática. Seu nome era praticamente impronunciável em qualquer língua. Mas, seus colegas o apelidaram de “O.V.N.I.” por razões que muito em breve vocês irão descobrir. — Meu caro parceiro Caccus Firebreather (nome verdadeiro de banha), sua fome é tão intensa que sua pessoa deglutiu todo o nosso estoque de alimento em vinte minutos. E nós tínhamos o suficiente para UM MÊS!

— Ovni, você fala muito esquisito sabia. Nunca entendo nada do que você fala. — Disse Banha.

— Claro que não entende. Formas de vida inferiores como vocês não compreendem a forma sofisticada de dialogar do meu povo. Afinal, o seu intelecto é muito, mais muito inferior ao meu.

— Ei, pelo menos, não sou cabeçudo que nem você!

— Que tal focarmos no monstro gelatinoso que está atacando a cidade? — Interrompeu Neko.

— Concordo. — Respondeu Ovni.

— Então, qual será a nossa estratégia? — Perguntou Neko

— Não sei. Pergunte ao nosso Líder. — Respondeu a cabeça verde.

Todos então olharam para um quarto sujeito encostado sobre o canto traseiro da aeronave que estava de braços cruzados. Dessa vez, era alguém mais “normal”. Um jovem humano de quinze anos de idade cujo o braço esquerdo era cibernético. Seu nome é Robert C. Armstrong, mas era apelidado de Bob Bot, por ser um ciborgue. Ele tinha cabelo castanho bagunçado e com luzes verde-água. Usava um traje de couro semelhante à de neko, porém com vários bolsos armados. Sua roupa não cobria a área de seu braço esquerdo mecânico havia o mesmo símbolo que Neko e Banha em seus cintos, a Letra “R”.

— Então, “líder”, o qual a nossa estratégia de ataque? — Perguntou Neko.

O Menino sorriu retribuindo o sarcasmo. — Vocês querem uma estratégia de ataque? — Perguntou ele. Depois o jovem ciborgue foi até um painel e abriu a porta traseira do avião. — Que tal...Atacar! — Disse e depois saltou da aeronave.

— Por favor, me digam que ele não pulou de mais quatro mil metros de altura sem um paraquedas! — Pediu Ovni.

Tanto Banha quanto Neko acenaram com a cabeça confirmando os temores do alienígena cabeçudo.

— Foi o que pensei.

Se tem algo que o jovem cibernético, Bob Bot não se permitia ser dominado era pelo medo. Desde pequeno, ele tinha uma filosofia. Superar-se, ultrapassar os limites, ser capaz de fazer aquilo que ninguém consegue. Ser como um FOGUETE. Essa era sua forma de pensar sobre a vida e era o que o definia mais.

Sim, ele sentia medo. Porém, ele era brutalmente esmagado pela belíssima sensação de frio na barriga e pela deslumbrante vista do mundo daquela altura. O jovem ciborgue abriu seus braços e lhe permitiu saborear toda aquela sensação com o vento batendo em seu rosto. Era como se ele fosse dar um caloroso abraço no vento. Contudo, ele retomou ao seu objetivo principal. Ele esticou seu braço cibernético para frente e deixou as forças gravitacionais fazerem o resto.

Já no meio do caminho para chegar no monstro, Bob percebeu que era o momento ideal para um golpe certeiro. Ele recuou seu braço cibernético um instante e começou a transforma-lo. Uma de suas habilidades era transformar e reconfigurar seu braço robô em diversas coisas, como armas, acessórios, e muito mais. No caso, ele concentrou a massa de braço no punho e criou um par de mini-propulsores-a-jato em seu cotovelo. Era o chamado “Soco Foguete” um de seus golpes favoritos. Somando tudo, ele tinha tudo que precisava. Ele se aproximava cada vez mais do bicho e sua velocidade só aumentava. Ele levantou vagamente deu punho mecânico e no exato momento que ele ia se chocar com a criatura...POW! Bob meteu um poderoso soco na fuça do monstro. Um golpe tão poderoso que transferiu toda a energia que ele havia acumulado durante a queda para o monstro e ele explodiu em uma chuva de gosma. Com menos velocidade e em uma queda de uma altura muito menor, o jovem aterrissa no chão sem sofrer nenhum arranhão.

Assim que Bob aterrissa alguns dos cidadãos saem de seus esconderijos e começaram a se deparar com o menino.

— Relaxem cidadãos. — Gritou Bob. — Eu sou Bob Bot. Podem ficar tranquilos que agora está tudo sobre controle.

— Tem certeza? — Gritou Neko ao saltar da aeronave já aterrissando no chão. — Olha atrás de você.

Bob logo percebe que a criatura não foi destruída. Ela estava se recompondo em várias versões de si mesma só que menores que a original.

Ovni e Banha também saem da aeronave. Logo, descobre-se a forma como Ovni se desloca por aí. De baixo do aquário cilíndrico onde ficava sua cabeça, havia uma plataforma em forma de disco. O que talvez, explica-se a razão de o chamarem assim. Onvi não tinha nenhum membro. Ele move as coisas com força de sua mente e anda através de pequenas ondas antigravitacionais que saem de seu disco que lhe permitem flutuar. Seu intelecto era muito grande. Assim que saiu da nave detectou a transmissão de um sinal muito forte quando a criatura se regenerou em vários.

— Equipe. — Disse o Alien cabeçudo. — Estou detectando uma misteriosa transmissão em frequência modulada. Ela surgiu paralelamente com a ressureição da criatura.

Bob também tinha essa capacidade já que parte de seu cérebro é cibernético. — Eu também estou detectando. Essa criatura deve ser controlada usando isso.

— Não acha que deve ser só uma coincidência? — Perguntou Neko.

— Transmissões em frequência modulada não são muito comuns atualmente. — Explicou Ovni. — O sinal vem do topo daquela torre a esquerda. — Ovni se referia a uma réplica da Torre Eiffel. A original havia destruída há muitos e muitos anos.

— Beleza. — Afirmou Bob. — Escute o plano galera. Neko, você é a mais rápida e ágil. Vá até o topo dessa torre e dê um jeito na fonte desse sinal.

— Pode deixar. — Disse Neko antes de desaparecer como uma ninja.

— Ovni, quero que você use o seu campo de força telecinético para proteger os cidadãos desses mini-melequentos.

— Finalmente! Um plano sensato! — Disse Ovni antes voar para o alto.

— Enquanto a mim? — Perguntou o gigante vermelho de três olhos.

— Você, Banha, meu amigo. Vai me ajudar a dar uma lição nesses monstrengos. — Respondeu Bob enquanto transformava seu braço robô em uma metralhadora de plasma.

Banha sorriu e estalou os punhos. — Banha adora dar uma lição em caras maus.

A dupla começou a atacar diversos monstros gosmentos. Com sua metralhadora de plasma, Bob abria tantos buracos no corpo daquelas criaturas que elas rapidamente retornavam a sua forma de gosma. Já Banha, com sua enorme força, fazia o mesmo, porém com apenas um soco. Contudo, mesmo quando as criaturas viravam gosma, elas em poucos instantes depois se regeneravam em criaturas ainda menores que andavam por aí atrás das pessoas, mas, Ovni logo aparecia e as protegia com o seu campo de força telecinético.

Enquanto isso, usando suas garras e sua agilidade felina, a habilidosa e bela Neko escalava a Torre Eiffel sem grandes dificuldades. Assim que alcança o topo, ela avista um sujeito de capuz branco assistindo tudo o que acontecia no parapeito.

— Então... é você que está por trás dessa coisa? — Perguntou a garota-gato.

O sujeito se vire revelando um homem verde usando uma espécie de coroa que era o que transmitia o sinal que comandava a criatura. — Sim. Sou eu! O Inteligentíssimo, porém, não valorizado Dr. Ayhui Aipaps dsfjkhphgd

— Não faço ideia de quem você seja. Mas, acho que sua mãe deve ter dado uma cabeçada no teclado quando você nasceu. — Gozou sarcasticamente.

Assim como um genérico vilão, o Dr. Ayhui começou a gargalhar. — Se pensa que pode me deter, está enganada. Muito enganada. Nada vai me impedir de ter minha vingança contra essa cidade ingrata.

— Blá blá blá de super-vilão me dá um sono enorme. Vamos logo com isso. — Disse com um tom de desanimo.

Novamente a gargalhada do mal. — Menina tola. Acha que não previ que T.P.S. iria se intrometer no meu caminho? Eu vim preparado, pois eu tenho uma carta na manga.

Neko tinha uma audição aguçada. Ela rapidamente notou que em sua retaguarda havia outra criatura gosmenta. A criatura tenta agarrá-la, mas Neko a surpreende dando um longo salto mortal de costas girando duas vezes no ar. Enquanto girava ela pegou seis pequenas facas e as energizou com o seu Ki (Força vital). Pouco antes de voltar ao chão elas as jogou certeiramente nas costas da criatura. Ela explodiu jorrando gosma para todos os lados. Dr. Ayhui ficou de boca aberta. Ele estava frustrado e surpreso.

— Então... cadê a sua carta na manga? — Perguntou sarcasticamente. Ainda frustrado e surpreso o Dr. Se manteve calado. — Que foi? A gata comeu a sua língua?

— Eu me rendo! — Disse o Dr.

O vilão foi preso. Os monstros foram neutralizados e as pessoas estavam bem. Não houve nenhuma morte, apenas alguns feridos. Foi um ótimo trabalho. Após a equipe se reunir com o vilão capturado. Todos os cidadãos começaram a se aglomerar ao redor deles, curiosas para conhecer esses novos heróis. Logo, um repórter robô se aproximou da equipe e começou.

— Eu sou Report-360 do Bom-dia Sól. Estou falando aqui da cidade de Fortuna onde um grande desastre foi evitado graças a essa nova equipe de guerreiros da T.P.S.. Vamos conhece-los. Qual o seu nome, Jovem Guerreiro — O Robô passao microfone para Bob.

— Meu nome Bob. Mas, a galera me chama de Bob Bot. Esses são os meus parceiros, Ovni, Neko e Banha. Nós somos o Esquadrão Foguete e vamos chutar a bunda de todo os caras maus do planeta.

— Parece que esses jovens são bem confiantes e vieram para ficar.

Não muito longe dali, na base terráquea da T.P.S. alguns sujeitos assistiam aquela transmissão.

— Quanta arrogância! — Disse um homem humano. — General, isso só pode ser uma piada. Esses são os Guerreiros que vão defender a capital?

Este era Marcus Plutun, membro do conselho de segurança do Império Solar. Era um sujeito obeso e mal-humorado. Raramente se dava bem com as pessoas.

— Você pode até não gostar deles, Conselheiro Plutun, mas não pode negar os resultados. — Respondeu o General Kyron Century, diretor da T.P.S.. Ele era um Centuriano. Uma raça de seres de pele verde, corpo humanoide e uma cabeça que lembrava muito a de um cavalo. Kyron foi o líder da primeira equipe do projeto Novos Guerreiros: Thunderstorm. Ele lutou nas guerras élficas em sua juventude. Foi condecorado pelo Rei Marthy Sunshine. Ele era bem alto. Tinha dois metros e meio de altura e era muito musculoso. Tinha uma cicatriz em seu olho esquerdo. Usava um traje militar com diversas medalhas. Apesar de sua postura séria e rígida, era um homem sensato, honrado e generoso.

O argumento, do General era incontestável. Os outros membros do conselho concordavam com ele. Plutun esfregou a mão sobre a cara e pediu ao computador fornecer os dados da equipe. — Vamos ver a ficha desses novatos. Não podem ser tão ruins assim.

— “Nome: Caccus Firebreather, mais conhecido como Banha.

Espécie: Híbrida.

Idade: 22 anos

Sexo: Masculino.

Atributos:

Força: 10

Agilidade: 3

Inteligência 3

Resistência: 9

Poderes: Super-Força; invulnerabilidade; liberação de rajadas de plasma pela boca.

Origem: O resultado de um cruzamento entre uma ninfa do fogo e um Kaiju. Nascido em Phobos, lua de Marte

Notas importantes: Apesar de possuir uma enorme força e invulnerabilidade, o indivíduo possui uma inteligência muito baixa e uma estabilidade emocional muito desequilibrada. Isso o torna muito perigoso tanto para si mesmo quanto para as pessoas ao seu redor. ” Este aqui é clássico. Muito músculo, pouco cérebro e ainda por cima é um bebê chorão. Vamos ver o próximo...

“Nome: Neko Seishin

Espécie: Não classificada.

Idade: 18 anos

Sexo: Feminino.

Atributos:

Força: 7

Agilidade: 10

Inteligência 6

Resistência: 8

Poderes: Agilidade; resistência; força; domínio de diversas técnicas de combates corpo-a-corpo; Garras de metal; Manipulação de Ki.

Origem: O resultado de experiências genéticas ilegais que combinavam o DNA humano com diferentes espécies de felinos. Viveu nas ruas até ser adotada e treinada pelo chamado Senshi, o Mestre Universal, dominador de todas as técnicas de artes marciais da Via Láctea.

Notas importantes: Seus atributos podem ser muito positivos e seu potencial altíssimo. Todavia, a jovem Neko Seishin é pouco confiável devido seu longo histórico criminal. ” Essa menina é uma ladra! Ela tem ficha. Já foi presa diversas vezes por inúmeros roubos. O que essa criatura faz na T.P.S.?

— Ela não tem mais ficha. Em troca de sua ficha limpa, ela concordou em entrar para a iniciativa Novos Guerreiros. Ela apenas busca redenção. Eu mesmo já busquei redenção por coisas terríveis que fiz. Sei como é. Ela precisa apenas da mesma coisa que tive: Uma oportunidade. — Respondeu o General Kyron.

— Que seja. — Disse o conselheiro após suspirar de frustração. — Vamos ao próximo...

“Nome: Ovurum Vacnation Nixtrowite Iotati” Que nome ein?

“Espécie: Iotati’s apelidados de “Green Heads”

Idade: 2 anos e 3 meses

Sexo: nulo.

Atributos:

Força: 1

Agilidade: 3

Inteligência 10

Resistência: 3

Poderes: Intelecto elevado; telecinese; manipulação de grávitons e Anti-gravítons; Além de ter doutorado e mestrado de todas as áreas cientificas.

Origem: Clone mais novo de Ovurum, o “Big Green Head”, mandado de presente pelo mesmo para auxiliar no projeto Novos Guerreiros

Notas importantes: Apesar de seu intelecto e capacidades mentais impressionantes. O indivíduo demonstra pouca utilidade em situações que envolvem combate. ”

Eu simplesmente odeio esses Green Heads. Sempre se acham espertos, mas na verdade são um bando de inúteis cabeçudos. Vamos logo ao próximo. AH Não! Esse é o pior de todos!

“Nome: Robert C. Armstrong, apelidado de Bob Bot

Espécie: Humana (Alterado)

Idade: 15 anos

Sexo: masculino.

Atributos:

Força: 7

Agilidade: 7

Inteligência 8

Resistência: 9

Poderes: Força, agilidade, resistência sobre humana; Fator de cura; Imunidade a todas doenças conhecidas na galáxia; Tecnopatia; pode reconfigurar a estrutura de seu braço cibernético.

Origem: Uma fusão entre homem e máquina através dos Nano-Betas, robôs microscópicos criados pelo seu pai Dr. Issac Albert Armstrong.

Notas importantes: Seus atributos o tornam o super soldado definitivo, perfeito para qualquer missão, porém, sua impulsividade, arrogância, insubordinação o tornam quase não-recomendado. ”

Honestamente, eu entendo as razões para o senhor escolher esses três jovens. Mas, colocar este indivíduo no grupo ainda por cima como líder me faz questionar sua sanidade, General. O cara construiu um monstro, uma aberração, que matou milhares e quase destruiu o nosso sistema solar e você coloca a cria desse cara, nascido com parte da tecnologia daquela aberração metálica e ainda como o líder da maior equipe de proteção desse planeta? — Argumentou o Conselheiro.

— Como eu disse antes, todos nós merecemos uma chance de redenção. Eu não acredito no que eles são. Acredito no que podem se tornar. E os treinei. Eu vi o potencial de cada um deles. Sim, o Jovem Bob é teimoso e imprudente e sim, ele é feito da mesma tecnologia do terrível Ragnarok, mas ele tem algo que muitos soldados e agentes não tem: Força de vontade. O que esses quatro jovens têm em comum é que eles são rejeitados. São excluídos e malvistos por causa de seu passado. E eles querem mudar isso. Querem evoluir, se tornar mais do que são. Decolar na vida, como um Foguete.

Os outros membros do conselho começaram a discutir. Os dois apresentavam bons argumentos. Finalmente havia chagado a hora da votação.

— Vamos votar. — Anunciou Plutun. — Os que aprovaram a nova equipe, levantem as mãos. — 12 Membros do conselho levantaram as mãos. — Agora, os que desaprovam. — O mesmo número levantou as mãos. — Somando com os nossos votos, General, temos um empate.

— Então, chegou a hora de alguém desempatar. — Disse um novo indivíduo que acabara de entrar na sala.

— Lorde Shade? — Estranhou o Conselheiro Plutun.

Lorde Shade era o filho adotivo do Rei Marthy Sunshine, irmão mais novo de Julius Sunshine, falecido sucessor de Marthy. Ele não era humano, era Um SvarthAlfiniano, mais conhecido como Elfo negro. Tinha orelhas pontudas, cabelo negro e pele levemente acinzentada. Ele era inteligentíssimo e muito sofisticado. Ao seu lado estava uma jovem cujo o rosto e o corpo estavam cobertos por uma longa capa feita das cores reais. Está jovem era Ellen Margareth Sunshine, filha do Rei Julius e sobrinha adotiva de Lorde Shade. Ela é a próxima a usar a coroa quando completar de 16 anos em poucos meses.

— ... E esse alguém é a minha sobrinha, a Princesa Ellen.

— Mas, meu Lorde, Ela ainda...

— Ainda não atingiu a maioridade, eu sei disso. Mas, eu sou um membro do conselho. Minha opinião é válida. Porém, a minha opinião será exatamente a mesma de minha sobrinha. Ou seja, se ela aprovar, eu aprovarei. Se ela rejeitar, eu rejeitarei. Estamos combinados.

— Tudo bem. — Concordou Plutun meio intimidado. Majestade, gostaria de ver os arquivos dos jovens guerreiros?

Princesa Ellen começou a andar por aí aleatoriamente, como se tivesse refletindo. — Não será necessário. Já sei de tudo a respeito desses quatro. Mas, eu gostaria de pedir uma coisa.

— O que seria, Majestade? — Perguntou General Kyron.

— Gostaria de um tempo para conversar com eles um por um. Preciso de uma hora.

— Tudo bem. — Concordou Kyron. — Vamos fazer um recesso. Logo, depois retornaremos à votação.

Quarenta cinco minutos depois, o jovem Bob Bot estava tomando banho no vestiário. Ele saiu, se enxugou e se lembrou de que não tinha trazido roupas. Ele foi até um cesto onde costumava ter uniformes reservas e achou uma calça. Apenas uma calça. Ele teria de ir até um deposito proximo sem camisa. Ele pegou sua mochila junto com seu uniforme sujo, calçou seus tênis e foi direto a saída.

Contudo, havia uma pessoa o esperando na porta. Era uma garota. Uma das mais bonitas que tinha visto na vida. Seu cabelo era ruivo com luzes amarelas, como se fosse fogo. Tinha lindos olhos azuis muito cativantes e pernas bem chamativas. Ela usava uma jaqueta regata vermelha por cima de uma camiseta amarela com um desenho de uma estrela. Ela usava um shorts jeans que revelavam muito a suas deslumbrantes pernas. Sua beleza era tão radiante que Bob quase babou.

— Eu posso ajudar? — Perguntou Bob.

— Exatamente. É isso que eu vim descobrir. Vir ver se você tem o que é preciso para me ajudar.

— Bem... Pode relaxar, gatinha, eu tenho o mais do que é preciso para fazer qualquer coisa.

A menina riu sarcasticamente. — Será mesmo, Roberty Armstrong?

— Como você sabe o meu nome? — Perguntou Bob curioso.

— Alô? Eu não teria vindo aqui se não soubesse quem você é? E eu tudo sobre você, Filho do Dr. Armstrong. O menino que nasceu parte máquina. — Ele começou a olhar para o braço cibernético de Bob. — Eu posso tocar?

— Claro — Permitiu Bob.

A menina acariciou o braço sentindo seu frio gelado. — Você sente isso? Sente alguma coisa com esse braço?

— Não. É como se minha mão estivesse dentro de uma armadura.

Ela olhou para o peito de Bob onde ela viu um uma luz que piscava de dentro de seu corpo. — Seu coração é cibernético também? O que mais seu é de metal?

— Parte dos meus ossos. Toda a minha coluna, e metade do meu cérebro.

— Como você se senti sendo isso?

— Normal.

— Normal? — Estranhou. — O seu coração brilha ao invés de bater e diz que é normal?

— Para os outros, eu sou... estranho. Mas, pra mim, é isso que eu sou. E você está errada. Meu coração bate sim. Chega mais perto para você ouvir.

A menina encostou os ouvidos no peito dele e ouviu o som de uma bomba exercendo preção bem de leve. — Eu estou ouvindo. Não é que ele bate mesmo?

Acidentalmente, a menina encosta a mão no peito do rapaz sentindo sua massa muscular. Ambos ficam constrangidos e acabam olhando nos olhos um do outro por alguns instantes. Os corações de ambos aceleraram. Bob aproximou cautelosamente seus lábios até aos da menina.

POW!

Ele levou um soco tão forte que o fez tombar para trás.

— Mas, o que é isso?! — Gritou a menina. — Você estava tentando me beijar? Você é o que? Um pervertido?

— É... que eu pensei... — Gaguejou. — É que...que... tinha rolado um clima... então... eu... eu... achei que... tipo...

— Que poderia por essa boca fedida na minha cara? Não mesmo! Não rolou nada entre agente. Apenas estava estudando você.

— Estudando meus olhos?

— É, aparente, você possui cibernéticas na íris. — Mentiu.

— Sei... — Estranhou. — Mas, afinal, quem é você? É da T.P.S.?

— Não exatamente... — Respondeu a menina.

De repente, uma voz saiu dos alto-falantes dos corredores.

“ Senhor Roberty Cyberbot Armstrong, venha a sala central para conferir o resultado do desempenho da sua equipe. ”

— Fui! — Gritou ao correr sem deixar a menina terminar de falar —

“Ele é um idiota. Igual ao pai”. — Pensou a menina. Depois ela sorriu como se algo que tinha planejado havia dado certo.

O jovem cibernético correu para um deposito pegar uma camisa e correu como Sonidensus Thehegehus (Espécie de roedor alienígena que costuma correr em altas velocidades). Assim que atravessa a porta com desespero, Bob é recebido com inúmeros maus – olhados. Ele engoliu seco. E plantou um sorriso falso.

— Oi. — Disse acenando.

Em um canto Estava Banha, Neko e Ovni. Assim que Bob percebeu foi sorrateiramente até a sua mesa. Apesar de que era muito inútil tentar não chamar a atenção já que todos olhavam para ele. O que mais olhava com desgosto era Plutun que quase chegava a bufar de ódio. Enfim, Bob se sentou no canto junto com seus amigos.

— Bem... Já deu uma hora. Cadê ela? — Perguntou Plutun impaciente.

— Dê mais alguns minutos a ela, Conselheiro. — Pediu Lorde Shade.— Ela deve estar refletindo. Não é uma decisão fácil.

Plutun Bufou. — Está bem. Só mais dois minutos. Nada mais.

Bob estava curioso quanto a conversa. — Ai, de quem eles estão falando? — Perguntou Bob para os seus amigos.

— O Voto de Minerva para a nossa provação ficou nas mãos da Princesa. — Respondeu Ovni.

— É. Ela falou com agente enquanto você tomava banho. — Disse neko. — Não falou com ela? Ela disse que ia falar com você.

Bob começou a sentir um leve nervosismo ao perceber uma coisa. — Como ela era?

— Ela era muito legal. — Disse Banha. — Falou bem da gente.

— Não. Eu falo fisicamente. — Explicou o garoto-robô.

— Cabelo ruivo, pintado de amarelo como se fosse fogo. Usava umas roupas retro legais estilo Séc. XXI. Eu fiquei muito surpresa com isso. Não esperava que debaixo daquele capuz que ela sempre usa para esconder o seu rosto, tinha uma menina tão descolada.

Bob arregalou os olhos e começou a suar de nervosismo. — É... bem descolada e bonita.

— Espera! — Disse Neko desconfiando. — Você falou com ela?

— Nã.................Sim! Mais ou menos. Talvez. — Respondeu atrapalhado.

— Conheço essa cara Bob. O que foi que você aprontou?

— Bem....

Então, o jovem Bob Bot, contou o que havia acontecido.

— Você beijou ela?! — Gritaram os três amigos de Bob simultaneamente.

— Não. Eu não beijei ela. A gente QUASE se beijou. Rolou só um clima.

— “Só um clima”? “Só um clima”??! “ Só um clima”??!!!! — Disse Neko nervosa pegando Bob pelas roupas. — Ela é a adolescente mais poderosa do sistema solar que é responsável pelo nosso futuro nesse momento e você tenta enfiar essa tua boca fedida nela? Você simplesmente vai acabar com tudo que a gente lutou para chegar aqui. Se nós não passarmos, eu vou voltar pra prisão!

— É! — Reclamou Banha. — E eu vou voltar pra fazenda chata do meu tio.

— E eu vou ser classificado como defeituoso! — Reclamou o alien da cabeça verde. — Sabe o que fazem com os defeituosos nas minhas terras de origem? Eles mandam pra reciclagem para fazer novas gerações!

— Viu só Bob? — Repreendeu Neko — Todos nós vamos nos ferrar só por que você quis ter um momento íntimo com a nossa futura rainha!

— Desculpa. Foi mal. — Pediu Bob. Ele se sentiu muito mal por dentro. Não queria ferrar os seus amigos. Era a última coisa que queria na vida.

Poucos antes de completar dois minutos, as portas se abrem e todos fazem silêncio. — Bem a tempo, Majestade. Então, já se decidiu?

— Já. — A jovem suspirou e botou expressões confiantes em seu rosto. — Eu, Princesa Ellen Margareth Sunshine, aprovo a equipe Esquadrão Foguete no projeto Novos Guerreiros.

Bob e seus amigos suspiraram e comemoram. Plutun ficou irado e tentou se conter para quebrar alguma coisa. Kyron ficou inexpressivo. Mas, por dentro, ele estava muito feliz. O Homem verde de cabeça de cavolo se aproximou de seus aprendizes. Ele estendeu a mão e cumprimentou cada um de seus aprendizes.

— Meus parabéns, jovens cadentes. Ou devo dizer, Solados. Foi uma honra treiná-los.

Os quatro fizeram posições de sentido, menos Ovni é claro. Por que ele não tinha membros.

— Obrigado Senhor. Mas, a honra foi nossa. — Declarou Bob.

— Dispensados. — Disse General Kyron.

Banha, o gigante barrigudo de três olhos, ficou tão a feliz que deu um forte e caloroso abraço em seus três colegas. — Eba! Nós três conseguimos! — O abraço foi tão poderoso que quase esmagou seus amigos. Depois soltá-los eles finalmente puderam respirar direito.

— Meus Parabéns. — Disse a Princesa Ellen.

— Não, nós que a agradecemos, Majestades. Foi sua benevolência que nos deu essa oportunidade. — Agradeceu Ovni.

— É. E o nosso amigo Bob tem uma coisinha pra dizer pra você... — Disse a garota-gata ninja antes de dar um belo chute no traseiro de Bob fazendo-o ficar cara-a-cara com a princesa.

— Desculpa. — Coçou a nuca.

— Não foi nada. Mas, espero que tenha aprendido a sua lição.

— Sim. Nunca mexa com a nossa futura rainha.

— Também, mas não é só isso. Espero que tenha aprendido que as suas ações imprudentes podem machucar ou prejudicar as pessoas ao seu redor.

Bob começou a desconfiar. — Espera um pouco... Você planejou tudo isso?

— Bem... se você tá insinuando que eu roubei todas as camisas do vestiário, vesti as minhas roupas mais atraentes e fiz aquela encenação toda pra seduzir você e depois faze-lo se sentir culpado, é pode se dizer que sim.

— Você é muito má sabia?

— Sou mesmo. — Afirmou a menina com um sorriso irônico no rosto. — É melhor ir se acostumando. Muito em breve, eu serei a sua chefe.

Bob estava frustrado e nervoso. Porém, assim que se retirou junto com seus amigos, voltou a ficar animado e foi festejar a vitória. Durante vários minutos os membros do conselho foram se retirando até restar apenas Kyron, Lorde Shade e a Princesa Ellen.

— Tio, você acha que eu tomei a decisão certa?

Lorde Shade suspirou antes de responder. — Honestamente, minha sobrinha, eu não gostei da sua decisão. Contudo, eu estou orgulhoso. Você tomou uma atitude que eu jamais conseguiria tomar. Eu teria me deixado levar pelas emoções. Entretanto, você não deixou isso te atrapalhar no seu julgamento.

Ellen sorriu carismaticamente para o seu tio e seu único parente vivo.

— Desculpe-me franqueza, Majestade, mas, por que você tomou essa decisão? — Perguntou General Kyron. — Afinal, todos sabem do quanto que a família do jovem Armstrong prejudicou esse sistema solar. Principalmente a família real.

— Eu sei. — Respondeu a menina. — Eu queria dar uma oportunidade a ele. Sei que ele é uma arma, mas ele também é um ser humano. Apesar de ser um tremendo idiota, ele é uma boa pessoa.

— Entendo, Majestade. Fico feliz de ter tomado essa decisão.

— Mas, que fique bem claro, General. Se esse menino perder o controle ou demonstrar qualquer sinal de que pode se transformar em alguma coisa que ponha em risco esse sistema solar, eu não hesitarei em jogá-lo na mais profunda e escura cela da Dark Star. Fui clara?

— Como Cristal Saturniano, Majestade.

— Olha a hora! — Disse Lorde Shade — É melhor irmos indo, Elle. Você tem uma apresentação para ensaiar. — Shade entregou a capa que Ellen usava.

— Pode ficar com ela. — Ordenou Ellen. — Não vou mais ficar me escondendo.

— Então, você vai sair por ai mostrando o seu rosto e seu corpo nenhum pouco dentro dos padrões de atraente ainda por cima nessas roupas primitivas e vulgares?

— Exatamente.

Shade o olhou com desaprovação. — Sabe que seu pai não aprovaria, não é?

Ellen suspirou. — Tem razão. — Ela pegou a capa e a vestiu. — Me diz uma coisa, Tio: Que história é essa do meu corpo não ter os padrões de atraente? Saiba que eu tenho muitas curvas.

— Sei...

Os dois saíram da sala deixando apenas o General Kyron em sala fazia. Ele se sentou em uma cadeira e começou e comer o seu petisco favorito: Maças Marcianas desidratadas. Ele estava orgulhoso da sua equipe. E estava com fé que a jovem Ellen poderia ser uma grande líder um dia. Contudo, eles eram tão jovens. Tão jovens.

— “O que futuro estava planejando para eles? ” — Ele pensava.

Eu até poderia lhe mostrar, caro leitor. Mas, se eu fizesse isso, não o prenderia mais no ritmo da minha história. Bem... vamos encerrar esse capitulo que já está bem longo. Espero que tenha gostado e se divertido com esse episódio desse futuro improvável tanto quanto eu. Até a próxima.

Ass: Deus Ex Machina


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