A Mansão da Diversão escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel voltou com mais um capítulo!

Boa leitura!



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Por fim, a noite após a conversa por telefone, Seu Madruga se arrumou como nunca havia se arrumado. Ele colocou sua loção francesa que Dona Clotilde lhe deu, sua velha e inseparável calça jeans, tênis, uma camisa azul com golas e botões e saiu. Ao entrar no quarto e ver seu pai tão bem vestido, Chiquinha estranhou:

–Papai, aonde o senhor vai tão animado e bem arrumado assim?- ela perguntou..

–Vou para um encontro filha, quando eu voltar te conto tudo tá? Beijos.- ele disse e saiu, deixando Chiquinha receosa, será que ela agora terá uma madrasta? E se tiver, será que vai ser boazinha? Era esperar pra ver.

O que nem ela e nem ninguém percebeu era que Lorenzo viu quando Seu Madruga saiu todo arrumado para o encontro e riu baixinho para não escutarem, mas ele estava feliz que seu plano deu certo.

Assim que Seu Madruga chegou na porta do restaurante que havia marcado o encontro, ele logo percebe que Dona Clotilde também está tendo um encontro, pois está vestida como nunca estivera antes: um vestido de seda vermelho, casaco preto, saltos de dez centímetros e uma maquiagem nunca vista antes. Mesmo não estando linda, Seu Madruga se impressionou com a forma que ela se arrumou.

–Olá Dona Clotilde.- disse Seu Madruga, gentilmente.

–Olá Madruguinha, vamos entrar?- ela disse.

–Desculpe Dona Clotilde, mas minha acompanhante vai chegar e vai pegar mal....

–Ora, mas você é meu acompanhante. O senhor que marcou aqui comigo, não se lembra?

–Eu?

–Sim, esqueceu?

Logo Seu Madruga percebeu que havia sido enganado, ou alguém usou um aparelho que muda a voz para falar com ele ou foi alguém que imitou a voz da Dona Clotilde marcando o encontro. Ele já ia argumentar algo e dizer que estava tendo algum engano, mas quando olhou sem querer nos olhos de Dona Clotilde e viu a tristeza que ela estava ficando por achar que ele estava esquecendo do encontro que ele mesmo marcou, decidiu ficar quieto.

–Ah sim, desculpe Dona Clotilde, passei por tantas coisas no caminho pra cá que acabei esquecendo. Vamos entrar?

–Vamos sim.

E então, os dois entraram e Seu Madruga jurou a si mesmo que iria encontrar quem o enganou daquela maneira, e quando descobrisse, com certeza iria pagar caro por isso.

Enquanto isso, na mansão, Mário está jogando bolinha de gude com Chaves e os outros meninos, mas ao mesmo tempo ele etambém estava tentando encontrar uma outra brincadeira com os amigos ou uma outra forma de se esquivar de Marcelina quando o jogo acabasse, porque ela ainda estava esperando por ele sem dúvida.

–Iupi, venci!- disse Chaves.

–Parabéns Chavinho.- disse Quico.

–Valeu Mário, mais tarde a gente joga de novo.- respondeu Chaves e Mário assentiu com a cabeça, pois achava que ficando sozinho poderia pensar em uma forma de evitar Marcelina. Assim que ele estava se retirando da sala para ir ao seu quarto, ele vê a sombra de Marcelina vindo no corredor e, desesperado, vai para o jardim da mansão se esconder dela que foi novamente atrás dele. Mas assim como ela não desistia de alcançá-lo, ele não desistia de fugir. Subiu em uma das árvores de trás da mansão e escondeu-se em um dos galhos e folhas da mesma, depois ficou no mais absoluto silêncio, esperando que Marcelina desista de procurá-lo. Assim que ela chega próximo do esconderijo dele, tudo fica no mais absoluto silêncio. Quer dizer, quase tudo, pois ela estava ouvindo o som de uma respiração arfante, que não era a sua, e desconfia que pode ser Mário se escondendo dela. Esperta como sempre, foi andando na direção oposta que estava indo e se escondeu. Mário, acreditando que Marcelina havia desistido de procurá-lo e voltou pra dentro da casa, saiu da árvore.

–Oi Mário.- uma voz feminina surgiu atrás dele e logo ao se virar, ele se assustou ao ver Marcelina ali.

–Ai Marcelina, você quase me mata do coração!- reclamou ele e a menina riu.

–Desculpe, não era minha intenção. Agora me diz: o que você estava fazendo escondido lá na árvore?

–Ah Marcelina, eu estava só brincando de esconde-esconde com você.

–É mesmo?- ela disse, irônica.

–É, mas como eu sei que isso é brincadeira que você não gosta, resolvi te chamar em segredo.

Naquela hora, mesmo não sabendo como Marcelina descobriu tudo, ele sentiu que precisava de uma resposta rápida para escapar de Marcelina o mais rápido possível. Chaves, naquela hora, não teve culpa de nada, pois ele não sabia o que estava acontecendo, mas Mário pensava que a garota não queria falar nada além de ficar zoando com ele, pois ele não sabia que Lorenzo havia contado tudo.

–Eu te fiz algo Marcelina?- perguntou ele, tentando disfarçar.

–Não Mário, é que agora eu vim te pedir para não me esconder o jogo.

–Não estou escondendo nada!

–Está sim. O Lorenzo me contou tudo, agora eu sei de toda a verdade.

–Que droga!- Mário esbravejou, assustando a menina.

–Calma Mário, não precisa explodir assim. O Lorenzo fez o certo de tomar a frente e contar tudo, mesmo sendo um papagaio.- disse a menina.

–Ele não tinha que falar nada. Ele não tem nada a ver com a gente.

–Sim, mas mesmo assim ele tinha que ter contado. Por quê você está fugindo tanto de mim? Eu não vou te fazer mal.

–Marcelina, eu sei que você não vai me fazer mal, mas não é de você que eu tenho medo.

–Então do quê?

–É do que você sente por mim. Eu te amo tá? Te amo muito. Te amo há quatro anos, quando éramos do terceiro ano, mas eu tenho medo de você dar risada ou simplesmente passar o resto da vida ignorando como se eu não tivesse dito nada. Eu não sei se você sente o mesmo por mim e não quero levar um fora seu.

–Eu jamais daria um fora em você.

–Não? Por quê não?

–Porque eu também te amo, estou aqui pra te dizer isso, mas só se você deixar.

–Tá falando sério?- Mário se empolgou.

–Sim, te amo também há quatro anos, desde o terceiro ano.

–É mesmo?

Ela apenas assentiu com a cabeça e ele, ainda sem acreditar, abraçou-a intensamente. Depois de uns segundos, sem se soltar do abraço, a olhou no fundo dos olhos:

–É muito bom ouvir isso, você não sabe o quanto!- ele disse, sorrindo.

–Sei sim, pode crer que sim.- ela disse sorrindo.

Então, Mário ficou uns segundos acariciando o rosto da menina, depois a segurou pela cintura e a beijou. Um beijo quente, doce, calmo e romântico, o modo perfeito de beijar pela primeira vez. Assim que se separaram, ficaram se olhando por um tempo, ainda sem acreditar que aquilo realmente estava acontecendo depois de tantos anos.


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo.



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