The Triangle Guy and the Pine Tree - One-shots escrita por Belle Cipher


Capítulo 7
Maybe Bill Cipher isn't as sleazy as I imagined




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P.O.V. Dipper

–Hã...tem certeza, Dipdop?-Mabel perguntou com receio.

Bill olhou por cima do ombro dela.

–Filme de terror?-perguntou-Acho que deveria ouvir sua irmã, Pine Tree.

–Eu aguento, ok?-retruquei.

Cruzei os braços e ergui as sobrancelhas. Minha irmã e Cipher trocaram olhares e deram de ombros.

Ah, devem estar se perguntando o que Bill faz aqui. Bem, quando impedimos que ele destruisse tudo, acabamos prendendo-o em nossa dimensão. Sendo assim, ele acabou sendo obrigado a assumir uma forma humana que, só para me irritar, é a mesma que assumira enquanto estava em meu corpo. Isso mesmo, olá Bill, o Dipper II. Ele me explicou que, como estivera em meu corpo, é mais fácil para ele assumir essa forma do que criar uma própria. Eu quis dizer um "e daí que é difícil para você? Se vira!", mas Mabel adorou a ideia.

Voltando...

Mabel colocou o filme e Bill foi buscar a pipoca (ou seja, não vou comer. Não confio em nada que venha daquele estúpido triângulo).

Começou o filme. Até aí tudo bem. Mas não demorou muito para eu começar a me assustar. Eu nem sei o nome daquele troço, mas já não gostei.

Tentei não mostrar medo. Minha irmã parecia assustada, mas ela não liga. Mas quando é comigo ela zoa. Bill parecia entediado, o que me irritou. Já deu para perceber que até mesmo a presença dele me irrita. Eu odeio ele.

Peguei a almofada e abracei a mesma, o que causou risadinhas da parte da gêmea-cinco-minutos-mais-velha. Cipher, vendo que eu estava um pouquinho abalado, passou um braço pelos meus ombros e em resposta eu rosnei para ele, o que o fez rir.

O filme estava na metade quando eu dei o primeiro grito. Mabel murmurou algo do tipo "estava demorando..." e Bill me puxou para mais perto dele. Nesse momento eu estava com tanto medo que nem me importei. Além disso, eu sabia que não adiantaria lutar contra ele.

Quando o filme estava quase acabando aconteceu a coisa mais louca e assustadora. Mas, surpreendentemente eu não senti nada.

Ok, eu menti.

Eu fiquei com medo.

E assutado.

E abalado.

E traumatizado.

E EU NUNCA MAIS VOU DORMIR NA MINHA VIDA.

Eu dei um berro e agarrei a primeira coisa que vi pela frente que, para minha alegria (sentiram a ironia?) era o Cipher. Ele pareceu surpreso e ficou sem reação por alguns segundos, até que me abraçou.

Argh, eu odeio como o destino zoa com as pessoas. Acho que ele nos criou para tirar o tédio, nos usando como brinquedos e rindo de nossa desgraça.

Nesse momento, ele provavelmente estava rindo (ou melhor, gargalhando) da minha cara. Meu maior inimigo e o ser que mais odeio no universo estava tentando me acalmar e estava me abraçando. E eu estava gostando do abraço. ARGH!

Quando o filme acabou, eu vi uma sombra e algo gritou:

–BUUUU!

Eu dei outro berro e pulei do sofá, saindo correndo. Ouvi as risadas da Mabel e do Stan na cabana. Eu não queria voltar lá. Não só por causa do susto, mas também porque eu não estava no clima de ver aqueles dois rindo da minha cara e zombando de mim como sempre fazem.

Me sentei no chão, apoiando as costas no tronco de um pinheiro. Fechei os olhos e soltei um suspiro. Quando os abri novamente, tomei um susto ao me ver do meu lado usando uma roupa diferente. Então me lembrei que era Bill, usando aquela roupa do show de fantoches da Mabel que, por algum motivo, passou a ser seu típico modo de se vestir.

–Tudo bem, Pine Tree?-ele perguntou.

Era tão estranho falar comigo mesmo. Ainda mais quando meus olhos eram amarelos com pupilas que pareciam felinas. Sem falar na voz dele. Na forma de triângulo fazia sentido, mas na forma humana é sinistro e até um pouco assustador.

Cipher riu.

–Não é sinistro nem assustador, é só...incomum.

–Pare de ler minha mente.

–Você não respondeu minha pergunta.

Suspirei.

–Estou bem.

–Então por que não volta para a cabana?

Lembrei-me de todas as vezes que minha irmã e Stan zombaram de mim (e não são poucas). Lembrei das inúmeras vezes que riram da minha cara. Não só os dois. Todos sempre me tratavam assim. E eu já não aguentava mais.

Suspirei mais uma vez.

–Você sabe...-murmurei.

–Sim, eu sei.

Abracei minhas pernas e me encolhi. Eu sempre odiei ser visto como uma piada, mas parecia que "Dipper é uma piada" estava escrito em cores fluorescentes no centro da minha cara.

Bill passou um braço pelos meus ombros novamente e ergui o olhar para ele.

–Não ligue para eles. Eles têm inveja.

–Inveja? Do que?

–Do que não teriam? Você é incrível, Dipper. E a única pessoa que não vê isso é você.

Fiquei sem falar nada por um tempo, pensando no que ele disse. Após alguns minutos em um silêncio desconfortável, falei:

–Talvez você tenha razão.

Cipher sorriu.

–Sempre tenho razão.

Revirei os olhos e o empurrei, rindo.

–Vamos voltar para a cabana, Pine Tree. E se eles te zoarem eu os mandarei pesadelos terríveis durante a noite.

Sorri e o segui em direção a cabana. Enquanto andávamos, pensei:

Talvez Bill Cipher não seja tão desprezível quanto eu imaginava.


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