Fantasma do passado escrita por humgranola


Capítulo 4
O ano é 1948




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A ideia era comer em silêncio, pelo menos na mente de Jotaro esse era o plano, e, claro que Polnareff não foi percebeu isso.

Não muito tempo depois de Avdol sair para procurar por Joseph, Polnareff começou a questionar tudo o que podia pensar.

"Você sabe, aquele cara... ele é italiano!"

Kakyoin parecia entediado, como se a informação Polnareff lhes disse fosse irrelevante e óbvio, de qualquer forma o rosto de Kakyoin demonstrou exatamente o que Jotaro sentiu - ele não se importava e não queria saber sobre o estranho de antes.

"Então... JoJo... você sabe alguma coisa sobre esse homem?"

Vendo que Polnareff queria falar, Jotaro rapidamente colocou um pedaço de croissant em sua boca para deixa-lo ocupado a ponto de não poder responder, mas o universo não estava do seu lado, por que, por algum motivo desconhecido, Kakyoin agora estava interessado também.

"Eu não me intrometer, mas acredito que Polnareff esta certo em perguntar, ele pode ser um inimigo ou sendo usado por um inimigo."

Droga do Kakyoin e sua lógica.

"Yare Yare Daze... Sim, eu já tinha ouvido falar dele...”.

Kakyoin parecia intrigado, mas Polnareff parecia uma criança em uma loja de doces, praticamente se deitando na mesa e com olhos grandes e brilhantes.

"Não fique muito animado. JiJi nunca falou sobre ele, só a minha avó e até mesmo ela não era de falar muito.”

"Mas o que foi que ela disse?"

"Ela disse para eu não perguntar para JiJi sobre seu tempo na Itália. Eu nunca me importei com isso, então não fazia diferença.”

"Só isso?!"

Polnareff estava claramente desapontado e somente aquilo quase fez Jotaro sorrir.

"Bem... eu sei que ele é italiano, que ele conhecia JiJi quando eles eram jovens, que ele também conhecia minha avó e que eu nunca devia pedir a salada caesar quando JiJi está por perto."

"Mas que porra é essa?!"

"Sim, eu sei, que tipo de criança iria pedir salada caesar...”.

"O tipo Kakyoin de criança!"

Esse era o seu limite, Jotaro não conseguiu conter o sorriso depois de ouvir o comentário de Polnareff, ele podia ver Kakyoin como uma criança que iria pedir salada em vez de hambúrguer ou doces.

"Haha muito engraçado. Temos coisas mais importantes para fazer, como encontrar um lugar para passar a noite, você sabe?”

"Não fique bravo ruivinho! Você queria saber também! Agora você não quer mais?”

"Não é isso Polnareff. Jotaro obviamente não sabe muito mais do que ele nos disse, por isso é melhor perguntar ao Sr. Joestar, se ele vai quer falar ou não é outra questão.”

Ninguém teve a chance de fazer nada, porque de repente alguém entrou no local. Todos eles pensaram que fosse Avdol e Joseph, afinal ambos tinham saído há uma hora, mas para surpresa dele, era o homem de antes - Caesar.

O homem não pediu por nada, ele simplesmente pegou uma cadeira e colocou-a ao lado deles e sentou-se ali, como se fosse o dono do lugar.

A garçonete veio mais rápido do que nunca, mas mal conseguia escrever o pedido; o pior de tudo era vê-lo beijando a mão da moça, fazendo uma flor aparecer do nada e dar a ela, dizendo que ele tinha acabado de conhecer um anjo, e esse anjo era ela.

Eles queriam morrer de vergonha, mas por mais desconfortável que tudo aquilo fosse, nada superava a surpresa deles ao ver que tudo aquele monte de melodrama e cantadas baratas funcionaram.

Polnareff morreu um pouco naquele dia, como ele com todo o seu charme parisiense não conseguia fazer isso, aquele Casanova extravagante conseguia?

Com seu café e pão servidos juntamente com um pedaço de bolo, Caesar finalmente prestou atenção a eles.

"Vocês devem estar se perguntando por que eu estou aqui, não é?"

"Sim. Nós estamos, mas aparentemente você está ocupado demais flertando com a garçonete!”

"Oh mio caro amico. Eu não posso deixar aquela adorável sinorita passar o dia sem algumas palavras bonitas para se lembrar do quão especial e bella ela é!”

"O que você quer?"

Jotaro não estava interessado em conversa fiada. Aquele homem pode ser irritante, mas ele não parecia ser do tipo de pessoa que faria algo sem pensar ou sem querer algo em troca.

"Eu vim para falar sobre o seu... velho."

"Jiji? Ele é meu avô.”

"Dio mio! Avô! Mio JoJo cresceu tanto. Estou orgulhoso!"

"Chega de nos enrolar e diga-nos o que você quiser!"

Caesar franziu a testa no início, mas logo sorriu para Jotaro.

"Você certamente não puxou o seu comportamento dele..." Caesar disse, mas ao ver o rosto de Jotaro, ele parou de brincar imediatamente. "Olha, eu sei que seu avô não é o meu JoJo."

"O que você quer dizer com 'seu JoJo'?"

"O homem que veio me pedir ajuda. O homem que treinou comigo. Que compartilhou sangue, suor e lágrimas comigo é o 'meu JoJo' e aquele velho não é ele."

Kakyoin ficou em silêncio até aquele momento, quando ele decidiu questionar o homem intrusivo.

"Você diz isso, mas foi você que chegou aqui chamando pelo nome e abraçando-o!"

"Fui levado pelo momento, e porque os maneirismos eram os mesmos, ele é JoJo, ele apenas não é meu JoJo. Isso e o fato de que esta cidade estar estranha.”

Aquilo havia chamado à atenção deles; o jovem também notou que a cidade estava estranha?!

Eles não foram os únicos?

Ou é uma armadilha?

"Você pode esclarecer isso para nós?"

"Sim. Eu nasci e cresci por pela região. Tem algo estranho, eu notei depois de encontrar o seu JoJo que havia alguns dispositivos realmente estranhos e sem contar os veículos lá fora. Claro que poderia ser os alemães, eles sempre têm alguma tecnologia nova, mas eu duvido.”

"Alemães!? Que ano estamos?”

Jotaro e Polnareff foram surpreendidos com a pergunta de Kakyoin. Por que a surpresa quando ouviu ‘alemães’? Por que perguntar o ano?

"Estamos em 1938."

Polnareff chegou a cuspir o seu café e tanto Jotaro quanto Kakyoin estavam com os olhos arregalados.

Como isso é possível?

1938?

Eles voltaram no tempo ?!

Não pode existir uma Stand tão poderosa, é impossível, com este tipo de poder a seu lado Dio já ganhou.

"Isso não é possível; Quero dizer que estamos em 1989!”

Caesar continuou bebendo o café como se tudo isso não estivesse afetando o seu dia.

"Bem ... desculpa para soltar uma bomba destas em vocês, mas essa é a verdade, eu notei algumas coisas realmente estranhas e agora que você me disse é 1989, meio que faz sentido."

"Você não está surpreso?"

"Claro que eu estou. Mas eu tive algum tempo para processar a informação, aceitar que poderia ser verdade e que nós estamos ferrados.”

Eles trocaram olhares, o que deveriam fazer? Eles tinham um tempo limitado para encontrar DIO e matá-lo, já era difícil do jeito que era, mas agora eles estavam cinquenta anos no passado.

As dúvidas em suas mentes não paravam.

O tempo que passam aqui passa em seu tempo também?

Eles nunca vão voltar para o presente?

Isso os afetou ou apenas a cidade?

Talvez eles possam encontrar o caixão de DIO e acabar com tudo lá, então ele nunca seria encontrado.

"Olha, eu não sei quanto a vocês, mas eu vou procurar respostas. Vocês apareceram perto do momento em que JoJo desapareceu ...”

"Você acha que há uma conexão?" Perguntou Kakyoin

"Sim. Mas não é com isso que eu estou preocupado, meu JoJo tem um pequeno problema que vai matá-lo em vinte dias”.

Polnareff e Kakyoin pareceram surpresos e Jotaro apesar de não mostrar preocupação fez um pequeno movimento com a cabeça e pegou o garfo com um pouco mais de força do que o necessário.

"O quê? Como?"

"Não importa. O problema é que se o seu Joseph é meu Joseph isso significa que se o meu morrer, o seu morrerá também.”

"Ele está certo, Jotaro-" Kakyoin disse olhando para Jotaro e tentando encontrar uma maneira de explicar como a situação era perigosa para ele. "Se o jovem Sr. Joestar morrer o mesmo ocorrerá com o mais velho e, consequentemente sua mãe nunca existiria e nem você."

"Yare Yare Daze".

"O garoto está certo. Eu não sei o que é ou como funciona, mas é a única coisa que eu posso pensar que fazer algum sentido.”

"Então, o que propõem?"

"Vou perguntar a algumas pessoas sobre recém-chegados. Onde posso me encontrar vocês?”

"Huuum...nós não reservamos um lugar para ficar."

Caesar olhou para eles como se fossem idiotas, mas logo se lembrou de que eles não estavam sequer no mesmo ano em que estavam há poucas horas atrás.

"Olha, eu conheço um bom lugar." Caesar disse a eles e logo anotou o endereço em uma das mãos de Kakyoin, que estava mais próximo dele. "Vou entrar em contato com vocês mais tarde."

Ele já estava saindo quando a pergunta de Polnareff o parou no meio do caminho.

"Você não vai esperar pelo Sr. Joestar?"

"Não. Eu acredito que é melhor não entrarmos em contato um com os outro. Eu não sei o que aconteceu, mas ele parecia muito estranho quando me viu. Eu não quero ser um problema para ele... então... é melhor assim... diga-lhe que eu... aaaah... esquece.”

Todos podiam ver quão triste rosto de Caesar estava e como ele era bom em mudá-lo para que ninguém pudesse perceber.

Depois disso ninguém o interrompeu e logo que ele saiu, todos olharam para a mão de Kakyoin, incertos se deviam ou não ir para lugar indicado.


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Notas finais do capítulo

Em breve postarei mais um capitulo, hoje ou amanhã...espero que gostem.



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