Alicia Mitsuki

Eu estava no meu quarto esperando uma chuva forte parar ou diminuir, mas antes que isso acontecesse meu pai me chamou. Logo pensei que tinha quebrado alguma regra de casa e me assustei e me preparei para a bronca.

– NÃO FUI EU! JURO! – Desci as escadas gritando como uma louca, não me julguem.

– Hahaha, você não fez nada, acalme-se – Disse minha mãe rindo.

– Ufa! Achei que seria incriminada por um crime que não cometi! – Eu falei sem folego, e todos nós começamos a rir.

– Ali-chan, lembra do seu irmão? O Azusa? – Meu pai perguntou.

– Sim... Aconteceu algo?

– Nada de ruim. Mas seu irmão é um Slayer e eu sei que você sempre quis conhece-lo.- Minha mãe falou e eu fiquei surpresa.

– É verdade, nunca pude ver o Azusa-niichan... – Ainda não entendi do que se trata essa conversa.

– Lembra daquela prova que você fez para entrar na Academia Slayer para se formar como Slayer e procurar seu irmão? – meu pai perguntou.

– S-sim por que p-pai? – Eu estava gaguejando, achei que não tinha passado.

– Você passou! Arrume suas malas, partiremos pra lhe levar amanhã cedo! – Minha mãe falou com um grande sorriso no rosto. Meus olhos se encheram de lágrimas, eu não aguentei.

– Sério mamãe!? Finalmente vou conhecer o Azusa-niichan! – Eu corri na direção deles e abracei os dois forte.

De repente minha tia Suely (eu a chamo de Tia Sue) apareceu com um bolo de chocolate e confeitos azuis que formavam meu nome.

– Tia Sue! – Gritei não muito alto.

– Vamos comemorar um pouco, aí depois você arrume suas coisas Ali-chan – Meu pai disse e eu concordei com a cabeça.

Festejamos bastante. Depois de tudo eu arrumei minhas coisas e fui dormir muito animada pensando no dia seguinte.

Alicia off

Mellissa Wayne

Estava no meu quarto, lendo um livro, até que uma voz quebrou o silêncio que estava meu quarto, era meu pai me chamando.

– Mellissa! Dessa aqui! – Eu fechei meu livro e desci as escadas até meu pai.

– Sim?

– Você sabe que sua mãe é uma S-

– Pode parar, não diga a palavra – Eu interrompi meu pai quando ele ia dizer uma palavra que eu odeio.

– Não ouse me interromper desse jeito! – meu pai ficou furioso.

Eu fiquei sem palavras não sabia o que poderia responder naquela situação. Mas meu ódio contra aquela palavra estava aparente nos meus olhos. Meu pai se acalmou um pouco e eu também.

– Prossiga. – Eu disse.

– Eu te inscrevi na AS. Aquela prova que você fez, na verdade era para entrar lá. Você partirá amanhã de manhã.

Eu estava queimando de fúria quando ouvi aquilo, ele tinha me inscrito na Academia Slayer secretamente!

– COMO ASSIM!? EU ME RECUSO A IR PRA AQUELE LUGAR! VOCÊ NÃO PODE ME OBRIGAR!

– Mellissa! Eu sou seu pai, eu decido seu futuro!

– NÃO!!! A VIDA É MINHA NÃO SE INTROMETA!

– Cordel! Tire-a da minha frente e arrume suas malas! – Meu pai chamou um dos mordomos da casa que logo chegou.

– Sim senhor – o Cordel responde vindo em minha direção e me pegando pelo pulso de forma bruta e me arrastando para ir para meu quarto.

– Ei! Pare, me solte! Está me machucando! – Meu pai nem ligou pro jeito que Cordel estava me tratando.

– Eu só estou seguindo ordens senhorita Mellissa.

Eu senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, uns minutos depois meu pai havia conseguido o que queria, Cordel e eu chegamos no quarto, ele trancou a porta e guardou a chave consigo. Ele me deixou na cama e começou a arrumar minhas malas. Eu desabei em lágrimas.

– Por que você faz isso Cordel? Também quer se ver livre de mim? – falei fungando.

– Não, só estou seguindo ordens. – Ele virou pra mim e deu um sorriso falso.

Acabei adormecendo, acordei no dia seguinte com Cordel me chamando, ainda era de madrugada e ele mandou que eu me arrumasse para partir.

Mellissa off

Emily Eversby

Eu estava com minhas irmãs gêmeas, lendo umas coisas sobre matemática, que é minha matéria preferida, quando vejo que Kim estava dormindo na sua poltrona e Réstia estava brincando com seu ursinho Teddy. Eu fechei o livro brutalmente para que fizesse um grande barulho. Quando fiz isso, Kim acordou assustada e quase caiu da cadeira e Réstia tomou um grande susto e quase soltou seu Teddy. Eu olhei para as duas com uma cara séria.

– Pra que isso!? Me diz! – Kim me encarou com raiva, mas eu não mudei de expressão.

– Você assustou a Lizzy... – Disse Réstia me olhando com um olhar psicótico, daqueles que parece que os olhos da pessoa estão dizendo “Eu vou te quebrar”. Lizzy é como ela chama seu ursinho.

– Vai responder minha pergunta ou não?! – Kim gritou ainda com seus olhos carregados de ódio.

– Primeiro você responde a minha: Qual é o número representado pelo X nessa efetuação?: 149 + 690 + X = 2,633

– Por que acha que se eu responder isso vai significar que eu estava te ouvindo? – Kim perguntou.

– Porque no texto que eu estava lendo estava explicando uma técnica mental para resolver equações com um valor X. – eu falei e ela ficou calada por um tempo, até a Réstia quebrar o silêncio que nos encontrávamos.

– 1,794... – Ela falou em um tom frio olhando para Lizzy.

– Correto. Mas você também não estava prestando atenção, como adivinhou? – Eu perguntei e ela abriu um sorriso de loucura.

– Eu não estava prestando atenção mesmo, mas Lizzy estava. – falou ela virando Lizzy pra mim

– Kim! Emily! Réstia! – Meu pai gritou nos chamando.

Nós três fomos com nosso pai, que estava no hall de entrada, perto da biblioteca, que era onde estávamos.

– Desembucha. – Kim estava impaciente.

– Vocês passaram na prova para entrar na A.S. – Meu pai falou, nenhuma de nós comemorou ou algo do tipo, já sabíamos que tínhamos passado.

– Você e outra pessoa tiraram a nota mais alta acertando todas as questões, Emily – Quando ele falou isso ele estendeu a mão e fez um sinal para que eu me aproximasse, eu fui em sua direção.

– Vocês já sabem que minha hora está chegando, não? – Todas nós olhamos para o papai com os olhos arregalados.

– A polícia sabe que nós vivemos aqui... Estão planejando algo como uma emboscada. – Eu e Kim nos assustamos, pois nenhum policial nunca teve coragem de se aproximar de nossa família. Mas Réstia por outro lado parecia nem se importar.

– Então quando chegarem aqui, nós mostramos pra eles, não é Lizzy? – Ela abriu um sorriso.

– Não. – Papai estava mais preocupado que o normal com a polícia.

– Eu estou fraco, sei que vocês foram treinadas a vida inteira para matar, mas eu não posso deixar vocês irem. Eu tenho medo que algo aconteça com minhas pequeninas.

– Por 16 anos você nem se importou se sofríamos ou chorávamos, agora quase 17 anos depois de precisarmos de você que você quer nos ajudar! Corta essa! – Kim se exaltou.

– Isso é uma prova de que as pessoas mudam. – Meu pai falou abrindo um sorriso.

Em um piscar de olhos Kim saiu do lugar onde estava foi na cozinha pegar uma faca e voltou colocando a faca no pescoço do papai.

– Você não é uma pessoa... – Kim estava mais fria que o normal... Era de dar medo.

– Hahaha – Meu pai começou a rir.

– Eu não sabia que você me amava tanto assim! – Meu pai falou e a Kim ficou um pouco vermelha.

– Para um assassino, morrer nas mãos de alguém é a maior prova de amor, sendo como um convite para abraçarem a morte juntos, a maior prova de amor, morrer com alguém que ama. – Eu também corei um pouco, pois lembrei de outra família de assassinos, que no lugar de trigêmeas tinha trigêmeos, um deles uma vez ameaçou me matar quando éramos crianças... Será que era isso que ele queria dizer?

Kim rapidamente se afastou do papai jogando a faca no chão.

– AAAAAIIIIII!!! Que nojo pai! CREDO! – Kim começou a fazer caretas engraçadas, eu e Réstia não resistimos e começamos a rir.

– Voltando ao assunto principal, eu preciso que vocês se casem o mais rápido possível.- Eu e Kim coramos novamente, Réstia deu uma risadinha atrás de nós.

– Como sabem, eu sou o lorde da nossa família, vocês são minhas sucessoras. Então, como estou morrendo preciso que achem seus noivos, para decidirem quem será a Lorde da família Eversby. Será que nessa geração teremos três lordes? – Disse meu pai sorrindo. – Amanhã vocês partirão para a AS. Não me decepcionem, principalmente você, Emily. Tome – Ele me deu um colar com uma chave – Use isso como símbolo da nossa promessa.

– Pai, eu não quero continuar nessa casa, quero me mudar, morar sozinha, quando eu voltar da AS, eu posso? – Disse Kim, estragando o momento pai e filha entre eu e o papai.

– Me prove sua independência! Seja a melhor Slayer! E aí você poderá morar sozinha.

– Eu provarei que sou superior as minhas irmãs, não é Lizzy? – Disse Réstia.

– Réstia – Meu pai disse enquanto jogava um objeto para que Réstia o pegasse. – Marque o tempo que você levará para superar suas irmãs nesse relógio.

– Sim...

– e você, Kim, tome – Ele deu para ela um rosário – quando chegar a hora, você entenderá por que lhe dei isso. Agora, meninas vão arrumar suas malas! Partiremos amanhã cedo!

– Ótimo. – Eu disse ajeitando meus óculos.

Emily off