Armin P.O.V.

Aquele brinquedo, meu senhor dos anéis, era muito difícil! Eu pedi para uma garota de mais ou menos 13 anos que estava passando escolher a musica porque Kiyo escolher não daria certo se ela conhece bem o jogo. Escolhemos a música Fantastic Baby, de BIGBANG, que por sinal, eu conheço.

– Agora, prepara. – Kiyo estava sorrindo radiante, ela com certeza já havia dançando com essa música. O pior mesmo, é que eu também. Depois de terminarmos essa música sem fim finalmente teve o resultado.

– SÓ POR 120 PONTOS! – Me ajoelhei no chão e fingi que estava chorando, de certa forma eu queria muito ganhar.

– YAY! EU SOU A MELHOR! – Olhei para o lugar onde ela estava e ela estava batendo na mão das crianças que estavam com ela há pouco tempo atrás.

– Vocês estavam torcendo pra ela?! – Me levantei e cheguei perto das crianças que ficaram um pouco assustadas. – E porque não pra mim? – Me ajoelhei e coloquei as mãos no rosto.

– Desculpa, mas ela é nossa onee-chan. – O garotinho falou e eu assustado olhei pra ela.

– Você tem irmãos?! – Pergunto assustado.

– Eles não são meus irmãos de sangue, eu os conheci agora. – Kiyo estava rindo passando a mão na cabeça da garotinha.

– Ah, sim.

– Agora, meu bichinho! – Ela bateu na minha cabeça com força.

– AI DIABO! – Gritei, mas no fim eu sei que iria ter que pegar o bichinho mesmo então só fui andando até a máquina.

– Eu quero aquele ali. – Kiyo havia escolhido o mais estranho possível. Era um monstrinho vermelho com três antenas e um olho. Quem havia colocado isso lá?!

– Sério isso?

– É fofo, qual é. Você vai pegar eu não me importo. – Kiyo cruzou os braços e eu peguei mais três fichas que era o que custava aquele jogo que eu demorei anos pra me acostumar, mas agora pego de olhos fechados. Na primeira tentativa eu já havia pego o bichinho que ela queria. – NÃO ACREDITO! – Ela havia puxado o bichinho dos meus braços e estava abraçando ele como se fosse esmaga-lo.

– Miga, calma. – Falei rindo.

– Como você fez isso?! – Ela perguntava maravilhada e eu só conseguia rir da sua cara.

– Achava que eu ia ficar gastando dinheiro mesmo?!

– Era o que eu queria, mas ok. – Ela havia segurado na mão do bichinho e estava o segurando, como uma criança que segura na mão de uma boneca.

– Vamos comer alguma coisa, eu tô com fome. – Perguntei passando a mão na minha barriga.

– Ah, sim, algo que não tenha gosto de jujubas estragadas. – Ela fala e eu percebo que eu falei isso, pra Aya. Mas só pra ela.

– Quem é a Aya? – Pergunto de vez, ela era amiga dela certo?

– E-e-eu não posso dizer. – Ela deve ter problema de pronunciação pra não conseguir falar nada sem gaguejar.

– Ah, é você e o Alexy fazendo isso comigo. Me diz por favor. – Peço me ajoelhando no chão e juntando as mãos no meio do parque fazendo ela se envergonhar.

– Não, não, não, e se levanta dai! – Ela tentava me levantar e eu me levantei de vez.

– Seu nome é Kiyomi Ayano. Aya disse que o ultimo nome dela terminava com “o”. Você citou o que eu falei com a Aya antes, as jujubas estragadas. Você a conhece. Você não quer dizer quem é. Eu estou começando a desconfiar de você. – Joguei logo tudo que estava na minha cabeça pra cima dela.

– N-não sou e-eu! – Ela ainda batia o pé dizendo isso. Mas por algum motivo eu ainda acho que ela seja a Aya. Será mesmo que a minha stalker que eu tanto quis conhecer esta quase morando na minha casa?

– Vamos logo pegar alguma coisa. – Já estava ficando estressado com tantos pensamentos, peguei a mão dela e segui a caminho de um carrinho de sorvete, senti um choque em todo meu corpo, eu nunca havia pensado que ela seria a Aya. – Qual você quer?

– Chocolate. – Ela é tão normal, ela não parece ser a garota maluca que conversa comigo sem nenhuma vergonha de dizer que gosta de mim.

– Eu quero de morango. – Dei o dinheiro pro velhinho do sorvete.

– Aqui está o seu. – Ele entregou o meu. – E o seu. – Ele entregou o de Kiyo e nós nos sentamos no banco perto do lugar onde estávamos. Eu não falei nada, apenas fiquei pensando que não lembrava a voz da Aya, e se eu ouvisse de novo eu saberia se era ela ou não. Mas agora que ela sabe que eu desconfio dela, se for ela, ela não vai me deixar ouvir de novo.

– Eu deveria ter ganhado. – Falo do nada, de repente isso saiu da minha boca e Aya me olhou assustada.

– Pena que não. – Ela a tomava o sorvete como se fosse terminar a amanhã, ela é bem lenta.

– Acho que quando você fosse beijar minha bochecha eu ia virar a cara. – Kiyo não falou nada por um tempo até que do nada ela solta um “AH!”, ela não havia entendido até então. – Ei, Kiyo.

– Hm? – Ela havia dado uma mordida na casquinha do sorvete e uma parte perto da sua boca estava suja e... Vocês já sabem o que tá passando pela minha cabeça né?

– É... – Eu não conseguia tirar os olhos daquela parte do rosto dela, nem eu sabia mais o que estava acontecendo.

– Armin? – Ela se aproxima de mim tentando chamar atenção, e ela com certeza conseguiu.

Aproximei-me o bastante e beijei o rosto dela, “tomando” o sorvete que havia ficado no seu rosto. Ela estava muito mais que vermelha agora, ela estava roxa mesmo.

Kiyomi P.O.V.

Armin havia beijado meu rosto, ali e agora. EU ESQUECI COMO RESPIRA ESPERA! KIYOMI LEMBRA COMO RESPIRA! É SÉRIO VOCÊ VAI MORRER LEMBRA COMO RESPIRA!