Preto e Branco Colorido escrita por Temyre


Capítulo 3
Certas coisas nem Freud explica.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa demorar tanto, mas como dizem: Tempo é dinheiro.
Boa leitura!!



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–Isso até que é bem legal-Falou Percy olhando para a lua, que acabara de adquirir um tom de groselha estragada.

–Só vai acontecer daqui a trinta anos, então observe o quanto pode- Disse Annabeth, sem tirar os olhos que ia do horizonte á lua que se mostrava como nunca antes.

–Mesmo com uma lua cor de groselha, a coisa mais louca que tá acontecendo é o fato de eu está vendo ela com uma completa estranha.

–Não sou uma completa estranha, você me conhece um pouco- Falou ela bebendo outro gole de sua cerveja.

–Bom, só sei que você não nasceu em Nova York, e que você tem a minha idade e é arquiteta, e não é comprometida.

–Se você quer saber alguma coisa, pergunte-Falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

–Não é assim que as coisas funcionam-Falou Percy.

–Então não pode sair considerando as pessoas que te ajudam completas estranhas.

Percy percebeu que ela não fazia questão de ser agradável, e às vezes isso a tornava irritante. Mas, ela estava sendo ela mesma, o que fazia ele de alguma forma se sentir mais confortável em sua presença.

–Tudo bem, você em parte tem razão- Falou ele com certo ar de decepção, foi quando ela olhou para ele, e percebeu que soou meio rude da parte dela ficar fazendo certos tipos de comentários.

–Olha foi mal, não queria ser grossa.

–Então é melhor colocar um filtro entre o que você pensa, e o que você diz- Se ela tinha todo o direto de ser sincera, porquê Percy não teria?

–Parece que você não gosta muito da verdade-Quando ela falou isso, ele percebeu que eles já não apreciavam mais a vista, mas encaravam um ao outro, como dois animais se estranhando.

–Sinceridade é diferente de falar tudo que vem na cabeça.

–Quem disse que eu estou fazendo isso?-Falou ela na defensiva, como se Percy tivera acabado de falar a coisa mais ofensiva do mundo.

–Você está sim.

–Não, você que está fazendo isso.

–Você realmente se sentiria ofendida se eu estivesse falando tudo que vem à cabeça.

–Não, porque ao contrario de você, eu sei encarar a realidade.

–Então tá, e se eu dissesse que você fica jogando o tempo todo na minha cara esse tipo de coisa, porque é egocêntrica demais.

–Egocêntrica?!-Falou revoltada.

–Sim, acha que as pessoas têm que reconhecer tudo que você faz, porque acha que o mundo gira ao seu redor.

Ela parou por um momento, e olhou nos olhos de Percy como se estivesse lendo sua alma, em um único olhar.

–Isso é um de seus joguinhos psicológicos, não é?

–Poderia até ser, se eu não medisse minhas palavras.

–Fazer isso é errado.

–O que?- Perguntou Percy confuso, não fazia ideia do que ela estava falando.

–Você devia tentar entender as pessoas, como as pessoas tentam entender as outras, não de uma maneira profissional.

De alguma forma isso o tocou, fazia todo o sentido agora. Rachel o largou porque ela queria um namorado que sentisse ciúmes quando outro garoto olhasse para ela, que ficasse ligando quando ela não ligasse. Um namorado que demostrasse que estava feliz ao lado dela por realmente está, não por achar que era obrigado a fazer isso para um relacionamento dar certo.

–Morto-vivo-Falou Percy para sí mesmo.

–O que?

–Rachel, antes de me dar um fora ela disse que eu agia como um morto-vivo, e acho que acabei de perceber o que ela quis dizer com isso.

–E o que ela queria dizer?- Perguntou Annabeth curiosa, esquecendo-se da breve discussão que eles acabaram de ter.

–Para ela eu estava agindo como um profissional o tempo todo, não fui como os outros namorados dela, eu não agia como um cara normal.

–Que mancada sua- Falou ela bebendo o resto da cerveja, foi quando ele percebeu que os comentários dela, se mostravam úteis de uma maneira totalmente sarcástica.

–Foi, uma grande mancada. O que eu devo fazer?- Perguntou ele perdido.

–Você que é o psicólogo.

–Mas, você que é a garota.

Ela pareceu perdida em pensamentos por um momento, mas logo falou.

–Como ela que terminou com você, há grandes chances de você voltar pra ela, se você realmente mostra que gosta dela.

–Você não acha que ela possa mudar de ideia?

–Não, ela deve tá esperando você ir lá, mostra que gosta dela. E acho melhor você realmente fazer isso, porque ela não vai dar o braço a torcer.

–Como você pode ter tanta certeza disso?

–Ela que terminou, jamais vai voltar atrás é assim que as coisas funcionam.

–Mas, ela vai querer casar, e eu não estou pronto para isso.

–Arranje um emprego novo.

–Você fala como se fosse fácil.

–Pra você não é?-Falou ela sorrindo.

–Acho melhor darmos um tempo.

–Para ela achar outro cara americano, e mais legal que você? Bom, acho que essa não é a melhor alternativa.

–Por quê ela iria gosta mais de um americano do que de mim?

–Por que ela iria saber que ele não está a usando como âncora, para permanecer nos Estados Unidos.

Percy ficou em silêncio por algum tempo, e imaginou se em algum momento Rachel pensou dessa forma, e talvez ela tenha.

–Por quê vocês mulheres tem que serem tão complicadas?

–Achei que Freud tivesse explicado isso a você-Ela era bem sarcástica quando queria.

–Nem ele pode explicar isso.

–Na verdade, as mulheres não são complicadas, os homens que são idiotas.

–Vou fingir que não me senti ofendido com isso.

–É bom mesmo se não quiser começar outra discussão.

–A qual você provavelmente acharia que estava certa- Falou Percy bebendo um gole de sua cerveja quente, que se encontrava em sua mão direta.

–Achei que você não queria uma discussão.

–Por isso apenas pensei em voz alta.

–Muito engraçado.

Depois de algum tempo eles dois se encontrava a caminho de casa, foi quando começou a tocar uma música do David Bowie em uma rádio aleatória.

–Aumenta isso- Falou ela.

–Você curte David Bowie?

–Quem não curte?

E assim foi o caminho de volta, com eles cantando Bowie em voz alta.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!!



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