Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 68
Ultimate


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Taah pelo comentário do cap. anterior



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Logo após o clarão, as luzes do salão se apagaram e Bianca sentiu fortes puxões na cabeça e pescoço. Alguém tentava derrubá-la. Ataques despertavam em Bianca uma segunda natureza, uma natureza agressiva, irracional e que não usava magia, que além de chutar e socar, gritava por ajuda.

—Fred! -ela suplicou, mas uma fração de sua mente lhe disse que Fred estava a quilômetros de distância. -Vítor!

—Estou aqui, Bianca!

Sua voz era abafada, ele também devia estar sob ataque. Após um pouco de luta, Vítor alcançou sua varinha e disse:

Sectumsempra!

As pessoas que os agarravam caíram, gritando em agonia. Vítor segurou o braço de Bianca, acendeu o Lumus de sua varinha e a guiou para fora do salão. Estavam no jardim, iluminado pelas estrelas. Bianca tateava seu corpo, como se procurasse algo.

—Deixou sua varinha cair no salão? -Vítor perguntou. -Posso ir buscar…

—Não, perdi a minha tiara e o medalhão. Quem estava me agarrando os tirou de mim -ela esclareceu.

—Não se preocupe, assim que resolverem aquela bagunça no salão, pegarão os ladrões e lhe devolverão suas joias -a expressão preocupada de Bianca não se atenuou. -Eram muito valiosas para você?

—Bem, mais ou menos. Foram-me dadas por pessoas das quais não gosto muito, porém acredito que tenham chegado às minhas mãos por alguma razão maior do que eu.

—Entendi. Muito profunda. Quer saber? Vou te ajudar a descobrir o valor das peças, se quiser, é claro. Mudando de assunto, no salão… você chamou um nome antes do meu. Fred, não era? -ela assentiu. -Quem é esse?

—Meu namorado.

—Ele sempre está lá quando você precisa, não é? -ele riu.

A jovem assentiu, sorrindo. Vítor a levou de volta à torre oeste, evitando os arredores do salão principal, que estavam entupidos de alunos desesperados. Vítor parou à porta de Bianca e dando-lhe um beijo na mão, disse:

—Está entregue. Boa noite, senhorita Black.

—Obrigada. Boa noite, senhor Krum.

Isso já está se tornando rotina, pensaram os dois, sorrindo.

********

BAILE DE INVERNO É OFUSCADO POR FALHA TÉCNICA

Por Anastásia Belikov.

O baile de inverno em homenagem à Bianca Black ocorreu na noite passada, mas não foi tão perfeito quanto se pensava. A festa começou às dezoito horas em ponto, mas a senhorita Black só chegou ao salão principal às dezenove e trinta. Fontes seguras afirmam que a senhorita se atrasou porque teve problemas para encontrar um par de sapatos que combinassem com seu vestido.

Além dessa “gafe” da convidada de honra, um problema técnico fez com que as luzes do salão principal se apagassem enquanto o casal Vítor e Bianca dançava na pista, pondo um fim à festa.

Testemunhas afirmam que o casal foi flagrado no jardim da escola conversando afetuosamente (será que estavam apenas conversando?)

—Eu te odeio, Vítor Krum! -Bianca gritou, jogando o jornal no lixo.

—Posso saber porquê? -Vítor perguntou, entrando no quarto.

—Por isso -ela jogou a bola de jornal no peito dele. -Vai pôr a culpa na língua solta de Anton?

Krum desdobrou o jornal e correu os olhos pela reportagem.

—Eu não…

—Como ela sabe disso, Vítor? Como?

—Não sei, Bianca. Juro que não.

—Escuta Vítor, se o jornal só circular na escola, não terei problemas com o que ela escreve, mas se ela descobrir sobre as minhas joias, terei de sair daqui e sumir no mundo.

—Certo… e o que quer que eu faça?

—Você é acostumado a receber ordens... -ele assentiu. -Seu tio é muito autoritário, não é? Hora do tratamento de choque. Saia deste quarto e faça o que quiser.

—Não! O que quero fazer é te ajudar com as joias.

Bianca franziu as sobrancelhas.

—Pois bem. Use seus contatos para descobrir quem nos atacou, já que o jornal não disse nada.

—Até mais Bianca.

—Até mais Vítor.

********

Harry andava pelos corredores de Hogwarts displicente. Draco disse que tinha de estudar para um teste de Poções, uma vez que Severo era muito mais exigente com os sonserinos, e por mais que o amasse, Harry não estava a fim de assistir o namorado explodindo tubos de ensaio.

Parecia que um cabo invisível o segurava nos arredores da Sonserina. Por mais que tentasse, Harry não conseguia se afastar muito das masmorras.

—Potter?

Só duas pessoas no mundo bruxo o chamavam pelo sobrenome: Sirius e Bianca quando irritados, por isso, ouvir seu sobrenome lhe causou um arrepio. Se fosse Sirius, estava encrencado, se fosse Bianca, também estaria. Mas quando girou em seus calcanhares, teve uma surpresa. Estava diante de Dudley Dursley, seu primo nascido-trouxa. O coração de Harry vacilou. A última vez em que vira Duda, ele estava mostrando a casa na rua dos Alfeneiros para Bianca, enquanto tirava Harry de seu cativeiro, bem debaixo do nariz dos Dursley.

—Oi Duda. Como vai?

—Bem…

Harry não era bom interpretando pessoas, esse era o papel de Bianca, mas ele podia ver que Duda não estava bem. Em um gesto incomum, Harry pôs a mão solidariamente no ombro do primo e disse:

—Se quiser conversar comigo, estou com tempo.

—O professor Snape não gosta de mim. Não é novidade, é? Ele adora me humilhar na frente da classe, diz que sou um porco inútil. Acho que se eu emagrecesse, ele pararia de agir assim comigo.

—E mudasse de atitude também.

Duda parou, claramente envergonhado.

—Você pode me ajudar?

*******

—Por favor, Draco -Harry insistiu. -Depois da Bianca, você é o aluno preferido de Snape. Se alguém pode mudar a postura dele é você.

—Harry -disse Draco, esfregando a testa. -Não me leve a mal, mas eu simplesmente odeio seu primo. Pensei que me entenderia.

—Eu tenho muitas razões para odiar o Duda, mas não consigo entender as suas.

—Ele tem uma coisa que não é dele. E isso me irrita profundamente.

—Do que está falando?

—Teria de ser sonserino para entender, mas logo a questão se esclarecerá.

—Okay… vai ajudar ou não?

—Pelo menos não até entender minhas razões para me manter de fora. Passar bem -ele lhe deu as costas.

—Draco Malfoy! - Harry gritou, fazendo Draco dar meia-volta. -Ou você me conta o que aconteceu ou terminamos aqui.


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