NEL GIARDINO DELLE VANITÀ.

Suspira. Que tens feito?. Que fazes de errado?. Agora pergunta-se?. Talvez devesse perguntar-se o que de certo fizeste nestes últimos tempos. Talvez, só talvez, conhecerias a verdadeira dúvida.

Agora, deixas o campo de batalha, arrastando-se neste mar de sangue, em meio aos murmúrios de teus companheiros, os gritos de vitória de teus inimigos e os gemidos de dor dos espíritos daqueles que mataste, com tuas próprias mãos. Sim, eles ainda estavam ali, famintos por vingança e saboreando de tua desgraça, lhe fazendo provar de teu próprio veneno.

Mal pareces aquele que um dia entrara naquele mesmo campo de batalha, de cabeça erguida e armas apostas. Sim, estás humilhado, não é?. E agora, pergunto-lhe o que sentes. Qual o sabor da derrota, Ludwig?.

Sempre fostes tão confiante, mas um dia foste boa gente, de bom coração. Então pergunto-me quando foi que isso mudou?. De fato não havia notado a diferença. Para mim, foste sempre aquele homem em que tanto me espelhei. Foste aquele que sempre adimirei, e foste em quem confiei minha sincera amizade.

Quando foi que o orgulho lhe havia consumido dessa forma, sem que eu percebesse?, diga-me, se ainda te importas comigo, ou com nossa amizade. Quando foi que caiste neste jardim de vaidades?. Se tu sabes, diga-me. Se não sabes, procures saber. Saia de lá. Torne esta máscara de humanidade tua verdadeira face, com o que lhe resta de tua dignidade. Prove que es Ludwig Beilschmidt, a Alemanha. Prove que não es Hitler, e que nunca foste como ele. Prove que ainda te importas com teu povo, independentemente de sua descendência. Prove ao mundo que ainda es aquele que conheci anos atrás. Apenas quebre as correntes, não te deixes aprisionar neste lugar, nel giardino delle vanità.