~Elena~

— Chamada On -

Alguma coisa? – Pergunto esperançosa

Houve alguns desenvolvimentos, mas nada demais, mas não desisto, Katherine Pierce nunca desiste! – Disse convicta, mas algo na voz dela dizia o contrário

Acho que vou trabalhando um pouco por aqui tam… - Fui interrompida

NÃO! Não… - Parecia preocupada – Então priminha, estás de férias, não é uma coisa que aconteça regularmente, tens que aproveitar com os teus filhos e com um certo moreno de olhos azuis – A sua voz suavizou. Sabia que do outro lado ela estava a fazer uma cara de malícia – Oh vê só quem está aqui louca para falar contigo – Riu e tentei adivinha fazendo uma careta, pois Damon que estava a vir do quarto das crianças começou a rir, levando com uma almofada por consequência

Lena! – A doce voz da minha mãe ecoou pelo telemóvel – Querida como estás? – Perguntou e fiz sinal ao Damon que chamasse as crianças

Estou bem mãe e vocês ai? – Sorri mesmo sabendo que ela não me via

Está tudo com saudades querida – Disse carinhosa

Saudades? Esta semana, foi paz total para mim! – Ouvi o Jeremy lá no fundo, fazendo-me rir

Sei que não consegues viver sem mim! – Disse rindo – Vejam só quem está aqui!

Avó! – Os meus filhos cumprimentaram mais que alegres

Meus amores! – A minha mãe parecia emocionada – A vossa mãe está a portar-se bem? – Perguntou num tom gozão

Claro que está! Eles só fazem o que queremos vovó! – Riram-se em conjunto

— Chamada …. -

Deixei-os a falar com a minha mãe e fui ter com o Damon ao quarto deles – Uau, se eu soubesse que gostas assim tanto de arrumar, contraria-te lá para casa! – Disse rindo, sentando na cama e o mesmo fez uma careta encostando-se à parede com aquele sorriso bobo que ele faz

Será que o que oiço, são pretextos para me teres junto a ti mais tempo? – Perguntou sorrindo malicioso e revirei os olhos sorrindo

Idiota – Levantei-me andando até ele – E porque razão eu iria querer a tua pessoa comigo mais tempo? – Pergunto chegando cada vez mais perto

Porque eu sou irresistível, gostoso, maravilhoso e tu amas a minha pessoa – Disse sorrindo de lado fazendo-me ter um ataque de riso daqueles bem fortes, que tive que apertar a barriga e limpar o canto do olho – Gostava de saber o que tem tanta graça – Perguntou fazendo bico

Oh Damon, não faças bico, fica mal a um menino do teu tamanho – Disse apertando o seu bico e entrando no meu quarto e do Damon

— Chamada … -

E vocês gostam do Damon? – A minha mãe pergunto no segundo em que pus os pés no quarto. Senti o meu coração apertar e encostei-me à parede à espera da resposta deles, eles além de estarem de costas, estavam entretidos demais para repararem que alguém havia entrado no quarto

Sim vovó, ele é muito querido, ele sempre nos alegra e faz de tudo, assim como a mamã, para estarmos felizes – Disse a minha pequenina fazendo-me sorrir um pouco triste

Ele por vezes parece que é nosso papá, ele tem os mesmo olhos que nós e é muito brincalhão como nós e ele ajuda-nos a chatear a mamã – Disse o Duarte sorrindo, fazendo a Bea assentir rindo e a minha mãe rir. Senti como se eu tivesse culpa de os ter afastado e quando dei por mim, estava a chorar

Fico muito feliz que estejam a gostar dele, queridos! Agora a avó tem que ir, está bom meu, amores? – Perguntou carinhosa e tratei logo de limpar as poucas lágrimas que haviam escorrido. Despediram-se e desligaram.

— Chamada Off -

Onde vamos hoje mamã? – Perguntaram assim que entregaram o telemóvel

Onde vocês querem ir ursinhos? – Perguntei abaixando-me para ficar da altura deles

DisneyLand! – Disseram em uníssono, super entusiasmados

Não, fomos lá no fim-de-semana que passou, meninos – Disse semicerrando os olhos enquanto sorria

Mas não vimos tudo mamã! – Eles pedincharam com aqueles olhinhos de cachorro piadão

Que tal, irmos ao Jardim Zoológico? - O Damon perguntou, aparecendo atrás de mim

SIM! – Gritaram em uníssono, com os olhos a brilhar, fazendo-nos rir

Mas primeiro temos que tomar banhoca, ursinhos – Afirmei e eles correram para a casa de banho do quarto deles. Enquanto Damon tomava banho no Duarte, na casa de banho das crianças, eu tomava com a Bea, na casa de banho do meu quarto. Acabei e vesti-me rápido, despachando, enquanto os meus ursinhos andavam pelos quartos com os seus robes com capuz de animais, a Bea com um robe de ursinho rosa e o Du com um robe de ursinho azul, são as minhas fofuras, quando me acabei de arrumar, fui até ao quarto deles, despachando-os, mas estava difícil, uma vez que eles pareciam elétricos, chamei o Damon e pedi para ele vestir o Du, coloquei a roupa dele em cima da cama e ele assim o fez, enquanto eu vestia a minha ursinha e fazia um penteado nela – Prontinhos e cheirosos! – Exclamei abraçando-os e eles riram e foram na nossa frente até o elevador, quando chegamos no piso 0, o Damon pediu ao porteiro as chaves do carro dele, sim, temos um carro. A desculpa do Damon, foi que vamos cá ficar um mês, então precisamos de um carro, para não andarmos dependentes de transportes.

Chegamos! – Exclamou, passados uns bons minutos, ouvindo as músicas que iam passando na rádio, quando o Damon parou o carro no Jardim Zoológico, eu automaticamente sorri, sai do caro tirando as crianças e elas vibraram de alegria quando viram os enormes portões do Zoo, peguei nas mãos deles e fomos até a bilheteira, compramos os bilhetes e pouco depois já lá estávamos dentro do enorme jardim, cheio de animais lindos e extraordinários, eu amo este sítio. Os gémeos queriam correr por tudo o quanto era sítio, mas não os podia deixar, não com tanta gente ali, não queria correr risco nenhum, começamos por ver os macacos, que estavam logo ali na entrada, de seguida, as zebras, depois os tigres e os meus filhos começaram a imitar som deles e depois soltavam gargalhadas, de seguida vimos as aves asiáticas, os bongós e os bisontes e búfalos, quando a fome apertou, almoçamos no McDonald’s que ficava mesmo ao lado dos crocodilos e sentamos numa mesa que tinha uma enorme vidraça com o lago dos crocodilos logo ali e um deles, deitou-se ao lado do vidro e as crianças deliraram com aquilo, tocando no vidro para que o crocodilo os visse. Depois do almoço, visitamos, os suricatas, os rinocerontes indianos, os tucanos e araras, as impalas, os leões-marinhos, as focas e os pinguins, os ursos-formigueiros, os pandas vermelhos, depois fomos ao espetáculo dos golfinhos, com montes de atividade para eles, de seguida visitamos, as girafas, os hipopótamos, os lémures, os flamingos, os elefantes, os leões, os ocapis, as chitas, as palancas, depois fomos ao espetáculos das aves de rapina, de seguida visitamos, o templo dos primatas, a encosta dos felinos, os linces-ibéricos, os ursos…

Olha vocês ursinhos – Exclamei rindo apontando para uns ursinhos bebés, enquanto pegava a Bea no colo e o Damon pegava no Du. Eles riram e queriam tocar-lhes e ir para o pé deles, mas tive que lhes explicar que não podiam, se não seriam presos e os animais ficariam assustados e eles assentiram, obedecendo, de seguida fomos alimentar os leões-marinhos, depois visitamos, as nialas, os grous, as corujas-das-neves, os tigres brancos, os macacos aranha, de seguida fomos alimentar os pelicanos e depois fomos aos pequenos primatas, à aldeia dos macacos, aos rinocerontes-brancos, aos faisões, de seguida fomos à quintinha, que era uma quinta para as crianças brincarem, ficaram a brincar até a hora do jantar, quando de lá saímos, apanhamos o teleférico e sobrevoamos todos aqueles animais até a entrada, voltamos a comer no McDonald’s e quando eles começaram a ficar cansados decidimos voltar para o hotel.

Quando chegamos ao hotel, depois de um dia maravilhoso, eles dormiam que nem pedras, exaustos do dia, o Damon ajudou-me a leva-los para o quarto e a vestir-lhes o pijama e depois deitei-os e eles nunca acordaram, beijei as suas cabeças e fui para o meu quarto, vesti o pijama e fiquei encostada à parede do quarto à espera que ele saísse da casa de banho – Obrigada D. – Sorri carinhos

Não tens que agradecer, morena! – Piscou o olho, sorrindo de lado

Tenho sim! Tenho que te agradecer de tudo o que estás a fazer, por eles, por fazê-los felizes, por fazê-los amar-te, por seres o pai deles, mesmo eles não sabendo – A esta altura eu já sentia lágrimas a escorrerem pelas minhas bochechas – Porque eu não imagino a dor que deves sentir, quando eles te chamam tio ou Damon. Eu não suportaria. Então sim, eu tenho que te agradecer, porque mesmo que tenhas ido embora e que isso me tenha destruído por dentro – Tentei limpar algumas lágrimas e reparei que ele ficou meio abalado com o que disse

Porque destruiu assim tanto? – Perguntou, me olhando atentamente

Porque me destruiu assim tanto? Não sei Damon, talvez porque te amava… - O olhei séria sentindo as malditas lágrimas, voltar – Porque mesmo tu sendo uma influência má para mim, eu fui contra todos e até contra os meus princípios, só porque te amava. Porque quando estavas com a Vanessa, eu senti um ciúme mortal dela, por te ter e na altura tu, nem sabias da minha existência se fosse preciso. Porque tu eras o meu melhor amigo. Porque eu confiava em ti! – Limpei algumas lágrimas que haviam escorrido.

Desculpa. – Olhei para ele – Desculpa, por todo o mal que te fiz passar, desculpa por me ter ido embora…

É, bem… Eu sei o que sentias… - Sorri magoada, voltando a limpar mais algumas lágrimas – Porque se tu sentisses um pouco do que eu sentia por ti, tu não terias ido embora. Mas eu não te odeio por isso, não posso obrigar uma pessoa a sentir o mesmo que eu sinto, mesmo que isso me desfaça por dentro. E eu aceito as tuas desculpas, todas as desculpas que me tens pedido desde que voltaste. – Sorri fraco, desviando o olhar

Mas tu ainda me odeias. – Assumiu, me fazendo olhá-lo de novo

Sim… - Olhei para o chão um pouco e voltei a olhá-lo – Eu odeio-te! Porque se eu não te odiar por teres destruído o nosso relacionamento, então eu terei que me odiar, por arruiná-lo, e eu acho que mereço muito mais que isso – Olhei para trás, para a porta do quarto dos meus filhos e voltei a olhá-lo – Então sim, eu odeio-te – Limpei mais lágrimas, suspirando fundo. Como se ter dito aquilo, de certa forma, me tivesse libertado.

Eu amo-te Elena, e eu respeito tudo o que sentes e o que queres. Mas eu não me fui embora, por não te amar, eu fui embora, por te amar demais. – Olhei para ele, confusa

Desde quando isso faz sentido? – Perguntei

Eu quero-te contar o porquê de eu me ter ido embora, mesmo que me odeies depois por o ter feito, mas se para que tu me perdoes de verdade, seja preciso te contar, eu conto, porque ter ido embora, me destruiu também, por saber que provavelmente nunca te iria ver na minha vida.

Mas tu voltaste… - Sussurrei

Sim, eu voltei. Voltei por ti, voltei porque te amo demais, voltei porque és a pessoa mais importante da minha vida e eu preciso de ti nela. Pois tu és a luz que ilumina toda a escuridão que existe cá dentro e eu não gosto da pessoa que sou, sem a Elena Gilbert na minha vida. – Olhei para ele com esperança. Estávamos perto demais, e eu estava desejosa por sentir os lábios dele de novo. Sim, eu o odiava por tudo o que me fez passar, mas todos os dias, esse ódio diminuía um pouco, porque não importava o quanto eu o odiasse, eu o amava mais ainda. Ficamos um tempo a olhar um para o outro, até que o Damon fez aquilo que eu mais esperava. Ele me beijou. Era tudo o que eu precisava. Mas não ficou só por aqui...