Idas e Vindas escrita por SJds


Capítulo 50
Capítulo 50: Pais


Notas iniciais do capítulo

gente o ultimo capítulo ficou tão grande que tive que dividir em 3 partes kkk serio ele deu mais de 70 páginas no word kkk fiquei a noite inteira do sábado terminando de escrever pq estava sem sono e ia fica mt cansativo de ler um capitulo grandão.

então terá 52 capítulos. eu já terminei eles e só falta consertar os erros o que me da muito preguiça mas essa semana mesmo eu posto os outros dois.



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 16 anos mais tarde

Nova Iorque, 11:45

Sarada POV

Se continuar a fazer isso meus braços irão cair do meu corpo logo. As escolas não deviam ter esse tipo de aula de educação física, isso é tão arcaico e primitivo. Fala sério!

Chouchou: vai sarada, já chegou aí em cima vai amarelar?! Você vão cair?! Não te dou permissão sua molenga!

Muito obrigada chouchou. Ela sabe como motivar as pessoas. Subi mais um pouco. Estou quase, só preciso tocar o sino do teto. Estou ofegando, isso não é bom.

Chouchou: não olhe para baixo! Caso não saiba está muito alto!

Ah droga, lascou. Eu não vou conseguir. Meu professor é um cretino que me odeia, ele está até sorrindo mentalmente só de pensar que vou desistir.

Chouchou: você é uma uchiha! Vai logo

É eu sou uma uchiha, eu sou! Meu corpo trêmulo subiu mais um pouco e quando estava perto o bastante para tocar, Só precisava erguer minha mão mais um pouco, só mais um pouquinho...

Sarada: AH! – gritei quando minhas mãos suadas resolveram fraquejar, caí de uma altura de quatro metros e caí de bruços no colchão. Ouvi tantas e mais tantas risadas.

Meu corpo está tão dolorido e vai piorar amanhã, ergui o rosto um pouco e vi uma lente dos meus óculos rachada. Ouvi uma risada se sobressaindo das outras, ergui o rosto mais alto e vi o mitsuki o boruto na arquibancada rindo de mim.

Otários. Grandes otários e burros.

Chouchou: ai sarada que fracasso hein! – chouchou veio me ajudar a levantar

Sarada: sério chouchou, pode só me observar da próxima vez?

James: ah nossa, que decepção – meu professor me fitou com um pingo de vitória nos olhos – sempre se vangloriando esses jovens de hoje e numa simples tarefa fracassam, são os pais, os pais mimam demais.

Chouchou: que isso professor, a sarada chegou mais perto que todo mundo

James: se ela tivesse subido mais teria empatado. Sarada não é tão boa quando diz – me provocou

Sarada: quem foi melhor? – tinha chegado atrasada na aula, então assim que cheguei era minha vez de subir. Quase recebi uma advertência pelo atraso.

James: bom, deixe-me ver – ele olhou uma lista – senhor uzumaki fez com êxito o maior tempo.

Olhei chouchou mortalmente, quando cheguei ela disse que ninguém conseguiu completar até o quinto nível da corda.

Chouchou; ah eu não devo ter prestado atenção ta... desculpe  – disse sem graça

Olhei boruto na arquibancada, ele está conversando com o mitsuki, ele me encarou também, sério assim como eu.

Chouchou: por que vocês precisam brigar tanto? – chouchou me deu um empurrão com o ombro – vamos logo, não olhe ele – ela me puxou pelo braço

Sarada: ele é tão convencido, e insolente, se acha tanto!

Chouchou: sabemos disso! Ele é medito...

Sarada: e arrogante!

Chouchou: você também é arrogante, sarada! Por isso se odeiam tanto, são parecidos, os semelhantes se repelem, é normal.

Sarada: e ainda por cima tenho que ver ele todo feriado estupido, por que nossos pais são amigos – ofeguei – não entendo como pessoas boas podem ser os pais desse energúmeno! o senhor uzumaki é tão gentil e legal.

Chouchou: O pai dele é tão gato. Que olhos e que corpo. – suspirou – o adulto tatuado mais sexy que já vi

Sarada: chouchou!

Chouchou; o seu pai também é gato – riu sonhadora – eles tomam alguma coisa? Poção da beleza ou algo assim? São amigos, devem compartilhar o segredo um com o outro.

Sarada: sua idiota...

Chouchou: acabamos de entrar no segundo semestre do segundo ano, sarada, é o nosso ano, tudo o que fizermos irá decidir o que somos, precisamos de um romance, universitários, isso.

Sarada: ah o que?! você não dizia que o mitsuki era caidinho por você?

Chouchou: ah ele é. Sarada se eu desse uma moeda para cada cara que é afim de mim, eu estaria morando na rua agora. Não posso dar confiança para todos.  – sorri – estou dizendo precisamos de namorados imediatamente.

Sarada: garotos são idiotas e perda de tempo

Chouchou: mas são bonitos e são bonitos – sorri

Sarada: onde encontraremos universitários bonitos que se interessam por garotas de 17  e 16 anos?

Chouchou: garotas de 17 anos bonitas – corrigiu – você quase vai completar 17, pode falar que tem 17.

Sarada: jovens adultos não curtem garotas de colégio

Chouchou: quem disse?!

Sarada: chouchou. Temos que focar nos exames, ok?

Chouchou: focar nos exames – debochou – ou focar o filho mais velho do seu padrinho.

Sarada: como é!?

Chouchou: amanhã é ação de graças, vocês irão se ver.

Sarada: elliot? Elliot uzumaki?

Chouchou: tem uma queda por ele, todas temos para dizer a verdade

Sarada; aos 11 anos! Isso é passado...

Chouchou: ele é um gato. E estuda na Julliard.

Sarada; grande coisa.

Chouchou é grande coisa sim, é a escola de artes cênicas mais prestigiada do país. Ele é músico, então também é paquerador.

Sarada: você é ridícula – cruzei os braços

Chouchou: de quem gosta agora?

Sarada: de ninguém, eu só quero me concentrar nos exames da escola. – sentamos na arquibancada – quero ficar em primeiro lugar dessa vez

Chouchou: você estuda tanto, sabe que é em vão. O seu inimigo ali consegue as respostas das provas, por isso o chamam de trapaceiro.

Sarada: eu sei, ele é baixo e sujo. E eu vou denunciá-lo

Chouchou: não faça isso

Sarada: eu estudo todos os anos para ficar e primeiro lugar no ranking, e esse idiota não estuda nem 11 minutos e consegue.

Chouchou; bom. Você que sabe. Mas ele vai descobrir

Sarada; eu não estou nem aí.

(...)

Enquanto andava pelo corredor da escola abraçada aos meus cadernos, fiquei pensando na ideia maluca da chouchou, que garota doida... mas seria até que divertido, ter uma namorado mais velho.

Ah sarada não pense nessas idiotices... parei de andar quando ouvi  um som. Olhei para a porta de vidro escrito “clube de música”, me aproximei e vi dus garotas cantando e sorrindo, tinha outras pessoas também com partituras e instrumentos.

— queria estar lá?

Sarada: por que acha isso? – quase me assustei com a presença, mas me mantive impassível.

Boruto: intuição. – ele guardou seus materiais da escola na bolsa de alça preta. – gosta de cantar? não sabia disso...

Sarada: está errado. – ele me olhou duvidoso – gosto de música, não tenho interesse em cantar. Acho bonito, os instrumentos não necessariamente cantar.

Boruto: mesmo? – ele olhou para o clube – ainda falta um ano e meio para nos formarmos, já sabe o que quer fazer não é? Ou sabe o que seus pais querem que faça?

Sarada: não entendi sua pergunta.

Boruto: filha de um advogado e de uma médica – riu – que desastre – ele passou a mão no livro que segurei, foi um movimento tão rápido que quase perguntei o que ele fez, mas ele só havia tocado no livro, eu acho.

Sarada: você vê um desastre? Eu vejo sucesso. E normalmente é hereditário

Boruto: não me respondeu. – cruzou os braços

Sarada: serei uma cientista, talvez engenheira, Ou presidente, assim posso te expulsar do país

Boruto: uau – riu – não sei como não havia pensado nisso

Sarada: pode debochar. Eu não dou a mínima

Boruto: não é deboche. Acho engraçado a sua pose.

Sarada: quer brigar?! Você quer brigar... já se recuperou do soco que eu te dei no natal passado?

Boruto: v-você me pegou desprevenido – disse constrangido

Sarada: aposto que sim – falei com sarcasmo

Boruto: uou, se acalme, não sou eu que estou mentindo para mim mesmo, minto para meus pais, não para mim, seria covarde demais – ela andou para trás

Sarada: some daqui – ergui o punho

Boruto: não precisa nem pedir – ele rumou até a porta de entrada da escola e saiu

Bufei, realmente não nos damos bem desde sempre e não sei por que, há raros momentos que até conseguimos conversar e rir, mas é extremamente raro. Enfim somos semelhantes e nos repelimos.

Saí da escola logo depois ele ter ido, chouchou estava me esperando, ela acenou para mim.

Sarada: não precisava ter me esperado, o clube de química acaba mais tarde do as aulas normais.

Chouchou: é claro que tinha que esperar – começamos a andar na calçada – o que é interessante que nessas horas os atletas na Columbia estão treinando

Sarada: chouchou! Não acredito que só me esperou para isso

Chouchou: não quer ver aqueles lindos pedaços de mau caminho?

Sarada: ta bom, um pouco – nós rimos

Chouchou: por que está carregando todos esses livros?

Sarada: alguém furou minha mochila enquanto estava no vestiário

Chouchou: aposto que foi aquela vaca da Sandy! Aah eu ainda vou dar uns tapas naquela cara dela. – sorri

Sarada: não seja agressiva!

Chouchou: deixa eu te ajudar – ela pegou uns cadernos, meu livro se abriu e caiu no chão – me desculpe

Sarada: tudo bem, tirei o livro do chão e vi um papel nas páginas, virei o papel do outro lado e percebi que é um ingresso

“apresentação de balé da escola de Chandler no teatro Montreal, Manhattan 22:00”

De onde foi que isso veio?

Ah! Ele tocou no meu livro enquanto conversávamos sabia que tinha sido estranho aquele movimento!

Chouchou: o que foi sarada?

Sarada: nada – guardei o ingresso no bolso – vamos ver os universitários?

Chouchou: é claro que sim! – disse animada

(...)

Tinham tantos rapazes sem camisa que chouchou fez até um a descrição de cada atleta universitário, fiquei espantada quando percebi que ela sabia os nomes de cada um deles também.

Olhei as horas do celular e já está tarde, subi os degraus e entrei na minha casa, tantas caixas de mudança no chão, saímos de Chicago já faz 3 meses e até hoje meus pais não arrumaram tudo.

Sakura: onde estava sarada!? Devia ter chegado duas horas atrás – minha mãe já começou o interrogatório quando apareceu no hall

Sarada: estava andando com a chouchou.

Sakura: sarada. – bufou – nem me avisou.

Sarada: eu te liguei um milhão de vezes, mas não atendeu – passei pelas caixas e coloquei os livros em cima da mesa – preciso de outra mochila

Sakura: aquelas putas da sua escola estão te perseguindo? Que grosseria, eu vou na sua escola e... – minha começou a tagarelar, suspirei lentamente

Sarada: ah mãe, não faça nada só compre outra mochila, vão parar quando perceberem que não tem graça.

Sakura: ah sarada, por que você não é popular igual a mamãe na escola?

Sarada: talvez por que eu tenho um cérebro brilhante demais para ser popular

Sakura: garota olha a boca – ela exclamou contrariada – eu sempre fui popular e inteligente

Sarada: mãe eu não quero ser uma celebridade escolar. – entrei na cozinha e peguei uma maçã – onde está o papai?

Sakura: está preso no trânsito, eu acho, não sei onde meu celular está

Sarada: mãe, nós temos telefone fixo, sabia? Por que não liga para ele?

Sakura: ah é mesmo! – eu ri – está com fome, claro que está! Ficou fora o dia todo! Eu pedi comida tailandesa a favorita de você e seu pai.

Sarada: uhul, que delicia. – cruzei os braços

(...)

Sasuke POV

Sasuke: segure isto – joguei a caixa nele

Gaara: ai seu filho puta... – reclamou

Sasuke; olha a boca – tirei as chaves do bolso – quer jantar na minha casa se comporte.

Gaara: não quero comer a comida industrializada de vocês, quero que faça logo esse processo para eu voltar para a minha casa e comer a minha mulher

Sasuke: sarada deve ter chegado, vê se cala a boca

Gaara: faz tempo que não vejo ela, uns dois anos que não vejo vocês pessoalmente

Sasuke: você só sabe trabalhar e ficar rico – entramos

Gaara: sou um magnata poderoso e bonito, preciso manter isso

Sasuke: como está ino?

Gaara: bem, somos um casal muito bem sucedido, na vida e na cama

Sasuke: eu já disse olha a boca – ele riu

Sakura: gaara! – sakura apareceu e o abraçou – quanto tempo

Gaara: sem contato físico, sakura...

Sakura: ah para com isso – ela empurrou ele levemente – venha a comida chegou.

Gaara: o que pediu? – sakura colocou o casaco dele no armário

Sakura: comida tailandesa, já provou?

Gaara: acho que não – fomos para a sala de jantar, sarada está sentada na cadeira mexendo no celular e comendo

Sakura: sarada da para você guardar esse celular e esperar que todos sentem a mesa para comer

Sarada: estou com fome mãe – ela me olhou – oi pai

Sasuke: oi, como foi o dia?

Sarada: legalzinho – guardou o celular – oi tio gaara

Gaara: sarada, está tão alta... tem quantos anos? 17?

Sarada: 16 na verdade.

Gaara: já arrumou um namorado para irritar seus pais?

Sarada: ainda não – ela me olhou

Sasuke: só por cima do meu cadáver mocinha – nos sentamos nas cadeiras

Sakura: ela pode namorar o quanto quiser, sasuke. Ela é jovem e inteligente, o que significa que não vai aparecer grávida em casa

Sarada: ah credo mãe, precisam falar assim?

Sasuke; melhor prevenir do que remediar.

Sakura: sasuke ela tem liberdade para namorar o quanto quiser, usando camisinha tudo pode

Sarada: ah credo parem com isso!

Gaara: não adianta falar mais, sarada, você não existe agora, existe o assunto “sarada” não você

Sarada: notei...

(...)

Boruto POV

Boruto; agr, mas ele é tão... – bufei – aquele velho, ele só sabe ficar até tarde trabalhando, nem liga para minha mãe! Ele é um idiota!

Minato: olhe a boca, rapaz – ele bebeu vinho – boruto, já tem 17 anos, está na hora de largar esses desentendimentos com seu pai.

Boruto: se ele pelo menos fizesse algo certo – cruzei os braços - minha mãe sofre muito

Minato: seu pai parece distante, mas ele também tem sentimentos, está bem? - mordi o lábio irritado - quer pedir mais alguma coisa?

Boruto: estou satisfeito, Obrigado.

Minato: quer sobremesa? – assenti sorrindo, ele riu.

Boruto: e-e eu também não gosto do jeito que te trata, ele nem te abraça, vovô! Ele é seu filho! E te trata como um parente distante da minha mãe!

Minato: ah boruto – suspirou – eu não mereço nenhum tratamento especial, não fui um bom pai para o naruto, acredite, eu prefiro esse tratamento superficial do que nenhum, não cuidei do naruto como deveria. Estou até surpreso por ele me deixar ver meus netos.

Boruto: não é desculpa, ele deveria te tratar bem, você é o pai dele oras!

Minato: que ironia vindo de você. – abri a boca para retrucar, mas me contive. – como sua mãe está?

Boruto: bem... ela é muito reservada, ah sabe, é a mamãe, ela está bem

Minato: mesmo?

Boruto; ah é claro, ela é durona – ele riu – quanto tempo vai ficar na cidade?

Minato: até elliot voltar de Berlim, quero ver ele antes de voltar para casa.

Boruto: ele disse que vem daqui a uns dias

Minato; já está na hora de voltar para casa – ele olhou o relógio de pulso – boruto, respeite o seu pai, entendeu?

Boruto: ele não merece!

Minato: não importa, ele é seu pai. Enfim, diga a sua mãe que mandei um abraço a ela.

Boruto: sim senhor.

Minato: vamos esperar a sobremesa e depois te levo para casa.

(...)

Nova Iorque, 20:39

Naruto POV

Boruto: Depois de jantar com o vovô Posso dormir fora hoje?

Naruto: onde?

Boruto: na casa de uns amigos, só isso... – ele realmente acha que acredito nisso? Eu inventava desculpas melhores na idade dele

Naruto: está bem, avise sua mãe, e peça ela permissão.

Boruto: ela não vai deixar...

Naruto: então você não vai

Boruto: qual é pai, por favor, me ajuda, hoje é um dia importante.

Naruto: o que? Vai beijar pela primeira vez? – disse sarcástico

Boruto: eu já fiz isso! – pude escutar ele gaguejar, ele sempre ficou constrangido de falar essas coisas

Naruto beijar sua própria mão não conta – ele gritou de raiva

Boruto: não beijo minha própria mão, já beijei alguém sim!

Naruto: então vai... transar? – sussurrei

Boruto: ah que nojo, eu te odeio!

Naruto: já fez isso também? que garoto precoce o meu filho é. – continuei a zombar – mas você sabe o travesseiro não conta...

Boruto: pai, por favor. Pare. Olhe... me deixa dormir fora hoje.

Naruto: você vai arrumar um problemão para mim quando eu ver a sua mãe.

Boruto: por favor, eu te imploro.

Naruto: está bem – suspirei – só se cuide ouviu? Não faça nada perigoso.

Boruto: eu nunca faço! – sorri

Naruto: não se sinta pressionado pelos seus amigos a perder a virgindade ainda, não se preocupe tudo vem com o tempo – disse sem conter a risada

Boruto: ai que raiva pai! para de falar essas coisas! – gritou, eu gargalhei – tchau, pai – ele encerrou a ligação

Hannah: você se da bem com o seu filho. – ela sorriu

Naruto: na verdade é uma das poucas vezes que não estamos brigando, nós temos muito em comum e isso não é bom, sempre batemos de frente. – guardei o celular

Hannah: e o elliot? Como é o relacionamento de vocês? Na ultima consulta você mencionou ele, mas não deu detalhes

Naruto: ótimo, muito bom. As vezes ele se fecha um pouco no mundo dele, sabe... fora isso é um rapaz inteligente e esperto... tenho orgulho dele.

Hannah: ele é um estudante?

Naruto: é. Ele estuda e uma universidade de artes daqui de nova Iorque, ele quer ser músico – ri – foi difícil aceitar na época, mas quando ele quer algo ele consegue.

Hannah: é uma bela profissão, ele toca o que?

Naruto: piano, ele sempre gostou. As vezes violino ou violoncelo.

Hannah: por que não conversamos sobre a himawari? Você esteve protelando esse assunto já faz meses. E acho que é sobre ela que veio me procurar...

Naruto; bom... – dei uma pausa longa na fala – eu não sei por onde começar...

Hannah: sua filha mais nova. – disse séria – me contou que ela nasceu prematura, pálida e pequena e por isso chamava ela de grão de arroz – meus olhos começaram a arder, mordi o lábio – fale mais sobre ela. Seu grão de arroz.

Naruto: eu preciso mesmo? Não posso protelar mais? – usei a palavra chique dela

Hannah: está pagando muito caro para eu te ajudar – ela abriu o bloco de notas – e tenho certeza que se sentirá melhor em conversar com alguém. – meneei com a cabeça e concordância – como ela era?

Naruto: muito... linda e inteligente, e corria sem parar pela casa. Hinata vivia dizendo para ela andar normalmente, mas ela parecia sempre ter pressa, corria até a sala, até a escada... gostava de animais, de ler e cantar... era uma boa filha. – ofeguei – era uma criança maravilhosa, saudável e brilhante.

Hannah: ela parecia ser gentil. – assenti 

Naruto: ela... sempre me perdoava por eu ser ausente em casa. Dizia que estava tudo bem, que eu poderia compensar mais tarde. Ela era tão boa... ainda fico parado na porta dela sabe... - funguei - normalmente sou o último a chegar do trabalho e antes de ir dormir eu me sento no corredor do lado da porta dela, e fico pensando... como lia para ela antes de dormir e... como ela tinha um sorriso tão bonito... ela sempre foi linda sabe...  

Hannah: lamento muito pela sua perda – limpei o rosto – ela e os irmãos tinham um bom relacionamento?

Naruto: bom, ela brigava muito com o elliot por que ele chamava ela de feia e falava que ela nunca ia se casar, ele gostava de provocar ela o boruto.

Hannah: irmãos mais velhos – suspirou – tenho um e nunca tive um dia que ele não me provocava.

Naruto: boruto mimava ela o tempo todo então eles raramente brigavam

Hannah: o que faziam juntos?

Naruto: jogos e brincadeiras, na maioria das vezes. Quando elliot vinha passar o verão em casa, os três faziam um forte de almofadas na sala e ela não saía de lá por um bom tempo... da ultima vez, ela dormiu a noite toda lá. Hinata toda hora descia para ver se ela estava bem...

Hannah: ultima vez? Tem quanto tempo?

Naruto: quase três anos.

Hannah: é um longo tempo.

Naruto: tempo demais.

Hannah: quem te avisou que o ônibus da escola dela havia caído?

Naruto: hinata. Ela me ligou, estava com medo. Eu também senti medo imediatamente eu voltei de avião para cá. Estava fora do país.

Hannah: deve ter sido difícil.

Naruto: foi um inferno, ninguém nos dizia nada, se as crianças estavam bem, se minha filha estava bem... isso nos torturava. Dizem que nenhuma noticia, é uma noticia boa, nas foi sufocante.

Hannah: já faz três anos, naruto.

Naruto: mas não esqueço. Não consigo esquecer.

Hannah: e a hinata?

Naruto: ela tenta voltar a rotina, o restaurante... fica lá por muito tempo do dia. Acho que ela está conseguindo encontrar um jeito de parar de sofrer.

Hannah: e você?

Naruto: acho que me perdi no caminho. Tentei conversar com ela, muitas vezes, mas... hinata não gosta de conversar sobre ela. As vezes chorava, outras ficava com raiva

Hannah: de você?

Naruto: sim, eu assinei a autorização para a viajem da escola. Himawari queria tanto ir, hinata disse que ainda era cedo para ir tão longe sem nós, mas eu falei que ficaria tudo bem. E ela confiou em mim.

Hannah: a culpa não é sua naruto.

Naruto: é sim... – cruzei os braços – ela teria o que agora? 14 anos? Estaria crescendo... forte e bela.

Hannah: hinata disse que a culpa era sua? – neguei

Naruto: hinata sempre se importou muito comigo e ela sabe que me magoaria muito, então ela não diz em voz alta, mas eu sei.

Hannah: como estão agora?

Naruto: é estranho. As vezes conversamos.... outras vezes nós ficamos em silencio. É relativo. Não é mais a mesma coisa. 

 

Hannah: vem aqui há três meses e o que notei é que, tenta ser bom pai naruto, você tenta o máximo que pode para dar a vida que seus filhos merecem, mas sente como se não estivesse próximo o suficiente dos seus filhos, e principalmente do elliot, não por ele ser adotado, mas sim por ele não se comunicar o suficiente, como se houvesse coisas na vida dele que você precisa desesperadamente saber mas elliot não dirá.

Naruto: uau. – pigarreei

Hannah: você ama a sua esposa. E sente uma preocupação exagerada quanto a saúde dela, estão juntos há tampo tempo que é como se não soubesse mais o que estar longe dela, e quando a filha de vocês morreu ela ficou tão desolada que isso só o fez sofrer e dobro. por isso acha que precisa que ela o perdoe por ter assinado aquela autorização. Acha que a culpa é sua.

Naruto: e é.

Hannah: está enganado. Não é necessário se perdoar, você estava sendo um bom pai, queria que ela viajasse para esse passeio escolar.

Naruto; você é boa – comentei

Hannah: tenho Phd em psicologia, doutorado aqui no país e mestrado. E dou aulas em Oxford por alguns meses do ano

Naruto: isso é... impressionante – ela sorriu

Hannah: Você... se arrepende amargamente de não ter passado tanto tempo com a sua filha, se arrepende de... não saber coisas banais sobre ela, como cor favorita e série de tv favorita.... isso o machuca muito, pois apesar de não ter tido oportunidade de passar muito tempo com ela, você a amava muito.

Naruto: eu a amava sim... - assenti - escolhi o nome dela, a vi crescer, a vi andar e falar pela primeira vez - suspirei - não é justo.

Hannah: não, não é justo. 

Naruto: o que eu deveria fazer? – murmurei

Hannah: parar de pensar em como tudo teria sido se não tivesse assinado o bilhete. Parar de pensar no que ela teria se tornado e nas coisas que ela teria feito, e na idade que ela teria agora.

Naruto: não posso fazer isso.

Hannah: não pensar no futuro dela, não quer dizer para não pensar nela.

Naruto: é inevitável... – neguei

Hannah: está superestimando a...

Naruto: você tem filhos? – interrompi ela

Hannah: não, eu não tenho.

Naruto: não posso não pensar nela, você não entenderia. tem vezes que eu paro o que estiver fazendo e fico pensando nela, então eu começo a chorar e não consigo mais respirar, é como se faltasse algo dentro de mim que é vital para que continue vivendo.... e-eu... – ofeguei – é melhor paramos aqui.

Hannah: terminamos essa conversa semana que vem, está tarde – olhei para a janela, o céu está escuro.

(...)

Sarada POV

Penteei meu cabelo enquanto me olhava pelo espelho.  Meus pais já foram dormir... estou decidindo se vou ou não nessa apresentação de balé. O ingresso está na minha penteadeira, e estou olhando para ele neste momento. Eu vou ou não?

Seria interessante, ver outros estilos de dança... mordi o lábio inferior... mas eu deveria avisar meus pais, não! Eles não me deixariam ir para Manhattan as 10 horas da noite! Abri meu closet e afastei os cabides, puxei a gaveta, peguei um relógio e dois anéis, vi minha mochila escondida no fundo.

Meus pais não sabem que pratico balé, e sinceramente não sei por que nunca contei a eles. Comecei a fazer quando fui em uma academia pública de dança em Chicago dois anos atrás, e quando vim para cá pensei que não poderia mais dançar, mas minha professora falou que aqui tinha uma filial também, e os horários são perfeitos para mim... meus pais nem sabem de nada.

Eu vou nessa apresentação.

Peguei um vestido do cabide coloquei ele na cama junto as joias. Tirei as roupas e vesti ele. Parece adulto, mas até que se encaixou perfeitamente com meu corpo, ele tem perolas no busto e nos ombros dele e um decote enorme nas costas, tenho que estar formal em um evento como esse.

Me olhei pelo espelho e sorri grande. É uma das poucas vezes que tenho certeza de que estou gostosa para caralho! O vestido é maravilhoso. Parece combinar comigo.

Calcei os saltos e peguei a bolsa. Ok, agora como vou sair daqui sem fazer barulho. Fui até a janela, tem uma arvore. Grande e forte... nenhum galho va quebrar. Abri a janela e subi na arvore para logo descer dela.

(...)

Olhei o relógio no pulso já deve estar começando, apressei os passos, não poderia correr por causa dos saltos. Saí do metrô e fui em direção ao teatro, já vim aqui uma vez, acho que me lembro onde tudo fica...

Já a umas quadras pude visualizar a fachada do prédio, não tinha muitas pessoas na bilheteria, óbvio já que estou atrasada... quando cheguei mais perto notei que a calçada tinha uma pessoa. Atravessei a rua e me aproximei, eu conheço esse safado. Ele estava de costas, se virou assim que me aproximei, ele sorriu presunçoso.

Primeira vez que vi ele usar terno, e não ficou nada mal

Boruto: você demorou – olhou o celular – já estava impaciente – colocou as mãos nos bolsos, ele deu um sorrisinho – até que está bonita. Não achei que garotos usavam vestidos – olhou meu vestido, revirei os olhos

Sarada: tenho perguntas.

Boruto: depois do balé – ele ergueu braço para entrelaçar com o meu. Segui reto para dentro do teatro, entreguei o ingresso e entrei. – ei! – ouvi ele me chamar, fui em direção da porta numero 6, e abri.

Sorri maravilhada, que vista... o teatro é estonteante... grande e fabuloso... lotado de pessoas, os bailarinos faziam a reformasse com toda leveza e emoção do mundo.

Boruto: nem me esperou... malvada. – ele está no meu lado – vamos nossas cadeiras são ali no lado norte – apontou, não consegui me mover, estava tão encantada com a dança. Senti ele segurar meu cotovelo e me puxar devagar. – terra para sarada uchiha

Ele me encaminhou para os lugares e nos sentamos. Eu pensei em perguntar quando a peça acabasse, mas a curiosidade ainda me martelava

Sarada: se queria ter um encontro, por que não me convidou?

Boruto: encontro? – indagou assustado – não quero ter um encontro com você, é só uma saideira.

Sarada: o que?

— oi sarada! – ouvi um sussurro, nos bancos a frente estava hide, Finn, mitsuki, chouchou e shikadai.

Sarada: o-olá pessoal – ah que vergonha, não acredito que disse a palavra “encontro”

Ouvi boruto rir baixo, dei uma cotovelada nele e parou de rir.

A dança foi espetacular, cheia de vida, emoção e sincronia... foi tudo perfeito. Posso até não dizer em voz, mas fiquei feliz por ele ter colocado aquele ingresso no meu livro.

Quando saímos do teatro, começamos a caminhar, chouchou estava descaradamente flertando com mitsuki, que parecia se divertir com as cantas dela. Hide e finn fazendo as piadas hilárias que nos matam de tanto rir, os dois são ótimos pena que só nos encontramos quando tio gaara e tia ino vêm fazer visitar a trabalho ou a lazer. Shikadai estava com sono, mas até que se esforçava para conversar conosco.

Boruto: tome aqui – ele tirou o blazer e me entrou – está frio, suas costas vão congelar

Sarada: obrigada – peguei o blazer e vesti – esqueci do casaco, estava muito eufórica.

Boruto: tudo bem – os outros estavam na nossa frente

Sarada: como sabia? Que gosto disso?

Boruto: não é a única a frequentar a academia pública de artes de nova Iorque

Arregalei os olhos, como ele sabe disso?

Sarada: c-como?

Boruto; já vi você várias vezes lá, uma vez fiquei curioso e te segui, nem imagina minha surpresa ao te ver dançando daquele jeito

Sarada: o que faz lá?

Boruto: ah eu... fico 8° andar durante os intervalos da escola, eu pinto.

Sarada: pinta? É um artista?

Boruto: não sei se posso me chamar assim – deu ombros – gosto disso, é relaxante... desenho muito bem, sei pintar muito bem... e o espaço é de graça

Sarada: não sabia disso.

Boruto: nem eu sabia que dançava

Sarada: bom, eu nunca contei a ninguém, só a chouchou sabe...

Boruto: nem eu contei aos meus pais que vou nesse lugar.

Sarada: por que não? Não é por medo, sua família é artistas... – ele riu, notei a confusão no olhar dele – digo, seu pai é um excelente fotógrafo, já vi inúmeras fotos, ele deixa tudo tão incrível e paralisa essa perfeição em um papel... e sua mãe, que comida formidável, culinária é arte também, seu irmão é músico, e foi convidado para a orquestra filarmônica de Berlim... você não seria nenhum esquisito da família.

Boruto: e você seria esquisita?

Sarada: é obvio, minha mãe é cirurgiã, neurologista, doutora tem mestrado e etc... meu pai é um advogado, tem um escritório gigante, ele logo vai se tornar um juiz... a filha de duas pessoas assim não deve fazer balé para ganhar a vida.

Boruto: mas faz – o pessoal parou em frente a uma barraca de sorvetes, todos compraram, boruto pagou um para mim. – não pretende contar?

Sarada: nem pensar... – eu ri

Boruto: uma hora vão saber

Sarada: mas não precisa ser agora... – suspirei

Chouchou: sarada! – chouchou gritou animada – carrossel, vamos ir! – apontou para o brinquedo grande do parque.

Sarada: estou indo! – ela assentiu e correu para lá com os garotos – vamos naquele antes – apontei para a roda gigante

Boruto: a-ah... melhor não... – gaguejou, o olhei – vamos no carrossel com o pessoal

Sarada: ainda tem medo de altura? - disse formando um sorriso

Boruto: se lembra disso? – riu – não tenho medo, já superei há algum tempo...

Sarada: você era tão medroso, só ficava segurando barra da saia da tia hinata.

Boruto: toda criança é assim! – se defendeu

Sarada: bom, se você tem medo, eu posso ir sozinha – caminhei até a roda, ele me seguiu

Boruto: que isso! Não tenho medo! – o senhor abriu a porta e entramos na cabine da roda, depois de alguns segundos ela começou a se movimentar – b-bom... mas e se eles descobrirem?

Sarada: será meu fim...

Boruto: não acho que eles brigariam...

Sarada: minha mãe talvez não, mas meu pai... sempre conversamos sobre meu futuro, ele fica animado com as profissões sérias sabe...

Boruto: ah ele supera... – o olhei

Sarada: e por que você não conta?

Boruto: no começo era por que minha irmã tinha acabado de morrer... e contar para meus pais naquela hora... parecia fútil...

Sarada: sinto muito... – ele sorriu fraco

Boruto: e com passar do tempo... me senti mal, acho que eles ficariam chateados por não saberem sobre mim tanto quanto acham que sabem... e se tornou uma bola de neve...

Sarada: talvez se contar que começou a pintar recentemente, e que frequenta a academia de artes pouco tempo atrás...

Boruto: acho que descobririam uma hora ou outra que não contei toda verdade.

Sarada: lamento muito pela sua irmã...

Boruto: eu sei... obrigado.

Sarada: não achei que poderíamos passar duas horas juntos sem brigar

Boruto: ah nem é assim, sarada, nós temos nossos momentos pacíficos... – o olhei descrente – se lembra do aniversário do shikadai? Conversamos a noite inteira e nem brigamos.

Sarada: sim, eu me lembro – olhei o carrossel lá embaixo, estavam se divertindo. Quando chegamos no topo a roda parou

Boruto: ai meu deus o que aconteceu!? – ele se assustou

Sarada: isso é normal, ela para algumas vezes, boruto

Boruto: eu não sabia, pensei que seria rápido – ele olhou o chão – por que isso para?!

Sarada: cara, você subiu a corda inteira na aula de educação física, a roda não é tão alta assim... – parei de falar quanto olhei para baixo, isso tem uns 15 metros de altura

Boruto: é diferente, ela só tem 5 metros.... a-aqui... – ele começou a respirar rápido

Sarada: não se preocupe, vai voltar a se mover, é normal... – é engraçado ver ele com medo, mas não riria dele assim na cara.

Boruto: ok – ele se recostou no banco e fechou os olhos, ainda respirava com dificuldade – por favor, roda volte a se mexer... – sussurrou

Sarada: boruto não tenha um ataque aqui em cima... – tentei acalmar ele – só fique parado – me recostei também no banco – não irei me mexer se você também não se mexer – sorri, ele abriu os olhos e me olhou – temos um acordo?

Boruto: s-sim... – ele olhou para frente, ele estava tremendo, pensei em inúmeras coisas para fazer ele se distrair, mas nada me veio na mente... o que fazer? O que fazer, ele vai dar uma de louco aqui em cima?  Olhei ele e ele também encarou, foi um curto momento estranho, ele parecia que ia explodir em um ataque de pânico. Olhei a mão dele parada no banco, e a minha está próxima. Segurei a mão dele entrelaçando os dedos e apertei, ele também fez isso.

(...)

Naruto POV

Caminhei pelo corredor lentamente, acendi as luzes. Boruto não está em casa, e elliot está em Berlim tocando em concertos e hinata no restaurante. Passei pelos quartos e parei na porta rosa cheia de desenhos feito a caneta permanente.

Hinata surtou quando viu isso, himawari tinha 4 anos, viu uma caneta no meu escritório e fez essa arte... sorri sozinho. Depois de um tempo hinata desistiu e passar demão de tinta na porta.

Toquei na madeira.

Naruto: posso entrar? – abri a porta, ela estava na cama deitada – está acordada?

Himawari: estou. – ela sorriu

Naruto: feliz aniversário, grão de arroz – me aproximei e sentei na borda da cama – parabéns

Himawari: obrigada pai. – segurei a mão dela

Naruto: me desculpe por não ter vindo no seu jantar de aniversário... eu sei que disse que viria, mas... surgiu muitas coisa para fazer de ultima hora.

Himawari: você estava ocupado, eu entendo. Boruto sempre faz escândalos por causa que... você não passa muito tempo com a gente... mas eu entendo que é muito ocupado no trabalho. Se pudesse ficaria muito mais conosco, eu te perdoo.

Naruto: ah... – me controlei para não chorar naquele momento – obrigado, grão de arroz.

Himawari: eu te amo, pai.

Naruto: também te amo – beijei a mão dela – te trouxe isso – tirei o embrulho do bolso e entreguei para ela – 11 anos, está crescida.

Ela ficou sentada e começou a abrir o papel

Himawari: pai obrigada! – ela exclamou – é muito bonita – ela colocou a pulseira no braço

Naruto: não sabia o que te dar... eu deveria saber, mas... desculpe...

Himawari: eu adorei, é minha primeira pulseira que não é plástico – sorri

Naruto: está crescendo rápido.

Himawari: não estou, você que está vendo tudo rápido demais.

Naruto: parece que foi ontem que vi você tão pequena e frágil

Himawari: pai não! – ela bufou – você não vai fazer discurso vai?! De como estou crescendo e bla, bla, bla.

Naruto: e você estava lá na incubadora, nunca senti tanto medo na minha vida – ela se jogou na cama emburrada, sorri – ficou naquele lugar por tanto tempo. Daqui a uns anos você vai ir para o colégio, e se formar, não quero que se case cedo, então terá uma carreira bem longa... tipo uns 40 anos sozinha, depois você pode pensar em se casar...

Himawari: ah pai você deve parar com a conversa dramática, já ouvi isso da mamãe hoje – eu ri, olhei uns papeis no criado mudo e uma fita azul escrito "primeiro lugar" - é o meu prêmio... fiquei em primeiro lugar na competição de soletrar hoje...

Naruto: mesmo? pensei que tivesse dificuldade em linguagens...

Himawari: li dicionários um montão de vezes para treinar... elliot me ajudou.

Mais uma coisa sobre ela que eu não sabia.

Naruto: parabéns, querida, meus parabéns. - ela abriu um sorriso - Disse a mim mesmo que não iria fazer drama e aqui estou - ri - desculpe - cocei a nuca - era tudo tão mais fácil quando era pequena sabe... era mais fácil te impressionar e te agradar... e agora você faz tudo sozinha... por que não  sou presente. - ofeguei - mas eu te amo muito está bem? - ela assentiu - ah nossa estou emotivo demais hoje - ela segurou minha mão 

Himawari: eu sei pai. tudo bem... 

Naruto: obrigado por me perdoar sempre...

Himawari: guardei bolo para você, está na geladeira

Naruto: eu sei, já comi. – ela riu – vá dormir, prometo que assim que eu conseguir uma brecha, vamos sair, e fazer coisas de pais e filhas, ok? O que você quiser...

Himawari: sério mesmo? – me senti mal por ela estar surpresa – não me lembro da ultima vez que saí com você

Naruto: eu sei... – respirei fundo – eu lamento muito por isso...

Himawari: já disse que entendo, não se atormente com isso – ela riu – iremos ao shopping e você vai comprar muitos sapatos e vestidos para mim, e flores para a mamãe.

Naruto; sim eu vou. Tem algo a mais que queria? Além da pulseira, o que gostaria?

Himawari: eu quero ir na excursão da escola semana que vem.

Naruto: sabe que hinata não deixou

Himawari: todos meus amigos vão ir, não quero ficar em casa e depois ouvir como eles se divertiram sem mim.

Naruto; himawari. – suspirei – é uma viajem para outro estado, Sua mãe não permitiu por que ainda é nova demais

Himawari: eu quero ir, por favor, converse com ela. – não sei se foi por que era aniversário dela ou por que ela era tão persuasiva

Naruto: vou tentar ok? – ela sorriu largo

Himawari: obrigada! – ela me abraçou

Naruto: e-eu prometo que semana que vem, er na quarta feira, depois que chegar da sua viajem iremos a qualquer lugar, o dia todo será reservado para você ok?

Himawari: você prometeu, não tem mais volta

Naruto: eu sei... vou convencer a sua mãe - pisquei

Himawari: obrigada, pai.

Naruto: nunca mais vou faltar nos seus jantares de aniversário, eu prometo. 

Himawari: que bom – beijei ela na testa

Naruto: agora vá dormir... boa noite, querida.

Himawari: boa noite, pai.

Nunca me senti tão vazio em toda minha vida como estou me sentindo agora.

(...)

Hinata POV

Apertei o botão da parede e as luzes da cozinha, hall e a sala acenderam. Olhei a secretaria eletrônica e cliquei na mensagem

Boruto: mãe, eu vou dormir na casa do william, meu pai deixou, te amo.

Droga... ele devia ter me perguntado antes. Naruto não podia ter dado permissão. Pensei em ligar para o boruto e dizer para ele voltar agora, mas... ele não vai me perdoar se fizer isso. Ele é  um adolescente e se eu cortar as asas dele, as coisas irão ficar ruins entre nós.

Naruto; você chegou. – naruto parou no pé da escada, o rosto dele estava um pouco abatido

Hinata: não sabia que estava em casa

Naruto: bom, cheguei  agora praticamente.

Hinata: mesmo? Tão tarde – deixei as chaves no gancho

Naruto: sim, eu estava ocupado no trabalho

Hinata: estava.

Naruto: por que chegou agora?

Hinata: tive ir até o centro – ele me olhou confuso – pensei que pudéssemos sair e jantar então fui no seu escritório, mas já tinha saído, o segurança disse que tinha saído quase 3 horas atrás – ele estreitou os lábios – onde realmente estava?


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Notas finais do capítulo

nossa gente fiquei tão chateada que só duas pessoas comentaram o capítulo anterior... uma pena ne.

bjs em breve vou postar os dois últimos capítulos, lembrando que essa é a primeira parte viu gente, ainda falta mais duas



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