E se eu ficar? escrita por Day Real


Capítulo 18
Cedo ou tarde


Notas iniciais do capítulo

A qualidade em que levamos nossas vidas, influênciará na vivência de nossos relacionamentos.

#pensenisso



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Era uma manhã estranha. Pairava índices de suspense na inteligência, devido a um convidado ilustre estar a postos na unidade; o Comandante Fischer, dava suas honras. O chefe checava que algo estranho pairava sobre a mesa de Voight. Rapidamente, reconheceu uma das cópias de documentos em que havia pego no computador do seu comandado, a fim de aniquilar as suspeitas sobre o que estaria envolvido. Nesta visita prá lá de surpreendente e, em uma das salas de interrogatório, aproveitando a ocupação de todos os investigadores - ligava secretamente para o chefe William Dodds, o notificando do que ocorrera.

— William! - se dirige intimamente.

— Olá, Fischer! Que devo a honra da ligação? - diz Dodds alegremente.

— Estou aqui na Inteligência, acabo de ver outro documento em que Voight achou da Narcóticos. - fala em tom bem baixo.

— O quê?! Fischer, você tem que tomar as rédias disso! Não pode deixar eles encontrarem vestígios de que a assinatura do Mike é falsa. - altera a voz.

— Pode ser tarde! Eles estão indo a fundo, pensando que eu não estou sabendo de nada. Já estão com todos os originais e os outros falsificados, para levarem a perícia, novamente. - ressalta o comandante bem assustado.

— Eles não podem! Tenta arrancar isso daí! - se exalta .

— Também não podem descobrir o Ryan! Ele sempre será nosso cúmplice e laranja... Pensa. Quem vai pegar os anos de prisão em nosso lugar? Não haverá a quem mais culpar! - mantém a preocupação com a mão à boca, abafando mais ainda sua voz .

— Fischer, irei falar com o comissário daqui em que sou amigo, hoje mesmo! Deixarei ele sobre aviso do que pode ocorrer. Vamos livrar a nossa cara! - o encoraja Dodds.

— E seu filho, Dodds? Por que o Mike está nessa jogada? - o indaga

— Ele está no lugar certo! Isso é apenas um susto para ele cair na real, o quanto ser bonzinho custa caro. - ressalta em um tom bem áspero.

— Não é só por isso... - suspeita o comandante forçando automaticamente um confissão do amigo.

— Tem outras coisas em jogo, também...- silencia.

— Ficou sabendo que o Mike não está conseguindo resistir a depressão na prisão? - o notifica.

— Não... - o responde vagamente.

— Muito cuidado, William! Estamos fazendo as coisas para livrar a nossa cara e, ao mesmo, incluindo quem não tem nada haver com essa história... - o relembra com bastante receio.

— Qual é a sua, Fischer, isso é um sinal de arrependimento? - o questiona ironicamente.

— Não sei, William... - suspira levando uma de suas mão a testa.

Passos começavam a serem dados pelo corredor onde se situava...

— William, não posso continuar conversando! Mais tarde acertamos as coisas. Vou ver o que poderei fazer por nós e pressionar o Voight a parar com isso! - se aproxima perto da porta tentando ouvir os passos suspeitos.

— Faça isso! Ele não pode nos atrapalhar. Aliás, ele terá que ser afastado. Aguardo seu retorno! - se despede.

Voight chega na sala quase dando o flagrante. Quando os dois põe a mão ao tempo a maçaneta, o sargento, que esta ao lado de fora, estranha o que poderia estar o impedindo de entrar - quando decide a empurrar com força - o comandante estava do outro lado chegou a ser arremessado ao chão, devido a força física em que foi aberta por ele.

— Comandante! - Voight o avista no chão e fica assustado ao vê-lo.

— Voight, qual é o seu problema? - o olha atravessado por estar ao chão.

— Desculpe. - estende a mão para levantá-lo rapidamente.

— Só queria saber, sobre o por que está entrando assim aqui? - corresponde segurando a mão de Voight e levantando.

— Vim procurá-lo e o notificar que estou indo a uma investigação, na Narcóticos. - disfarça.

— A propósito de... - o espera completar.

— Sobre uma nova onda de crimes que pegamos de lá... Apenas isso! - desconversa.

— Tudo bem! - o autoriza sem muita delonga.

— Obrigado, comandante! - Sai da sala estranhando o modo em que ele não faz se quer uma ponderação.

Voight inventa uma mentira para seu superior. Na verdade, foi junto de Jay, fazer visitinha a Ryan Michaels, ex-parceiro de Mike e assim lhe fazer umas perguntas esclarecedoras. Pode-se estranhar sobre o motivo em que Erin não pôde estar ao lado dele. A detetive está em NY. Não foi a procura de Olivia por motivos só policiais e, sim, por outro em que as mantém interligadas - Mike Dodds.
A tenente estava indecisa por escolher se continua trabalhando ou entra de licença um pouco mais cedo, devido a seus enjôos contínuos que estão marcando presença em sua rotina. Ela pediu um afastamento temporário a Dodds que, sem criar muitos problemas, prontamente a deu.
O dia de descanso pôde finalmente chegar a vida de Olivia. Como ela sempre se coloca em movimento, não parou por um minuto se quer em seu apartamento. O local havia um toque real do pequeno Noah; os brinquedos estavam completamente espalhados do chão até no beiral da janela, juntando com alguns de seus móveis que se encontravam fora do lugar dando espaço ao pequeno de dois anos que já esta dando seus passos. Ela, por sua vez, com ele ao seu colo, tentava arrumar o local mesmo assim, acompanhada de movimentos leves para não ocasionar danos ao outro bebê - do primeiro mês ao terceiro, gera uma precaução ainda maior. Sua companhia toca. Ao primeiro instante, estranha pois não esperava uma visita.

— Meu pequeno, quero que fique sentadinho aqui, enquanto mamãe vai atender à porta. - dá um beijo em Noah e o deixa no carpete da sala cercado de brinquedos e vai em direção a porta.

Noah a segue fixamente com os seus lindos olhos da cor do céu. Olivia então abre a porta e avista Erin em sua frente.

— Erin, que surpresa! - a cumprimenta com um sorriso.

— Oi, Olivia! Tudo bem? - a corresponde sorrindo.

— Entre! Fique a vontade. - a convida deixando o caminho livre, mantendo suas mãos a porta.

— Obrigada! - agradece e adentra ao apartamento.

Erin logo sorri para Noah, ao vê-lo sentado rodeado por seus brinquedos. O pequeno já a olha de volta dando um sorriso simpático.

— Ei, pequeno! Como você é tão lindo! - o elogia e abaixa próximo a ele, acariciando seus cabelos.

— grrr... grrr.... - a responde como se soubesse o que ela estava lhe dizendo.

— Tia Erin, ele não costuma abrir esses sorrisos assim... Acho que ele gostou muito de você! - Olivia sorri e logo se assenta ao sofá.

— Eu amo crianças! Quem sabe um dia eu não tenha uma, não é verdade?! - revela alegremente se afastando um pouco de Noah, sentando a uma poltrona defronte a ela.

— Crianças são graciosas! Estou feliz por ter o rapazinho e pelo que carrego em meu ventre. - diz emocionada ao olhar enquanto o Noah se distraí e ao mesmo tempo acaricia sua barriga.

— Sobre isso eu não tenho dúvidas, Olivia! - mantém sua voz serena e sustenta um sorriso largo ao rosto.

— Como anda as coisas em Chicago? Voight...? Mike...? - a indaga .

— Vim até aqui justamente para falarmos a respeito deles e de tudo que está acontecendo. - logo muda o semblante.

— Se iremos falar a respeito deles, vejo que iremos precisar de uma boa xícara de chá ou café... Você aceita? - suspira e ameaça se levantar esperando pela resposta da detetive.

— Obrigada, Olivia! Mas acho que não será preciso o café, a não ser que, o chá em que irá tomar seja tranquilizante, porquê após o que irei lhe contar sera de grande avalia. - revela com um tom preocupante.

— Então o que anda se sucedendo em Chicago, Erin? - se acomoda no sofá e transfere um olhar assustado para a detetive.

— Voight não anda nada bem! Ele chegou a desabafar para mim, sobre sua completa insatisfação em não poder estar ao seu lado. - exclama.

— Nós precisamos conversar pessoalmente, Erin. Algumas coisas mudaram de um tempo pra cá e não tive oportunidades de voar até lá, devido a meus enjôos contínuos. - a despista contendo incertezas em sua voz.

— Nessa fase é assim mesmo! Torço para que um dia vocês se compreendam e vivam felizes, sem qualquer impedimento. - a compreende.

— Não temos impedimentos! São responsabilidades em que temos atreladas as nossas vidas pessoais, querendo ou não, isso acaba atrapalhando um pouco... Seguindo de coisas que se sucedem e aparecem durante o tempo. - dispara em um tom bem menos preocupado.

— Faço votos que dê tudo certo! - se cala repentinamente.

— Como vai o Mike, Erin? - eleva o tom de preocupação.

— Mike... Ele está com depressão! - a responde vagamente, estranhando a importância que ela dá ao ex-sargento.

— Não acredito! - leva suas mãos a cabeça. - Ele tem que ser tirado o quanto antes de lá! Erin, ele pode morrer! - se levanta rapidamente mostrando desespero e fica impaciente andando para um lado e outro procurando se acalmar.

— Eu sei que ele é inocente! - tenta acalmá-la. - Olivia, acho que isso não irá ser bom para o bebê. Deixe, estamos cuidando muito bem disso! - completa seguindo os passos da tenente.

— Eu não posso ficar quieta! Ele é o pai do meu filho e inocente. Não era para sofrer essas atrocidades injustas! - pára e encosta a parede evitando deixar uma lagrima cair por estar descontente.

— Olivia, não quero me intrometer, mas, pelo jeito o
Mike não foi só uma apaixonite de verão... Você demostra estar envolvida por ele... - dispara deixando o ciúme transparecer por seu semblante e voz.

— Erin, você já teve algo com o Mike? - se senta e transfere espertamente a responsabilidade para a detetive.

— Hum... Eu... Não sei! - desvia seus olhares para o que Noah estava fazendo, tentando despistar em constante gagueira.

— Isso é um sim, como resposta? - a olha fixamente esperando por resposta.

— Ele é um amigo antigo em que gosto muito! Não quero vê-lo sofrer. - torna a manter Olivia em seu campo de visão. - Ele merece alguém que o ame de verdade e que não brinque com os seus sentimentos. - completa em profunda tristeza.

— Concordo plenamente! - suspira bem fundo.

— Olivia, ele vai precisar de muito apoio! Eu estou com medo por ele, se depois que tudo isso acabar, aguentará o que lhe espera aqui fora... - ressalta com muito suspense.

— O quê está tentando me dizer, Erin? - a questiona assustada levando suas duas mãos a boca.

— Olivia, a mãe do Mike está morrendo! Ela está com um câncer cerebral e em seus últimos momentos de vida. - diz com um pesar em sua voz ao lembrar do que já presenciou ao incidente em que Annelyn passou mal.

— Não sei o quê dizer. Eu juro, que não sei! - lamenta sustentando uma voz trêmula contida de dor, continuando com suas mãos a boca e completamente atônita ao saber da notícia.

Na prisão, Mike continua com sua luta. O ex-sargento demostra um pouco de ânimo desde que o carcereiro se tornou seu fiel escudeiro. Mesmo assim, na maioria das vezes, quando ele não podia estar em sua companhia o todo tempo, o peso de sua depressão insistia em incomodar. O diretor do presídio o detectava bem triste e sem forças, em todas as oportunidades que obteve ao observá-lo. Logo, resolveu restaurar a ala de Psicologia do presídio, já que a situação em que Mike estava, muitos poderiam estar sofrendo silenciosamente - precisando assim da ajuda necessária. Depois de algumas horas de toda essa decisão, todos os funcionários do presídio haviam participado de uma reunião com o diretor anunciando essa re-abertura. Quando terminou de ouvir ao que se ocorria na reunião, o carcereiro fez questão de ir até a cela de Mike e o notificar da grande novidade.

— Mike, Mike! - o chamava entusiasmado.

— Ei, amigo! Nossa! Pra quê tanta pressa? - se assusta com a presença dele, enquanto estava cabisbaixo sentado na beira da cama.

— Preciso lhe contar uma grande novidade! - sorria um pouco nervoso ao carregar a grande notícia, querendo revelar de imediato.

— Diga-me do que se trata! - levanta e se dirige a grade bem curioso.

— Venho de uma reunião com o diretor, ele disse que haverá uma psicóloga aqui para ajudar a você e os demais presos que necessitarem. - revela mantendo a alegria.

— Graças a Deus! Estou precisando muito de um profissional que me ajude. - diz aliviado.

— Mantive a minha fé! Meu rapaz, quero vê-lo saudável novamente. Olivia ficará feliz em saber que você estará ótimo ao sair daqui! - o encoraja não escondendo sua alegria.

— Você já sabe o nome da doutora? O diretor revelou alguma foto? - indaga com muita ansiedade.

— O nome da doutora é Chase Spivot; uns trinta e dois anos; 1,70 de atura; loira... - se descontrola ao falar.

— Não precisa me passar os dados todos... - sorri com o jeito em que o homem a descrevia.

— Já a foto dela... - diz com suspense.

— Você viu e não quer me contar, não é? - passa um de seus braços entre grade e dá um tapinha no ombro do carcereiro.

— Você verá a Dra. Spivot, só não poderá se apaixonar! - brinca.

— Fala assim como seu eu fosse o maior tarado aqui do prisão. Meu coração, amor, alma e espírito pertence à Olivia, apenas! - confessa muito apaixonado ao lembrar da amada.

— Que Deus conserve sempre seu coração bem longe do olhar. Para não ter risco de se iludir com quem se aproximar! - diz cautelosamente o carcereiro.

— Obrigado, amigo! - o agradece sorrindo ao mesmo tempo desconfiando do conselho dado pelo amigo


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Notas finais do capítulo

Me digam sempre o que estão achando.
Que rumo a história está tomando...
Se está boa ou ruim, sejam sinceros, sempre!!!

:*



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