Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 18
Protego! Estupefaça!


Notas iniciais do capítulo

~Lê eu pulando e dançando loucamente~
A fanfic recebeu uma recomendação!!!!!!! Muito obrigada Karini Black eu amei sua recomendação!!!!! E vocês outros leitores diwosos e lindos, podiam seguir o exemplo dela, né?
Sem mais delongas, o capítulo.



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–Onde vocês estavam? - gritou Sirius. - Têm ideia do que pensamos?

–Achamos que Lorde Voldemort tinha invadido a casa! - disse Molly, aflita.

–Fomos dar uma volta – disse Bianca, baixinho. - Acordamos cedo e saímos.

–Custava ter deixado um bilhete? - disse Sirius, amolecido.

–Monstro não deu papel à senhorita, patrão – disse Monstro, surgindo do nada. - E Monstro se negou a passar-lhe o recado que ela deixou.

Monstro está me defendendo, pensou Bianca. Já era. O mundo vai acabar agora. Sirius também se perguntava porque Monstro estava a favor dos meninos, mas acreditou na palavra do elfo.

–Pois bem – se retirou apressado.

–Vocês dois – a sra. Weasley apontou para os filhos. -Façam as malas, estamos partindo.

*******************

–Me pergunto porque Monstro nos defendeu – disse Bianca a Harry.

Eles estavam deitados na grama do jardim.

–Talvez vá nos subornar depois – supôs Potter. - Talvez saiba que pilhamos para Mundungo…

–Cale a boca! - Bianca bateu na nuca dele.

–Srta. Black? - Monstro chamou-lhe. - Monstro precisa falar-lhe.

Engolindo em seco, Bianca o seguiu, chegando ao corredor do terceiro andar, Monstro apontou um quadro coberto por um lençol velho comido de traças.

–Quem está aí, Monstro? - perguntou o quadro.

–Bianca Black, senhora – o elfo respondeu.

–Como ela é? Deixe-me vê-la!

Com um trejeito da mão fina, Monstro puxou o lençol, revelando uma pintura de uma mulher um pouco acima do peso, e que era totalmente estranha a Bianca, exceto pelos olhos, que lembravam os de Sirius.

–Quem é ela? - perguntou, ignorando Bianca.

–Filha de Sirius – Monstro respondeu. Bianca ficou aliviada por isso, não sentia nenhuma vontade de falar com a pintura.

Com os olhos arregalados, a mulher resmungou algo sobre uma marca. Rude, Monstro puxou a manga da menina, expondo o antebraço esquerdo, onde havia um B delicado. Elis lhe dissera que era um sinal de nascença, mas olhando agora, parecia mais um sinal. Um sinal que a incluía a família Black.

–Onde está sua mãe?

–Ela mora no mundo trouxa – Bianca respondeu com medo.

–Que tipo de bruxa ia preferir viver com os trouxas a morar aqui? - ela falou com soberba. A cada frase, Bianca gostava menos dela.

–Ela não é bruxa, é trouxa.

–SUA MESTIÇA! - a mulher esbravejou.- Quando eu pensava que ele não podia me desapontar mais… descubro que ele teve uma filha com uma trouxa. Uma trouxa! Oh Merlim… mas diga-me, estuda em Hogwarts, não? - a menina assentiu. - Em qual casa?

–Sou grifinória.

–Gryffindor! Já não bastasse tudo o que ele fez… outro Black destinado à casa dos sangues-ruins…

Sillenciato! - disse Sirius, apontando a varinha para o quadro. - Saia daqui, Monstro.

O elfo obedeceu e o homem se ajoelhou, ficando da altura da filha.

–O que ela disse a você? - perguntou;

Bianca contou. Sirius ouviu tudo em silêncio, e ao final, disse:

–Ela disse isso porque… bem, precisarei de muito tempo para contar a história toda.

–Fica me devendo essa – Bianca disse, marota.

–Está bem, está bem. Agora, vá para a cama.

A contragosto, Bianca foi dormir. Seu sono foi tranquilo. Era estranho como Lorde Voldemort não lhe perturbava quando estava no largo. Melhor assim, ela pensou, tirando o leão de pelúcia que Fred lhe dera do malão. Ela não pensava muito sobre isso, mas dormir com esse leão se tornara um vício, uma mania. A pelúcia era para ela como uma “manta superprotetora”.

No quarto ao lado, Harry ainda estava acordado, escrevendo uma carta à luz de velas.

Oi, espero que você e Fred não tenham sido mortos. Eu e Bianca sobrevivemos, mas afinal, Sirius nunca faria nada a ela, não é mesmo? Até a escola.

Harry James Potter.

Edwiges levou a carta e o menino tentou dormir, mas sua mente foi ocupada por um sonho.

Estava nas masmorras e Lorde Voldemort estava sentado à mesa que Snape usava em suas aulas.

Harry James Potter – disse o homem. - O Menino-Que-Sobreviveu. Gostou de terminar a primeira guerra bruxa? Gostou de roubar todos os meus poderes? Se gostou de tudo isso, vai adorar ser o sacrifício para o meu retorno.

–Você não se cansa? - questionou o moreno. - Não basta ter matado pessoas uma vez, quer começar outra guerra?

Meu caro Harry, você é muito jovem, mas quando crescer, verá que matar, muitas vezes é necessário. Porque não pergunta ao seu padrinho?

Sufocando, Harry acordou e saiu correndo pela casa de pijamas gritando por Sirius.

–Harry! - Sirius correu para ele e o abraçou. -O que aconteceu?

–V-Voldemort. Ele me ameaçou. Acusou você, disse que matou alguém.

–Não, Harry. Eu nunca matei ninguém.

–Mas ele disse: pergunte ao seu padrinho!

Sirius afagou os cabelos bagunçados do afilhado e beijou-os.

–Não sou seu único padrinho, e este segundo, matou pessoas.

–Quem é ele? Quem ele matou?

–Quer mesmo saber? - o homem levantou as sobrancelhas, não queria falar daquilo.

–Quero – ele falou decidido como nunca antes.

–Ele nunca assassinou ninguém, mas teve uma grande participação na morte de seus pais.

–Quem é ele?

Sirius suspirou pesadamente. Harry tinha todos os motivos para odiar todo mundo, mas ele não odiava ninguém, nem Lorde Voldemort – de quem tinha apenas raiva – e Sirius não queria estragar a pureza do menino.

–Quem. É. Ele? - o rapazinho exigiu.

–Severo Snape.

Harry engasgou com o choro. Não morria de amores pelo mestre de Poções, mas nunca desconfiaria que ele havia contribuído para a morte dos seus pais.

–C-como foi que ele se tornou meu padrinho?

–Quando você nasceu, Lily e James escolheram seus melhores amigos para apadrinhá-lo, ou seja, eu e Severo.

–Ele era o melhor amigo dela? - Sirius assentiu, os olhos de ambos estavam cheios de lágrimas. - O que é que esses dois fatos têm a ver?

–Quando você nasceu, sua família estava escondida em Godric's Hollow e só três pessoas sabiam: eu, Remo e Severo. Ele havia sido um Comensal e ainda é até hoje, sendo nosso agente infiltrado.

“Antes do outubro de 1981, ele era apenas um servo dele, e ouviu uma profecia que Sibila Trelawney fez sobre você e contou a Voldemort, contando também onde vocês estavam. Assim, ele possibilitou que seus pais morressem”.

–Como minha mãe pôde confiar nele?

–Ele não era assim na época da escola, Harry. E Lily tinha muita fé nele. Ela acreditava que por baixo da Marca Negra, ainda havia o menino que conheceu na rua das Fiações.

Harry parou por alguns segundos. Tudo o que ele queria era esquecer que um dia obrigara seu padrinho a dizer aquilo tudo para ele.

–Podemos fingir que nunca tivemos essa conversa? Você pode fingir que é meu único padrinho?

–Tudo o que quiser, Harry. Venha, vamos colocar essa lembrança em uma penseira.

Naquela manhã, Sirius presenteou Harry com uma penseira. Era um globo de neve pequenino e transparente, perfeita para ser carregada no bolso.

–Extractis Memorium – disse Harry, a varinha encostada na testa.

Introduziu a varinha na penseira e esperou. O interior antes transparente da bolinha tornou-se azul-claro.

–Não se lembrará do que guardou aí, a menos que decida rever sua penseira. Vamos tomar café.

Sirius assumiu um fardo por Harry. Guardaria segredo do segundo padrinho. Se dependesse dele, Snape jamais tocaria em seu afilhado. Única e exclusivamente de Sirius.

O resto do dia foi tranquilo e ao final da tarde, uma coruja velha e acabada trouxe uma carta para Harry.

Caro Harry James Potter,

Sério, precisamos dessa formalidade toda? Nós assaltamos uma casa juntos. Acho que somos ao menos amigos, não somos?

Eu e Fred sobrevivemos, papai ficou furioso quando soube que pegamos o carro. Pelo menos ele não sabe para quê o pegamos. Diga-me que você e Bianca ficaram de boca calada.

Gina.

Mal se passou uma semana desde o roubo aos Dursley e Bianca recebeu uma carta suspeita de sua mãe.

Filha querida,

Henrique – um dos irmãos de Daniel, meu namorado – vai se casar amanhã e gostaríamos que você viesse. Em anexo, está uma passagem de avião, para o caso de seu pai permitir que venha.

Com amor,

Mamãe.

Bianca torceu o nariz. Mal conhecia o namorado da mãe, que dirá o irmão dele. Não queria ir, mas Sirius parecia desesperado para que ela e Harry passassem um tempo longe do largo. Sete dias seriam o bastante?

–Hey pai – ela o chamou. - Minha mãe mandou um convite de casamento para mim e eu quero ir.

–Quer mesmo? - Sirius levantou uma sobrancelha e ela assentiu. - Pode ir, então.

Bianca saiu para arrumar as malas e Sirius telefonou para Molly.

–Bom dia Molly.

–Bom dia Sirius – bocejo. –Em que posso ajudar?

–Pode cuidar de Harry por uma semana?

Oh, o ciclo de Remus. Claro, posso sim. Bianca também vem? - Molly parecia eufórica com a possibilidade de ter duas crianças a mais sob seu teto.

–Não, Bianca vai ficar com a mãe. Obrigado por tudo, Molly.

*******************************

Ao fim da tarde, Bianca chegou ao local da cerimônia e foi apresentada a todos os membros da família. Emma, a noiva de Henrique, era uma boa pessoa, ao contrário dos irmãos Castlefield, Henrique, Daniel, Dora e Margaret.

Os convidados estavam na porta da igreja, esperando o pai da noiva chegar. Ele era alto e bonito, vestia-se com muita classe e tinha olhos familiares a Bianca, além de um jeito de andar que era muito sonserino. De fato, ele havia sido sonserino anos atrás.

–Sobrinha querida – disse ele abraçando Bianca. - É um prazer conhecê-la finalmente.

Sirius tem um irmão?, Bianca se perguntou enquanto o homem beijava sua mão. Então o inesperado aconteceu. Ele deu um forte tapa no rosto dela.

–Aquele traidor. Teve de “se apaixonar” por uma trouxa e o resultado está aqui, você. Uma menininha imunda. - Tirando a varinha do paletó, gritou:- Avada…

–Protego! –uma voz conhecida rebateu, protegendo Bianca. - Estupefaça!


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Notas finais do capítulo

Hum... quem será que protegeu a Bia? Façam suas apostas galeris!