Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 60
Everybody is in the present


Notas iniciais do capítulo

Oi peoples! Obrigada a Juliana Sato pelo comentário no cap. anterior.



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Correndo, o garoto foi até o pocionista e colocou o bilhete na mesa.

—Bellatrix foi mais rápida do que eu – Severo refletiu. - Fred, me desculpe, mas não há nada que possa ser feito.

—Quê? - o ruivo questionou. - O que quer dizer?

—Havia um plano, para matar Bianca e Harry antes que nascessem, e eu tinha de impedir, mas os outros Comensais foram mais rápidos.

—Significa… - os olhos do ruivo marejaram. - Que ela está morta, condenada?

—Sim… - o homem lutou para que sua voz não embargasse.

Fred não aguentou e começou a chorar. Suas lágrimas grossas logo encharcaram suas vestes e seus soluços sacudiam seu peito. Cambaleando, ele saiu da sala, querendo se apoiar em algo. Bianca podia morrer, não haveria luz em seu mundo se ela nunca chegasse a nascer. Ele não podia ficar parado, esperando que os anos passassem sem que Bianca existisse. Ainda tinha seu vira-tempo, usaria-o para voltar a 1943 e impediria o que quer que Voldemort estivesse planejando. E no caminho, resgataria Harry.

*********

Severo se apressou em procurar Sirius e lhe contar o que tinha acontecido. Remus e Sirius ouviram tudo em silêncio, e no final, o lobisomem disse:

—Temos de tomar medidas drásticas para evitar as mudanças na realidade.

—Do que está falando? - perguntou Sirius.

—A Senhora do Tempo. Ela é a única capaz de apagar todas as alterações feitas no passado e evitar as mudanças.

—Pelo amor de Merlim, Remus – disse Severo. - Isso é só uma lenda.

—É nossa única chance.

—Então você diz que temos de encontrar a reencarnação da Senhora do Tempo, supondo que ela exista?

Remus assentiu. - Mas eu tenho como identificá-la.

********

EM 1943

—Tom Riddle?

O jovem se virou, dando de cara com uma mulher alta e bela.

—Posso ajudar, senhora? - o garoto de dezessete anos deu um sorriso galanteador.

—Sim… Estupefaça!

Bellatrix usou o Levicorpus para colocar o jovem Tom na Sala Precisa, e em seguida foi para a sala comunal da Sonserina, onde Harry e Bianca estavam desacordados em um sofá. Em breve o Lorde das Trevas chegaria e tudo mudaria. As trevas venceriam, os bruxos bons não teriam chance alguma.

—Mestre! - ela exclamou ao ver o homem chegando.

—Olá Bellatrix. Lucius se juntará a nós em breve.

A mulher baixou os olhos para as crianças adormecidas, pensando se tudo o que ela fazia um dia seria reconhecido.

*********

EM 1995…

—Ela é a única pessoa no mundo que pode usar um símbolo das Relíquias da Morte em um relógio que é um vira-tempo – explicou Remus.

—Certo, temos que encontrar uma mulher, que pode ser jovem ou idosa, que tem um relógio/vira-tempo/símbolo das Relíquias da Morte e pode estar em qualquer lugar do mundo – disse Severo ironicamente.

—Na verdade, a primeira Senhora do Tempo foi Rowena Ravenclaw e seu poder foi herdado por todas as mulheres da família, uma após a outra, e se estou certo, a última herdeira desse dom é Juliana Scamander. Esse nome lhe é estranho, Severo?

—Lufana, quinto ano.

—Precisamos falar com ela agora – disse Sirius.

Severo mandou um elfo ir buscar a garota, que apareceu, portando no pulso o relógio com as descrições exatas dadas por Remus. Juliana era baixa, traços orientais e grandes óculos vermelhos.

—Professor Snape? - ela perguntou. - Está tudo bem?

—Precisamos da sua ajuda, srta. Scamander. Sabemos sobre seu dom de apagar alterações na “linha do tempo”, por assim dizer. Precisamos que apague as alterações feitas por Bianca Black, Harry Potter, Frederich Weasley, Draco Malfoy, Jonay Sanchez, Bellatrix Lestrange, Severo Snape e Tom Riddle, nos anos de 1943 e 1975.

Juliana fechou os olhos, ajustando o vira-tempo de seu relógio para 1943. Todo aquele ano passou na mente da menina como um filme em preto e branco e as alterações destacavam-se como luzes incandescentes. Apaguem-se, ela pensou, e as figuras coloridas se dissiparam. Em seguida, ela ajustou seu relógio para 1975 e fez o mesmo.

Quando “voltou” ao ano de 1995, sentiu tontura, caindo nos braços de Remus. O homem a segurou com delicadeza, mas assim os olhos dela se abriram, ele a pôs e pé normalmente.

—Está bem, senhorita? - perguntou Sirius afetuosamente

—Estou, sr. Ministro – ela disse, suspirando.

Um ruido alto de aparatação os assustou. Os quatro correram para o corredor, onde estavam Bianca, Harry e Fred adormecidos. Duas pessoas desconhecidas estavam lá, mas usaram feitiços de Desilusão antes que pudessem ser identificadas. Sirius correu e caiu de joelhos ao lado da filha, tomando-a no colo. Remus carregou Fred e Severo levou Harry. Colocaram os garotos em suas respectivas camas e trocaram suspiros nervosos. Conseguiram impedir consequências mais sérias, dessa vez. Na próxima, poderiam não ter tanta sorte.

***********

—Não acredito que aqueles três conseguiram ser mais rápidos do que nós – Voldemort reclamou quando ele e Bellatrix aparataram na sede dos Comensais da Morte.

—Tiveram sorte – a mulher estalou a língua.

—Sorte… eles encontraram a Senhora do Tempo antes de nós, mas eu tenho meus planos.

O Lorde das Trevas sempre tem um plano, Bellatrix caçoou mentalmente. Mas eles não têm dado muito certo.

Depois de estudar um pouco, Tom chegou a conclusão de que o poder da Senhora do Tempo não estava no sangue das Ravenclaw, mas sim no relógio. Então qualquer bruxa poderia ser a Senhora do Tempo, ou seria preciso certa “dignidade” para usar tal poder? Só tinha uma maneira de saber: roubar o relógio da atual Senhora do Tempo e testá-lo nas mãos de Bellatrix ou outra mulher.

—Narcisa – ele chamou a atenção da Malfoy na mesa de jantar. - Gostaria de ser a próxima Senhora do Tempo?

A mulher logo concordou, mas o convite assustou Bellatrix, que acreditava ser a favorita do Mestre, mas quando o questionou a esse respeito, obteve como resposta:

—Já tenho planos para você, querida Bella. Sabe disso. Deixe sua irmã ter um pouco de glória.

O plano para pegar o relógio foi devidamente arquitetado e a tarefa foi delegada a Draco. O garoto apenas assentiu ao recebê-la, mas em seu íntimo, se questionava, se rebelava. Por fora, Draco era apenas mais um jovem Comensal, como todos ali um dia haviam sido, mas por dentro, Draco era um revolucionário que derrubava bruxos das trevas ao lado dos amigos. Por fora, Draco era uma marionete, que ia onde mandavam e fazia o que ordenavam, por dentro, Draco era um adolescente que fazia suas próprias regras e ia onde tinha vontade. Por fora, Draco era só um Malfoy, o próximo herdeiro de uma fortuna tamanha, frio e sem sentimentos, mas por dentro, Draco era alguém que não tinha raízes, e amava intensamente seus amigos e Harry Potter.

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A tarefa era bem simples, nem parecia que havia sido planejada pelo Lorde das Trevas. Draco só tinha que entrar no quarto de Juliana e pegar o relógio. Roubar. Como era rico, Draco nunca precisou roubar nada de ninguém, e o peso dessa palavra e a classificação dela como crime prensavam seu peito. Está dramatizando a situação, disse o lado autopiedoso de sua mente. Você no fundo sabe que não vai dar certo, porque apenas as mulheres Ravenclaw podem manusear o relógio.

Draco queria dormir, mas a culpa que lhe pairava não permitia. Então ele chegou a conclusão de que a melhor forma de aliviar essa culpa era começar o trabalho logo para que tudo fosse para o espaço de uma vez.

Pegar o relógio foi fácil, já que Juliana o havia tirado para dormir. Então o garoto entregou a peça a Severo e disse-lhe.

—Não acho uma boa ideia entregar isso ao Lorde das Trevas.

—Está pedindo que eu falsifique o relógio?

O loiro assentiu, sem graça, mas Severo disse que o faria, rindo da expressão do garoto.

—Devolva o verdadeiro à garota. Certamente, Voldemort destruirá o falso quando descobrir que não funciona.

Draco riu e depois de colocar o relógio de volta à mesa de Juliana, voltou para a cama, e enfim, conseguiu dormir.

********

Dois dias haviam se passado desde todos os acontecimentos, mas Bianca ainda dormia profundamente. Madame Pomfrey consolava Sirius, dizendo que Bianca estava com lapso temporal por ter viajado grandes distâncias no tempo em pouco tempo, algo que os trouxas chamariam de jet lag. Harry e Fred já tinham despertado, e não entendiam o por quê de Bianca ainda não ter acordado. Todos os tempos livres de Fred eram passados ao lado do leito de Bianca, velando-a, esperando que ela abrisse os olhos e o abraçasse com um sorriso , mas os dias passavam e nada acontecia.

Numa noite comum, Bianca abriu os olhos castanhos e se levantou. Caminhou normalmente até o quarto de Harry e o chamou. O moreno despertou com um susto, mesmo que Bianca não tivesse gritado, sua voz era um sussurro rasgante que perfurou os ouvidos do rapaz, mas, ainda assim, ele se levantou e a seguiu, era incapaz de desobedecê-la.

Chegaram ao campo de quadribol e Bianca segurou a mão de Harry, aparatando em seguida.

********

Bianca acordou de novo, seu rosto e cabelos molhados e sujos. Suas roupas estavam encharcadas e sujas de terra, como se ela tivesse enterrado um corpo. Estava desorientada, encontrava-se em uma rua escura, que devia ser da Londres trouxa, mas não sabia como chegara ali. Tinha uma vaga lembrança de estar com Harry.

—Harry? - chamou. Sua voz estava rouca e mal passava de um sussurro.

Não houve resposta, então ela decidiu procurá-lo, mas ao primeiro passo que deu, tropeçou em algo que parecia uma caixa grande e caiu de cara no chão. Um instinto no fundo de sua mente lhe disse para mexer na “caixa”, que no fim das contas era apenas um volume coberto por um lençol, que ela puxou. Nada de mais, não fosse o fato de que o volume sob o lençol era Harry Potter.


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