Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 12
The end of the hunt


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, este é o final do primeiro ano... enquanto o segundo não fica pronto, eu preparei alguns bônus para postar, ok? Espero que gostem.



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–Droga! - Fred deu com os pulsos no espelho. - Ele a levou! Ele a levou!

–Gritar não adianta – Draco disse. - Vamos até Dumbledore. Ele saberá o que fazer.

–Vão na frente – o ruivo olhou de esguelha para o espelho -, quero ver uma coisa…

Harry e Draco deixaram a câmara e Fred se virou totalmente para o espelho, intacto mesmo após o golpe. O sonserino e o grifinório chegaram à entrada da Lufa-Lufa, onde encontraram Dumbledore e Severo.

–Conseguiram? - perguntou o professor de poções. Harry mostrou a Pedra, fazendo-o sorrir. Estava orgulhoso dos dois. Mas faltava alguém… - Onde está Bianca?

–Voldemort a levou – disse Fred, entrando.

O queixo de Snape caiu. Bianca poderia ser morta a qualquer momento e Sirius ficaria furioso quando lhe contassem o ocorrido. Um elfo aparatou e disse algo para o diretor, desaparatando em seguida.

–Os três para a minha sala agora. Severo.

Lutando para deter as lágrimas, o professor se retirou. Dumbledore levou os meninos para seu escritório, onde estava Sirius.

–Oi padrinho.

–Olá Harry – o homem respondeu mal-humorado.

Foi a primeira vez que Harry o viu sério. Draco tomou a Pedra de Harry e colocou-a sobre a mesa.

–Sirius, os meninos têm algo para contar.

Os meninos empalideceram. Quem seria sangue frio o bastante para contar?

Legillimens – Sirius fez um arco com a varinha, que indicava os três.

Na mente de Harry, ele viu o momento em que Voldemort levou Bianca. Em Draco, viu a preocupação de Severo ao saber que ela havia sumido. A mente de Fred foi a pior. Havia terror e muita ênfase no momento em que o menino pediu a Voldemort que parasse a Cruciatus. Viu que o menino implorara mentalmente para ser levado no lugar dela, e vislumbrou o que ele contemplara no espelho: seu corpo arqueado no ar, sua garganta gritando de agonia, e Bianca segura, protegida por Harry e Draco.

–Dumbledore, se não se importa, gostaria de ficar a sós com meu afilhado.

Fred e Draco saíram instantaneamente e Dumbledore fez o mesmo. Harry se aproximou de Sirius.

–Usei a Legilimência para que não precisassem falar – justificou-se.

–Obrigado então – Harry coçou a nuca. Seria apenas isso que o padrinho queria? Justificar o que fez?

–Porque Bianca? - Sirius olhou distante para a janela, olhando as estrelas. Graças as aulas de Astronomia, ele sabia que a constelação mais próxima deles era a Cão Maior, da qual faziam parte as estrelas de nomes Sirius e Bianca.

–Foi ela quem pegou a Pedra. E ele disse que queria casar com ela.

Com um suspiro afetado, o homem esfregou as têmporas.

–E Severo? Alguma vez ele demonstrou que gostava dela?

–Sim, desde o começo do ano. E antes que pergunte, Fred morreria para mantê-la segura.

–Isso eu notei, mas e Malfoy? O que ele estava fazendo lá?

–É nosso amigo, e… ele insistiu para ir também.

Sirius assentiu, compreendendo e dando uma piscadinha para o afilhado.

Muito longe de Hogwarts, Bianca fora amarrada a uma cadeira e era interrogada.

–Como descobriu que Sirius era seu pai? - questionou Voldemort.

–Ele foi me salvar depois do acidente que matou minha mãe.

–O dementador não matou você… - ele murmurou para si mesmo – que haveria em você que seja resistente ao beijo?

Enrolada no braço dele, havia uma cobra, que emitiu um silvo baixo, entendido apenas por ele.

–O sangue dos Black,é claro, mas porque ele nunca te procurou antes?

–Ele respeitava minha mãe, ela não queria que eu me envolvesse com o mundo mágico.

–E porque?

–Eu não sei! - ela choramingou.

–Tudo bem, se não quer colaborar… Nagini, diga para Bellatrix levá-la para o quarto.

A cobra silvou e deslizou pelas mãos atadas de Bianca, arrepiando-a. Bellatrix, uma prima louca de Sirius, empurrou-a para uma sala apertada, que seria seu quarto pelos dias que estivesse ali. Seria abuso pedir para me salvar de novo, pai?, ela pensou, olhando a escotilhazinha.

Enquanto isso, em Hogwarts, sala comunal da Grifinória, Harry e Fred ainda estavam acordados, a lua brilhava e iluminava a sala.

–O que seu padrinho vai fazer a respeito de Bianca? - questionou o ruivo, abatido.

–Disse que vai procurá-la.

–Não é o bastante, ele tem que achá-la.

–Acha que não é esse o objetivo dele? Entenda Fred. Bianca é a única pessoa que ele tem. Eu digo que eles são minha única família, mas não é verdade. Eu tenho os Dursley, por mais que eles odeiem tudo o que sou, ainda são obrigados a me receber em casa, já Sirius não. Se Bianca morrer, ele estará completamente só.

Fred assentiu e foi para a cama. Como um menino pequeno, Harry se pendurou no peitoril da janela e olhando para as estrelas, pensou: onde estiver, Bianca, me mande um sinal, por favor.

No quarto dos terceiranistas, Fred não conseguia dormir, então se levantou e olhando o céu iluminado de estrelas, pensou: se alguém ai em cima estiver me ouvindo, saiba que eu só quero a minha princesinha de volta.

*****************************

Longe de Hogwarts, Remus alisava os cabelos de Sirius com as mãos. Desde a escola, Almofadinhas sempre aparentou ser mais forte, por seu histórico familiar, e ainda, Bianca foi a primeira pessoa a quem ele se permitiu apegar depois da morte de James e Lily, e então, a menininha se transformara em um ponto fraco de Sirius, e Lorde Voldemort descobrira isso. A camisa de Remus estava arruinada de lágrimas, mas ele não se importava. Queria apenas consertar o coração despedaçado de Sirius.

–Vamos ficar bem – ele afagou o rosto do amigo. - Eu, você, Bia e Harry.

–Não me fale de Harry agora – os olhos de Almofadinhas estavam distantes – prometi que ia tirá-lo dos trouxas mas não conseguirei agora…

–Vai ser bom para você ocupar a cabeça – Remus disse, otimista. - Escreva para Jacktor e resolva isso.

Soluçando, Sirius foi para o escritório.

Eu, Sirius Órion Black, na condição de padrinho e tutor de Harry James Potter, peço por meio desta pedir que a residência oficial de meu afilhado seja transferida do endereço Rua dos Alfeneiros número 4, casa de Válter e Petúnia Dursley para o Largo Grimmauld número 12.

Monstro levou a carta para o correio e Sirius fez algo que não fazia há onze anos: abriu uma garrafa de uísque de fogo e esvaziou-a em um gole só.

–Bebendo de novo? - perguntou Remus, entrando no aposento.- Pensei que tinha cansado da vida de bêbado.

–E cansei – Sirius respondeu, largando a garrafa. - Estou bebendo para esquecer.

–Use outra desculpa. Já ouvi essa quando fui te buscar naquele bar trouxa perto da casa da irmã da Lily em 81.

–Tudo bem – ele esfregou as têmporas. - Não bebo mais. Só queria ir para outro lugar… fugir dessa realidade por um tempo…

–Sirius! - Remus sacudiu os ombros de Almofadinhas. - Pare de pensar como um menino de quinze anos! Você cresceu e tem problemas para resolver e uma filha para encontrar – ofegou um pouco – antes que eu me esqueça, isso chegou para você.

Sirius O. Black,

Sei onde Voldemort esconde Bianca. Reúna alguns aurores e logo eu e Dumbledore nos juntaremos a vocês.

Severo Snape.

Sirius gritou por Tonks e Aluado, então enviaram uma resposta a Severo. Em cinco minutos, Severo e Dumbledore aparataram na sala de estar de Sirius.

–Onde ela está? - Sirius perguntou.

–No Brasil. Ele escolheu justamente o país em que você não pisaria se não fosse estritamente necessário.

–Esperto.

O grupo aparatou, chegando à rua em que Bianca e a mãe moravam. Um solar antigo estava escondido por feitiços de desilusão, e dali provinham gritos apavorantes.

–Isso é a Bianca? - perguntou Tonks, assustada.

–Espero que não – responderam Severo e Sirius juntos.

Dumbledore abriu a porta com um Alohomora e o grupo adentrou a casa. Não havia nada no térreo então seguiram para o primeiro andar.

–CRUCIO! - gritou uma voz em um tom estranhamente divertido.

Um grito. Fino, como de criança. Agudo, como de menina. Suave, como de Bianca. Em um fraquejo, Sirius caiu de joelhos, as pernas tremendo. Aluado segurou o Maroto, apoiou-o na parede e disse:

–É melhor que fique aqui.

–Não, eu quero ir…

–Não vou deixar que Bianca se machuque – Severo garantiu.

Com as bochechas úmidas, Sirius assentiu e o grupo adentrou a sala de onde vieram os gritos, dando de cara com Bianca estagnada no ar e Lorde Voldemort com a varinha apontada para ela.

–Severo? - o homem perguntou, exigindo explicações.

–Eu os peguei tentando entrar – disse Severo, fazendo muito bem seu papel de agente duplo.

Com um floreio, o Lorde baixou a varinha e para evitar que Bianca caísse ao chão, Tonks correu para pegá-la. Tentou sair do quarto, mas a porta estava trancada por um Impedimenta, que a fez ricochetear para trás, mas Sirius pôde ver a filha desmaiada nos braços da amiga. Ah, que se dane, pensou ele, erguendo a varinha e lançando um Finite Encantaten na porta, seguido de um Estupefaça em Voldemort.

Todos pensavam que o Lorde das Trevas era imune a um simples Estupefaça, mas olhando para o corpo caído e imóvel, Dumbledore percebeu que mais uma vez, o amor tinha sido a arma mais poderosa contra Aquele-Que-Não-Se-Deve-Nomear.


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