The Love Game escrita por MikaTag


Capítulo 5
Mal me quer


Notas iniciais do capítulo

Quinto capítulo da nossa história. As coisas começam a esquentar no mundo desses jovens.



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Sexta-Feira, 02/12/2016

 Quinta-feira foi um longo dia para Blake. Ela mal chegara à cidade e já teve que lidar com diversas situações, das mais variadas. Intrometimento da Gossip Girl, briga com Dexter... Quando você é uma das pessoas mais famosas e requisitadas do seu bairro você lida com esse tipo de coisa. Então tudo que ela mais queria foi uma bela noite de sono.

 Ela tinha acabado de acordar, mas tarde do que tinha planejado. Talvez tenha sido do álcool de ontem. Pegou o seu celular que estava em uma banca ao lado da cama e olhou as redes sociais. O de sempre: pessoas viajando no facebook, mandando indiretas no twitter, postando fotos com bebida no instagram e falando palhaçadas no snapchat. Jogou o celular do outro lado da cama e tirou as cobertas de cima de si.

 Levantou da cama e se espreguiçou, ouviu uns ossos estalarem, afinal ela era bem magra, parecia uma modelo, ainda mais quando estava com o cabelo longo. Percebeu que estava precisando de uma massagem, não precisava ser em um spa.

 Foi para o banheiro, se apoiou na bancada da pia e se olhou no espelho. O cabelo estava uma bagunça, ela sabia que tinha que dar um jeito nele até amanhã, – estava totalmente embolado e sujo, mas de algum modo ainda estava mais bonito do que o da maioria das meninas – nem que fosse pagar caríssimo em uma simples escova no salão em uma quadra atrás de sua casa.

 Colocou a mão na boca para sentir o próprio hálito e percebeu que não tinha escovado os dentes antes de dormir, ainda estava com cheiro de álcool de ontem. O que era uma tremenda vergonha, ninguém poderia saber daquilo, ainda mais uma garota como ela. Pegou a escova e começou a escovar os dentes.

 Saiu do banheiro ainda de pijamas e foi em direção à porta do quarto. Destrancou e a abriu, deu de cara com sua mãe, Elise Lyon.

— Blake, minha querida – falou Elise enquanto abraçava a sua filha – acordou mais tarde hoje.

— É mãe, foi sem querer – disse Blake enquanto coçava o olho, como quem estivesse com sono.

 Ela estava olhando pra baixo e percebeu que ainda estava de pijama. Não se importou, estava em casa mesmo. Todos mereciam um momento de folga de todo o glamour e das roupas carregadas.

— Vá tomar seu café, já são onze horas. Vamos almoçar fora hoje. – disse Elise enquanto saiu em direção ao seu quarto, que ficava ao lado do de Blake. – Seu pai deu uma saída, mas ele já comeu.

 Ela foi em direção à cozinha, que a única separação que tinha da sala era um balcão. Típica cozinha americana. Viu que nele tinha várias coisas, sucos, bolos, waffles e panquecas. Pegou um pouco de cada comida, uma taça de suco de manga e foi para a mesa.

 Lembrou que o seu celular estava na cama e foi lá pegá-lo. Sentou-se novamente à mesa e olhou as mensagens.

Hoje realmente vou passar o dia e a tarde no trabalho de meu pai, está confirmado. Espero que esteja tudo bem entre nós, não quero que essa fofoca boba abale nosso relacionamento” — tinha uma mensagem do Dexter

Algum plano para hoje? Se não tiver, fala comigo para fazermos alguma coisa” — era da Rachel.

 Ela tomou um gole do suco e cortou um pedaço do waffle.

Dexter, estava meio chateada ontem, mas creio que tudo tenha se resolvido, espero que não aconteça mais coisas assim. Te amo”

Rachel, hoje vou sair para almoçar com meus pais, creio que não dê tempo para nós fazermos algo, tenho que ir ao salão hoje também para as unhas, quem sabe nos encontramos lá. Naquele atrás da minha quadra.”

 Então ela deixou o celular de lado e foi terminar seu brunch.

* * *

 Oliver Davis ouviu alguém batendo na porta.

 Ele tinha acabado de acordar quando se deparou com o sofá cheio de cinzas de cigarro de ontem. Aproveitou que estava sozinho para limpar antes que seus pais aparecessem. Estava vestindo uma calça moletom da Macy’s e sem camisa. Se existia uma pessoa no mundo que não ligava tanto para marca era ele. Mas a roupa tinha que ser bonita, afinal, não importa o valor da roupa, e sim quem esta usando a determinada roupa.

 Foi correndo para porta assim que ouviu o barulho. Olhou pelo olho mágico e viu quem era. Percebeu que não precisava por uma blusa. Ele abriu a porta.

— Oi Jess – disse ele

— Oi Oliver... – disse Jess enquanto olhou para o que ele estava vestindo – Cheguei muito cedo?

 Oliver não era um cara malhado, mas tinha um corpo bem definido. Era de se invejar.

— Não, imagina, entra! – disse Oliver se afastando do espaço da porta para Jess poder entrar – Eu que acordei tarde mesmo. Nem coloquei uma roupa adequada. Não sabia que você estava vindo. Ainda mais que bebi ontem, aí você sabe como é.

— É... sei. – disse Jess enquanto ia andando para se sentar no sofá. Percebeu que a sala estava uma bagunça de garrafa de vodca e vinho vazias, cigarros no cinzeiro e uma caixa dos mesmos cigarros de menta vazia. Sabia que era de Oliver.

— Não liga para a bagunça. Sabe como eles são.

 Era meio impossível não reparar na bagunça que estava naquela sala. Parecia que estavam em algum quarto de hotel de algum cantor que gostava de ostentar bastante.

— Eh, eu vim aqui pra falar de assunto importante – disse Jess – acho que você sabe o que é. Fiquei dormindo preocupado com isso a noite toda.

— Acho que sim. Dexter veio aqui na minha casa ontem me falando umas ameaças. Mas não sei com o que você pode estar preocupado.

 Jess percebeu que as pessoas estavam bem ameaçadoras naquele círculo de amizade, primeiro seu irmão, agora Dexter. E todos se referindo ao mesmo assunto.

— Acho que ele não tem muita moral para ameaçar alguém com esse assunto – disse Jess – até porque ele que é o percursor de tudo.

— Pois é – falou Oliver – Mas sobre o que exatamente você quer conversar?

— É sobre a droga e sobre o Dexter. – esclareceu Jess

— Ah, pode ficar tranquilo, o Dexter já tinha me dito que vai levar amanhã para nós três.

— Mas o problema é esse... – disse Jess meio fazendo um suspense – Eu queria perguntar para Christina, mas ela estava parecendo que estava com pressa, provavelmente para vir para cá.

— É, ela estava aqui ontem, mas qual é o problema?

— Eu acho que Dexter não está pagando ao seu fornecedor.

 Oliver ficou com uma cara espantada. Ele levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro coçando a cabeça como se estivesse preocupado.

— Porque você acha isso? – perguntou ele enquanto ia andando para o corredor em direção ao seu quarto.

— Por que Christina me disse. – disse Jess tendo que falar mais alto já que Oliver não estava mais na sala.

 Quando ele voltou ele estava segurando um saquinho minúsculo na mão com um conteúdo branco.

 Jess sabia muito bem o que era.

— Oliver, eu acho que esta muito cedo... – começou ele, mas não adiantara de nada.

 Oliver abriu o saco e colocou o que restava na mesa de centro. Pegou a caixa vazia de seus cigarros e com a borda fez uma linha reta com ela. Vasculhou os bolsos da sua calça mas não achou o que queria – óbvio, estava usando uma calça moletom de dormir. Então ele levantou e foi até o balcão da cozinha.

 Jess estava acompanhando com o olhar tudo que ele estava fazendo, ele sabia que enquanto Oliver não terminasse, ele não iria ouvir o que ele tinha pra falar.

 Oliver pegou sua carteira no balcão da cozinha e sacou uma nota de cem dólares de dentro. Voltou para a mesa de centro e sentou no chão de cara para a linha de pó branco que ele tinha feito.

 Enrolou a nota e coloco no nariz, sugando tudo que restava.

* * *

 - Nick? — era Emma no celular, namorada de Oliver. Não tinha nem ideia do que o namorado estava fazendo naquele momento.

— Oi Emma! – respondeu Nick Hill – Quais as novas?

— Queria saber se eu poderia dar uma passada aí? – perguntou Emma – Pra gente conversar um pouco.

— Claro, só está aqui eu e a empregada.

— Está bem então.

 Emma era uma garota bastante patricinha, era morena com mechas californianas. Não muito alta, mais ou menos um 1,65m. Estava com Oliver fazia uns meses, eram um casal bonito. Bonito e poderoso. O pai de Emma é prefeito de Nova York, e sua mãe era a primeira-dama – como se isso fosse uma espécie de emprego afinal. Mas um cargo em que  se ganha muitos presentes e não precise gastar com nada poderia se chamar de emprego.

 Ela morava a uma quadra de distância de Nick. Ela o achava muito bonito, com seus cachos, era o diferente da escola, onde a maioria tinha o cabelo liso – sendo natural ou não. Fez uma cirurgia no nariz como presente de aniversário de dezoito anos, apesar de que ninguém viu diferença.

 Os pais de Nick são donos de fazendas de uvas, para fazerem o vinho Hill, o que o fazia um dos meninos mais poderosos do círculo de amizade deles. Era um garoto perfeito, daqueles que pareciam que nunca tropeçam na rua.

— Mas então Emma, como você está? E o Oliver? Tem falado com ele? Ontem ele ficou bem mal. Sorte que já estava em casa. – disse Nick da cozinha, fazendo um suco para eles dois.

— Falei com ele hoje de manhã, disse que a casa estava uma bagunça, mas que ele mesmo ia arrumar. – disse ela enquanto estava sentada no sofá.

 Nick veio da cozinha com os dois copos de suco de laranja.

— Quer colocar algo no suco? – perguntou ele.

— Vocês meninos só pensam em beber. Veja se eu ou Christina ficamos mal ontem. – disse Emma sorrindo e olhando para Nick.

— É o que fazemos de melhor – disse ele.

 Emma estava meio sem graça com uma troca de olhares entre eles dois. Ela sentiu que a partir daquele momento eles subiram um degrau para sair da zona da amizade.

— Emma... Oliver é meu amigo. – disse Nick.

— Shh. – disse ela colocando um dedo na boca dele.

 Ela pegou o copo de suco que estava na mão dele e o colocou em cima da mesa de centro.

— Ele não precisa saber de nada. – e ao finalizar a frase, ela começou a beijá-lo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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