Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 67
The ball's night


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Taah e Juliana Sato pelos comentários do cap. anterior



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Na manhã seguinte, Bianca foi para as aulas, a maioria era igual às que tinha em Hogwarts, exceto por uma. Defesa Contra as Artes das Trevas em Durmstrang chamava-se apenas Artes das Trevas, mas ela dominara a aula por sua prática e experiência na área, por assim dizer.

Para sorte da Black, Vítor não dividia nenhuma das aulas com ela, mas quando o último tempo do dia terminou, a jovem se dirigiu para seu quarto. No caminho, algumas garotas tentaram conversar com Bianca, usando inglês rudimentar. Pelo que Bianca pôde entender, de alguma forma, as garotas sabiam que aceitara o convite de Vítor para o baile, o que deixou Bianca intrigada. Sabia que Krum era um astro do quadribol, mas como jogava pela seleção, precisava de fofocas, boatos ou qualquer coisa do gênero para manter-se na “boca do povo”, por assim dizer, e pensar que ele parecia ser tão reservado…

Acalme-se, pensou. Talvez ele tenha comentado o assunto com um ou dois amigos e as garotas tenham escutado. Quando chegou ao seu quarto, deu de cara com um exemplar do jornal da escola, com uma manchete em búlgaro.

—Reddo! -bateu com a varinha no jornal.

As letras se reagruparam e logo ela obteve o texto em inglês.

VÍTOR KRUM JÁ TEM UM PAR PARA O BAILE DE INVERNO

Por Anastásia Belikov.

Como todos sabemos, o diretor Karkaroff decidiu dar um baile de inverno em homenagem à chegada da intercambista de Hogwarts, Bianca Black. A novidade é que Vítor Krum, o garoto mais bonito do último ano, convidou Bianca para ir ao baile de inverno, e ela aceitou.

Esse pode ser o início de um lindo romance de verão (ou seria de inverno?). A repórter faz votos de que a srta. Black seja merecedora do coração de Vítor e vice-versa.

Raivosa, Bianca atirou o jornal no cesto de lixo e bateu à porta de Krum.

—Podemos conversar? -ela pediu e ele deu passagem. -Eu achava que fosse mais reservado.

—Do que está falando?

—Disso -apontou o jornal. -Não sabia que gostava de ter seu nome fora do caderno de esportes.

—Ah. Não dê crédito à Anastásia. Ela escreve para o jornal em troca de pontos extras.

—Certo, mas como ela ficou sabendo que eu aceitei seu convite? Eu mesma não disse nada.

—Meu melhor amigo, Anton, é o namorado de Anastásia, e eu contei para ele, mas Anton deve ter achado que era um bom furo para o jornal… desculpe se passei de algum limite.

—Tudo bem –a garota esfregou a testa. -Garanta que ninguém tire fotos nossas na festa, okay? E se Anastásia vier nos entrevistar, diremos o mínimo possível.

—Você é uma estudante ou uma espiã? -Vítor riu.

—Talvez um pouco dos dois -ela piscou, deixando o quarto.

***********

EM HOGWARTS….

—Estranho esse silêncio da Bianca, não acha, Harry? -perguntou Fred.

—Eu sei que está apaixonado, Fred, mas seja realista. Nenhuma coruja consegue fazer uma viagem de ida e volta daqui até a Bulgária em dois dias -respondeu o moreno.

—Vou escrever a Sirius, talvez ele saiba de algo.

Sirius,

Escrevi para Bianca há dois dias e ela ainda não me respondeu. Aconteceu alguma coisa com o correio internacional, ou ela está me evitando? Se souber de algo, por favor, me conte.

Fred.

—Pronto -selou a carta. -Está nas mãos de Merlim.

A coruja que levou a carta para o largo Grimmauld voltou em duas horas, com uma resposta.

Fred,

Lamento dizer, mas estão tudo certo com o correio internacional, e pelo que consta em nossos registros, as cartas que foram endereçadas a ela chegaram corretamente. Talvez as aulas em Durmstrang sejam mais puxadas do que as de Hogwarts, já pensou nisso?

Sirius.

O garoto lutou para resistir à tentação de jogar a carta na lareira. Sirius não fora claro, mas era evidente que Bianca não queria responder às cartas.

*******

—Renda-se meu jovem, é uma luta perdida – disse a voz sibilante nos sonhos de Jonay.

—Não! Jamais!

—Sua amiga e defensora está longe, não poderá ajudá-lo quando eu chegar a você. Renda-se e serei benevolente.

—Não – Jonay repetiu.

—Pois bem. Como queira.

Jonay acordou de supetão e escreveu seu sonho em uma carta para Bianca. Embaixo de seu relato, pediu: volte para Hogwarts, por favor. Me salve. Sentindo o coração na boca, selou o envelope e o levou para o corujal. No caminho, encontrou Hermione. Queria cumprimentá-la, mas estava tão nervoso que não conseguiu.

Hermione estranhou o comportamento do rapaz. Lembrava muito bem que fora grossa com ele na última vez em que se encontraram, e por tanto, não esperava que ele lhe dirigisse a palavra, porém, algo na postura dele a instigara. Ele parecia muito ansioso para dar a carta a uma coruja, como se quisesse se livrar do envelope.

—Hey, Jonay! -o rapaz se virou. -O que tinha de tão macabro na carta para querer se livrar dela tão rápido?

—Nada, só quero que chegue a seu destino o mais rápido possível.

—Todos queremos.

Hermione respirou fundo, e contou até três mentalmente. No final da contagem se aproximou do garoto lentamente, e o beijou.

Nos dias seguintes, Jonay e Hermione estavam juntos sempre que podiam. Os inevitáveis boatos diziam que eles estavam namorando, e a dupla não os desmentiu ou confirmou.

—Não serão as opiniões alheias que construirão nossos futuros -Hermione sempre dizia a si mesma.

**********

Quando ganhara de Tonks um vestido em seu aniversário, Bianca achou que nunca o usaria, pelo menos não quando era uma garota cujo objetivo na vida era destruir as Horcruxes do Lorde das Trevas. Essa noite, serei uma adolescente comum, disse a si mesma, mirando seu reflexo no espelho. Do tipo que fica linda de rosa. Sorriu para a sua imagem enquanto colocava a tiara e o medalhão que Narcisa e Bellatrix lhe mandaram em seu aniversário.

Percebeu com tristeza que estava descalça e que nenhum de seus sapatos combinava com as roupas. O que faço? Peço ajuda às garotas? Ah!, eu não sei falar a língua delas. Providencialmente, Vítor bateu à porta naquele instante, segurando um par de saltos altos pretos, que ornaram perfeitamente.

—São um presente –o rapaz explicou. -Tradição búlgara.

—Não é na Irlanda que os rapazes dão sapatos para as namoradas? -Bianca ergueu as sobrancelhas. Krum havia sido pego e desmascarado, os dois sabiam disso.

—Tradição do Krum, então. Dar sapatos às amigas de que gosto.

Bianca sorriu e pegou o braço que ele lhe estendia. Era a noite do baile de inverno organizado por Karkaroff. Bianca e Vítor chegaram ao salão principal, onde os alunos comiam, bebiam e dançavam ao som da música animada que tocava. Quando a dupla adentrou o recinto, Karkaroff mandou a banda parar de tocar e tomou posse do microfone.

—Chegamos ao ápice de nossa noite. A valsa da convidada Bianca Black e seu acompanhante, Vítor Krum. Os demais casais, queiram se juntar a eles na pista de dança.

Vítor tomou as mãos de Bianca e a guiou pela pista conforme a valsa, sorrindo para ela. Bianca achava o sorriso de Krum tão bonito que não pode evitar sorrir-lhe de volta. Os dois estavam tão absortos em sua dança que só pararam quando um brilho forte incidiu em seus olhos.


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