— Oh, não, eu não disse isso pra ganhar um! É que eu falo o que eu penso mesmo! — Disse. Tinha certeza que eu estava vermelho como um tomate.

— Não importa. Te pago um mesmo assim. — Ele ainda dava aquele sorriso encantador. — Você está a pé, não é?! — Ele começou a caminhar na direção de seu carro.

— Sim... — Respondi, ainda sentindo o rosto quente e o acompanhado.

Senti nervoso ao entrar no carro preto com ele. Ao fechar a porta, o cheiro de seu perfume masculino tomava conta do espaço pequeno. Respirei fundo, sentindo um frio na barriga. Deus, que cheiro maravilhoso.

Olhei para Dillan, enquanto ele dirigia, observando seu perfil. Ele tinha longos cabelos castanhos claros e lisos, o nariz reto, e uma boca delineada. Seu corpo, todo definido, transbordava testosterona.

Limpei a garganta, e me remexi no assento. Que cara lindo.

— Então... — Comecei, hesitante. — Você não é homofóbico?

— Eu? — Ele riu, bem humorado. Percebi que a personalidade de Dillan podia mudar rapidamente de ensolarada para nublada, e vice e versa. — Não, não. Minha mãe é lésbica, não tenho nada contra ninguém.

Interessando, virei o corpo em sua direção.

— Antepor no lugar dos outros então, não deve ser difícil, hein?