Finalmente as aulas acabaram, estávamos tão cansadas que acabamos dormindo em quase todas as aulas.
— Ei, bela adormecida! Acorda, vamos acabar perdendo o ônibus!
Ela murmurou alguma coisa que eu não pude ouvir bem, então me aproximei do rosto dela pra poder ouvir.
— O que disse?
Ela rapidamente levantou a cabeça e me beijou.
— É assim que se acorda uma princesa
— Layla! E se tivessem nos visto?
Olhamos em volta e pelo menos ninguém havia nos visto.
— Eu não me importo se nos virem
— Tá bem, mas vamos logo se não iremos perder o ônibus
Fomos para fora para pegarmos o ônibus, sentamos no lugar de sempre, mas hoje Layla parecia mais carente que o habitual, ela se agarrou no meu braço e ficou assim pela metade do caminho inteiro. Assim que o ônibus parou na frente da casa de Laya ela me continuou me agarrando e acabou me levando com ela.
— Layla, eu tinha que ir pra casa
— Eu sei, mas é que...........eu preciso da sua ajuda
— O que você fez?
— Eu não fiz nada, é que tem uma chimera dormindo na floresta da minha casa e eu quero dar uma casa pra ela, mas preciso da sua ajuda
— Ela não é perigosa?
— Imagina, as chimeras são tão calminhas, como pequenos gatinhos, além de que ela ainda está dormindo
Ouvimos um rugido parecido com um rugido de leão tão alto que parecia ter vindo de um monstro gigante.
— Eu diria que essa chimera não está calma e muito menos está dormindo
— Isso não quer dizer nada, ela pode está bocejando, vamos entrar!
Nós entramos na floresta e achamos um grande gato com pelo de cor vermelho desbotado e listras cor de vinho, suas orelhas era pontiagudas como as de uma coruja e suas garras erram como as de um falcão, ela ainda parecia estar dormindo, mas assim que nos aproximamos um pouco ela acordou. Seu rosto era estranho, ela tinha grandes olhos amarelos com a iria azul e ela sorria como o Gato de Cheshire do livro de Lewis Carrol.
— Ela é tão linda!
— Sim, mas..........não vai nos matar ou algo do tipo?
Layla se aproximou dela e tentou tocar seu rosto, a chimera era manhosa como um gatinho.
— É, ela é mansa, acho que vou ficar com ela, assim o Barão Westich não vai ficar sozinho em casa. Vou chamá-la de Cheshire em homenagem ao meu livro favorito
A gata se aproximou de mim e lambeu meu rosto.
— Own, que fofa
— Ah, quando o gato faz é fofo, quando eu faço é estranho
— É porque você não é um animal
Nós ficamos um pouco no quarto de Layla pra tentar fazer a Cheshire se avostumar com o ambiente, depois Layla me levou de volta para casa, montamos das costas de Cheshire e fomos embora.
Na entrada de casa nos despedimos e ela foi andando de volta com a gata à seguindo, antes de ela ir eu seguirei a barra da camisa dela e elas viraram pra me ver.
— Eh, bem.........eu.........
— O que foi, Marry? Esta se sentindo bem?
"Não acredito que estou fazendo isso", pensei enquanto me aproximei de Layla para beijá-la. Ela agarrou minhas costas e não deixou eu sair daquela posição, eu conseguia sentir sua respiração pesada sobre meu rosto. Ela me soltou, estava tão nervosa depois disso que só dei um rápido "boa noite" e fui para dentro de casa.
Naquela noite antes de dormir só conseguia pensar "queria que ela estivesse aqui comigo".