Sob o Luar escrita por Lawliette


Capítulo 3
02 — A segunda volta e o aviso


Notas iniciais do capítulo

EITA, DOIS CAPÍTULOS SEGUIDOS, LAWLIETTE? SIM, querido leitor inexistente, dois capítulos seguidos. Estou usando-os como tinha motivação pra largar de putaria e escrever logo o terceiro, porque como é de praxe, eu continuo meio empacada com ele. Okay, eu não tentei direito até o momento, então pode ser que consigam me ver ainda hoje (19), ou talvez amanhã, quem sabe? Vou estar escrevendo durante esse tempo e usando o feriado para limonadas, então sim ahauahau

Falando em limonadas, eu devo me desculpar com vocês, mas estou quase desistindo de colocar elas aqui vocês, limoneiros de plantão. O planejado era pra ter um lemon aqui nesse capítulo, mas ele me incomodou, incomodou, e no fim eu cortei ele fora da forma mais malvada possível. Afinal, meu foco aqui nesse capítulo não é exatamente botar um bando de putaria. Até por essas putaria tão começando a me encher e eu não estou com saco pra escrever mais delas. Então é, vocês não verão lemon meu tão cedo ahauahau

Hmmm, eu na verdade estou gostando de escrever interações. Vejam por vocês mesmos aí embaixo.

Até lá embaixo /o/



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A única coisa que Stocke conseguiu fazer quando chegou no quarto foi suspirar, parte por querer agradecer silenciosamente aos céus pelo momento de descanso e parte porque bem, ele realmente estava cansado. Nada melhor do que chegar no que podia chamar de seu quarto e se livrar logo das roupas em excesso — Rosch parecia adorar fazer com que ele vestisse elas todas, usando a desculpa que isso o ajudaria a se proteger do calor incomum do local. Isso até era verdade, mas não era como se Stocke realmente quisesse acreditar no fato.

Acompanhado de Rosch e em silêncio, Stocke não demorou a se despir ali mesmo, retirando todo o peso em forma de panos do corpo, deixando-os todos eles no chão da forma mais desarrumada que conseguiu.

— Sabe que eu não vou arrumar nada disso depois, não sabe? — A voz pesada de Rosch se fez presente, um tom de aborrecimento acompanhando suas palavras. Do lado das botas de Stocke e da bagunça que ele estava fazendo, estavam os dele também.

— Hm? Ah, sei sim — respondeu Stocke, agora adicionando mais roupas na pequena bagunça. Quisera ele dizer a Rosch que já deixara de se preocupar com essas coisas.

Rosch balançou a cabeça em desaprovação. É claro que ele já sabia.

Uma vez livre da armadura e das roupas a mais, Stocke simplesmente se dirigiu até a cama. Ignorou o olhar de Rosch, e simplesmente se aconchegou por entre os lençóis. Todos eles pareciam trazer um odor doce, o mesmo que impregnava as roupas de Rosch.

— Sério que vai dormir cedo de novo? — A pergunta de Rosch pareceu ainda mais aborrecida que a última, e agora tinha um cenho franzido para confirmar. — E o jantar?

— Posso deixar isso pra depois — resmungou de volta, fazendo um breve gesto para dispensar-lhe as palavras. — Estou cansado demais pra sair daqui.

— Oh não, essa já é a terceira noite que me diz isso. E em nenhuma delas você comeu direito. — Cutucou-o com o braço artificial, justamente pelo fato de aquele ser o que mais incomodava o loiro. — Vamos, pelo menos vem comigo jantar.

— Não quero.

— E por que não?

— Você sabe como fazem esses jantares. Cheio de gente — ele resmungou —, e eu também nunca fui de socializar. Especialmente cansado.

Como resposta, Rosch sorriu.

— Sim, de fato. Sua presença lá seria sombria demais e estragaria o clima animado.

Stocke limitou-se a resmungar, dando as costas para Rosch.

Ele, porém, não parecia nem um pouco disposto a desistir tão cedo.

— Vamos, ainda temos que te levar na enfermaria mais tarde.

— Não quero ir lá agora — reclamou, tentando afastar o braço que insistia em cutucar-lhe o ombro. Deus, e ele estava quase pegando no sono. — Já disse, estou muito cansado. Talvez amanhã.

— Certo, nessa você venceu. Mas ainda quero que jante — insistiu. — Posso buscar alguma coisa pra você se o problema for a atmosfera feliz demais.

— Não, posso fazer isso mais tarde. — voltou a aconchegar-se na cama.

— Vou pedir pra alguém trazer então. — Finalmente, Rosch desistiu de fazê-lo sair da cama. o que impedia Stocke de estar aliviado por completo, porém, era o sorriso suspeito no rosto do moreno. — Também tô meio cansado, pra falar a verdade.

Stocke se virou em sua direção, encontrando-o sentado na cama.

— Porque não vem dormir comigo, então?

— É uma ideia tentadora essa. — Ele alargou o sorriso. — Talvez se você pelo menos esperar pra jantar, eu penso na possibilidade.

— Argh — voltou a resmungar. Com o sono que estava, não sabia se teria o mínimo de paciência para aquilo.

— Certo, chantagens não dão certo... — Rosch pareceu refletir durante alguns momentos, e com o canto do olho, Stocke o observou, curioso. — Okay, o que você quer pra sair daí?

Stocke voltou a encará-lo abertamente, em parte sorrindo pela proposta certamente tentadora, e em parte desconfiado. Em seguida, piscou, perguntando-se se o cansaço aguentaria o que tinha em mente. Bem, de fato estava um pouco cedo demais para dormir.

— O que você tem pra me dar? — Um fantasma de um sorriso surgiu em seu rosto, e pelo pouco tempo que passou ali, eram evidentes os traços de malícia.

De início, Rosch pareceu um tanto desconcertado com o sorriso altamente sugestivo de Stocke. Seus sorrisos eram raros, especialmente os que carregavam malícia consigo, considerando a falta de tempo que possuíam para sequer pensar na possibilidade de receber um. Os momentos livres andavam sendo tão escassos que, às vezes, Rosch até esquecia que costumava jogar o melhor amigo em sua cama para passar uma noite inteira transando.

Segundos depois, porém, já se via retribuindo o gesto, um sorriso triste no rosto. Em situações normais, ele certamente que não deixaria a oportunidade passar, mas mesmo ele estava cansado demais para pensar no assunto.

Stocke estremeceu, compreendendo a resposta silenciosa. Como resposta, acabou dando as costas para ele e resmungando algo sobre estar indo dormir sem o jantar mesmo.

— Oh não, você não vai não — Rosch disse, simplesmente puxando-o para ficar com as costas no colchão novamente.

— Ugh... O que você quer de mim afinal?

— Que saía daí e largue de ser preguiçoso. Você não é nenhuma ela adormecida pra querer dormir tanto assim.

— Se você vir comigo, então eu saio — ofereceu, um sorriso surgindo no rosto. Um olhar desconfiando do mais velho, mas no fim, lá estava o moreno se aconchegando na cama ao lado do loiro. — Parece que agora temos duas belas adormecidas.

— Mentira. — Balançou a cabeça, mas do mesmo modo já estava puxando o loiro para seus braços. — Ao contrário de você, estou acordado o suficiente para sair daqui e me certificar de que certas pessoas cuidem de si mesmas.

Stocke suspirou, deixando-se ser cuidadosamente posto sobre o peito firme do general e relaxando em seus braços. Não era uma coisa exatamente confortável, mas talvez o simples fato de ele fazê-lo se sentir relaxado e em paz fosse o suficiente para ignorar o restante.

— Você se preocupa demais com isso à vezes.

Uma mão foi até a cabeleira loira do mais novo. Rosch permaneceu em silêncio por alguns segundos, apenas deixando a carícia ali antes de falar:

— Stocke... Será que ainda não percebeu o quão preocupado estou com você? — indagou, chamando atenção o suficiente para receber um par de olhos azuis confusos. — Sei que você é o melhor soldado que há por aqui, mas ultimamente você vem se arriscando tanto. E parece tão cansado...

— Não tem com o que se preocupar sobre isso — assegurou-lhe com um menear de cabeça. — Como você mesmo disse, sou um dos melhores por aqui. Sei o que estou fazendo.

— Sim, mas estamos começando a lidar com coisas um pouco além do nosso nível. A guerra está ficando mais difícil, e do jeito que estamos, não podemos nos dar ao luxo de descuidar da saúde.

Stocke o encarou durante alguns momentos.

— Okay, certo, eu vou tentar tomar mais cuidado, mas não prometo nada. — Como se ele ao menos pudesse prometer algo.

Rosch relaxou, parecendo satisfeito. Durante os segundos de silêncio que se passaram, ele brincou com seus cabelos durante alguns momentos a mais, quase como um agradecimento.

Quando Stocke estava quase pegando no sono novamente, ele voltou a falar:

— Estive pensando em trazer alguma das enfermeiras pra cá — ele murmurou, em tom mais baixo que antes. Stocke abriu os olhos por apenas um momento para observá-lo, fechando-os logo em seguida. — Talvez a Sonja, ou alguém que eu conheça. Provavelmente elas podem se certificar de que você e os outros estão bem.

— Mhm... — sussurrou em resposta. — Não acho que precisamos chamar a Sonja pra cá. Já estamos bem o suficiente... — E bocejou, deixando as últimas palavras de lado.

Rosch olhou para ele, sorrindo.

— Cansado?

— Mhmm... — mais um murmúrio, e Stocke o abraçou um pouco mais. O general sorriu novamente, e depositou um breve beijo em sua testa.

— Te chamo mais tarde, então.

Assentiu, e no momento seguinte, Stocke já havia pegado no sono.

***

Quando Stocke acordou pela segunda vez naquela noite, não demorou muito a perceber que dessa vez, havia alguma coisa de diferente. O quarto parecia iluminado por algo a mais do que a lua, e ele tinha certeza de que hoje não era um dia para que o grande astro iluminasse a noite. A real fonte daquilo vinha de algo muito diferente que um astro.

Suspirou. Foi com bastante pesar que saiu da cama, desvencilhando-se do abraço de Rosch para ir ao encontro da fonte de luz. Atravessou o quarto com velocidade, parando apenas para puxando uma ou outra peça de roupa que lhe cobriria o corpo. Depois, tocou o livro em cima de uma pequena mesa. Bela hora para parecer um farol, White Chronicle.

Em resposta ao seu toque, os dedos pareceram iluminar-se também, e no momento seguinte, lá estavam Lippti e Teo novamente, encarando-o pela fonte de luz fornecida pelo livro mágico.

— Ah, são vocês dois de novo — disse Stocke. — O que foi?

— Stocke — cumprimentou Teo, fazendo uma breve reverência, ao qual foi imitada pela companheira. — Você tem consciência do que vai acontecer nos próximos dias, não tem?

— Tenho. — Ele assumiu uma expressão sombria. Ele na verdade conseguira esquecer. — E também sei que ainda há chances de impedir.

— Ah, Stocke... — Lippti o encarou, um sorriso triste invadindo a face por uns segundos. Parecia lembrar de alguma coisa. — Esse não é o ponto.

O rapaz cruzou os braços.

— Qual é, então?

— Temos um ultimato pra você — Teo continuou, e Stocke franziu o cenho. — Talvez só assim você pare com isso.

— Ou você para de tentar por bem, ou não vamos mais te guiar durante sua jornada. — disse Lippti simplesmente, vendo que não tirariam nada do silêncio de Stocke.

O cavaleiro piscou, demorando a assimilar suas palavras. Depois, franziu o cenho, e abriu a boca para falar. Bem, daquilo, ele não tinha como fugir. Sem o guiar dos dois elfos, ele acabaria preso ali mesmo, sem chances de escapar da morte como vinha fazendo até então. Aí sim Rosch teria razão de se preocupar, e aí sim Rosch estaria certo em chamar mais enfermeiras para a Sand Fortress.

Ele bateu os dedos contra o pano fino de sua camisa, amaldiçoando os dois elfos. Não sabia se aquilo era contra as regras ou não, mas mesmo que citasse aquele fato aos dois, aquilo não daria nenhuma garantia de que o deixariam de fazer apenas porque regras o impediram. Regras eram feitas para serem quebradas, afinal.

— Pelo menos me deixem tentar essa última vez — ele pediu, por fim. Esperava que a voz não estivesse tão falha quanto ele.

As crianças o encaram mais uma vez, ambas com expressões distantes e difíceis de ler. Segundos se passaram de silêncio, em que Lippti foi a única a falar:

— Essa sua frieza não vai te levar a lugar algum, Stocke. Tente considerar nós dois por um momento...

— Por favor — ele pediu mesmo assim.

Lippti o encarou longamente. Os olhos pareciam querer dizer alguma coisa, mas tudo o que ela fez foi suspirar uma vez mais.

— Como quiser. Essa será sua última chance, então.

— Esteja avisado — Teo completou por ela, e no momento seguinte, eles já não estavam mais ali.

Stocke cerrou os punhos, e respirou de forma um pouco mais lenta. Agora sim ele sentiu medo da última proposta de Rosch.


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Notas finais do capítulo

OPA, MAIS UM FIM DE CAPÍTULO!

Se vocês acham que as coisa estão seguindo um pouquinho rápido, esperem só pra ver os próximos ahauahua Resolvi seguir um pouco rápido porque well, é um DeLiPa, eu não tenho muito mais que 20 mil palavras pra escrever tudo.

O fato é que meu foco nesse capítulo não foi desenvolver demais, só foi mostrar pra vocês um pouquinho da relação e que tecnicamente, o Stocke não deveria fazer isso, e ele está levemente revoltado porque etsá seno deixado sem muitas escolhas. No próximo eu vou procurar trabalhar um pouquinho mais sobre o assunto, e veremos mais interações legais~~ Ainda assim, though, eu quero saber se acabou ficando rápido demais, nunca se sabe, né...

Mas como eu disse, eu adorei ter escrito interações. Mais experiências novas pra vida de escritora da doge, yay! E mais foreshadowing, eu adoro foreshadowing, quem não adora foreshadowing? vamos foreshadowar a porra toda e só explicar direito no finzinho, mwahahaha!

Enfim, eu não tenho muito pra falar hoje. Só que Doubt do Twenty one pilots é uma música linda e está me dando umas inspiração bonita pro próximo capítulo, e que com ele teremos mais da metade da jornada feita até então.

*ecos ao fundo*' *desenha pentagrama nas paredes da categoria de RH*' Eu invoco vocês, leitores e comentaristas, para me darem uma crítica, um oi, um sinal de vida!

Até o próximo capítulo~~



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