-Contar tudo o que?! Que eu saiba isso é meio pessoal, eu não vou contar nada!


Paulo e seu: Meio pessoal! Mas que eu saiba a Jéssica como minha melhor amiga iria me contar tudo, ela não tinha como evitar, já estava segurando a língua pra manter a boca fechada!


-Ta então, Jéssica depois precisamos conversar!


Ela tinha entendido da hora, com apenas um piscar de olho meu. E pelo resto da tarde ficamos conversando, rindo e a minha febre aumentando, eu só sentia frio não percebia que eu estava cada vez mais quente. Até o momento em que a Jéssica, foi tirar meu cabelo do rosto e percebeu que eu estava muito quente.
 
-Ju, você está ardendo em febre!
 
-Shhh, fica quieta daqui a pouco minha mãe vem com um remédio ruim se te escuta falando isso, logo passa.
 
-Mas Juna tu ta doente, tu tem que tomar remédio! - Jéssica afirmava com uma voz muito séria!
 
-Eu sei disso, mas é que.. Que sei lá! Chama a minha mãe, azar.
 
Logo depois que o Paulo foi até a cozinha chamar a minha mãe, ela veio com remédio, e água. Podia ser burrice da minha parte, mas eu não queria melhorar, pois se melhorasse teria que ir a escola, e indo assistir aula eu iria ver o Eduardo todo dia!
Depois do remédio, que me dava sono, Jéssica e Paulo tinham ido embora, eles teriam prova no outro dia, e precisavam estudar... A minha tarde tinha sido ótima, mas não consegui aproveitar inteira, alguns minutos depois já tinha voltado a dormir. Enquanto dormia, o frio e a falta de ar pioravam, mas eu acho que era pelo fato de eu estar tendo pesadelos.
Novamente sinto a mão de alguém no meu rosto, e acordo surpresa!Pois de todas as pessoas que eu esperava ver aquela era a última, ele tinha me magoado, e vinha me visitar..
 
-Juna, te acordei?!
 
Eu estava suando, não queria falar com ele. Mas queria falar ao mesmo tempo, ele deveria ter vindo se explicar, mas não era o melhor momento pra isso!
 
-Sim, mas o que você está fazendo aqui?! Você já não me magoou o bastante?!
 
Estava um pouco ruim para falar, pois o ar demorava para sair.
 
-Eu sei, desculpa! Queria me explicar, mas sei que você está doente, vim te ver por isso. Depois daquilo que eu fiz, fico pensando em você a todo instante, mas não vamos falar disso agora!
 
Ele estava sentado na borda da minha cama no chão, olhando diretamente pra mim.
 
-Está bem, mas ainda continuo muito braba com você. Só não vou discutir agora, pois eu tomei o remédio, e ele me deixa com sono. Lamento dizer, mas logo, logo vou dormir!
 
Eu estava mesmo com sono, sentia que meus olhos iriam se fechar a cada minuto, o sono estava vindo devagar, cada vez mais devagar. Mas a maneira que ele vinha era mais forte!
 
-Shi, então. Não faz mal encoste a cabeça no travesseiro e toma - ele tinha me dado o ursinho - você deixou cair ele enquanto eu estava aqui, mas agora nada importa, apenas feche os olhos.
 
Eu obedeci, enquanto ele fazia carinho na minha cabeça eu pegava no sono... Ele passava os dedos no meu cabelo, e passava de novo, e a minha raiva ia  diminuindo, até eu dormir.