Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 74
Quidditch?


Notas iniciais do capítulo

Gente, acabaram os bônus, agora começa a sexta temporada.



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ALGUNS DIAS DEPOIS...

Fred e Jorge se mudaram para o campus da U.M, causando à Bianca um pouco de solidão, já que Draco constantemente viajava para Little Hangleton a mando de Voldemort.

—Podíamos fazer algo diferente esse ano – propôs Harry. - Nada de sequestros, Horcruxes, viagens no tempo ou coisa do tipo.

—O que seria, então?

—Quadribol – o rapaz sorriu.

—A gente não sabe nada sobre quadribol – a menina replicou. - Provavelmente não seremos escolhidos, mas podemos tentar.

—Eu conheço uma pessoa que sabe tudo de quadribol, e certamente não nos negará ajuda.

Os meninos se dirigiram para o escritório de Sirius.

—Pai? - bateram à porta.

—Podem entrar, meninos. Em que posso ajudar?

Bianca e Harry trocaram olhares marotos, que foram percebidos por Sirius.

—Pode nos ajudar com quadribol? - Harry pediu.

—Vão jogar quadribol esse ano? - Sirius ergueu a sobrancelha. Os meninos assentiram. - Desculpem, mas não posso ajudá-los. Agora, se me dão licença, preciso trabalhar.

Bianca puxou Harry até a biblioteca, e procurou uma estante, onde haviam grandes fichários que diziam: Sirius 1971, Sirius 1972, Sirius 1973, Sirius 1974, Sirius 1975, Sirius 1976 e Sirius 1977.

—São os álbuns de escola de Sirius – disse Bianca. - Vamos lê-los e descobrir em que ano e posição papai jogou.

Ela colocou alguns dos livros nos braços do rapaz e foram para uma das mesas de estudo, onde se penduraram sobre os livros. Descobriram que no primeiro ano, Sirius havia sido o batedor da Grifinória, e que no sexto ano, ele e James inventaram uma jogada audaciosa para conseguir capturar o pomo de ouro.

—Acho que essa jogada está descrita em Quadribol através dos séculos— disse Harry. - Vou buscar o livro.

Bianca guardou os anuários de volta, e levou um susto quando um alto som de aparatação chegou a seus ouvidos.

—Jonay? O que faz aqui?

—Eu soube que não destruiu a tiara e o medalhão e queria ajudar.

—Okay… meus pais vão me matar se fizermos isso aqui dentro, então me espere no jardim, tá? Vou buscar as joias e te encontro lá.

Jonay assentiu e foi para o jardim. Bianca logo chegou com a tiara de Ravenclaw e o medalhão de Slytherin. Ele apontou a varinha para o medalhão e disse, ao mesmo tempo que ela:

Fogomaldito!

Com as joias destruídas, eles resolveram tomar chá por ali mesmo. Bianca mandou que Monstro servisse o chá com biscoitos que ela tanto gostava, e o elfo obedeceu, com um sorriso suspeito no rosto.

—Elfo idiota – Jonay resmungou.

—Não fale assim dele – Bianca o defendeu, para espanto do garoto. - Tem sido ótima companhia desde que… Fred me deixou.

—Ele te deixou? - Jonay perguntou.

Ela tirou uma carta do bolso e entregou-lhe.

Bianca,

Antes de mais nada, não estou sobre efeito de Imperio nem estou possuído ou algo do gênero. Estou escrevendo por vontade própria.

Disse para minha mãe que queria estudar na U.M para ficar mais perto de você, mas era mentira. Foi porque apenas a U.M oferece o curso de auror – isso é óbvio —, mas eu não queria que ela falasse até me convencer de ir estudar em Oxford ou Stanford. Não poderei conciliar meu relacionamento com você aos estudos, desculpe. E também, sempre que estamos longe um do outro, você acaba fazendo novos amigos e eu penso besteiras – embora, da última vez, eu estava certo.

Daqui pra frente, seremos apenas amigos.

Fred.

Uma lágrima escorreu do olho de Bianca. Jonay a afagou com carinho.

—Não chora, querida. Por favor, ele não merece. Não de novo.

Ele segurou o rosto da garota nas mãos e a beijou. Ela o abraçou, sentindo-se confortada em seus braços.

—Não me deixe – ela pediu.

—Jamais – ele sorriu. - Eu tenho de ir agora, seu irmão está chegando. Tchau!

Bianca se levantou enquanto Jonay desaparatava. Harry chegou com o livro Quadribol através dos séculos.

—O que faz aqui? Não estava na biblioteca?

—Vim tomar um ar puro – ela riu, esperando que ele acreditasse na mentira. - Conseguiu o livro?

—Aqui está. Vejamos… aqui. A famosa jogada criada por James Potter e Sirius Black em 1996 foi chamada por eles de Rebatendo o pomo, mas foi usada apenas uma vez em campo pela dupla, já que apesar da vitória da Grifinória, time pelo qual jogavam, Black caiu da vassoura e bateu as costas em um dos aros de gols, fraturando a coluna.

Mas a lendária jogada era feita do seguinte modo: o batedor voa lado a lado com o apanhador, e repele todo tipo de obstáculos que estiverem próximos, em pé na vassoura. E quando o pomo de ouro estiver no campo de visão do mesmo, ele o rebate, diretamente nas mãos do apanhador, e a partida se encerra.

—Genial – disse Bianca. - Foi por isso que ele não quis nos ajudar. Porque se machucou jogando e quase morreu.

—Imagina se ele descobre que você pretende ser batedora como ele e ainda por cima, usa a jogada dele – disse Remus, chegando no jardim.

—Remus? O que…

—Eu ouvi tudo – disse ele, colocando no chão um grande pacote que carregava. - E por mais que saiba como foi difícil para Sirius se recuperar depois daquela partida, decidi dar uma mãozinha a vocês – ele tirou duas vassouras do pacote. - Posso ajudá-los a se prepararem para o teste.

—Remus, espera. Isso quer dizer que vamos ter de mentir?

—Bem… sim.

—Harry, pode treinar se quiser, mas eu não vou mentir para o meu pai de novo. Eu não posso.

Bianca saiu do jardim, trancando a porta atrás de si. Jogar quadribol seria muito legal, mas mentir para seu pai de novo não. Ele a acolhera muito gentilmente depois de toda a bagunça que fora sua vida aos onze anos, e ela já o enganara muitas vezes. Colocou-se em seu quarto, pensando no que acontecera minutos antes de Remus chegar ao jardim.

A carta de Fred, as palavras cortando-a como finas adagas, e a assinatura como uma última punhalada. O beijo de Jonay, como um alento. Tudo aquilo eram provas de que mesmo que quando o mundo ao redor de Bianca se tornasse um furacão, haveria um centro onde ela pudesse se agarrar e fingir que tudo estava bem.

 


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