último Suspiro escrita por Enid Black


Capítulo 4
Capítulo 4




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Meu grito foi abafado pela mão da pessoa que havia me assustado.
- Nossa, Lace! Que escândalo! - disse Edward, ainda com a mão na minha boca.
Tentei falar mas o som saiu baixo demais para ele ouvir, puxei o braço dele para me largar.
- Por que me assustou? Não podia ter avisado a sua presença?! E afinal, o que você ta fazendo aqui? - explodi, me levantando.
- Oh, desculpe. Eu devia ter te ligado antes de te encontrar, né? - Edward revidou.
Me vi sem argumento para poder dizer, então fiquei calada.
- A quanto tempo você esta perdida aqui? - perguntou, quebrando o silêncio.
- Essa foi minha primera noite aqui... - eu disse, passei a mão no meu ombro e senti uma pontada, ali ia ficar roxo em pouco tempo - E não estou muito animada de ter de deitar no chão de novo.
Ele riu.
- Como pode rir enquanto estamos nessa situação? - perguntei.
- Só achei o jeito de você falar engraçado... Você esta nervosa hein?
- Não vejo muita coisa que me faça rir aqui - eu disse.
- Gosto de pensar o lado positivo disso... - ele começou, mas vi que estava só me implicando.
- Meio dificil - revidei.
Ele fingiu não escutar.
- Ok, o que faremos agora? - perguntou.
- Não sei. Eu ainda tenho um pouco de comida, mas quase não dá para duas pessoas.
- E água?
- Nada - me arrependi de ter tomado o resto no dia anterior.
- Sorte que eu estou aqui então. - ele disse, olhando para mim com um sorriso confiante - Tenho três garrafas cheias na minha mochila.
- Agora entendi porque eu só tinha achado duas garrfas no acampamento...
- É... - ele dsse, ficando sério de repente.
- O que foi? - perguntei.
- Hum? - murmurou ele, pensativo - Ah, não, não é nada. Então, eu achei um riacho aqui por perto, enchi as garrfas lá. a água não é das melhores mas dá pra matar a sede.
Fingi não perceber que ele tinha mudado de assunto.
- Que bom, onde fica?
- Me siga - Edward disse, entrando na mata e deparecendo da minha vista em poucos segundos.

Tive que correr para poder acompanha-lo. Edward parecia cinhecer a floresta, andava pelas plantas que entarvam no caminho sem problema algum, retirando-as facilmente. Já eu tive algumas dificuldades, tropecei umas quatro vezes em raizes das grandes árvores espalhadas pelo chão, e as folhas dessas que ficavam na minha frente quase me faziam perder o caminho de Edward.
Depois de longos vinte minutos (eu acho, se bem que meu senso de tempo nunca foi muito bom), comecei a ouvir barulho de água correndo, e em poucos minutos estavamos de frente para um pequeno riacho cercado de pedras e plantas.
Minha garganta ficou seca assim que vi aquela água, no mesmo instante me debrucei ali e bebi tanto até minha barriga doer. depois peguei as garrafas vazias na minha mochilas e enchi-as até a borda.
Quando acabei me virei e percebi que Edward estava me observando.
- Acho que daqqui pouco tempo vamos ter que racionar esse riacho também, se continuar a beber desse tanto - ele disse, com um sorriso implicante.
- Tente ficar várias horas com sede e depois me diz como se sente - cortei-o.
- Ai, podia viver sem ouvir essa... - disse ele, fazendo biquinho como se estivesse magoado.
Não consegui resistir e acabei rindo do jeito dele, ele sabia a bastante tempo que aquele biquinho me fazia rir a qualquer momento. Vendo que tinha conseguido o que queria, Edward também riu. Me detestei em admitir que ele ficxava lindo quando ria.
- Sabia que consegueria um sorriso seu - ele disse, ainda brincando.
- É... - senti meu rosto ficando vermelho (por quê? Também não entendo), olhei para meu pés sabendo que isso seria mais um trunfo para Edward.
Ficamos em um silêncio constrangedor por um tempo, eu não tinha o que falar para quebrá-lo.
Edward pigarreou, também incomodado com aquilo, e disse:
- Então, você encontrou mais alguém do acampamento?
- Infelizmente, não... - disse, finalmente olhando para ele.
- Será que eles estão bem? - ele perguntou.
- Não sei, espero que sim - onde eles estariam...
Estávamos pensando nisso quando ouvimos um grito ecoar pela floresta.
Nós dois nos assustamos quando ouvimos o som em contraste com a floresta quieta, os pássaros na copa das árvores voaram em diversas direções. pontos pretos em um céu azul límpido, mudando alguns minutos a paisagem.
- O que foi... - comecei a perguntar, mas percebi que Edward já corria em direção ao barulho.
Me apressei em acompanhá-lo, mas ele ia mais rápido do que eu esperava, eu apenas via o vulto dele no verde da mata para não me perder.
Foi quando percebi que Edward havia parado, parei logo atrás dele, com medo de ver o que ele observava, fui chegando mais perto e não contive o arrepio na espinha que me veio.
Deitado em meio a uma poça carmim estava Caio, os olhos vidrados em algo que eu não podia ver.

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