Descobertas Paralelas escrita por Capitã Nana, lynandread


Capítulo 13
Bem vindo a Vegas


Notas iniciais do capítulo

Algumas notas iniciais:
Bellagio, Encore e Paris Las Vegas são hotéis e The Bank uma casa noturna, todas localizadas em Vegas.
Terry Crews - Ator americano.
Beyoncé - Cantora americana.
A música Drunk in love pertence a cantora Beyoncé.

Acho que é só isso mesmo.

As músicas que inspiraram a Nana a escrever o capítulo foram
A little less conversation do Elvis Presley;
Hey ya do Outkast.

Então, agora vamos para a farra! (Oops :x)



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Após quatro horas de viagem os quatro amigos já estavam em Nevada. Longe da neve, já que a cidade dos jogos é localizada na região mais seca dos Estados Unidos – o clima frio não era empecilho para aproveitar ao máximo as atrações da cidade. Tomaram um táxi e seguiram para o hotel.

Eles chegaram ao fim da tarde e as luzes da cidade já começavam a dar mais brilho ao lugar. Ada e Jill não desgrudavam das janelas do veículo, uma de cada lado, maravilhadas com cada detalhe que suas visões captavam.

— Incrível! Esse lugar é mesmo um paraíso! – Jill observava o grande Hard Rock Café imaginando como seria cantar em um lugar como aquele.

— Paraíso? Eu não sei se esse é o termo correto para se referir a Vegas, mas seja como for, esse lugar é demais. – Chris retrucou enquanto lia umas anotações que pegou do bolso da jaqueta de Leon ainda no aeroporto sem que ele percebesse. Ele sorriu e amassou o papel jogando pela janela em seguida.

— Amor, você não me disse em que hotel ficaremos hospedados. – Ada viu um dos grandes hotel/cassino então se recordou do pequeno detalhe.

— Se eu contasse estragaria a surpresa – Leon deu um leve sorriso. Estava ansioso para ver a reação da amada ao chegar ao luxuoso hotel.

Alguns minutos se passaram e logo chegaram ao hotel. As garotas foram as primeiras a descerem do táxi. Enquanto Jill estava admirada com o Paris Las Vegas – um hotel/casino com a temática francesa e com uma réplica fiel a Torre Eiffel – Ada estava boquiaberta com o hotel a sua frente: Bellagio.

— Meu Deus! Leon esse hotel é uma fort...

— Foi o único que encontrei vagas. – Leon mentiu um pouco nervoso. – Eu disse para não se preocupar com esses detalhes, hm? – Ele a abraçou por traz dando um leve beijo no ombro dela.

— Ei caipira, é do outro lado. – Chris sussurrou para Jill. Ela acordou de seu transe e fitou o rapaz.

— Já vai começar Redfield? Você ainda está na minha lista negra.

— Lista negra? – debochou – Ok, FBI... Que tal relaxar e beber para afogar as mágoas? – Chris sorriu para ela. Jill apenas deu de ombros e acompanhou os amigos que seguiam para dentro do hotel junto aos carregadores de malas – Pirralha...

Quando adentraram ao hotel foram recepcionados por garçons que lhes serviram  uma taça de champanhe Armand de Brignac. Jill bebericou o espumante, mas seu leve gosto amargo não a agradou. Quando pensou em comentar algo com os amigos os três já haviam terminado suas taças, então bebeu todo o líquido de uma vez antes que eles notassem algo, tentando não revirar os olhos.

As garotas ficaram no hall a espera dos rapazes que haviam seguido para a recepção a fim de pegarem as chaves dos quartos. Leon já havia feito a reserva pela internet na madrugada anterior.

— Ada, como acha que os rapazes conseguiram o dinheiro? Ter uma grana emergência todo mundo tem, mas o custo desse hotel equivale muito mais do que uma quantia de emergência. Chris me falou algo sobre uma conta conjunta, mas...

— Jill é Vegas! Se Leon e Chris nos trouxeram é porque sabem o que estão fazendo. – Jill continuou pensativa então Ada procurou distraí-la. – Lembra quando fazíamos planos de vir pra cá depois da formatura? – Ada sorriu enquanto se recordava.

— Sim... Era um sonho. – Jill sorriu – E está finalmente acontecendo!

— Para nunca esquecermos! – Ada e Jill se abraçaram eufóricas como duas adolescentes em um show de boy band.

Enquanto isso Leon e Chris faziam os registros no Bellagio.

— Ainda acho desnecessário um quarto só para a Jill. – Chris comentou enquanto mantinha sua atenção nas coxas de três garotas que passavam por ali. – Moramos juntos, então qual é o problema de dividirmos um quarto?

— Por isso. – Apontou para o erro. – Você é insano Chris, não quero que Jill se sinta constrangida em estar no mesmo quarto que você. – Leon terminava de assinar uma ficha.

— Qual é Leon? Não vou agarrar o bichinho de estimação de vocês. Até mesmo porque não pretendo ficar grudado em vocês a noite toda. – Chris assinou sua ficha.

— E para onde vai?

— Curtir os meus pobres valores masculinos é claro. – Chris sorriu.

— Chris você tem namorada, que por sinal devia ter a trazido conosco. – Leon procurava algo em seus bolsos.

— O que acontece em Vegas, fica em Vegas. Esse é lema meu amigo. – Chris notou que o outro estava impaciente – O que está procurando?

— Fiz um cronograma com todas as atividades para fazermos esse fim de semana.

— Há! Isso? Joguei fora. – O rapaz respondeu dando de ombros.

— Você fez o que?

— Leon pelo menos uma vez na vida perca o controle. Deixe seus instintos te guiarem a qualquer lugar. Não há melhor lugar no planeta para isso, sim? – Chris colocou as mãos nos ombros de amigo – Agora coloque um sorriso nesse seu rosto de Zac Efron e vamos agitar. – Chris piscou para o loiro e saiu caminhando na para o hall.

— Zac Efron? Tá de brincadeira não é?!

— Claro que não. Eu nunca faria isso!

Leon sorriu negando com a cabeça e seguiu os passos do amigo para o hall. Uma noite excelente esperava por eles e ele tinha um grande dever pela frente: Fazer do aniversário de Ada o melhor que já sonhou em ter.

— - -

Cada um se familiarizava com seu novo quarto. Chris jogou sua pequena mochila em cima da cama e saiu do quarto sem ao menos avisar aos amigos onde estava indo. Leon e Ada já estavam curtindo o momento no quarto quando se lembraram que tinham que aproveitar o lugar e deixar o romance para mais tarde. Já Jill fuçava ao quarto tentando dar preço em cada peça de mobília do ambiente até relaxar na cama macia e confortável. Logo se admirou com a vista que dava para a Rua Strip de Las Vegas da varanda. Quando ouviu batida na porta.

— Ada?! Achei que a gente iria sair só daqui a pouco.

— Calma bobinha… olha o que eu Leon me deu. – Disse ao mostrar cartão de crédito em mãos. – Nós não iremos nos arrumar aqui. Vamos para o Salão/SPA do hotel!

— Ah, meu Deus. Eu não sei com que espécie de agiota esses meninos estão lidando, mas eu to adorando isso! Olha essa cama Ada, vem aqui.

Jill puxou a mão da amiga e as duas começaram a pular na cama macia em que estavam até caírem exaustas sobre ela. Ada permaneceu olhando para o teto desenhado.

— Jill… acha que eu estou sendo muito grossa com o Leon sobre esse negócio de aniversário?

— Não… olha, ele entende você. – Se levantou um pouco para observar a amiga. – Ele não quis te trazer aqui porque ele quer ser o melhor namorado do mundo. Mas pra te ver feliz, independente se isso vai fazer dele o melhor ou não. E para de ficar se culpando desse jeito. É Las Vegas, aqui todo mundo é feliz. Até eu sou feliz. E se ao menos gostasse um pouquinho do termo... Esse seria o melhor aniversário de todos!

— É… acho que consigo relevar isso um pouquinho. Vamos adiantar logo. Temos que nos encontrar no cassino às 19, temos que nos apressar.

Assim, elas partiram rumo ao estúdio enquanto Leon tentava localizar Chris.

— Chris! Onde você está? Porque não está atendendo esse celular?

— Aqui no Cassino. E você? – Parecia chateado com a ligação quando gritou com alguém. – Ei, cara... Não é a sua vez.

— Chris, da última vez que nos falamos, dissemos que iríamos ao menos no quarto para deixar as nossas coisas. O Cassino era às 19, com as garotas.

— Eu fui ao quarto, PAI. Mas é Vegas, ninguém fica preso no quarto quando pode ganhar uma fortuna por aqui. Onde está a sua garota?

— No salão de beleza eu acho...

— Então cara, desce logo... Enquanto ela não tá por perto, vem aproveitar. Parece que a sorte está ao meu favor hoje.

— Vou tomar um banho e ai já desço. Coisa que você devia ter feito.

Leon desligou o telefone e foi tomar um banho. Ele não costumava sair sem pentear os cabelos. Sua mente ainda se perguntava se seguir Chris era uma boa idéia. Mas, enquanto Ada não estava lá, isso poderia ser um passatempo.

Ao chegar ao cassino, bem arrumado com um smoking em perfeito estado, Chris tentou conter o riso.

— Onde você conseguiu esse smoking? Na capela?

— Não Chris, eu não vou casar hoje. Eu consegui isso no armário do quarto. Tinha três tamanhos lá. Se tivesse ao menos explorado o quarto, saberia.

— Repreensões a parte, vamos aproveitar. Faça sua aposta. – Disse apontando para a roleta a sua frente.

— Eu não quero jogar agora. Vou tomar uma coisinha por ali e depois eu te encontro aqui. – Disse ainda desconfortável. Chris notou isso e pediu para uma moça ao seu lado, que por sinal era quem ele estava paquerando aquela noite para segurar suas jogadas.

— Leon, meu pequeno Leon... Relaxa cara! – Disse ao abraçar o amigo enquanto iam para o bar. – Você ainda não entendeu o mistério do local. Aqui, você pode deixar essa mascara de bom moço. Eu quero ver o cara que você é aqui dentro. Esse que você esconde tanto. – Disso cutucando-o.

— Não é isso... Chris, eu estou apavorado. Não quero que nada saia do que eu planejei aqui. Se alguma coisa der errado, Ada não iria me perdoar. – Disse ao sentar-se no banco alto, secando o suor da testa por debaixo do cabelo. – Nada pode sair do controle. Além disso, ainda tem a Jill. Não a quero sozinha por ai... Só Deus sabe o que Ada vai fazer se essa menina se perder por ai.

— Ah, esquece a Jill... É muito desnecessário se preocupar com ela. – Disse olhando ao barman – Dois martinis. – Vamos tomar uma entrada então daqui pra frente a gente mistura umas paradas pra te tirar dessa tensão.

— Não, misturar não. Não me dou muito bem com bebidas alcoólicas mais fortes. Quero apenas algo simples.

— Então toma o martini, bebê.

— Chris, promete pra mim que você vai manter o olho na Jill e não vai deixar ela fazer nada que...

— Tá, tá bom. Toma logo esse negócio antes que você comece com as paranóias. E outra... Se quer um conselho com a Mulan lá em cima... Não tenha medo das loucuras. Se eu conheço o nível de mulher dela, ela vai querer as maiores loucuras essa noite. E se voltar para trás, vai ser o pior “aniversário não comemorado” dela. Faça tudo o que ela quiser...

— Não acredito que esta me dando dicas de sexo. – Leon revirou os olhos – E ainda quer que eu me comporte como um cachorrinho? – Leon disse respirando fundo.

— Não Leon, como um leão. Ela não quer um cachorrinho. O cachorrinho dela é a Jill... E desse cachorrinho cuido eu. Honre o seu nome e não se arrependa de nada.

— Preciso de mais disso. – Leon disse depois de encarar Chris por uns segundos balançando a taça com apenas duas azeitonas.

— Esse é o meu garoto. Ei serve mais um para o meu amigo aqui. Ele vai querer de tudo essa noite.

— Não se iluda Chris.

— Para de agir como mulherzinha. Eu não devia fazer isso, mas vou te dar umas dicas...

— - -

— Você está linda! O Leon vai pirar quando te ver. – Jill disse ao encontrar e já sair andando com a amiga que se vestia com um vestido tomara que caia vermelho curto, com varias camadas na saia e com detalhes escuros nas extremidades. A carteira preta estava deixando um ar cinematográfico.

— Eu não estou brilhando tanto como você! Adorei o novo cabelo. – Disse ao apontar para os cabelos em corte Chanel.

— Ah, eles são falsos e temporários. Assim que terminar o passeio de hoje, vou ter que devolver. Eu só precisava me sentir no ambiente e os hairstylists não queriam se atrasar com meus cabelos longos.

— Devia cortar seus cabelos assim. Cabelos longos realmente dão muito trabalho.

— Talvez... Em outra ocasião. Acho que temos que correr para encontrar os meninos. Estamos muito atrasadas.

— Eu estou ansiosa por saber o que o Leon está aprontando para a gente.

— - -

— Ganhei, pode passar tudo para mim outra vez. – Leon animado dizia para a banca ao beber seu drink. Assim que o deixou na pequena mesa ao seu lado, Ada se aproximava e o abraçou por trás. Logo, o foco sobre o jogo foi completamente mudado quando ele a agarrou e beijou a namorada na frente de todos os jogadores, sendo aplaudido.

— Gente... Essa é a minha namorada Ada. É por causa dela que eu estou aqui. E eu nunca a vi tão linda quanto essa noite. – Disse com um sorriso soberbo ao segurar Ada para uma voltinha.

Uma moça que outrora parecia interessada em Leon, vestida de cowgirl, deixou a roda.

— Minha dama, nunca vimos um cavalheiro tão experiente na roleta quanto seu namorado. – Disse um senhor risonho.

— Isso porque vocês não o conhecem na cama. – Disse e viu a empolgação do grupo ir às alturas. Encarou o namorado para ver sua face ficar avermelhada, mas dessa vez viu um sorriso presunçoso.  

 – Então, senhor... Vai continuar com as jogadas? – O dealer perguntou.

— Um momento... – se afastou com Ada. – Esse é o jogo do Chris. Ele foi lá em cima colocar um smoking quando notou que era o único que não estava trajado. Quando ele assumir, eu sou todo seu. Se quiser dar uma explorada ao redor... Afinal, onde está Jill?

— Disse que iria andar por ai, conhecendo os jogos. Ela está com celular e vai ligar se formos juntos para mais algum lugar. A gente vai para mais algum lugar, não é Leon? Você já tem tudo sobre controle ai, certo?

— Claro... Relaxa. – Disse calmo apesar de não ter nada em mente. Beber um pouco com Chris fez com que ele viesse a se acalmar até demais então ele poderia transmitir tudo aquilo que não passaria se estivesse inteiramente sóbrio. – Quer me acompanhar nas jogadas?

— Claro... Tem algum truque nessa? Wow... Probabilidade, minha matéria favorita. – Ada disse completamente orgulhosa do namorado que parecia interessantemente atraente sobre o smoking aquela noite. Tinha algo especial no ar que ela não sabia descrever.

 - - -

— Ok. Peguei as moedas agora é só colocar nesse buraco aqui. – Jill dizia baixinho com um pacotinho de quinze moedas em mãos para aproveitar os caça-níqueis.

Introduziu uma moeda e então as três barrinhas começaram a girar. Pegou a alavanca lateral e puxou, não sabendo que era tão pesada e então colocando força suficiente. A primeira barra mostrou um morango. Logo puxou a alavanca novamente e apareceu mais um morango. Ela já estava emocionada quando optou por puxar novamente quando apareceu um limão.

Frustrada, tentou mais sete vezes quando notou que as sete jogadas seguintes tinham dado o mesmo resultado.

— Isso está quebrado... – Procurou ao redor uns funcionários encontrando apenas um barman a alguns metros. Saiu andando para falar com o barman próximo a entrada do cassino.

Nesse momento Chris, adentrava bem vestido com um sorriso largo no rosto. Já ia em direção a roleta para trocar com Leon quando avisou uma mulher de cabelos curtos no bar, com um vestido curto azul celeste, com uma faixa preta na cintura, inclinada sobre a superfície.

Ele sorriu ao mentalmente aplaudir o par de pernas daquela mulher e não pensou duas vezes em se juntar a ela, principalmente quando notou que o barman estava no telefone.

— Então, princesa... Vem muito por aqui? – Chris disse no tom galante ao apoiar o cotovelo na superfície esperando que ela se virasse para encará-lo.

— Eu reconheceria essa voz de tarado há quilômetros de distancia. – Ela respondeu se virando para o sujeito. – Chris, dá pra parar com a palhaçada essa noite!

Chris levou um grande susto ao notar que aquela mulher que tinha cobiçado tanto era a Jill. Mesmo assim, não baixou a guarda e fingiu que tudo tinha sido uma brincadeira.

— Pra uma caipira, você ficou bem... Com esse cabelo estranho. – Disse ainda desnorteado, tentando parecer o mais natural possível. – Então, vai tomar o que? Ao menos posso te acompanhar?  

— Não vou beber por agora... Estou jogando.

— Jogando o que? Blackjack, Roleta... Pôquer?

— Caça-níqueis. – Disse inocentemente.

— Aw... Mais a minha pequena pirralhinha tinha que escolher logo o joguinho mais besta e infantil mesmo? – Disse com deboche brincando com a voz infantil.

— NÃO É UM JOGO INFANTIL. – Repreendeu-o. – Aliás, aquela maldita maquina está quebrada. Os funcionários daqui sumiram e eu só tenho esse barman para resolver meu problema.

— Senhorita, poderia esperar em frente ao caça-níquel. Alguém já está indo resolver esse probleminha. – O barman interrompeu o casal.

— Obrigada. Pronto, agora pode voltar para os seus joguinhos de adultos. Até mais! – Saiu andando presunçosamente.

— Não... Agora eu fiquei curioso... Afinal, onde a maquina estaria quebrada? – Seguiu-a.

— Acredita se eu te dissesse que toda a alavanca puxada está dando uma seqüência de morango, morango e limão?

Chris riu em deboche ao ouvir o nome das frutas.

— Vamos lá pra ver se sai caramelos dessa vez.

— Idiota. – Disse estando passos a frente. Ela inseriu novamente uma moeda e fez todo o procedimento quando deu exatamente o que ela tinha esperado. – Viu? Eu não saio daqui enquanto não devolverem as minhas moedas! – Cruzou os braços, irritada.

— Jill, sai daí... tem uma senhora atrás de você esperando para jogar. Deixa ela jogar. Quando ela sair, você volta para a máquina.

— Certo. – Disse dando um risinho simpático para a senhora que retribuiu o mesmo.

Eles observaram ela colocar a moeda no orifício e então puxar com muita dificuldade as alavancas. O resultado deu o mesmo de sempre, quando surpreendentemente a velhinha depois de ter xingado a máquina, deu um pequeno chute nela. Nisso, o limão de antes se tornou morango e então saíram várias moedas da máquina.

Jill ficou perplexa enquanto Chris rolava de rir do lado dela quando a senhora saiu com um pacote cheio de moedas, risonha e agradecida.

— Eu ainda não estou acreditando! – Disse paralisada ao olhar para a máquina ainda mais perplexa, sem se importar com o deboche de Chris.

— Docinho... Tudo que você tinha que ter feito era xingar ou chutar a máquina. Olha, vou mudar meu conceito... Isso é um jogo para velhinhos. Acho que você é muito novinha para jogos de velhos. Me dá isso aqui. – Tomou da mão dela as fichas restantes deixando sobre a máquina e então puxou ela pelo braço já que estava estática.

— Eu paguei pelas moedas. Eu vou chutar tanto essa máquina que ela vai... – Já dizia magoada quando ele a interrompeu.

— Calma... Isso é normal. É Las Vegas... Tem gente que perdem casas, ações, negócios aqui nos jogos. E dinheiro não é problema hoje. Quer beber antes de irmos para os jogos de adultos?

— Que seja...

— Vai querer o que?

— Qualquer coisa que tire a frustração.

Quando eles chegaram ao bar, Chris avistou uma mulher muito elegante e sozinha passando pelo hall e seus olhos a seguiram até ela chegar a mesa de pôquer.

— Ei amigo. Me dá qualquer coisa ai com fruta. De preferência, morango. – Disse ao barman e então se virou a Jill que esperava a bebida ainda calada. – Se não pode com eles, junte se a eles.

— Sabe Chris, acho que vou pedir as moedas que eu perdi para aquela senhora.

— Não vai não... Escuta... vou estar ali no pôquer, quando a bebida estiver pronta, me encontra lá, ok? E não volte para os Caça Níqueis nem vá roubar a velhinha... Tem muita coisa boa por ai para aproveitar do que aquela maquina velha. E principalmente se aproveitar do meu lado.

Ela forçou um sorriso, semicerrando os olhos. 

— - -

Jill poderia até não ser boa em jogos, mas estar no cassino naquele momento não poderia ser melhor. Ela não parava de rir de Chris e isso fez com que ela esquecesse a frustração anterior. O rapaz entrou no pôquer apenas para impressionar uma elegante mulher, mas no final das contas ela levou todo seu dinheiro das apostas e sua esposa ainda se juntou a eles encarando-o feio.

— Ah Chris não foi tão ruim assim, afinal você não sabia que ela era casada. – Jill disse aos risos enquanto caminhava alguns passos atrás do rapaz.

— Saber que ela era casada, eu sabia sim... Eu vi a aliança desde o início. Mas nada mais importa. Agora perder 2.985 dólares? Nunca investi tanto numa mulher para no fim das contas descobrir que ela é casada e com uma mulher mais forte que eu! Você viu aqueles músculos? Isso é... ela respira suplemento!

— Isso foi pra te dar uma lição mesmo. Ela te partiria ao meio se notasse seu interesse na esposa dela. – Os olhos da garota lacrimejaram de tanto rir. Talvez vir a frustração de Chris não fosse algo tão engraçado, mas no terceiro coquetel as coisas pudessem se tornar mais alegres.

Os dois seguiam pelo salão a procura do casal que aquela altura já deviam estar preocupados com o sumiço deles... Ou não.

 – Wow! – Leon gritou enquanto todos aplaudiam a grande jogada de sua namorada.

Straight Flush baby! E então, alguém vai correr? – Ela tinha um olhar desafiador e um sorriso vitorioso em seu rosto que contrariava todos à mesa.

— Vocês estão roubando, essa é a única explicação. – Comentou a esposa do primeiro ministro. Uma mulher culta outrora, mas após algumas jogadas e doses já estava mais para uma baladeira. – Nunca vi um casal tão sincronizado quanto vocês.

— Isso é verdade. – Comentou um dos jogadores.

— Creio que a verdade é perfeita para a matemática, a química, a filosofia, mas não para a vida. Na vida contam mais a ilusão, a imaginação, o desejo, a esperança, o amor... – Ada usava uma voz sexy enquanto fitava Leon. – E o mais importante: a cumplicidade. Isso nos torna um só. – Ela selou os lábios de seu amado.

Todos ficaram eufóricos com a cena.

— Estão mais para Bonnie e Clyde. – Brincou um senhor.

— É isso ai Sr. Garcia. Mas no nosso caso a única coisa que roubamos é a atenção de vocês – Leon piscou sorridente.

Enquanto isso Chris e Jill se entreolharam descrentes do que estavam vendo. O casal estava tão entrosado na mesa de pôquer que nem pareciam eles. Claro que esse "eles" se referia a Leon, já que Jill já havia visto sua amiga animada assim algumas vezes.

— Ei, Clyde! Não vamos passar a noite quebrando a banca certa? – Chris sorriu ao se aproximar do casal.

— Concordo com o Chris, já são quase 22:00 e eu quero dançar! – Ada jogou os braços para o ar.

— Ótimo. Vamos a algum nightclub. – Respondeu Leon.

The Bank cara! Sem dúvidas um dos melhores nightclub da cidade e é do hotel então...

— Nossa Chris... você fala como se esteve aqui antes. – Jill comentou e o rapaz por um instante não sabia o que responder.

— Já a assistiu a trilogia de 11 homens e um segredo? – Disse sem soar tão concreto e então voltou atrás e partiu para as farpas. – Diferente de você, que ficou horas nesse cabelo novo, eu saí por aí procurando lugares legais. – Esperou farpas para retrucar, mas por sorte não foi questionado. – Ei, poderíamos fazer competição de Tequila o que acham?

— Sem chances Chris, eu tenho amor ao meu fígado. E como eu disse, não pretendo exagerar na bebida. – Leon respondeu enquanto seguia de mãos dadas com Ada para a balada do hotel.

— - -

— Leon, Leon, Leon, Leon!


Um grupo de pessoas gritavam o nome do estudante de direito enquanto torciam para que ele conseguisse virar aquela torre de chopp com vodka de uma vez. E incentivado pela torcida o rapaz terminou a bebida, erguendo a torre em seguida.

— Uhuuul! É isso ae bonitão! – Gritou Ada. Ela pulou nos braços dele e os dois se beijaram intensamente.

— Esse é meu garoto! – Chris tomou um gole do seu whisky. – Ei Ada, chega dessa pegação aí porque agora teu négocio é comigo. – O barman trazia mais duas torres para eles.

— Ah Chris... Sinto muito, mas olha o estado da Jill. Alguém tem que ficar sóbria para cuidar dela. – Ada apontou para a garota. Ela estava debruçada sobre o balcão.

Havia uma tradição no The Bank onde os mais corajosos se enfrentavam em uma competição de quem bebia uma torre de 70 cm de bebida alcoólica de uma vez em menos tempo. Logo que os quatro chegaram a danceteria se recusaram a participar, porém uma hora depois estavam prontos para um campeonato mundial. Jill competiu com Leon, mas antes de chegarem a metade da torre ela já estava vendo seu mundo girar, então desistiu cuspindo o último gole.

— Ah ela tá bem! – Chris deu uns tapas leves nas costas da jovem.

— Eu quero morrer... – Jill disse em voz abafada.

— Está vendo? Ela disse que está torcendo por você!

— Hm... Não sei não, acho melhor levarmos ela para o quarto! – Leon sugeriu.

— O que?! Nada disso. Eu vou ao outro balcão buscar um sal de frutas pra ela e logo ela vai está pronta pra outra!

Chris saiu entre a multidão, contrariado. Se perguntava como a pirralha poderia ser tão fraca para bebidas daquela forma. Não deixaria que ela estragasse sua farra e a qualquer custo "ressuscitaria" a garota.

Sua mente mudou o foco quando foi agarrado por duas garotas ousadas. O fanfarrão dançou com elas e aproveitou a oportunidade para se deleitar de deliciosos beijos triplos. Tudo estava perfeito até, depois de alguns minutos, sentir o celular em seu bolso vibrar com o SMS do Leon.

Chris cadê você?

  
Ele então revirou os olhos decepcionado por deixar as garotas por causa de Jill, mas não havia outro meio. Chegou ao balcão para fazer seu pedido e enquanto realizava, alguém reconheceu sua voz.

— Christopher Redfield?!

O rapaz se virou ao ouvir a voz masculina a lhe chamar e mal podia acreditar quem estava a sua frente.

— Grande Terry Crews! Que surpresa... Faz um tempão que eu não te vejo.

— Meu camarada! – Os dois se cumprimentaram com um abraço. – Não esperava ver você por aqui, mas e ai? Veio para Vegas de vez?

— Quem me dera... Estou estudando em Chicago, só vim aqui porque é aniversário de uma amiga! – Chris sorriu.

— Você... Estudando? Parece que alguém finalmente tomou responsabilidade. – Disse entre risos vendo o rapaz sorrir sem graça. – Isso faz quanto tempo... três anos? E como está o seu pai? Há tempos não vou a São Francisco! – Terry acenou para o barman.

— Acho que faz mais tempo... Meu pai está bem, sabe como é... Políticos e suas vidas pomposas, não? Eles sempre estão bem. – Chris respondeu um tanto incomodado por se lembrar de algumas coisas do seu passado.

— Sei como é. Fecha a conta, por favor – O homem de bom porte disse ao barman. –Estou indo para o Encore, hoje a Beyoncé vai se apresentar lá, e com todo respeito ao meu amigo Jay Z, mas aquele belo par de pernas tem que ser apreciado. – Os dois riram e fizeram um toque de mãos. – Quer vir?

— Ah eu vou ter que passar essa... Não vai rolar, estou com uns amigos e-

— Quando isso é problema? Olha, vamos todos VIP’s  afinal, se são amigos do filho do meu grande parceiro são meus amigos também. Vai lá chamar sua galera, vou esperar na limusine!

— C-claro vou sim... – Chris deu alguns passos, mas logo se lembrou de algo – Terry, eu queria te pedir pequeno favor.

— Você pode tudo meu irmão, fala aí!

— É que meus amigos não sabem quem eu sou, meu pai, a política... Poderia guardar isso entre nós?

— Sem problemas, mas como vamos explicar nossa relação?

— Relaxa, eu penso... Invento algo. Modéstia a parte, você sabe que eu sou muito bom nisso. – Chris sorriu e Terry meio confuso também sorriu.

A noite ainda aguardava muitas surpresas e claro, muitas mentiras.

— Galera, vocês não vão acreditar! – Disse Chris se juntando ao grupo que ainda estava no mesmo lugar esperando o rapaz voltar, com um pequeno desanimo no rosto. – Desculpem a minha demora, mas eu acabei de conhecer o Terry Crews.

— O ator? – Jill disse depois de levantar a cabeça do ombro de Ada.

— É... O ator... Ele é super gente fina e ai eu cometi um grave erro. – Disse ao encarar Ada, aparentemente chateado. – Desculpe, mas eu disse a ele que você estava fazendo aniversário hoje.

— Mas pra que? – Ela perguntou assustada.

— Pra ganhar quatro entradas para o show da Beyoncé, indo para o Encore de Limousine!

— O que... Como assim, nós iremos para o show da Beyoncé? – Leon perguntou descrente.

— Claro meu amigo, o Terry está lá fora esperando a gente. – Logo se virou para Jill – Se quiser bonequinha, nós te deixamos em casa antes de irmos já que você não está se sentindo bem. – Provocou-a porque sabia que ela não dispensaria tal evento.

— Eu não vou perder o show. Cadê o meu remédio?

— Ai merda... Vem comigo. – Disse puxando ela pelo braço – Vocês vão indo lá pra fora. – Apontou para o casal.

— Ai, meu punho... Você está me machucando. – Jill disse sendo arrastada, esbarrando em pessoas na pista de dança.

— E você me atrasando... Amigo, ainda tem alguma coisa pra gente fraca tomar quando não agüenta a bebida?

— Me solta... Eu vou embora já que vai começar a agir estupidamente! – Cruzou os braços.

— Não vai não. – Disse segurando mais forte o braço dela quando ela tentava se soltar. – E toma logo esse troço aqui. – Ofereceu-lhe o copo e ela tomou porque ainda estava se sentindo mal.

— Você é muito rude! – Devolveu a ele o copo vazio.

— E você é muito infantil. Vamos embora logo.

Depois que saíram pela porta, avistou o Terry aguardando eles junto com um segurança. Ada que se cobria com o paletó do Leon, fugindo do frio, esperava ainda preocupada com Jill, mas ao vê-la vindo em sua direção com o Chris deixou ela mais aliviada. Ao verem o aceno do amigo, o casal foi ao seu encontro.

— Terry, esse é Leon e sua namorada Ada. – Disse apresentando os amigos que trocavam apertos de mão. – Essa é a Jill. Ela está comigo essa noite. – Colocou seu paletó sobre ela que ainda mantinha uma pequena carranca. Piscou para os amigos, indicando que era para ficarem despreocupados.

— Um prazer conhecê-los. Vamos, o show já vai começar.

— - -

Adentraram junto com o ator na pista VIP, que mais parecia uma balada mais culta na parte superior. Mesmo assim, as luzes coloridas, os garçons e a galera que dançava ao som de uma musica eletrônica enquanto a cantora ainda não estava fora do palco deslumbrava os amigos que nunca tinham visto uma estrutura igual. Estavam na lateral do salão de eventos e tinham visão prioritária sobre o palco.

— Então... Quem de vocês está fazendo aniversário ai? – O ator brincou quando eles se ajeitavam no sofá em L.

— É ela, Ada. – Chris disse apontando para a amiga que tinha ficado sem graça.

— E o que você quer de presente, gracinha?

— Não preciso de presentes... Eu já agradeço muito por estar aqui.

— Ah, que isso... O que eu não faço para o meu amigo... – Chris sinalizou com os olhos para o amigo. –... Que eu acabei de conhecer aqui em Vegas! – Terry brincou sem graça.

Jill via a maneira muito amável pela qual Terry se referia a Chris e pensava em como ele tinha uma habilidade forte de conquistar pessoas. De repente, ela se viu como a única pessoa que sempre o julgava por ser quem era. Talvez se ela desse uma chance para ele, ela finalmente o conheceria como qualquer outro e talvez assim compreendesse porque ele tinha duas personalidades.

Logo as luzes se apagaram e então o show deu inicio em uma abertura espetacular. As meninas imediatamente se levantaram e foram curtir as musicas mais dançantes da cantora perto da barreira de proteção. Nisso, Terry encontrou uns amigos e deixou Chris e Leon sentados no sofá comendo alguns tira-gostos.

— Fala sério, desde quando vocês são amigos?

— O Terry? Ele ajudava meu pai a se reeleger e eu tinha acabado de fazer dezoito. Ele dava varias festinhas. Lembro da primeira vez que ele me chamou para uma festa para maiores de dezoito anos. Nunca tive outra experiência igual àquela festa. – Disse maravilhado ao fechar os olhos tentando se lembrar.

— Você não sente nenhuma falta dessa vida, Chris?

— Não... Por incrível que pareça. Sinto falta das amizades, mas se eu voltar vou acabar como meu pai.

Continuaram conversando por mais alguns minutos quando Ada puxou Leon.

— Eu amo essa musica, e a Bey falou que a gente tem que dançar coladinho. – Disse se referindo a Drunk in love.

Ao notar que aquela era uma musica onde todos os casais ao redor se abraçaram para dançar, Jill se sentiu um pouco deslocada e voltou para o sofá, reclamando dos sapatos quando viu que Chris já estava do outro lado conversando com os amigos de Terry parecendo o mais legal da rodinha com altas gargalhadas.

Comeu dois salgados gourmet e então permaneceu sentada naquele sofá. A noite estava sendo muito boa, mas ela estava com um mau pressentimento. Talvez por estar sozinha naquele momento no meio de um bando de gente. Já estava mexendo na bolsa de mão para mexer no celular quando Chris se sentou ao seu lado.

— Você está bem?

— Sim... Muito bem.

— Cansou de pular com salto que nem uma retardada?

Ela queria responder algo com insulto, mas não conseguiu e riu levemente.

— Você não perde uma, não é Chris? – Disse já se acalmando. – E eu me sinto uma retardada mesmo. Não consigo beber direito, comer direito, dançar direito... Fazer amigos como você faz e ainda conseguir fazer o Terry Crews me levar no show da Beyoncé... como você consegue tudo isso?

— Você está me elogiando? – Perguntou com um sorriso desconfiado.

— Sobre eu ter que dizer isso... Eu odeio ter que admitir isso, mas você é incrível Chris.

— Ah, para com isso. Eu sei que eu sou.

— Também é um idiota, metido, soberbo... fanfarrão... rude e... definitivamente o “duas caras” mais legal que eu já conheci. – Ela disse entre risos e ele acompanhou ela.

— Nem todo príncipe é perfeito. – Disse olhando para alguns casais dançando juntos. – Então... Será que aceitaria uma dancinha com esse cara solitário cheio de qualidades do mal?

— Não... Isso não. Eu estou bêbada, mas não louca. Eu ainda não gosto de você o suficiente e sei que você vai gozar da minha cara mais tarde por isso. Se não tentar me agarrar como as suas presas.

— Não confia em mim? – Ele perguntou incrédulo e risonho quando ela negou com a cabeça franzindo o nariz. –Tudo bem... Então não vai se incomodar se eu chamar aquela loirinha ali, não é?

— Vai lá Cafetão... Eu tenho pena da sua namorada, Ursinho.

— O que os olhos não vêem o coração não sente. – Piscou para ela e continuou andando.

Jill permaneceu olhando os passos de Chris e notando a maneira com que ele sempre conseguia tudo o que queria principalmente quando a mulher o agarrou e dessa vez quando ele nem provocou tanto.

Internamente ela se sentia em paz ao observar Leon e Ada se beijando e a Beyoncé cantando seus sucessos estando tão próximo a ela. Nesse momento Terry jogou um aceno para ela que permanecia sozinha naquele sofá e ela retribuiu com um sorriso. Abaixou um pouco os olhos, cansada e quando levantou eles não podia acreditar quem estava passando no pequeno corredor com uns amigos.

— Ai meu Deus... Harris.


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