Além dos Fatos Desconhecidos escrita por Anikenkai


Capítulo 3
A Busca da Tranquilidade


Notas iniciais do capítulo

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Olá, pessoal! Mais um capítulo. Espero que gostem! Boa leitura! ✨
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"Medog é a cidade mais remota do planeta. Ela fica na China, e não existe nenhuma rodovia, acesso fluvial ou aeroportos. Pra você ter uma idéia, um viajem de São Paulo até lá levaria 7 dias."

     Fatos Desconhecidos - (data desconhecida)

 


— Está vendo, Charlie! Olhe isso daqui! É exatamente para um lugar desses que preciso ir e tirar férias. Me isolar de tudo para relaxar desse stress. — Comentei, confiante, virando o celular em direção do meu irmão ao lado.

— Mas, Lora... isso é apenas uma postagem do Facebook… como vai saber que esse lugar realmente existe? — Ele rebateu, soltando uma risadinha enquanto bebia seu refrigerante da lata e se esparramava ainda mais no sofá ao meu lado.

Franzi o cenho. Apertei o celular com força, voltando ao estado de espírito zangado de sempre. Meu irmão tinha sempre que me questionar e duvidar de mim. Ele era igualzinho aos outros!

— Não sei… mas vou descobrir. E quando achar, irei fazer minhas malas e comprar as próximas passagens para esse vilarejo, vai ver só!

— Mas aí diz que não existe meios de chegar nele por avião, sua maluca.

— Então irei à pé se for preciso! Mas vou!

Desta vez, ele não se segurou e explodiu nas gargalhadas, quase derramando a latinha em cima de mim. Ele se contorcia de rir, debochando e eu ficava cada vez mais vermelha, irritada com Charlie.

Me levantei, empurrando-o e indo até o balcão da cozinha do nosso apartamento, afim de achar o catálogo de viagens que tinha ganhado de Natal dos nossos pais. Eu tinha que ignorar meu irmão.

Eu tinha que, ao menos uma vez, tentar.

Minha vida era tremendamente turbulenta, repleto de altos e baixos. Ainda adolescente, havia me dedicado inteiramente ao vestibular e aos estudos, passando enfim em uma excelente faculdade e me formei em Ciências Tecnológicas. Sempre fui muito esforçada em tudo que estudava, mas sempre fui esforçada demais. Acabei por consequência naquela época, perdendo muitos momentos importantes da minha vida. O nascimento do meu irmão, as festinhas dos meus amigos, procura por um namorado.

Acabei sacrificando tudo isso para quê? Tendo meu futuro virado de cabeça para baixo, pois meus sonhos não haviam se realizados e tudo que eu tinha agora era um humilde emprego em uma empresa montadora de carros, como Gerente. Eu ainda não era boa o bastante.

Eu passava quase 18 horas dos meus dias trancafiada em meu pequeno escritório, carimbando as papeladas e organizando os documentos. Eu nunca parava direito, e estava sempre cansada. As olheiras ficavam a cada ano mais profundas em meu rosto pálido e estava engordando cada dia que se passava até chegar o ponto que eu estava atualmente: uma mulher na casa dos 30 e poucos, roliça e braços largos, com olheiras e cabelo espetado de poucos cuidados.

Minha vida estava cada vez mais um inferno, sem descanso apenas reclamações por todos os lados sobre as papeladas.

Por isso, aquela notícia veio como uma luz: era exatamente daquilo que eu precisava! Um lugar completamente isolado do mundo. Sem internet ou telefone. Sem gritaria ou barulho horrível de carros. Sem o cheiro fétido do metrô e lixo que sentia todos os dias. Eu precisava ir até meu Éden pessoal, a tempos antes que eu surtasse de verdade.

— Mas Lora… — Charlie chamou, me observando folhear o grosso catálogo atentamente. — Não pode simplesmente largar seu emprego e sumir no meio do nada! Preciso que cuide de mim, já que acabei de entrar na Faculdade...

— Você pode muito bem se virar sozinho, Charlie. Acabou de virar um adulto, e eu não sou a mamãe. Agora, me dá licença...

— Deixe de ser louca! — Ele esbravejou, sacudindo os cabelos ruivos da franja rebelde. — E seu emprego?!

— Vou escrever uma carta de demissão. — Cometei, levantando o olhar e ele me olhou como se eu fosse muito esquisita ou estivesse brincando. Mas de repente, a ideia me deu uma sensação arrebatadora de liberdade. Levantei os punho para o céu. — Isso mesmo, mundo! EU ME DEMITO! Cansei, Charlie! Cansei de odiar minha vida!

— Você não pode estar falando sério.

— Eu estou!

— Lora, você nem sabe falar chinês!

Bati no catálogo com força, levantando ele e mostrando uma pagina aberta para o adolescente, apontando para o capítulo que havia acabado de achar.

— Não se fala "chinês". É Cantonês ou Mandarim.

— Eargh, que seja! Tanto faz! Você não sabe falar essa língua! Desiste de ser maluca!

Não, eu não iria desistir tão facilmente. Ignorando totalmente Charlie, me pus de mergulhar no laptop e pesquisar tudo que podia sobre o tal lugar chamado Medog, e como chegar lá.

Varei as noites seguintes, com ansiedade, e meu colo começou a ficar repletos de livros sobre Cantonês e vida local. Tudo que podia, eu pesquisava. Até finalmente descobrir uma idéia de como localizar meu sonhado Éden. O meu plano estava formado.

Depois de algumas semanas, sai da montadora sorridente, após ser demitida. Corri para o meu apartamento, onde minhas malas já estavam prontas, para finalmente seguir até o aeroporto do Estado e fugir da vidinha inútil que vivia até agora. De carona, Charlie - mesmo irritado e contrariado - me levou dirigindo seu carro até lá, seguindo-me até o saguão de embarque. Tudo estava pronto.

— Quanto tempo pretende ficar longe? — Ele me perguntou, pousando minha mochila no chão da fila de embarque.

— Quase 1 ano. Bastante tempo para mudar minha vida. Vou sentir sua falta.

— Ainda acho que está de brincadeira com essa palhaçada toda — Charlie disse e eu balancei a cabeça negativamente. Ele não acreditava. — Como afinal conseguiu achar essa tal aldeia?

— Você não vai acredita no que se pode encontrar com o Google Maps, mano.

E então, finalmente ele riu, vencido. Nos segundos seguintes, ouvimos a Comissária de Bordo abrir a fila para entrado do meu voo para Pequim e eu e meu irmão nos abraçamos fortemente, e Charlie não exitou em chorar. Balbuciou alguma coisa sobre ter que sobreviver 1 ano comendo miojo e ovos, e eu sorri entre as lágrimas de saudade.

. Eu nunca havia pensado o quanto difícil seria me separar dele, mas era preciso para que eu me libertasse dos primeiros elos da corrente de prisão que eu mesma criei para mim.

Horas longas se passaram. Um túnel de eternidade me engoliu, e eu não sabia se realmente Pequim chegaria alguma hora dentro daquele avião. Horas e horas. Cansaço. Até finalmente, acordei, ouvindo o trem de pouso raspar a pista do aeroporto chinês. Eu estava chegando.

Aluguei um pequeno quarto de apartamento de hotel barato, e comecei a listar o plano para encontrar Medog assim que sai do Aeroporto e das multidões de asiáticos com falatórios esquisitos: o primeiro passo, chegar à China. Feito. Agora precisava de um guia. De comida e água. De um carro. E de uma charrete.

E assim fiz: havia trazido comigo todas minhas economias, e me enfiei para Pequim. A capital turbulenta era cheia, com ares pesados pelas fumaças de trânsito, cheiro de iguarias espetaculares de frutos do mar, grandes Templos de mil anos pelos principais locais e um grande chafariz em forma de logo retângulo que ficava em frente ao estádio olímpico Ninho de Pássaro.

Me esgueirando pelos becos o de bares chineses se amontoavam, pudia perceber vários olhares de velhos desconfiados em cima de mim, ao notar uma estrangeira gorda e atrapalhada arrastando sua mala de rodinhas em busca de algo. Assim que dobrei a esquina, folhei meu mapa, procurando o tal lugar. Assim que vi a placa, finalmente me animei.

"鞋和服裝 (Sapataria Jionji Wu)".

Eeerr… com licença? Senhora Lieng? — Chamei tímida, entrando e passando pela porta larga com tiras de tecido no teto dela, com ideogramas vermelhos.

Rapidamente, senti o cheiro de incenso forte e vi o ambiente com vários sapatos velhos e desbotados empilhados em prateleiras ao fundo da loja humilde. Uma menininha de tranças veio correndo. Tentei balbuciar as poucas palavras e Cantonês que havia aprendido com as minhas pesquisas: "Preciso. Senhora Lieng. Informação. Ajuda. Importante". Ela rapidamente desapareceu, gritando algo no seu idioma para os fundos da casa. E então, uma velhinha surgiu minutos depois.

— Fala inglês, moça? — Ela perguntou, rouca e caminhando devagar, me trazendo para dentro.

— Sim! Obrigada por me receber!

— Acomode-se. — Ela apontou para uma cadeira. — Vou lhe preparar um chá.

E então ela trouxe após alguns minutos, derramando o líquido quente e verde em uma xícara sem alça para mim. Bebi, agradecida.

— Senhora Lieng, eu viajei do outro lado do mundo para cá, apenas para conseguir sua ajuda. Por favor!

— Minha ajuda? O que uma velha poderia te ajudar? Acho que não veio até aqui para comprar sapatos...

— Bem… é verdade que foi moradora de Medog, uma aldeia bem distante e quase impossível de ser encontrada?

A velhinha contorceu o rosto, intrigada. Apertou o cabo de apoio que usava para andar lentamente, se sentando ao meu lado. Eu estava voltando a ficar nervosa.

— Como descobriu isso? Como sabe sobre a aldeia?

— Seu neto, Yijon Heng Jionji, que se formou na Universidade de Pequim e viajou para os Estados Unidos e hoje trabalha como um dos melhores jornalistas do The Minerva; o jornal de Washington. Ele publicou ano passado uma matéria sobre uma pequena aldeia quase impossível de ser encontrada onde seus avós moraram, e relatou fatos sobre na Internet, que se tornou viral em uma página do Facebook, algumas semanas atrás.

A velha coçou a cabeça, e parecia distante pensando em Yijon. Estava com medo de invadir a privacidade dela, mas não podia desistir daquela missão tão facilmente.

— Mas o que pretende com informações sobre o vilarejo, mocinha? Não há nada lá. É bem remoto, meus pais e amigos que ainda estão vivos moraram lá com simplicidade, e não tem comunic…

— MAS É ISSO MESMO! — Exaltei, e a velhinha tomou um susto. Sussurrei desculpas e voltei a falar. — É exatamente desse lugar que preciso ir! Sem estresse, sem correria, sem celular... sem ninguém do mundo! Por favor, me mostre onde fica Medog!

E então, silêncio. Continuei a encarar a velhinha chinesa por mais alguns segundos até desistir. Em meus olhos, pude transmitir toda minha aflição e vontade e ela me encarava como se quisesse entender porque alguém como eu iria querer parar no lugar mais isolado do mundo. Bufei cansada.

— Termine seu chá, querida. — Ela disse calmamente, se levantando devagar da cadeira e apoiando ambas mãos no apoio.

— M-mas, senhora...!

— Não se preocupe. Irei tomar as providências. Um instante.

E então, ela desapareceu atrás da cortina de ideogramas vermelhos até os fundos da casa. Depois disso, a mesma menininha que me atendeu veio com ela, segurando uma bolsa de ombro e um mapa oval abaixo dos braços. Me levantei, surpresa e animada, olhando para as duas.

— Esta é Peng, minha neta. Ela não sabe falar seu idioma, mas irá te ajudar a guiar seu caminho até próximo da direção. Você precisará pegar muitos trens… — A senhora Lieng mencionou, pondo o mapa de aparência muito antiga na mesa de chá, apontando nas direções de linhas em azul e cobre, por toda extensão. — …e muitos ônibus e até carroças se for preciso. Terá boa parte do caminho que precisará fazer a pé somente, acampando entre as cordilheiras e na floresta.

E então, fitou no fundo dos meus olhos.

— Não aprovo o que meu neto divulgou, mas tem certeza que pretende tentar localizar o vilarejo? Vai precisar ficar noites sozinha na floresta… caminhar no frio, andar entre estranhos sob a chuva e sol… pode não conseguir encontrar seu destino até por anos! Tem certeza absoluta?!

Meu cérebro queimou imediatamente com as cartas na mesa. Pensei logo em meu irmão, e no que havia prometido, porém ele sabia que no fundo era minha hora de deixar o ninho e tudo que me prendia e voar para minha liberdade. Eu precisava daquilo. Precisava de um novo desafio na minha vidinha cinzenta de escritório vazio.
— Sim. Eu tenho. Irei tomar o caminho. Obrigada, muito obrigada!

Com um sorriso, ela se despediu de mim. Logo Peng pôs tudo do que precisava na mochila e me deu sua mãozinha fina, e fomos andando para a saída do beco para a primeira estação de trem. Deixei tudo que havia trazido na mala do hotel para trás. Meu celular para trás. Esta, definitivamente, indo para um novo mundo diferente.

 

(…)

(Nove anos depois…)

(…)

 

— Querido… querido… você recebeu uma carta! Olhe só, chegou para você hoje...

— O que é isto? — Perguntei, pegando a carta amarelada com selos estranhos da mão de minha esposa. — Amor, se senta… precisa descansar seus tornozelos.

Minha esposa grávida sorriu e obedeceu, sentando no sofá ao meu lado. Logo virei a carta de lado e para o outro, franzindo as sobrancelhas. Quem teria me enviado uma carta tão estranha? Abri logo com as mãos, e uma folha dobrada com uma fotografia caiu no meu colo.

— Charlie, o que é isso? — Minha esposa perguntou.

— Não faço idéia, querida. — Respondi, abrindo a carta. E logo meu rosto se estampou com grande susto.

— Meu Deus, o que foi?!

— Nossa, está completamente escrito em chinês! Olhe só!

Ergui a carta para ela, mostrando os ideogramas aleatórios escritos à mão. Eu não entendia nada. Não estava compreendendo nada.

— Mas quem me enviaria um troço desses?!

— Charlie, você não tem um aplicativo tradutor? Use na carta. Estou curiosa, vamos ler!

Era uma boa idéia. Imediatamente bati uma foto da carta erguida com scanner no celular, e abri o programa dito. Após alguns segundos, a carta estava traduzida para meu idioma. Minha esposa se apertou em mim, para conseguir ler também, e a carta e a fotografia caiu no chão perto dos meus pés.

[CARTA TRADUZIDA: CHINÊS SIMPLIFICADO PARA INGLÊS]

[Caro querido irmão. Que saudades eu sinto de você. Tamanha saudade não cabe no meu peito, e penso em você todos esses anos. De verdade, sempre tenho imaginado o que teria feito sem você na minha vida. Queria ter escrito essa carta a mais tempo, mas nunca encontrava uma maneira de escrever para você sem chorar… bem. Eu já estou chorando enquanto escrevo isto.

Quero que saiba que tudo deu certo comigo. Eu acabei não encontrando o vilarejo Medog. É realmente impossível. Viajei nos dois primeiros anos andando à pé e por carroças entre diversas aldeias e florestas, subi as montanhas Shiei e acampei de verdade entre a escuridão, mas nunca cheguei de fato perto do vilarejo. Mas não fui para a China à toa. Algo fantástico aconteceu comigo.

Ah, Charlie, eu me apaixonei! Durante as caminhadas entre os vilarejos isolados do fundo desse país, eu conheci um homem chamado Woyi. Era um aldeão simples, que plantava arroz, mas ele me conquistou quando me ofereceu abrigo certa vez. Acabei ficando vários dias em sua casa, até se transformar em meses. E então, nos casamos.

Agora aqui estou eu, totalmente mudada. Hoje ajuda na colheita dos arrozais, longe de toda tecnologia, entre a linda vista das montanhas e planícies com rios e bem longe da poluição de Pequim. Já tivemos dois filhos. Uma menina, chamada Fang e um menino, que batizei com seu nome: Charlie. O primeiro mestiço com nome estrangeiro. E já estamos na encomenda de um terceiro.

Eu sinto muito sua falta, irmão. Não sei se casou, teve filhos. O que houve com nossos pais e amigos… quais filmes novos lançaram, quais as notícias do mundo afora… mas estou incrivelmente feliz aqui. Até me esqueci como escrever em inglês! Mas o mais importante é que consegui minha serenidade que tanto sonhava, e uma nova família, mesmo não tendo conseguido encontrar o vilarejo.

Desculpe ter mentido por ficar aqui só um ano. Eu te amo. Da sua irmã, Lora.]


 Eu não tinha palavras. As lágrimas rolaram do meu rosto sem permissão, e estava já chorando copiosamente antes de terminar de ler a carta. Minhas mãos tremiam e eu berrava, de saudades de minha irmã. Logo, minha esposa me abraçou, não entendendo.

— É-é… é da Lora! Minha irmã! E-ela… está viva! — Gritei, abraçando-a com força.

E na fotografia - aparentemente feita com uma maquina de filme sépia, eu podia vê-la com a nova família. Ela mais magra, ruiva e de cabelos bem mais curtos, sorridente. No colo, Feng entrelaçava os bracinhos no pescoço da mãe e ambas usando roupas comuns com fecho chinês até o pescoço, descalças. A menininha tinha os cabelos longos e pretos que caía sobre os olhinhos. Linda. O marido de Lora estava ao lado, com uma mão nas costas dela e a outra no do menininho ao seu lado em pé. Ele era robusto e cabelos também pretos. Também sorria.

E o pequeno Charlie era ruivo de olhos puxados. Voltei a chorar sobre a foto.

— Pensei que sua irmã estava desaparecida havia 9 anos! Ela está aonde? Quando vamos nos encontrar?!

— Não vamos… — Disse sorrindo, mas ela fechou o rosto e não entendendo. Abaixei para pegar a carta e a fotografia ainda chorando, no chão. — Ela está feliz onde está. Era o que ela queria.

 


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Notas finais do capítulo

⚠ ATENÇÃO: Dizem as más línguas que existe um local secreto paraíso na China, onde existe a técnica que rejuvenece a pele por Comentários que você dá nesta fanfic. Será verdade? Bem, quer descobrir?



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