Prólogo
Já faz algum tempo que venho refletindo sobre isso. A princípio eu não queria escrever essa história, mas, a minha curiosidade e a minha fascinação por essa história falaram mais alto. Depois, fiquei discutindo comigo mesmo sobre a forma de como eu contaria essa história. “ Seria um filme? ” “ Uma história em quadrinhos? ” “ Um livro? ” Bem... decide optar pelo livro por ser a forma mais simples e sútil. Contudo, fiquei mais um outro tempo pensando se desafiaria minhas próprias leis para fazer isso. Fiquei pensando principalmente nas consequências que viriam se eu investisse nessa história. No final das contas, decide seguir em frente com essa ideia sem me importar com tais consequências.
Ops! Onde será que que estão os meus modos? Eu não me apresentei a vocês ainda. Já tive vários nomes e fui chamado de muitas coisas, mas o meu favorito é Deus Ex Machina. Eu não sou um humano. Nem qualquer ser que sua espécie conheça; não sou uma “maquina” apesar de minha aparência “mecânica” sugerir o contrário; E também, não sou “O Deus” que você pode estar imaginando. O que eu sou, não existe nenhum outro igual no multiverso. Sou um ser criado para um único propósito: Testemunhar.
Desde sua criação eu testemunhei cada evento do universo: O surgimento do tempo; do espaço; da matéria; da vida e tudo mais. Sou quase onisciente. Posso sentir, ver, ouvir, cheirar e saborear tudo o que acontece no universo e até mesmo em outros. Sei tudo o que você fez e sei exatamente o que você está pensando nesse exato momento. Ter consciência de tanta coisa pode ser monótono as vezes, porém, de vez em quando, eu assisto algum evento do universo que desperta fortemente meu interesse. De certa forma, assistir o universo crescer pode ser bem divertido. Apesar de ser capaz de tanta coisa, eu tenho minhas limitações. Há apenas uma coisa que eu não consigo ver claramente: O Futuro.
O futuro para mim é impreciso. Não posso vê-lo da mesma forma que vejo passado. O passado é aquele e pronto. Mas, o futuro é diferente. Eu vejo apenas probabilidades. Eu vejo bilhões de futuros possíveis simultaneamente cada um com inúmeras variáveis e quanto mais distantes eles são mais variáveis adquirem.
O máximo que consigo fazer é ver a probabilidade de qualquer um desses futuros acontecerem. A probabilidade de alguns são extremamente grandes a ponto de serem praticamente verídicos. Mas, outros tem uma probabilidade tão baixa que podem ser considerados praticamente impossíveis. Contudo, eu me fascinei os eventos de um desses futuros impossíveis. Despertaram tanto o meu interesse que resolvi registrar esses eventos em uma história narrativa e mostrá-los a vocês. Para isso precisei pensar em uma brecha nas minhas leis que me impedem de interagir DIRETAMENTE com qualquer ser vivente. Então, usando minhas habilidades telepáticas eu transferi a minha visão desse futuro para a mente de um jovem escritor que acredita que tudo não passa de fruto de sua criatividade.
Bem... vamos encerrar essa explicação sobre o meu ser e ir direto à história.
A nossa história se passa no ano de 2515 d.c no século XXVI. Um futuro considerado improvável diante a probabilidade que previ a ele. Cerca de 10−10000000000000000000000000000000 % de chance desse futuro acontecer. Então, meu caro leitor, não veja essa história como uma forma visionária e verídica. Nesse futuro a humanidade foi capaz de realizar grandes feitos que em seu tempo, meu caro leitor, eram apenas sonhados por escritores de ficção científica, como: Se Relacionar culturalmente, socialmente, tecnologicamente e financeiramente com outras espécies do universo; Colonizar a área de cada planeta do sistema solar; Construir inteligências artificiais tão complexas como a mente humana, etc... Nesse futuro, foi criado o Império Solar, que se estende desde as fronteiras de Mercúrio, até um planeta artificial chamado Dark Star, a estrela sombria, criado com os restos de seu antecessor, Plutão. A capital desse império é a Terra e sua capital é uma cidade chamada Capital City (Um nome um tanto genérico, não acham?) Capital City é apelidada de “A Cidade-País” por ocupar uma vez e meia uma área equivalente ao antigo estado do Texas. Nesse futuro as pessoas falam uma língua chamada “Solariano” e possuem um novo alfabeto. Mas, não se preocupem, leitors. Todos os diálogos serão traduzidos para a sua língua.
Apesar dos avanços, nem tudo é um mar de rosas nesse futuro. Devido uma crise econômica, houve um grande aumento na criminalidade, surgimento de grupos anti-imperialistas, terroristas, milícias e é claro “super-vilões” no geral. Para combater tudo isso, foi fundada A Tropa dos Patrulheiros Solares, a organização militar que se dedicava a combater tais problemas. O dever de um Patrulheiro Solar é manter a paz e a ordem, servir o império e proteger os inocentes. Porém, em alguns casos isso não bastava. Inimigos mais poderosos e inteligentes começaram a surgir cada vez mais. O Império não teve escolha a não ser iniciar uma iniciativa para lidar com casos extremos: A iniciativa Novos Guerreiros que recrutava seres com habilidades distintas e eficazes.
Em meio a tudo isso que nossa história irá se desenvolver. Espero der dado todas as informações que ajudem vocês, leitores, a compreender melhor o universo por trás dessa história. Caso falte, não se preocupem. Durante a história, eu irei explicando a vocês cada coisinha nova que vier.
Bem... Já baste de explicações e obstruções entediantes. Vamos logo ao que interessa. E os apresento-lhes a As Crônicas de um Futuro Improvável.
Bom Leitura.
Ass: Deus Ex Machina