When two are actually one escrita por Nekoclair


Capítulo 8
Extra 5


Notas iniciais do capítulo

Este é o primeiro dos dois extras que eu decidi escrever para complementar a história com informações que não tive como inserir nos capítulos principais.
Os fatos aqui descritos ocorrem logo após os acontecimentos do capítulo 3 - Discovery.
Boa leitura



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Ainda deitados na cama, algumas horas mais tarde:

— Como você sabia que eu estava em casa?

Mayu apanhou o celular, que estava caído no chão, junto à cama. Aguardei, esperando que ele me mostrasse alguma mensagem de Nozaki, dedurando meu comportamento estranho desses dias. Para minha surpresa, não foi nada disso. Ele me mostrou um chat, que não precisei nem ver os nomes para sentir que aquilo não era nada bom. Aqueles emoticons…

Meus lábios tremiam e eu não sabia o que dizer. Mayumayu era… Mayu era…

Mayu se aproxima e deposita um beijo em minha testa.

— Desculpa não falar nada antes.

Continuei em silêncio por mais alguns instantes, mas eu continuava sem saber exatamente como reagir apropriadamente àquela situação.

— Por quê?!

— O meu amigo criou o blog...

— Não isso! Por que nunca me disse? E por que nunca me passou o seu telefone?

— Eu não queria que Mayumayu morresse.

— O quê?

— Ela era importante pra você.

— Ela era você!

Mayu ergueu as sobrancelhas e não precisou de mais do que isso para que eu entendesse o que ele queria dizer.

— Eu sei que eu não sabia, mas isso não quer dizer que não importa.

Ele olhou para o celular e para mim, e então para o celular de novo. A pior parte é que entendia o significado de seus gestos claramente; talvez um sinal de que estávamos passando bastante tempo juntos.

— O quê? Acha que eu não falaria dos meus problemas com você? Que eu não me abriria da forma que eu me abri pra Mayumayu?

Ele anuiu a cabeça.

— Isso não é verdade!... Okay, talvez sim. Mas isso não explica porque não me passou o seu número. A minha vida seria muito mais fácil se eu tivesse como te contactar quando a gente sai, sabia?

— Eu não queria que você descobrisse que éramos a mesma pessoa.

— Eu falo com a Mayumayu no chat do site. Não tinha como.

— Quem sabe…

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ouvimos sons na porta de casa. Levantei num salto, já ouvindo Kaori miar alegremente do outro lado da porta. Agarrei minha blusa e, ao ver que ele não se mexia, joguei a dele em sua direção.

— O que está esperando? São os meus pais!

Mayu se sentou na beirada da cama, mas ainda não mostrava sinais de compartilhar do desespero que me assolava. Andei em sua direção e o ajudei a colocar a camiseta, desesperado com o som de passos que se aproximava. A porta se abriu.

— Mikoto? Oh, não sabia que tínhamos visita.

— Mãe! A porta!

— Desculpe, desculpe. Bater, eu sei. Eu esqueço.

— Não esqueça!

A mulher balançou a mão diante do rosto e então se retirou. Olhei na direção de Mayu, encontrando seus olhos em mim. Corei, apesar de não saber bem porquê. Desviei os olhos imediatamente, e só os voltei de novo a ele ao que ouvi ele se levantar.

— Seus pais, hum…

Levantei-me e segui atrás de Mayu, que se aventurava em direção à sala. Segurei-o pelo braço antes que fosse tarde.

— Você não está pensando em… Você sabe.

Mayu balançou a cabeça de um lado ao outro.

— Muito cedo. Talvez… Talvez mais pra frente.

Um leve rubor surgiu em seu rosto, e eu tive que me controlar muito para não corar também. Ficamos em silêncio por alguns instantes.

— Então…? Está ficando meio tarde. Você vai pro Nozaki, né? – Mayu anuiu a cabeça, em um “sim” silencioso. – Fala para ele que devo aparecer por lá amanhã. Tenho que devolver as revistas.

— Okay.

Acompanhei-o, atravessando a sala, onde Mayu fez questão de parar para ao menos se apresentar e prometer aparecer novamente em breve. Na porta, longe da vista de todos, permitimo-nos um último beijo. Um “último” que de último não tinha nada. Apenas um dos muitos que ainda estavam por vir.


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Notas finais do capítulo

O próximo e último extra deve ser postado durante o final de semana, isso se tudo correr como eu planejo. Mas imprevistos podem acontecer então eu não faço promessas.
Desculpem se estava tudo meio corrido.



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