Dynamo - A geração IV escrita por BlueGirl History


Capítulo 5
Dynamo-Capítulo 2- Feitiço


Notas iniciais do capítulo

Visão do Dark
Eu revisei o último capítulo, para quem não viu.



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Eu não pensei duas vezes antes de caminhar em direção à mata fechada,não tinha nada à temer, nada mesmo.Eu era uma sombra em meio aqueles arbustos,árvores e plantas, eu fiquei parado por algum tempo, olhei para cima, a lua estava na fase de quarto crescente,algumas gotas de chuva passavam pelas folhas das árvores, mas eram bem poucas.

–Deve ser por isso que eu estou enxergando tão pouco...- Pensei.

Eu senti algo correndo atrás de mim, eu me virei, e vi uma sombra correndo.Talvez por curiosidade, eu fui atrás dela, ela não corria tanto quanto eu, não foi um problema alcançá-la.A sombra era uma pessoa, uma mulher de cabelos vermelhos e olhos azuis,eu a tinha segurado pela manta marrom escura que ela estava usando, a manta caiu no chão, e ela estava usando um vestido preto, e sem sapatos...

– O que você quer? Me deixe em paz! - Ela disse em um tom agressivo, eu dei dois passos para trás.

–Calma...- Eu ainda tinha minhas timidezes, eu olhei para baixo e depois para ela. - Oque você está fazendo?...Correndo,Na floresta?

–E o que você quer vindo atrás de mim? -Ela ainda parecia estressada, a respiração dela era pesada.

–Eu estava andando...Fiquei curioso...- Eu olhei de novo para o rosto dela.

–Você não é um dos guardas, ou é? -Ela olhou para mim com um olhar curioso, mas amedrontado...

–Não,por quê?-ela suspirou de alívio,mas eu pensei, como ela, que parece da nobreza, teria medo dos guardas?

–Eles enlouqueceram... Eles tentaram arrombar a porta do meu quarto.-Ela disse com uma certa frieza, como se soubesse que não deveria contar.

Eu senti a noite ficando fria, peguei a manta dela que estava no chão, e estendi para que ela pegasse.

–Obrigada...-Ela olhou para baixo.

–Quer que eu te leve de volta?...- Eu sabia que a resposta seria não, mas perguntei do mesmo jeito...

–Não! Eu não quero voltar pra lá, não antes do amanhecer, quando as criadas vierem!- Ela disse isso com um toque de desespero.

–Eu não tenho casa, mas...Tem um lugar onde você possa esperar, se quiser -Sei que é estranho, mas sim, eu a convidei para ir à minha casa, no farol.

Ela olhou para baixo, mas percebeu que não tinha para onde ir, ela fez que sim com a cabeça. Nós andamos o caminho de volta, sem falar nada, ela também não parecia querer conversar, e eu era muito tímido para puxar assunto,a chuva estava bem mais fraca. Chegamos na praia, ela parou por alguns instantes.

–Tudo bem...? -Eu perguntei, ela olhou para mim e seus olhos reluziram por um momento, ela estava chorando.

–Desculpe...-Ela disse com uma voz de choro enquanto enxugava as lágrimas com as mãos.- Eu não sei mais para onde vou... O que eu estou fazendo? Indo para casa de um estranho!

Eu coloquei a mão no ombro dela.

–Só estou tentando ajudar...Você quer me contar o que houve? Não precisamos entrar se você não quiser...-Ela olhou para mim, e agarrou a manta, ela estava com frio.

–Preciso falar sobre em um lugar quente...-Ela olhou em volta, parecia com medo de estar sendo observada também.

Eu fiquei segurando a mão dela enquanto ela tentava se acalmar, ao mesmo tempo que íamos andando para perto do farol.Quando chegamos lá ela já estava melhor, ela olhou para cima, mas não falou nada, nem perguntou por que eu morava ali. Atrás da torre do farol tinha uma casa, mas desde que o cais foi destruído, ninguém ousou reivindicar o local.


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