As Crônicas de Skarion escrita por Dan Skarion


Capítulo 13
Capítulo 13




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– Como assim? - disse Max.

– Estes soldados são comandados por algum nobre menor que mora aqui - disse Kress - provavelmente naquela casa maior no topo do morro. E, conhecendo o tipo de nobre que mandam para lugares assim, ele provavelmente nem saiu de casa hoje. Precisamos matá-lo para que não comunique o seu superior.

De fato a casa que ficava no cume do morro parecia de longe a mais suntuosa. Era grande e bem construída, com dois andares e paredes de madeira. Entretanto, entre eles e a casa estava cerca de 100 metros de uma rua cheia de olhares curiosos e temerosos com o que havia acontecido. O problema principal era que nem mesmo Kress estava entendendo a reação da população. "Com certeza eles estão com medo" pensou Kress, "Merda, até eu estou. Mas não compreendo se estão aliviados por terem menos soldados ou se temem pela sua segurança futura. Infelizmente não posso mais deixar nossos planos serem postos em risco".

– ESCUTEM BEM! - bradou Kress - NÓS SOMOS REBELDES E ESTAMOS AQUI PARA ACABAR COM ESTES VIS SOLDADOS. SE NINGUÉM MAIS NOS AMEAÇAR NÃO HAVERÃO MAIS MORTES.

Kress e Max então observaram um olhar menos temeroso e mais curioso do povo local. Porém, ainda tinham de lidar com o nobre local.

– Max - sussurrou Kress - leve Dan de volta à estalagem e cuide dele. Eu vou atrás do nobre.

Com um aceno de cabeça, Max concordou e, levantando Dan até seu ombro, o levou à estalagem. Neste momento, Kress estava retirando seu arco das costas e conferindo sua adaga. Correu então pela rua da forma mais rápida que pôde, prestando atenção em cada porta e viela, para evitar ser surpreendido por algum soldado remanescente.

Não muito depois ele chegou aos pés de uma escada que subia pelo morro até a casa do nobre. "O porco não deve ter ouvido nada", ele pensou. "Talvez até esteja dormindo". Avançando silenciosamente, Kress chegou até a porta. Encostou seu ouvido nela para se preparar e, para sua surpresa, ouviu passos se aproximando. Se colocou então mais ao largo da porta para esperar.

Subitamente, a porta foi aberta e um homem gordo de aparentes 40 anos saiu por ela. A luz da tarde cintilava em sua cabeçorra e seus múltiplos queixos suavam. Ele deixou a porta bater às suas costas e se espreguiçou descendo a trilha. Enquanto isso, Kress pacientemente colocava uma flecha em seu arco.

Então, com uma mira precisa e silenciosa, Kress disparou. A flecha, com uma ponta afiada de metal atravessou o joelho esquerdo do nobre, que, com um grito, caiu pelas escadas, rolando morro abaixo. Parou de rolar aos pés da escada, gritando de dor.

Kress então calmamente se aproximou dele e disse, se ajoelhando:

– Qual seu nome, porco?

O gordo então, abrindo os olhos miúdos respondeu, entre lágrimas:

– Quem quer saber?

Kress chutou-o no estômago, fazendo com que desse outro grito. Novamente ajoelhou-se e disse:

– Qual seu maldito nome, porco manco?

– E-Ephilys Krazinsky.

– Bom Ephilys, seus homens tentaram estuprar uma jovem local, aparentemente não pela primeira vez - disse Kress quebrando um de seus dedos - Suponho que você estivesse há tempos fazendo vista grossa para isso?

O homem não o respondeu.

– Que bom - disse Kress - pois saiba que todos os seus homens foram mortos e você é o próximo.

Assim, Kress sacou sua adaga sob o olhar amedrontado de Ephilys. O mesmo observou e tentou impedir, sem sucesso, a entrada da mesma em suas vísceras. Kress fez questão de movimentar a adaga, causando o máximo de dor possível, antes de cortar a garganta de Ephilys. O homem gritava e esmurrava o chão, contorcendo-se em dor, até que, pela garganta cortada, parou.

Kress levantou-se, limpou a adaga e a guardou. Voltou então correndo para a estalagem pensando "Tomara que Dan esteja bem. Não podemos ter feito tudo isso em vão". Ele chegou até a estalagem e abriu a porta.

Lá dentro, ele viu Dan deitado inconsciente sobre uma mesa. À sua volta, Max e o velho de cicatriz no rosto conversavam. O fato estranho era que as tatuagens nos braços de Dan estavam brilhando negras.

Kress se aproximou e disse:

– Max, quem é ele?

– Me chamo Yarmin Chavois. - disse o velho, antes que Max pudesse responder.

Observando de perto, Kress viu que a cicatriz fora provavelmente causada por uma espada, indo assim da orelha direita até o nariz. Além disso, sua cabeça, com ralos cabelos brancos, ostentava uma porção de outras cicatrizes menores, indicando no mínimo um passado de duras batalhas.

O velho virou-se para Dan e disse:

– Seu amigo está mal. E essas marcas indicam algo pior.


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