–Caleb? –chama minha mãe.
–Fala...
–Que marca de sangue é essa na sua blusa?
–Não deve ser sangue não se preocupe.
–Bem, parece sangue.
–Mas, não é.
–Mas uma mancha e te mando para o psicólogo.
Fecho a porta na cara dela.
Logo após disso ouço três batidas na porta, depois mais três, esse era o meu código com Caitlin, abro a porta e ela entra, seus cabelos azuis estavam molhados, seus olhor da cor do cabelo estava em alerta, algo tinha acontecido com ela.
–O que aconteceu com você?
–O que quer? Por que me chamou aqui?
–Recebi uma mensagem...
–De A?
–Como sabe?
–Eu também recebi.
–Por e-mail?
–Não, ela entrou no meu quarto.
–Como sabe que é ela?
–Não sei, foi só palpite.
–Qual foi a sua mensagem? –ela estica o pulso a tatuagem tinha desaparecido, em caneta estava escrito “Nem toda morte é para ser lembrada muito menos certas amizades. Bjos A.”
–Como ela apagou sua tatuagem?
–Eu não sei...A...Acha que devemos contar a elas? –ela pergunta gaguejando.
–Não, ainda não.
–Okay, tenho que ir.
–Mas sabe que precisamos contar uma coisa para elas...
–O que? –pergunto ainda em dúvida.
–Aquele verão, sobre Mara.
–Não podemos contar para elas que fomos nós...
–Mas eu não aguento mais guardar esse segredo...
–Sorte que Mara não pode ouvir.
–Não foi engraçado.
–Eu sei foi só para descontrair.
–Não deu certo.
–Desculpe...
–Você só vacila! Que merda.
–Por que cobra tanto de mim?!?!
–Não te interessa! Vacilou de novo.
–Quer saber, Caitlin, você é só mais uma menina mimada!
–E você é só mais um babaca.
–Então somos dois.
–Na verdade, não! Porque eu não me torturo fisicamente por isso! –ela grita e bate a porta.
Jogo um travesseiro na porta, mecho no cabelo desesperado, como ela sabia?
Abro a porta e desço correndo, vejo ela sair pela porta e subir na moto.
–Caitlin! –ela tira o capacete desce da moto e me olha.
–O que foi?
–Eu te amo...
–Eu te odeio.
–Por que me odeia tanto?
–Porque um dia eu já te amei demais. –então ela se virou subiu na moto e sumiu pela rua.