Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 115
Wedding and bad news


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Jonay Fanfics pelo comentário do cap. anterior



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UMA SEMANA DEPOIS….

O quadro de Walburga fora silenciado, pintado de preto e coberto por um lençol. Kingsley concordara em conduzir a cerimônia, o que fora um alívio para Bianca, mas, ainda assim, ela andava de um lado para outro ansiosa e irritadiça.

—Theodore! É melhor que saiba onde estão as alianças! - gritou logo cedo.

O menino assentiu apavorado e desapareceu do caminho da irmã pelo resto da manhã. Ela passou a manhã e grande parte da tarde conferindo o jardim, e se certificando de que não havia nenhuma dama da noite por ali. Quando chegou a hora, Bianca e Kingsley tomaram seus lugares, e para anunciar a entrada dos padrinhos e das alianças, Bianca apenas dedilhou o piano, pois guardava o melhor para o ponto alto da cerimônia, a entrada dos noivos.

Sirius e Remus cruzaram o corredor entre as pessoas de mãos dadas, e olhando-se apaixonadamente enquanto Bianca cantava:

We can fly up and high, without wings to guide us, we can sing and shout, yeah, we can paint our souls with all the colors, be the words for all my songs.

A canção e a cena arrancaram lágrimas dos presentes, até mesmo de Kingsley, que falou, emocionado:

—Não pensei que estaria vivo para ver isso – risos – Sirius Black e Remus Lupin estavam destinados a ficar juntos desde que se encontraram em Hogwarts aos onze anos. Ao longo do tempo, perderam entes queridos, e encontraram outros, a quem muito amamos – eles desviaram o olhar para Bianca e Teddy, que sorriram, encorajando-os -, mas o sentimento íntimo da relação de vocês não mudou. Que continue assim pela eternidade.

Era a deixa de Remus. O homem tomou fôlego e começou seus votos:

—Ah Merlim, me ajude. Certo, eu não sou dos mais românticos, e todos os dias me esforço para ser melhor, e isso cansa, de verdade. Mas eu tenho meus incentivos. Um deles é acordar e vê-lo ao meu lado, mesmo que 90% das manhãs você esteja tão perto de mim que seus cachos entram na minha boca – mais risos. - Você me deu dádivas maravilhosas, que são Teddy e Bianca, e me mostrou que eu posso ser pai, me levando a contrariar minhas crenças.

Os espectadores choravam rios de lágrimas enquanto Sirius recitava seus votos.

—Eu tive grandes ideias na vida, mas acredito que a primeira e mais importante tenha sido acordar atrasado em primeiro de setembro de 1971, para entrar na primeira cabine em que pudesse no trem de Hogwarts, e assim conhecer você e James – as pessoas secretaram risos. Todos sabiam que fora o acaso agindo, mas o ego de Sirius não o permitiria admitir isso. - As que se seguiram não foram tão boas – tipo matar Bellatrix, ele pensou, ah não, essa foi incrível mesmo -, mas por mais idiotas que fossem, eu sabia que você sempre estaria lá, para me salvar de mim mesmo.

Beijaram-se, sendo aplaudidos e ovacionados. Os mais entusiasmados de longe eram Bianca e Teddy, que se abraçavam em júbilo.

*****

Depois da festa, Sirius e Remus partiram para a lua de mel, em Paris, e James e Lily levaram Teddy para Godric's Hollow. Bianca resmungou uma ordem para Monstro limpar a casa e foi se despedir dos poucos amigos que ainda estavam lá.

—Foi maravilhoso, querida – elogiou a sra. Weasley, arrebatada e saiu.

—Obrigada – Bianca deu um sorriso amarelo enquanto lutava contra o vestido.

—Deixe-me ajudá-la – pediu Fred, chegando por trás e baixando o zíper sem grandes dificuldades.

Ela se livrou da peça rosa-berrante e colocou um conjunto de moletons pretos, jogando-se no sofá.

—Eu quero morrer, aqui e agora – ela pediu, de olhos fechados. - Saia, reles mortal. Uma deusa deve se retirar para o sono eterno.

—Oh minha deusa, lutadora de batalhas e vencedora de guerras, parta se é vosso desejo.

—Obrigada.

Logo ela adormeceu, então o ruivo pegou-a nos braços e aparatando, voltou para casa. Bianca completara dezessete anos há meses, mas quando a pegava no colo, ela parecia ser ainda, a garotinha de onze anos a quem ele jurara fidelidade eterna e por quem enfrentara Voldemort.

Era impressionante como ela ainda tinha traços infantis no rosto, apesar da guerra, que dera um ar mais maduro ou cansado aos sobreviventes, exceto por ela – que continuara com face de garotinha após a morte de Hope e das torturas.

Harry e Draco estavam no sofá, as gravatas emboladas no chão, as camisas entreabertas. Draco tinha os dedos enterrados nos cabelos de Harry, que sorria largamente. O loiro se dedicou a tirar a camisa do moreno. Enquanto se beijavam, Fred chegou, carregando a ressonante Bianca.

—Não se preocupem, ela não viu nada – Fred brincou.

******

—Começo a me preocupar – disse Fred ao voltar do Ministério no dia seguinte. - Ela dormiu o dia todo?

—Todinho – Hermione assentiu.

—Vou levá-la ao hospital – ele a tomou nos braços e partiu pela Rede de Flu.

Depois de toda a burocracia da recepção e dos exames, Fred conseguiu falar com um medibruxo. Ele dissera que o sono excessivo era uma consequência do estresse acumulado na guerra, com a gravidez falha, Hermione, a mudança para o apartamento e a organização do casamento de Sirius e Remus. O corpo e a mente dela estavam exaustos e entraram em “hibernação”, por assim dizer.

—Ela vai acordar quando se sentir melhor, mas é mais seguro mantê-la sob observação.

O ruivo não discutiu.

—Faça o que for melhor para ela.

****

1 SEMANA DEPOIS…

—O hospital não disse nada?

—Nem uma palavra – resmungou Fred, frustrado. - As pessoas não param de mandar cartas para ela… Jonay, os pais dela, do Harry, até os meus! O que vamos dizer a eles?

—Por que seus pais escreveriam a ela? - perguntou Harry, deitando a cabeça de Draco em seu colo.

—Eu não faço ideia. Talvez queiram que ela organize o casamento de Charlie ou Bill, mas não é isso que importa. O que temos de decidir é o que fazer. Abrimos a correspondência e respondemos explicando a situação ou escrevemos em nome dela?

—Se contarmos o que está acontecendo, Sirius e Remus vão pirar – disse Hermione, acariciando a barriga.

—Se escrevermos por ela vai ser pior – opinou Harry. - Falo por experiência própria.

Ambos os argumentos eram válidos. Se soubessem do que se passava, Sirius e Remus cancelariam a viagem e voltariam na hora, mortos de preocupação com a filha, e isso acrescentaria dois problemas à conta de Fred. Por outro lado, se eles respondessem as cartas, poderiam adiar os problemas e reações exacerbadas, mas se alguém descobrisse… teriam o triplo de confusão.

—Me deixem pensar, está bem? -pediu. - Até amanhã eu terei um plano.

O ruivo retirou-se para dormir, e não teve um sono tranquilo. Seus sonhos eram como flashes curtos e turvos, confusos. Parecia estar dentro da mente de alguém, observando a corrente de pensamentos e imagens. Ele via uma jovem deitada, encolhida em si mesma, gemendo e chorando. Quis tocá-la, mas era como se um vidro os separasse.

—Hey – chamou, sentindo que a conhecia. Ela não o ouviu. - Não fique assim. Eu estou aqui. Por você. Não é o bastante? O que mais quer?

Ela continuou chorando alto, mas ele conseguia entender o que dizia.

—Vá embora. Me deixe sofrer sozinha.

Você a deixou só por tempo demais, com muito peso sobre os ombros. É por isso que ela está assim, acusou sua consciência. Fique ao lado dela agora, porque nada mais vai importar se ela morrer.

Ele sabia que era verdade, mas será que isso se aplicava à realidade?

Pela primeira vez, Fred foi visitar Bianca no St. Mungus. Ela respirava por tubos, e um monitor exibia seus frágeis cardíacos. Havia laudos espalhados pelo quarto, com palavras que Fred não entendia. Acariciou seus cabelos, sorrindo. Sentia-se à vontade o bastante para conversar com ela.

—Se você demorar muito mais a acordar, Hope já terá nascido – brincou. - Você recebeu algumas cartas. Se importa que respondamos? Ainda não decidimos sobre contar para as pessoas que você está aqui ou não. Isso estragaria a lua de mel dos seus pais. Mas não se preocupe com isso, descanse.

Deu-lhe um beijo no alto da testa e saiu. Assim que o ruivo fechou a porta, um medibruxo adentrou o quarto e fez os procedimentos rotineiros. Os batimentos cardíacos aumentaram, e a frequência respiratória também. O homem cantarolava em italiano uma canção sobre uma dama em sono eterno esperando pelo amor de sua vida.

Buona notte mia cara.

E apagou a luz, saindo.

****

O telefone tocou no apartamento, tarde da noite. Hermione atendeu, a caminho do banheiro.

—Quem gostaria? - disse a morena, sonolenta.

Hospital St. Mungus. Procuro o sr. Frederich Weasley.

Ela correu até o quarto dos garotos, acendeu a luz, acordou Fred e jogou o telefone em seu colo.

—Uhn… alô?

Senhor Weasley, eu trabalho no St. Mungus e liguei para informá-lo que a srta. Bianca Wilker Lupin-Black faleceu há algumas horas.


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