Levantei-me bruscamente , deixando todos assustados, sem acreditar no que estava acontecendo. Não podia ser, não agora. Era impossível não notar a felicidade no olhar de Jacob, e a ultima coisa que queria no momento era magoa-lo, de novo. Não existia uma maneira fácil de fazer isso. E eu tinha total certeza de que só existiria uma pessoa que me apoiaria nessa história. Dean era a única pessoa que não se deixaria influenciar por minha família, ele apenas me ouviria.

– Você está bem? – Calisle perguntou, me forçando a sentar.

– Informação demais, não é? – Jacob se aproximou com as sobrancelhas juntas, como se me compreendesse.

– Não – suspirei.

A duvida em seu olhar tornou-se quase mortal, e eu agradeci por Edward não estar aqui agora.

– O que houve, Katherine? – Renesmee também se levantou.

– Preciso sair.

Não esperei que dissessem nada, ou que tentassem me impedir, corri pra longe do quarto até alcançar o ultimo degrau da escada. A cada passo que dava minha respiração se tornava mais acelerada e os olhos carregados de lagrimas. Não por medo de magoar minha família, não por renegar minhas origens, mas sim pela confusão que minha mente estava se tornando. Senti meu corpo todo pesar, aponto de meus joelhos cederem.

P.D.V Dean

Pediram para ficássemos longe da mansão até que Katherine melhorasse. Passaram-se horas e ninguém deu noticias. Decidi voltar até lá, um vampiro a mais não faria tanta diferença. Pude vê-la através dos vidros descendo as escadas. Apressei o passo já imaginando o que havia acontecido. Assim que pisei dentro da mansão, seus joelhos cederam, mas antes que caísse no chão cheguei a tempo de segura-la.

– Katherine – chamei. Ela me olhou com os olhos cheios de lagrimas que começaram a escorrer. Ainda apoiada em mim suspirou profundamente.

– Não sabe o quanto você fede – soltei uma risada e ela me olhou como se eu fosse louco.

– A transformação começou, não é? – assentiu, levantando-se. – Quer conversar?

Negou.

– Só me tira daqui.

Ela esticou os braços fazendo uma leve careta de confusão. Peguei-a no colo, saindo floresta a dentro. Sem trocar nenhuma palavra durante o caminho, parei quando vi que estávamos longe o suficiente de audições sobrenaturais. Katherine voltou ao chão, com uma expressão rígida.

– Então ... – eu disse.

– O que? – se afastou. – Pedi pra me tirar de lá e não pra me ouvir. Falando nisso, você já pode ir.

– Katherine ...

– Se você não sair, eu saiu!

E ela adentrou ainda mais na floresta.

Eu estava certo.