Futuro, Volume III - O Fim Do Futuro escrita por MikaTag


Capítulo 1
A Batalha


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo do final de toda essa história.



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Sento na cama exausta enquanto observo todos os outros correndo atrás de Harry Potter, todos em direção à Sede da Erudição. Fico ali por uns instantes, respirando e me acalmando para poder refletir tudo que passei durante esses dias aqui em Atlanta.

Será que era esse o nosso destino final? Será que era isso que ia resumir a minha vida? A apenas lutas, batalhas, sofrimento, mortes, tortura e simulações? Estava farta de tudo isso. Como um sistema de governo em que o objetivo é trazer paz e harmonia poderia causar tanta destruição ao seu povo? Será que essa era mesmo a escolha que deveria ter sido feita anos atrás?

Penso que pode ser minha culpa. Todos os lugares em que eu estou é só tragédia. Pode ser sim minha culpa, acho que mereço ser punida com isso. Não sei, quem sabe a minha morte pode pelo menos trazer paz ao mundo, antes de eu ser transferida para, quem sabe, Nova York, e acabe causando outras rebeliões de rebeldes por lá também. Ninguém merece essas coisas, ninguém me merece.

Nesse momento vejo a porta do dormitório abrir e percebo que foi Tobias que entrou por ela. Pelo menos ele eu tenho certeza de que me apoia.

– Tris? – e ele senta ao meu lado acariciando o meu cabelo. Ele me dá um beijo na testa e percebo e passa a mão pela minha bochecha. Percebo que sua mão está grossa, o motivo de tantas lutas e testes que ele teve de passar. Tudo por causa dessa sociedade estúpida.

– Sim? – digo com um ar de cansada e de que não quer saber mais de nada.

– Você não vem?

Fico em silêncio.

– Entendo que você pode estar cansada mas, passamos por tanta coisa … Acho que deveríamos ir, conseguimos recrutar noventa por cento da Audácia.

Olho para ele com cara de espantada.

– Tobias – digo – Vocês estão colocando todas aquelas pessoas em perigo. Não pode fazer isso com elas. Era pra ser uma missão secreta, por isso criamos a Armada.

– Acho que você está se esquecendo de uma coisa …

– O que eu posso estar me esquecendo? – realmente eu não sei.

– Estamos na Audácia. Nunca desistimos.

Ele tem razão.

– Tobias, eu não sei qual o motivo desses anéis, não sei qual é o motivo de Dolores ou qual é a dessa cidade. Só sei que estamos lutando por uma coisa que mal conhecemos. Já parou para pensar que realmente não sabemos de nada?!

– Sim. Sei que não temos um objetivo a ser cumprido …

– Pois então é isso Tobias! – exclamo – As pessoas estão morrendo, e não temos nem o motivo disso. As coisas estão acontecendo rápido demais! Não conseguimos explicações, não conseguimos nada! Não temos nem perguntas para serem respondidas. O que estamos procurando?

– Tris … Sei que não estou sendo o posso do conhecimento por essas épocas … mas todos nós percebemos que as coisas estão indo de mal a pior por aqui. Matar o líder de uma facção, maldições imperdoáveis, poderes, leis, penas de mortes… isso não são coisas de uma cidade que quer paz para o seu povo. Se eles querem guerra eles irão ter guerra.

Senti Tobias bem atraente fazer esse pequeno discurso para mim e começo a beijá-lo. Ele não se esquiva mas começa a me beijar também. Sei que essa não é realmente a hora exata de fazer isso, mas ele estava meio atraente.

Até o momento que ele para de me beijar e me tira de cima dele.

– Tris … sei que isso está bom, mas… não é a hora mais adequada para a gente começar a nos beijar. – esclarece ele

– Tá bem … – digo me levantando da cama e ajeitando a minha roupa, percebendo que estava com a roupa toda mal vestida.

E nós fomos correndo em direção à Sede da Erudição.

Saímos da Audácia e começamos estamos correndo pelas ruas de Atlanta até um momento em que Tobias me para.

– Tris. Não sabemos para onde estamos indo. Não conhecemos a cidade. – diz Tobias.

E então por um momento me lembro que Snape tinha me dito que todas as ruas davam no centro da cidade, que no caso era onde a Erudição estava localizada, para ser mais fácil encontrá-la. Acho que foi um péssimo dia para a Sede ser tão fácil de ser encontrada.

– Me segue. Eu sei o caminho.

Corremos tão rápido pela rua em linha reta que conseguimos alcançar todos os outros que tinham saído na nossa frente, liderados por Harry. Nos juntamos a eles, tento chegar na frente para ficar ao lado de Harry. Dou a mão a Tobias porque vamos ter que acelerar mais um pouco o nosso passo. Estamos no meio de uma gritaria, socos e ponta pés.

– Vamos acelerar mais um pouco, vamos chegar lá na frente perto de Harry e Christina. – grito para Tobias que ainda está segurando a minha mão, mas devido ao barulho preciso gritar.

E chegamos a frente da multidão. Olho para os lados e vejo que está a nossa volta, Harry, Christina, Eric, Dino, Simas e Gina. Continuo com nenhum sinal de Rony.

Consigo ver a alguns metros a Sede da Erudição, decido correr mais rápido na esperança de que nossos sofrimentos terminassem mais rápidos.

Percebo que dessa vez sou eu quem está liderando o grupo, e então, todos alcançam o meu pé. Afinal, estamos falando da Audácia, ninguém aqui se cansa rapidamente.

Passamos por uma praça em frente a Sede e já sinto o frio dos puxadores da porta na minha frente, a qualquer momento consigo pegá-los até que um raio passa pela minha frente estilhaçando totalmente o par de portas.

Todos nós entramos na Sede, todo o grupo já está no hall, aquele com o quadro de Dolores bem grande no átrio. Olho para trás, através de todas as cabeças que estão comigo e vejo que através das janelas está tudo escuro. Totalmente escuro, nenhum resquício de luz. Mas ainda não tinha escurecido quando entramos aqui. Alguma coisa aconteceu.

Olho para todos os lados no hall e vejo que não tem ninguém. Nem ao menos um segurança para nos conter. Nada. Somente nós. Nem ao menos as atendentes estão ali. Fico me perguntando onde meu irmão pode estar a essa hora.

E então decido falar algo para todos.

– Ei! – dou um grito e toda a gritaria acaba na hora. Mal tive tempo de pensar no que falaria. – Conseguimos chegar aqui. Pelo que podem ver não tem ninguém aqui no átrio, isso só pode querer dizer uma coisa: A segurança está mais que reforçada nos andares mais à cima. Pois então, tomem o máximo de cuidado, acho que ninguém aqui quer morrer, correto? – silêncio…

– Pois bem … – continua Tobias, chegando para o meu lado para continuar o recado que queria dar. – Vamos nos separar nos grupos, temos dois lances de escadas, metade com metade. Acho que só isso mesmo, não temos plano, honestamente falando …

E por um momento de surpresa Caleb aparece por uma das portas dessas escadas.

– Tris! – grita ele correndo em minha direção.

– Caleb? Mas … – digo até o momento que ele me interrompe.

– Não temos tempo para isso, vim falar uma coisa para todos vocês.

A multidão fica a todo ouvido para ouvir a palavra de alguém da Erudição. Parece que até aqui eles idolatram essa gente…

– Estava passando pela sala de câmeras daqui da Erudição …

– Caleb, você não acha que nosso tempo é curto demais para ouvirmos histórias? – digo – Temos uma coisa a cumprir.

– Relaxa … eles não vão descer … estão com toda a segurança lá em cima. Mas continuando … estava na sala de câmeras quando me deparei com a cena de todos vocês correndo em direção à nossa Sede e não precisou muito tempo para notarmos o que estava acontecendo.

Isso é um sinal de que todos já sabem. Fico imaginando aqui na minha cabeça o que Dolores está fazendo nesse momento. E percebo que o lado de fora da Sede ainda está preto.

– … Então, – continua Caleb – eu entrei escondido na sala de controles dos chips e consegui desabilitar todas as punições que ocorreriam se vocês usassem as maldições.

Então isso só pode significar uma coisa …

– Está tudo liberado. – completa Caleb.


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Notas finais do capítulo

Espero que todos vocês acompanhem minha história atém o fim. Ficarei muito feliz com isso. Já pensei em um final (ao meu ver) muito bom para essa história. Prometo.



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