EM 1991…

Há faziam alguns meses desde que Harry saíra de casa para estudar na “escola de loucos”, como Válter dizia em casa ou “Centro Saint Brutus para Garotos Irrecuperáveis”, como ele e Petúnia diziam nas poucas vezes em que alguém perguntava de Harry. Dudley frequentava Smeltings, a escola em que Válter estudara.

Tudo ia bem para os Dursleys, fingiam que Harry não existia, mas a paz e tranquilidade da família foram interrompidas por uma carta.

—É para Duda – disse Petunia chocada. - De Hogwarts.

—O quê? - esganiçaram os dois.

Duda estendeu a mão para pegar a carta. Seus olhos de porco correram pelo texto. Ele era diferente, era como Harry. Um bruxo.

—Não! - gritou Válter. - Meu filho não! Queime isso, Petunia! Não vamos mandar Duda para esse lugar.

—Válter, lembre-se do que aconteceu quando tentamos evitar da última vez.

—Não vou me opor – disse Válter, derrotado. - Mas saiba que no momento em que passar por aquela porta, não será mais meu filho, ouviu?

Duda olhou para a mãe em súplica, mas Petunia se manteve imóvel, o rosto retorcido de ódio. Pelo visto, ela compartilhava da posição de Válter. Se eu não for, jamais saberei quem sou de verdade. Harry mandou essa família para o espaço, porque não nos pertencia, e talvez eu também não pertença a esse lugar. O garoto assentiu, tomou a carta e saiu para a rua.

—Dudley Dursley? - chamou Arabella Figg, uma senhora idosa que morava perto dali e frequentemente tomava chá com os Dursley. - Venha cá garoto, vou ajudá-lo.

—Sra. Figg? Como…

—Eu vi a coruja, sei que é um bruxo, rapazinho. Vou lhe ajudar a chegar a Hogwarts.