Eu estava indo me encontrar com o detetive Olavo, ele poderia me ajudar a juntar mais informações que eu tinha, eu estava disfarçada, pode ate ser paranóia minha, mas se eu tivesse errada e não estivesse acontecendo nada de estranho, não gostaria de ser demitida e perde meus amigos, eu estava com uma maquiagem meio forte, lente de contato cor de mel e uma peruca loira de cabelos curtos. Na recepção do grande prédio onde ficava o escritório do Olavo estava uma mulher atendendo telefonemas:

-Só um instante senhora. – Falou ela pegando uma caneta.

Ela anotou um telefone e desligou.

-No que posso ajudar? – Perguntou a moça com um sorriso simpático.

-Gostaria de saber onde é o escritório do detetive Olavo. – Falei.

-Olha tenho de ligar antes, pois ele é bastante ocupado, qual é o seu nome?

-Ágata Mabel. – Tinha decorado o nome para não falar o meu por engano.

-Hum... – Falou ela checando um papel – OK, um estante só.

Ela discou um numero e ficou brincado com uma caneta por alguns segundos.

-Alo? Olavo? – Começou a recepcionista – Aqui é Tália, tem uma senhora chamada Ágata Mabel, ela gostaria de falar com você, ela pode subir? – Tália ficou um pouco com o telefone no ouvido e depois desligou – Você já pode subir, o escritório dele fica no andar de cima, numero 22. – Falou Tália sorrindo.

-Muito obrigada pela informação. – Falei indo em direção as escadas.

O andar de cima tinha um grade corredor com inúmeras portas. 20, 21, 22. Achei. Bati na porta:

-Pode entrar. – Falou uma voz masculina.

-Com licença, você deve ser o detetive Olavo?! – Falei olhando um pouco a grande sala laranja escura.

Tinha muitas fotos e recortes de jornais nas paredes, também tinha um grande quadro branco e um sofá, aonde eu sentei.

-Sim, e você Ágata Mabel, porque você quer meus serviços? – Perguntou ele olhando-me de cima a baixo.

Ele aparentava ter 20 e poucos, alto e moreno, muito bonito, só que não to aqui para namorar, estou querendo matar minha curiosidade de vez.

-É que tenho dois amigos que estou querendo investigar, pois estou desconfiando que possam estar querendo fazer algo contra mim. – Aquilo era uma meia verdade, tinha que ter uma historia, e essa era a mais convincente.

-Hum. – Ele pegou um caderno e uma caneta – Nome?

-Alexandre e Renata Terenti.

A partir dai foram perguntas como: Aonde morram, trabalham, dentre outras, a maioria eu soube responder, não dei muitas informações nem nada.

-Agora senhora Mabel, preciso que me pague metade agora e metade depois, entendido? – Perguntou ele fechando o caderno.

-Sim, aqui esta. – Falei entregando um maço de dinheiro, eu tenho minhas economias, esse dinheiro seria para comprar minha casa, mas já que ganhei a minha deixei guardado.

-OK, começo hoje a investigar. – Falou Olavo contando o dinheiro.

Dei o número de um telefone que acabara de comprar, justamente para isso, e sai, precisa chegar em casa para poder me arrumar para ir a boate. Tirei as lentes e a peruca num banheiro publico, e segui para casa. Quando chego lá, minha porta estava destrancada, mau sinal, pois eu me lembrava de ter trancado a porta, mas o pior de tudo foi quando entrei, minhas coisas estavam reviradas, corri para o meu quarto, pois era aonde estavam as minhas coisas de valor, quando chego lá, estava revirado também, corri para minha caixa de jóias que estava jogada em cima da cama, só tinha uma coisa faltando lá,  o colar da minha bisavó, fiquei arrasada, era a coisa mais preciosa para mim, fui ver se estava faltando mais alguma coisa, o diário dela também tinha sumido, seja lá quem tivesse entrado aqui só roubou as coisas que eu tinha ganhado de herança da minha bisa,. Eu me arrastei para o banheiro, eu estava arrasada, pelo o acontecido, quando ligo a luz do banheiro encontro algo que não deveria estar ali, um cadáver!