Preto e Branco Colorido escrita por Temyre


Capítulo 1
O Colapso


Notas iniciais do capítulo

OI, se você já leu Encontros e Desencontros uma fic também do universo do Percy Jackson, talvez já me conheça. Então espero não decepcionar os fãs da saga e tenham uma boa leitura!!



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Percy sabia que o chefe estar à procura dele, não significava uma coisa boa. Suas expectativas um tanto negativas se concretizaram, quando as seguintes palavras saíram da boca de seu chefe:

-Perseu, você sabe que nossa empresa não está em um momento muito bom, e todo corte de gastos é pouco, e já que contrataremos mais ninguém, seu serviço não será mais necessário.

-Mas, não sou necessário apenas para realizar testes psíquicos, os funcionários também precisam de acompanhamento psicológico- Retrucou Percy, ele precisa desse emprego se quisesse se manter em Nova York.

-Sabemos disso, mas não temos como manter você aqui- Respondeu o homem engravatado, de altura mediana e barba por fazer.

Talvez a expressão de decepção de Percy tenha ficado explicita, mas ele apenas assentiu com a cabeça e disse:

-Se me der licença, eu gostaria de juntar minhas coisas- Falou ele com uma ponta de tristeza na voz.

-Sim, claro. E se serve de consolo, só fizemos isso por que foi realmente necessário...

-Não precisa se explicar, entendo totalmente.

Ele arregaçou as mangas de sua camisa de botão social preta, e começou a recolher seus pertences. Começou recolhendo alguns livros de uma prateleira próxima- livros os quais raramente lia- Seu computador, uma pasta de documentos e um porta retrato com uma foto de sua namorada.

-Parece que é só isso-Falou ele para si mesmo, depois que viu tudo que lhe pertencia em uma caixa.

Por mais que fosse complicado, Percy ainda tinha esperança de encontrar outro emprego, quem sabe até em um lugar melhor. Entrou no carro e colocou a caixa no banco do carona e dirigiu até o seu apartamento.

Logo quando entrou em seu apartamento, ele colocou a caixa no sofá, se dirigiu até cozinha e colocou café frio em uma xícara qualquer, e sentou no sofá.

Até que em um instante a companhia tocou, Percy se levantou de uma maneira um tanto gradativa e foi em direção à porta. Logo quando o fez se deparou com Rachel, sua namorada que parecia enfurecida de uma maneira anormal.

-Oi Amor- Falou Percy de uma maneira calma.

-Oi amor?! É isso que você tem a falar?!- Gritou ela adentrando.

-O que foi que aconteceu?-Perguntou Percy ainda mantendo a voz calma.

-Você ainda pergunta Percy?- Os olhos dela faiscavam de raiva, por isso Percy optou por ficar em silêncio, e voltou a se sentar colocando a xícara em cima de uma bancada próxima.

-Você sabe que dia é hoje Perseu?-Ela perguntou certa de que a resposta de Percy seria um não.

-Hoje é nosso aniversario de dois anos de namoro, seu idiota.

De repente a memoria de Percy clareou e ele se castigou mentalmente, por esquecer-se de algo tão importante.

-Desculpa amor, é que eu fui demitido...

-Demitido!-Gritou ela o interrompendo- Como vamos nos casar?!

-Rachel calma, se alterar não vai adiantar nada.

-Calma?! Você que tem que parar de ser irritantemente calmo, não ver a droga de situação que você tá!

-Foi só um emprego...

-Que você não tem mais! Mas é claro que você não se importa, seu pai pode te dar uma mesada. Não foi assim que eu te conheci? Como um mauricinho de merda.

Ela estava passando dos limites.

-Então por que resolveu ficar comigo? Já que eu era um mauricinho de merda- Falou percy ainda com a voz controlada.

-Pra mim você era apenas tímido no começo, mas você continua parecendo um morto-vivo!

Percy se limitou a sorrir discretamente, o comentário dela pareceu um tanto cômico para ele.

-Você tá rindo?! Seu cretino! Eu já estou cansada de você Perseu!

-Calma Por favor.

-Não! Eu não quero ver sua cara nunca mais! Acabou nunca mais me procure.

Foi nesse momento que o desespero tomou conta de Percy, ela nunca falou daquela forma, parecia que ela realmente estava desistindo deles.

-Amor não faz isso!

-O que? Larga um cara que não liga pra mim- a voz dela parecia mais pacífica agora, e seus olhos marejados.

-Eu te amo- Falou ele, com esperança que ela não continuasse com aquela decisão.

-Eu queria acreditar nisso- Ela virou as costas, e saiu pela porta, a qual Percy acabara de perceber que ela nunca mais passaria novamente.

Percy acabara de perceber o quanto sua vida desabou em poucas horas, parecia que era uma questão de tempo para ele voltar a ser o garotinho de dezesseis anos antissocial na casa dos pais.

O que adiantava continuar em Nova York? Mesmo se ele conseguisse um emprego, o que iria adiantar? Iria viver do trabalho para casa? A vida não fazia sentido se ele não tinha ninguém para compartilhar nada.

Ele era apenas mais um ser desnecessário no mundo, e foi pensando dessa forma que ele se autodiagnosticou com uma depressão, o psicólogo tomado pelos próprios pensamentos, parecia uma infeliz coincidência do destino.

Ele abriu um botão da camisa que parecia está sufocando-o, e olhou para o lado, havia um prédio de uns doze andares, uma altura relativamente boa para o que ele tinha em mente.

-Não posso autorizar o senhor á subir- Falou o recepcionista com cara de tédio.

-Tem certeza?- Falou Percy colocando uma nota de cem dólares em cima do balcão, o que chamou a atenção do recepcionista.

-Quem sabe pelo dobro-Falou ele com um sorriso travesso.

-Isso ou mais nada-Com essas palavras de Percy, o recepcionista voltou a ficar carrancudo de novo, mas logo pegou o dinheiro.

-Não demore muito.

-Obrigado.

Quando Percy chegou à cobertura, avistou de primeira um para-raios e alguns detalhes o qual não deu atenção. Foi diretamente até o final da estrutura do prédio, se não estivesse com pensamentos suicidas, até que ele apreciaria a boa vista que tinha lá de cima.

Por mais estranho que pareça, o garoto de camisa social, jeans e sapatos estava sentando, balançando as pernas no que poderia ser seu fim, ele estava analisando o porquê deveria, e o porquê não deveria se matar, mesmo que já tivesse achado razões o suficiente.

-Afogamento parece mais divertido- Falou uma doce voz atrás dele. Ele estava muito concentrado no que iria fazer, por isso acabou por não virar e vê a quem pertencia essa voz melodiosa.

-Dizem que a vida passa como um sonho, o qual você não consegue se mover, apenas apreciar o momento por pior que ele seja.

Quando ele virou a cabeça de leve, viu que ela estava se sentando ao seu lado, sim era uma garota, uma linda garota que aparentava ter sua idade, cachos loiros caiam sobre seus ombros e sua pele pouco bronzeada a deixava ainda mais bonita sobre a luz dos prédios.

-É por causa da vida que estou aqui, o que eu menos quero é reviver tudo de novo.

-Se você se incomoda tanto com sua vida, por que não vive de um modo que faça ela valer a pena?

-Por que hoje eu fui demitido e minha namorada me deu um fora.

-Então vai jogar sua vida fora por causa de um dia ruim?-Era incrível como ela conversava com ele como se fosse uma velha amiga, normalmente esse era o método que Percy usava com seus pacientes.

-O dia ruim que mudou todo meu rumo.

-Se você acha sua vida extremamente chata, acho que mudar de rumo é uma coisa boa- Em parte, tudo que ela estava falando fazia sentido.

Percy parou para pensar por um momento, e nesse meio tempo ficou em silêncio.

-Por quê você veio aqui?- Perguntou ele sem medo de parecer rude.

-Vir você lá de baixo, e pensei que era um desperdício um garoto bonito como você se jogar daqui de cima, se suas intenções fossem realmente essas.

As intenções dele eram realmente essas, mas parecia que tinham acabado de mudar.


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Notas finais do capítulo

Valeu!! Até o próximo!!!



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