Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 116
Cursed Child


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Jonay Fanfics e Juliana Sato pelos comentários do cap. anterior.
Gente, vocês não estão gostando da fanfic? No começo eu tinha muito mais incentivo, e foi por isso que cheguei ao capítulo 116, então se vocês pudessem comentar nem que seja só um "continua", eu ia me motivar muito mais. Obrigada pela atenção.



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Fred aparatou no quarto da namorada e quando o medibruxo ia desligar os equipamentos, ele gritou:

—Não! Deixe que eu me despeça, por favor.

—Tem dez minutos – grunhiu o homem, se afastando.

Tempo o bastante para trazê-la de volta, pensou, agitando a varinha e ordenando:

—Enervate!

Bianca não se mexeu, então, em um impulso, ele a beijou. Vamos, vamos… amor sempre quebra maldições. Como esperado, a morena ofegou, o ar enchendo seus pulmões, o sangue voltando a correr em suas veias, seus olhos abrindo, os braços fechando em torno do pescoço de Fred.

—Vamos ter de conversar sobre isso depois – disse Bianca, deixando que ele a carregasse no colo.

—Vamos, porque nem eu entendi o que aconteceu lá dentro.

Chegaram ao apartamento e encontraram Draco e Harry cuidando de Hermione, cuja barriga já estava aparente. Bianca sorriu para a amiga, que lhe encarou com olhos arregalados.

—Eu pensei… que você estivesse morta, droga! - disse chorosa.

—Quem mais pensa isso? - ela questionou.

—Não muitos – disse Draco, levando uma xícara suja para a cozinha -, apenas seus pais, padrinhos, os pais do Fred, e todos os irmãos dele….

—Vocês não prestam! - gritou a morena, fazendo-os rir. - Como puderam…

O ataque de raiva da jovem não durou muito, pois logo o telefone tocou. Bianca previu que eram seus pais, perguntando se ela havia realmente partido. Lá vamos nós, pensou ao atender.

—Alô?

Hermione?— era Remus. - O Fred ainda não voltou? Teddy está perguntando por ela e…

—Pai, pai – ela o interrompeu. - Sou eu. Estou viva e bem, é uma longa história, mas se tiver tempo, acho que posso…

Não diga nada— ele logo a cortou. — Certo filha, fico feliz que esteja bem, mas faça-me o favor de não sair de casa hoje, sim? Eu tenho…

—Uma pequena teoria que deve ser confirmada, eu entendi – ela completou. - Tudo bem, papai. Ficarei em casa. Diga a Teddy que estou bem.

Ela simplesmente desligou, e desabou no sofá.

—O que os médicos disseram? De que eu morri?

—Ataque cardíaco na madrugada de ontem para hoje – Fred respondeu. - Por quê?

—Remus desenvolveu uma teoria, e dessa vez, eu quero sair na frente, preciso de todos os detalhes. Vejamos… ontem foi vinte e cinco de abril. O que quer dizer que hoje eu faço dezoito anos – ela percebeu, em choque. O ano tinha passado muito rápido e muito intensamente. Para ela, seu último aniversário havia sido há muito pouco tempo, mas considerando tudo que havia acontecido, ela devia ter perdido a noção. -Talvez alguém quisesse me matar antes que eu chegasse a essa idade. Mas por quê?

Ela passou horas andando de um lado a outro, formulando teorias, mas não chegava a nada concreto.

—Por que isso é tão importante para você? - perguntou Draco a certa altura.

—Eu nunca soube nada sobre mim por mim mesma, entende? - ele negou. - Eu não sabia que era bruxa, meu pai precisou me contar. Eu não sabia que Jonay e eu estávamos juntos na profecia, Dumbledore me contou. Eu precisei da ajuda de Severo para sair viva de Paris. Eu não fazia ideia de como quebrar o elo com Bellatrix, Remus fazia. Tudo o que fiz na vida, deve-se ao conhecimento de outra pessoa. Pelo menos uma vez eu tenho que acertar.

Draco assentiu minimamente e se afastou. Bianca continuou pensando. Chegara à conclusão que sempre escapava da morte de alguma forma, mesmo depois de já ter morrido. Parecia um fator determinante. Ela deveria sobreviver, mesmo aos piores acontecimentos, como uma guerra. Faltavam detalhes, é claro, e ela estimava que a teoria de Remus os revelaria, mas precisava descobri-los por conta própria antes.

Enquanto isso, Hermione lia uma carta que Jonay enviara para Bianca, mas quando ela ainda estava no hospital.

A ideia funcionou perfeitamente. Não penso mais em muita coisa a não ser na universidade. E bem, em Hermione. Poderia me fazer o favor de pedir para ela me escrever se tiver vontade? Minha partida e nosso término foram muito abruptos, sinto que há algumas pontas que precisamos atar.

Jonay.

Sem hesitar, ela pegou uma pena e começou:

Jonay, Bianca me disse que queria falar comigo. Não detalhou sobre que assunto, portanto estou escrevendo apenas para dizer que pode me mandar cartas. Eu irei respondê-las, como amiga.

Hermione.

Ela nunca se sentiu tão feliz por ler a correspondência de outra pessoa.

*****

Depois de falar com Bianca ao telefone, Remus começou a escrever a teoria que relacionava o ataque cardíaco de Bianca, seu aniversário, e algo mais. O “algo mais” era como ele se referia aos detalhes que ainda desconhecia a algum respeito.

—Remus John Lupin! - Sirius chamou. - Quer largar essa teoria infernal por um minuto e vir até aqui?

—Merlim! O que aconteceu? - reclamou.

—Aconteceu que você está se preocupando muito por nada. Não há uma teoria que possa explicar o que aconteceu, há uma maldição.

Remus franziu as sobrancelhas, como se perguntasse do que Sirius falava.

—Quer dizer que, pelo menos, uma vez na vida eu sei de algo que você não sabe ou não pôde descobrir antes que eu dissesse? - espantou-se. - Espere, eu preciso curtir esse momento – pausa. - Pronto. O que eu quis dizer é que sempre ouvimos profecias tratarem Bianca por Menina Amaldiçoada, mas nunca quisemos qual era sua maldição. Eu sei qual é. E sei que é a explicação para 90% das coisas que aconteceram a ela nos últimos sete anos.

—Então me diga, senhor Sabe-tudo, qual é a explicação?

Sem falar, Sirius apenas retirou uma memória e mostrou-a a Remus.

Era uma rua mal iluminada, à noite. Uma jovem mulher caminhava pela rua, alisando a barriga. Acabara de sair de uma das casas dali, e enquanto descia a rua distraidamente, esbarrara em uma outra mulher, que lhe sorria com maldade.

—Você é a sangue de lama que meu primo está protegendo…

A mulher fez menção de atacar a jovem com uma varinha, mas o feitiço produziu apenas faíscas, sem ferir a outra.

—Ah, ele foi esperto… mas não o bastante para proteger a ela— baixou os olhos para o ventre da trouxa. - Sanguinem sanguis meus,

Caro de carne mea. Dammit. Et perambula terram, facere fortuna et

producens. Dammit. Priusquam ad adultam aetatem moriatur, non Revertetur. Dammit.

A memória dissipou-se e Remus logo questionou:

—Certo… a maldição de Bianca diz que ela não chegaria viva à idade adulta, mas ela já fez dezessete anos. Ano passado.

—Acho que ela se referia à maioridade dos trouxas, já que Bianca foi criada como uma. Hoje ela completa dezoito, portanto chegou à idade adulta. Fred quebrou a maldição. Não sabemos como, mas quebrou.

*********

O homem aparatou a porta de sua casa, com os pensamentos a mil.

Puxou um pergaminho e pena e começou. Sei que tenho muito a explicar-lhe, afinal, à luz de nossos últimos momentos juntos, uma carta não seria o contato mais apropriado, mas se quiser me encontrar pessoalmente, basta dizer a hora e o lugar.

Enviou a carta por meio de uma coruja, apreensivo. E se não obtivesse resposta de quem mais presava a opinião? Por sorte, não teve de esperar muito, pois logo chegou a carta.

Sim, você realmente tem muito para me contar. E eu tenho algumas perguntas para fazer-lhe, então podemos marcar amanhã, n'O Caldeirão Furado, que acha?

—Começo a me perguntar se essa história de faculdade é mesmo boa ideia… -parafraseou Bianca.

—Por quê? - questionou Fred.

—Não está mais do que claro que alguém quer me matar? Eu preciso me esconder. Eu nunca fiz isso, durante toda a minha vida. Toda vez que meus pais diziam: Não querida, não faça isso. Deixe que a Ordem cuide disso para você, eu reagia negativamente, dizia que era meu destino, minha profecia, e enfrentava o que quer que fosse. Graças a maldição sobrevivi, mas agora…

—A maldição não te protegia, ela te ameaçava de morte – rebateu Draco. - Mas você a venceu. Hoje já é o seu segundo dia como adulta e nada de mau aconteceu.

—Ainda não estou segura totalmente disso… mas vou tentar de qualquer forma.

—Pode ficar calma, pequena, eu vou cuidar de você – tranquilizou-a Fred.

Bianca olhou-o, a expressão que os meninos conheciam muito bem e haviam apelidado de ainda não sei, pois era assim que ela ficava quando não sabia o que fazer.

Saphire adentrou a janela, com duas cartas no bico. Uma para Harry e outra para Bianca. Os amigos se entreolharam, mas leram as cartas com calma – embora Harry ocultasse um leve tremor.

Querido Harry,

Precisamos conversar a sós. Venha ao Caldeirão Furado amanhã para o almoço.

Com amor mamãe.

Bianca sentara-se no sofá para evitar desabar perante tais palavras tão misteriosas.

Bianca,

Escrevo em nome de um amigo, um grande admirador seu, que quer encontrar-se com você amanhã à tarde no Três Vassouras. Por favor, vá. Lhe prometo que nada de mau acontecerá.

Madrinha.

Trocaram mais olhares, mas não fizeram nada mais do que isso. Bianca especulava que amigo de Lily queria falar com ela. Alguém que admira seu trabalho, pensou ela. Vai ficar tudo bem, se Lily quebrar a promessa, você sempre pode gritar e sair correndo.


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