The prince and the fire hair escrita por NapoliMilleColori


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, é uma fic que ficou nos meus sonhos muito tempo e eu decidi passar para o "papel" antes que eu enlouquecesse de vez.



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O Sheik estava sentado em sua mesa de café da manhã em um dos maiores hotéis de Roma, o jornal na mão, a camisa branca aberta até o peito e as pernas cruzadas. Relaxado. Bebericava lentamente o seu café, apreciando o gosto particular.

Passos apressados interromperam sua leitura e levantou seus olhos para o senhor que estrava na sacada apressado e suado. Era seu secretario e assistente Kevin Rustner, um irlandês naturalizado americano. Os olhos azuis brilharam em fúria quando pousaram no moreno, que sem se estressar, continuou bebendo seu café.

- Malik... Deus sabe o quanto eu quero te bater agora. – O senhor passou as mãos nos cabelos brancos, estava desesperado. – Dez mil euros em uma noite? Dez malditos mil euros em uma noite?!

- Desculpe Kevin, eu estava entediado. – Voltou a beber seu café, ignorando totalmente seu secretário. O senhor caminhou até seu jovem chefe e lhe arrancou das mãos o café, derramando um pouco no príncipe, que finalmente lhe dirigiu toda a atenção.

- Veja bem, principezinho de uma figa, eu trouxe, como você pediu, as suas malditas concubinas e concubinos... Como raios você se entediou? – Falou entredente irritado. O jovem sheik se levantou da cadeira e se se encostou ao balcão, tendo uma bela vista da cidade romana.

- Bem, eu... Queria carne nova.

- Carne... Nova? – O velho suspirou e sentou-se na cadeira, alargando o nó da gravata.

- Sim! Fazem quase seis meses que estou com eles, enjoei... Preciso fazer uma nova seleção.

- Malik, por favor, sente-se. Preciso conversar com você. – O jovem sentiu a apreensão na voz do seu amigo e secretário, sentou-se de novo em sua cadeira e esperou. – Eu estou muito velho para essa vida... Você sabe, eu não consigo mais lidar com todas essas viagens, esses estresses, essa mudança de clima. Preciso de um substituto. – O moreno alargou seus grandes olhos esverdeados, parecia decepcionado.

- Não! Quem vai lidar com tudo isso? Eu só consigo confiar em você, Kevin. Não pode pedir demissão.

- Quem falou em demissão? Eu ainda tenho alguns aninhos de trabalho antes de poder me aposentar. Estou dizendo um substituto. Alguém que fique no meu lugar, eu vou trabalhar como seu advogado na sede dos Estados unidos, como deveria ser meu trabalho original e vou botar outra pessoa no meu lugar pra lidar com suas diversão e turismo. Lidar com as questões burocráticas momentâneas...

- Quem? Não posso confiar em qualquer pessoa, principalmente quando eu não faço coisas muito dentro da lei... – Kevin deu um sorriso malicioso, como se soubesse de algo. – Você já tem um substituto? – O mais velho concordou e Malik xingou em sua língua mãe. – Velho imbecil! Você planejou pra me contar aqui? Estragar o resto da minha viajem?

- Zayn, meu jovem, o seu voo é hoje à noite. Não tem “resto” de sua viajem. – O moreno rolou os olhos e encostou as costas na cadeira. – Vamos, não seja tão infantil.

- E quem será esse substituto?

- Bem, meu sobrinho. Rustin Collins.

- Ele é confiável?

- Claro que sim. Já falei com ele, totalmente de acordo com tudo. – Malik o olhou torto, não acreditando. – Tudo bem, não totalmente de acordo, ele é muito sério e chato. Mas vai fazer bem o trabalho dele, não se preocupe.

- Tudo bem, confio em você.

Zayn Malik , 24 anos, segundo filho de um dos Sheiks mais ricos de Dubai. Sua vida nunca foi regrada, como não é o sucessor direto do seu pai, comanda algumas empresas pequenas espalhadas pelo mundo, como uma das tantas nos Estados Unidos e outra na Colômbia. Segue algumas tradições que lhe são cômodas, como viver cercados de dinheiro, empregados e ter várias parceiras sexuais – Mas nesse caso ele fugia da regra, abria espaço também para rapazes – não se importava que isso era um pouco fora da lei em vários países.

Como qualquer filho de papai, o árabe gostava de ter propriedades, ser mimado e ter tudo que queria na hora que queria. Uma de duas tantas demandas era parceiros variados, que viajassem com ele. Mas para encontrar esses parceiros, Kevin tinha que fazer uma seleção de tanto em tanto e procurar pessoas dispostas ao servir o jovem príncipe. E acredite, tinham muitas candidatas e candidatos dispostos a lutar por esse cargo, mas o jovem mestre tinha gostos refinados, não gostava de qualquer carne circulando com ele por ai mundo a fora.

Malik não era ao todo mal, com uma personalidade odiável. Estudou nas melhores escolas, tem um amor incrível pela arte e historia, conhece várias línguas e é dotado de uma educação – quando queria – impecável. Tratou sempre bem seus companheiros, os enchiam de presentes e diversão. Nunca fora de dar atenção mais a uns que a outros, quando isso ocorria, era porque tinha uma atração maior, não porque tinha se apaixonado.

Kevin estava a sete anos cuidando do garoto e tinha criado um forte carinho por Malik, sabia que o pai do menino dava mais atenção ao primogênito sucessor e sempre enchia seu outro filho de dinheiro para não ser enchido o saco. Zyan foi mandado para os Estados Unidos com catorze anos para terminar os estudos, e com dezessete assumiu uma pequena empresa do pai lá, onde Kevin foi contratado para ser seu advogado particular e acabou... Sendo sua babá. Mas agora o velho estava cansado. E remoeu muito sobre deixar o cargo ou se esforçar, mas a sua saúde também não deixava, logo a decisão foi feita quando seu sobrinho veio da Irlanda a pedido de uma grande empresa de advocacia, e não podia pensar em pessoa melhor que o chato do seu sobrinho para assumir esse lugar.

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Rustin Collins era um ruivo de um metro e oitenta e olhos cor do céu. Com seus 28 anos tinha mestrado e doutorado em direito penal e fez uma pos graduação em direito do trabalho. Era um prodígio. Uma personalidade ranzinza e estourada, virginiano com ascendente em escorpião, gostava do controle sobre tudo. Quando foi para os Estados Unidos e se hospedou na casa do seu amado tio, não esperava aquela proposta tão... Inusitada. Cuidar de um príncipe. Era muito dinheiro. Mas também era contra seus princípios fazer o que o príncipe queria, caramba, ele era especialista em direito penal e sabia quantas coisas ali estavam erradas perante a lei de vários países. Mas precisava do dinheiro. Foi casado quando jovem e tem uma filha desse casamento, Elisabeth, a mãe morreu tragicamente em um acidente de carro e o deixou viúvo com uma filha de dois anos para criar. Foi difícil. Desde então não era aberto a amor e nem relacionamentos, só pensava em sua filhinha.

Zyan apesar de ser rico, passava maior parte do seu tempo nos Estados Unidos, então Rustin não via problema em aceitar, poderia trazer sua pequena Elizabeth e trabalhar em um negocio lucrativo. Era por isso que estava ali, na empresa de tecnologia e comunicações do seu futuro empregador, esperando seu tio e o tal Sheik chegarem.

Se passava das cinco e meia da tarde, já meia hora de atraso da hora que tinham combinado, mas não estava estressado, olhava de vez em quando para a porta do escritório e para a secretaria. A senhora de meia idade sentada atrás da mesa parecia muito ocupada lendo alguns arquivos e não parecia se importar em oferecer nada a ele. Bufou e voltou a olhar para a porta.

Cinco minutos depois seu tio chegou bem vestido, com o terno Armani azul marinho bem alinhado, uma maleta de couro, cheirava a grana e parecia o dono do local e não um simples empregado. Atrás dele um jovem moreno, de cabelos que iam até um pouco abaixo da orelha e vestido de maneira um tanto informal, com uma camisa de linho branca, jeans escuras e que moldavam bem suas coxas e óculos escuros, seguia de nariz em pé e sorriso malicioso no rosto. Rustin concluiu que deveria ser o Sheik, pelos traços árabes e a áurea pomposa.

- Rustin, meu jovem! – Seu tio o abraçou fortemente e bateu duas vezes em seu rosto de maneira carinhosa. – Como você é alto, sempre esqueço.

- Tio... – Disse de maneira contida e sorriso controlado.

- Rustin, vamos para o escritório e eu faço as devidas apresentações. – Entraram em um largo escritório com janelas panorâmicas, sofás de couro e grandes estantes. – Meu escritório. – O seu tio jogou a maleta em cima de um dos sofás e finalmente se virou para ele. – Bem, esse é Zyan Malik, o jovem administrados dessa empresa. – Rustin estendeu a mão para o Árabe que a apertou com um sorriso de lado. – Zyan, esse é meu sobrinho, Rustin Collins.

- Prazer em lhe conhecer, senhor. – Ofereceu educadamente o ruivo.

- O prazer é meu. – As suas mãos se deixaram e finalmente o moreno tirou os óculos revelando seus intensos olhos esverdeados.

- Zyan, meu sobrinho é de estrema confiança e tenho certeza que vocês vão se dar bem. – Começou Kevin, segurando Rustin pelo ombro.

- Ele é bem... Interessante. – Foi a única resposta do mais jovem, que se jogou no sofá e continuou olhando para os dois em sua frente.

- Esses primeiros dias eu vou segui-los, explicar a ele como funcionam as coisas e ajuda-lo na seleção...

- Seleção? – O ruivo estava um pouco confuso, não sabia exatamente ao que seu tio estava se referindo.

- Sim Rust, a seleção dos companheiros. Eu tinha te explicado. – O senhor parecia encabulado ao relembrar.

- Ah, essa seleção. – A resposta seca chamou atenção de Malik.

- Algum problema com isso?

- Não, nenhum. Se meu trabalho é esse, vou fazê-lo. Não se preocupe senhor. – O jovem pareceu satisfeito com a resposta e sorriu graciosamente.

- Então está tudo bem! Ele parece ser uma boa pessoa Kevin! – Seu sorriso aumento e revelou seus dentes estupidamente brancos. – Ei Pirro, você começa hoje se quiser. – Os dois parentes se entre olharam confusos.

- Pirro? – Perguntou o novo assistente.

- Sabe, o filho de aquiles, Neoptolemo, conhecido como Pirro, por seus cabelos vermelhos. – Explicou, o silencio reinou na sala e o jovem rolou os olhos. – Deixa... Bem! Vamos então, eu tenho que comprar umas coisas e depois visitar um fornecedor da empresa. – Malik saiu na frente e Kevin segurou seus sobrinho mais um pouco.

- Aqui está a agenda dele para esse mês. – Entregou uma agenda cinza. – Eu sei, um pouco fora de moda usar agendas, mas fica tudo mais organizado.

- Obrigado Tio... Acho que ele está me esperando. – Apontou para a porta sem jeito.

- Rust, tenha paciência, ele é um bom garoto. Só um pouco mimado, mas não por culpa dele.

- Não se preocupe. A gente se vê.

O ruivo correu para alcançar o árabe, que já esperava em frente ao elevador. Parados lado a lado, uma leve tensão pairava no ar e deixava os dois um pouco sem jeito. O elevador chegou e entraram apressados. O ruivo abriu a agenda e analisou alguns horários, a noite de hoje estaria livre, mas o dia inteiro amanhã, principalmente a noite, estaria ocupado com as seleções.

Na saída da empresa tinha uma SUV preta esperando pelos dois, entraram no banco de trás e o motorista foi indicado a um nome de uma loja.

- O que acontece com seus parceiros atuais? – Perguntou Rustin curioso.

- Bem, eles assinaram um contrato, não podem requerer nada e nem me procurar. Eu pago a passagem até a casa deles, mais cinco mil dólares. Eles podem ficar com todos os presentes e roupas que comprei para eles enquanto estavam comigo. – Respondeu simplesmente, parecia uma vida de luxo ser o companheiro daquele jovem príncipe.

- E como funciona a seleção?

- É uma coisa bem restrita, normalmente agencias de modelos e alguns sites da internet disponibilizam essas seleções. Não sou só eu que faço isso, é bem comum entre nossa gente. – Explicou enquanto olhava pela janela. – Tem uma primeira seleção online, os candidatos mandam vídeos falando de onde são, idade, peso e altura. A segunda seleção é pessoalmente, tem gente do mundo inteiro... E eu pago as passagens. Até se são eliminados na segunda seleção, a passagem já está paga. – Explicou tudo e depois olhou para Rustin, que parecia perdido em pensamentos.

O árabe tinha sua bissexualidade assumida, e não pode deixar de reparar no exemplar de homem que estava ao seu lado: Um ruivo, alto e em boa forma física. O caimento do terno cinza era perfeito e destacava ainda mais a sua pele extremamente branca e as sardas avermelhadas em seu rosto. O corte quadrado do rosto dava um ar mais másculo e a barba só complementava tudo isso. Eram traços duros e másculos. Seus olhos azuis eram severos e dava para ver que o homem ao seu lado não sorria muito. Nunca tivera um homem tão lindo entre seus parceiros, talvez porque homens assim não deixariam ser usados como brinquedos sexuais em troca de uma aventura. Ou quem sabe por que homens que nem ele não precisassem disso. Rustin poderia ter o mundo aos seus pés se quisesse.

Chegando à loja os dois desceram e duas atendentes vieram correndo para atendê-los. Parecia que o Arabe já era cliente fixo daquele recinto. Hugo Boss. Rustin entortou o nariz para a loja, Hugo boss era simplesmente o designer das roupas dos soldados da SS Nazista, por ele, nunca pisaria em uma loja dessas.

Procurou o jovem e o encontrou perto do departamento de ternos.

- O que estamos fazendo aqui? – O ruivo conferia de novo a agenda e não parecia estar programada a visita a aquela loja.

- Bem, precisamos comprar uns ternos para você. É uma coisa que sempre faço.

- Senhor Malik, não preciso de ternos, eu tenho os meus. – Disse secamente, não gostava de pessoas decidindo o que ele deveria ou não vestir.

- Mas você vai trabalhar para mim, precisa de muitos ternos. – Contrabateu Zayn como uma criança birrenta e passando a mão pelos tantos ternos.

- Senhor, eu peço novamente, eu não preciso de ternos. E se precisar, vou comprar com meu pagamento. – Eles se encararam por vários segundos, se via a raiva reprimida no olhar do ruivo e a teimosia no do moreno, mas por fim, o novo secretario ganhou.

- Como queira, Pirro. – E deu as costas indo para a sessão de perfumes.


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Notas finais do capítulo

Vamos ver no que da :3



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