Um novo começo - Emison escrita por Sra Benevolente


Capítulo 1
A marca


Notas iniciais do capítulo

Estou pensando em fazer a fic baseada em trocas de cartas. Pensarei em coisas melhores.



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Ninguém sabe quando as coisas ao nosso redor irão acontecer, nem mesmo pessoas que são organizadas ao extremo. Não há um cartilha de como sobreviver na escola em que se estuda, na casa em que se mora ou como se portar em determinados relacionamentos. Se existisse um, eu com toda a certeza compraria.

Não me entenda mal, não é como se eu quisesse tudo em minhas mãos, tudo dado, fácil. Não é bem assim. Apenas pense em mim como uma garota de 16 anos que mora com pais rígidos, que está cursando o primeiro ano do ensino médio e que se descobriu apaixonada por uma das suas amigas. Pois é, mais um clichê. Irá encontrar vários em mim.

Me chamo Emily Fields. Sou uma garota que mede 1,68 de altura, cabelos lisos e pretos, levemente ondulados, pele morena, e considerada bonita. Ei, não é que eu seja metida, apenas estou repassando o que me dizem. A timidez faz parte da minha personalidade. Sabe, apenas deixo que as minhas amigas invadam o meu universo particular, apenas de vez em quando. Sou popular apenas por associação, somente por ser amiga de Alison Dilaurentis.

Tenho quatros amigas, Hanna, Spencer, Aria e Alison, respectivamente, loira, morena, morena e loira. Depois darei mais detalhes sobre elas. Ah, também contarei sobre a minha paixão adolescente. Neste momento estou em meu quarto escrevendo sobre o passado, mas irei escreve-lo, em algumas partes como se fosse no presente. Preste atenção no próximo paragrafo.

Estou almoçando no refeitório da escola com minhas melhores amigas, Hanna, Aria, Alison e Spencer. Estou comendo com extrema lerdeza proposital. Hanna e Aria estão conversando sobre os garotos do time de futebol e Spencer está lendo um livro de biologia e Alison está mexendo em seu novo Iphone. Vago meus olhos à procura pelos de Alison, a dona dos meus novos e conflitantes sentimentos amorosos.

Alison é linda, não há nenhum louco nesta escola que possa negar esse fato. Mas, o que tem de beleza tem de maldade. Não, ela não bate nas pessoas, ameças com palavras faz mais o seu forte. Bullying é uma das suas principais armas contra qualquer um. Essa garota é bem inteligente, mas as vezes esconde em falações sobre garotos, marcas de roupas, maquiagens e comentários maldosos sobre estranhos e entre as próprias amigas. Digamos que eu sou um alvo fácil para ela. É complicado se defender quando se passa a maior parte do seu dia divagando sobre outros lugares e outras situações.

— Emily, esqueceu como mastigar mais rápido ou você anda tendo problemas mentais? - Alison solta mais uma do seu estoque de "coisas que não se deve dizer".

— Nossa, Alison, o que aconteceu? Está distribuindo agressões gratuitas hoje? - Spencer tentou me defender, naquele momento eu nem me importei com o comentário da Alison.

— E por que está se intrometendo?- Alison tinha a sua postura totalmente virada para Spencer em um tom desafiador. A garota com o livro apenas balançou a cabeça e voltou a ler. Nesse momento Aria e Hanna tinham parado de conversar e começado a prestar atenção na cena. - E então, Emily?

— Eu não dormi direito esta noite. - Não era uma total mentira. Digamos que o dia será cansativo para mim hoje.

— O que ficou fazendo a noite toda, mocinha? - Alison perguntou debochada.

— Emily, você está um pouco abatida. - Dessa vez era Hanna quem falava, dando cada vez mais corda para a Alison. - Aconteceu alguma coisa?

— Não, meninas, fiquei assistindo um filmes de terror até as 2 da madrugada e depois não consegui dormir pensando no filme. - Dei uma desculpa qualquer.

— Você não gosta muito de terror - Alison estava demonstrando um interesse fora do comum em um assunto tão pobre.

— Queria experimentar uma coisa nova - Rebati.

— Não é só isso que anda querendo experimentar de novo, não é mesmo? - Agora o veneno destilava da boca de Alison. 

O sorrisinho debochado continuava a brincar nos lábios dela. Seus olhos alegres e brilhantes ao me ver perder a fala. O que eu poderia dizer?

— Como assim, Em? - Perguntou Hanna.

Alison, linda, manipuladora, cínica, rica e venenosa. É horrível a definir assim, mas é verdade. Até comigo ela anda assim. Digamos que eu a beijei há uns 5 meses atrás, no quarto dela enquanto assistíamos a um filme. Ela retribuiu, mas depois disso faz joguinhos comigo. Alison sempre foi mais doce e aparenta gostar mais de mim do que as outras garotas, talvez fosse por isso que eu me apaixonei por ela. Existe uma coisa que essa garota goste mais do que maquiagens. Segredos.

Eu tenho escondido bem os que eu adquiri a uns 3 meses atrás, não é a minha paixão por Alison, essa já existe a muito tempo. O meu segredo é um tanto pessoal, digamos que deixam marcas.

— Esquece, Han - Disse querendo encerrar esse assunto.

— Emily, vou a sua casa hoje, me espere na saída. - Alison informa.

— Tudo bem, Ali.

A conversa se encerra por aí, termino de comer o meu almoço enquanto vejo Hanna e Aria voltar ao assunto dos meninos, Alison ao seu celular e Spencer ao seu livro.

— Vou para a sala, daqui a pouco vai bater, não quero chegar atrasada. - Digo.

— Aprendiz de Spencer - Zomba Aria. Não consigo deixar de rir.

— Qual aula, Emily? - Alisson pergunta. Torço para que ela me acompanhe.

— Inglês. 

— Tchau, meninas - Ali se levanta e faz sinal para que eu a acompanhe. As garotas murmuram um tchau. Alison agarra meu braço com o intuito de me conduzir do refeitório até os armário. Não consigo me concentrar com esse gesto então passo todo o caminho admirando os armários coloridos até parar em um azul escuro. Minha cor preferida. Como o mar bravio.

— Faz um favor para mim? - Alison pede com um meio sorriso e olhando para os lados, quase com timidez.

— Você sabe que sim, Ali.

— Me conta um segredo teu? - Seus olhos me fitam demoradamente, o que acaba me deixando desconcertada.

— Só se você me contar um seu. - Rebati, desviando meus olhos dos dela e ajeitando a alça da bolsa no meu ombro.

O sinal bate.  Ela quebra o contato, desfaz o sorriso e se vira indo em direção a sala. Ali da um gritinho me chamando quando percebe que estou parada nos armário ainda a admirando. Apenas dou uma leve corridinha tentando acompanhá-la. Entramos na sala, Alison senta uma cadeira atrás da minha e o professor - novo por sinal- escreve o seu nome na lousa. Ezra Fitz. O professor se apresentou e pediu para que um aluno lesse em voz alta um pequeno trecho de um romance policial. Apesar da aula está sendo divertida, um certa garota resolveu me distrair com troca de papéis durante a aula.

O primeiro papel dizia: " Que tal assistimos um filme na sua casa hoje?". Soltei um riso pelo ato bobo. Eu tinha tanta paixão. Li o bilhete cinco vezes, três para ter certeza e duas para admirar a escrita perfeita. Peguei uma a caneta e respondi algo como: " Tudo o que você quiser.". Minha letra curvilínea, mas em total desacordo com a dela.

— Tudo o que eu quiser, Emily? - Não sei se foi a minha mente que estava me iludindo, mas tive a sensação de a voz soar sexy. A única coisa que senti foi um forte arrepio que ouriçou meus cabelos do pescoço.

A aula seguiu tranquila, a próxima aula que eu teria seria com a minha queridinha, mas a professora tinha faltado, o que significava ir para casa mais cedo. Alison me puxou pelo braço assim que o sinal do final da aula bateu. Fomos em direção ao meu carro e dirigi direto para minha casa.

O caminho teria sido silencioso, se a menininha não tivesse posto o álbum inteiro da Lady Gaga para tocar e cantado todas as músicas junto. Eu ri, não era muito fã então fiquei no meu agradável silêncio enquanto ela fazia caras e bocas.

— Chegamos- Disse assim que estacionei em frente a minha casa.

— Sua mãe está em casa? - Pergunta tocando no meu braço.

— Não. Ainda quer assistir um filme? - Perguntei sorrindo feito boba.

— Sim. Vamos subir.

Abri a porta e subimos para o meu quarto. Ali deitou na cama enquanto eu passava o dedo pelos dvds que eu possuía.

— Então, que tal um filme de terror?- Perguntei olhando para ela.

— Não quero que você tenha insônia novamente. - Apenas sorri.

— Que tal um romance?

— Depende de qual. - Perguntou enquanto olhava as unhas em desinteresse.

— Tenho 10 coisas que odeio em você, The vow, Titanic, Doce novembro...

— P.S I love you. - Coloquei o filme e me juntei ao lado de Ali na cama, o filme continuava a passar e depois de uns 30 minutos, Ali pausou o filme.

— O que foi? - Perguntei me virando para ela.

— Me conta um segredo seu.

— Eu não quero, Ali. - Respondi virando meu rosto para a janela do meu quarto. - Eu não devo.

— E por que não? - Rebateu sentando-se de frente para mim, quase em cima das minhas pernas.

— Por que é sobre você.

— Querida, agora você apenas aguçou o meu desejo por sabe-lo. - Alison sentou-se de lado em minhas pernas e segurou meu rosto em suas mãos. - Eu posso tentar descobrir, sempre consigo o que quero e de quem eu quero. Sempre é assim,

— Eu gostei de beijar você, Ali. - Disse olhando nos seus olhos.

Alison acariciou o meu rosto e eu só conseguia encara-la. Seu rosto foi se aproximando do meu até eu sentir seus lábios tocando os meus. Lentamente e muito sôfrego. Logo um beijo se iniciou. Coloquei uma das minhas mãos no seu pescoço o que a fez deslizar seu toque para meu ombro. Pedi passagem com minha língua, ela aceitou. O beijo foi ficando mais profundo e nós não conseguimos manter o ato por causa da falta de fôlego. Deixei um grande sorriso de satisfação dançar pelo meu rosto enquanto a doce garota a minha frente soltou um suspiro de satisfação. Iniciamos mais um beijo e Ali apoiou sua mão em minha barriga. Soltei um gemido de dor em protesto.

— O que foi? - Indagou confusa.

— Nada. - Respondi nervoso.

— Eu sei diferenciar um gemido de prazer e um de dor. Anda, Emily, me diz o que aconteceu. - Falou começando a ficar irritada. Como não respondi, ela me encarou e tocou minha barriga e observou meu rosto se contorcer em um careta.

— Levanta a camisa. - Mandou.

— O quê? Pra quê? Não! - Respondi. Mas a burra aqui não soube disfarçar a situação.

— Emily, eu estou mandando você levantar essa camisa. Agora! - Gritou comigo. Não levantei, então ela pegou nas pontas da minha camisa e levantou.

— Quem fez isso com você? - Perguntou irritada ao ver uma mancha roxa na minha barriga.

— Ninguém. - Respondi com desinteresse e puxei a camisa de volta.

— Emily, está me dizendo que essa marca apareceu aí sozinha? - Indagou mais doce. - Quem quer que seja a vadia, eu irei destruí-la. Foi a pele de porco?

— Não foi a Paige, Alison, não quero conversar com você sobre isso. Não agora. 

— Se você não me contar eu vou embora. — Ela disse seriamente. Ficamos em silêncio por alguns minutos antes de se levantar. — Se não quiser dizer agora tudo bem, mas saiba que vou destruir essa vadia e você não me contando apenas piora a minha curiosidade. Não pense que irei esquecer disso. Ninguém se mete no meio das minhas abelhas. Descanse, vou voltar mais tarde. Tudo bem?

Alison pegou a sua bolsa, me deu um selinho, me cobriu com meu edredom e saiu. Eu sabia que ela não iria deixar esse assunto quieto. Espero que ela não conte as outras meninas e que seja não tão invasiva para querer saber a origem dessa marca roxa.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Vou escrever mais em breve. Deixem um comentário. Vocês não sabem o quanto é importante