Quem é você, Anna Rossi? escrita por Le petit Audrey


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora.



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Após a chuva, Anna pediu o número de celular de Emma e que era para ela esperar sua ligação. Emma hesitou por um instante mas logo cedeu o número num pedaço de papel. Anna então se despediu com um breve tchau e saiu rapidamente do carro, fechando a porta bruscamente. Emma mal teve tempo de se despedir direito, apenas a observou caminhar rua afora. Andava rapidamente, com a cabeça baixa e os braços cruzados. Como uma boa fugitiva clichê faria. Emma percebeu só agora as roupas maltrapilhas que vestia. Também conseguiu reparar em como seus longos cabelos platinados estavam alinhados, perfeitamente lisos. Perguntou-se se era o cabelo dela de verdade. Talvez esse cabelo seria uma péssima ideia, chama muita atenção – pensou Emma.

Durante o caminho para a casa, Emma se perguntava se estaria fazendo a coisa certa. Repassou toda a estória de Anna na cabeça e percebeu que fazia de certo modo, sentido. Anna, com sorte, saiu dessa de "raspão". E se tudo isso era verdade, e Emma desejava que fosse Anna estava em grande perigo: de ser presa injustamente por um crime que não cometeu ou acabar morta por um bandido louco qualquer que a está caçando. Mas é esse detalhe da estória que meche no subconsciente de Emma - porque diabos alguém teria motivos para matar Anna e seu... namorado? Tinha alguma coisa errada aí, Emma podia sentir. Será que Anna contou toda a estória?

De repente, Emma voltou a ficar muito nervosa. Seus batimentos cardíacos estavam subindo rapidamente. Uma agonia tomava seu peito. Toda essa situação era bastante fora de sua zona de conforto. Em menos de 24 horas ela tinha um encontro com uma fonte que revelaria onde estaria Anna. Mais tarde descobre que é a própria Anna, a suspeita de um crime e procurada pela policia, que fez o convite e a pede ajuda. Descobre que a coisa era mais feia do que imaginava e mesmo assim topou ajudar a mulher que agora era vitima e não mais bandida de todo esse circo.

Emma voltou a se perguntar se estaria fazendo a coisa certa.

Ficou mais calma quando avistou a entrada de seu prédio.

Ao entrar em seu apartamento, respirou aliviada. Foi ao seu quarto, tirou suas roupas e colocou sua camisola. Foi até o banheiro e procurou no armário uma caixa de remédios. Pegou uma pílula, pôs na boca e encheu um copo de água na pia. Tomou vorazmente.

Tenho algumas horas para dormir e preciso dormir de verdade essa noite.

Jogou-se em sua grande cama, pegou o edredom e cobriu seu corpo inteiro.

***

Jane Goffman estava na cafeteria no departamento de policia, esperando seu grande copo de café extra forte. Precisava de um combustível para começar aquele dia de sexta-feira do qual parecia que seria mais um dia agitado por ali, a contar pelos jornalistas famintos que já chegavam aos poucos para acampar em frente a delegacia a espera de noticias do crime que envolve a tal Anna Rossi. Jane revirava os olhos, odiando toda essa expectativa e esse falatório pela cidade sobre o caso. Precisava achar essa garota o mais rápido possível e acabar com esse fuzuê todo.

O rapaz no balcão finalmente lhe deu um copo de café e Jane rapidamente agradeceu e foi direto ao elevador. Quando chegou em seu andar, procurou seu companheiro de investigações Toddy Walters, estava com seus olhos focados na tela do grande monitor em sua mesa.

– Ei, alguma novidade sobre o paradeiro da Rossi? – perguntou Jane.

– Nada. Ela simplesmente evaporou – olhou para Jane – ela tá andando por aí e não está deixando rastros.

– Será que ela... não está morta? – disse Jane e tomou um gole de seu café.

Toddy deu de ombros.

– Ou está disfarçada por aí tirando um sarro da nossa cara – continuou Jane.

– Está cheia do dinheiro então, porque nenhuma movimentação bancária foi feita durante todas essas horas em que está desaparecida.

– Ontem mesmo as policiais rodoviárias do estado, os aeroportos e todos os responsáveis por todo tipo de meio de transporte foram avisados que ela está foragida. Que assim que ela for identificada precisam detê-la – disse Jane – e os pais dela? Quando chegam ao país?

– Devem estar chegando hoje a tarde.

– Quero vê-los na sala de interrogatório assim que chegarem aqui.

Toddy assentiu e voltou sua atenção ao computador. Jane pegou seu celular e discou um número. Dois toques depois, foi atendido.

– Alô? Tania? - perguntou Jane.

Oi Jane. Estava quase te ligando.

– Alguma novidade em relação a nossa vitima?

Então, acabei de chegar e recebi os resultados dos exames toxicológicos – Tania fez um pausa, um barulho sutil tomou conta do celular – um momento, desculpa. Peguei o papel para ler aqui. Continuando, deu resultado para drogas como cocaína e metanfetamina.

Jane não sabia se isso interferia em alguma coisa ou não.

– Ok. O cara era meio drogado – disse com indiferença.

Jane, vamos lá. A principio talvez ele seja só mais um cara drogado como você diz. Mas e se isso seja uma possível causa do porquê ele foi assassinado? Se aquela garota realmente o matou, quem sabe se esse não foi um motivo.

Jane refletiu um pouco e pensou que talvez Tania tivesse razão. Rossi talvez não aguentasse ver o namorado se drogando e ter o comportamento errado com ela. Ou então ela mesma poderia ter se drogado e acabou que isso a levou a perder a cabeça de vez.

– Certo. Precisamos achar essa garota o quanto antes.

Tem mais uma coisa: os tiros na cabeça. Fiz uns exames no corpo e confirmei minhas suspeitas. O primeiro tiro, na cabeça, foi certeiro - pimba matou. Os dois outros tiros foram em lugares os quais não fez muito estrago.

– Não entendi Tania. O que você quer dizer? – Jane apertou mais ainda o celular contra sua orelha.

Se no primeiro tiro ela já conseguiu matar, por que os outros dois? Era algum tipo de distração? Não faz muito sentido.

– A ordem dos tiros... – Jane pensou melhor – em qualquer ordem seria estranho.

Seria como enganar, despistar algo...

– Como se quisesse provar que não era bom em atirar e decidisse disparar mais de uma vez de formas aleatórias.

Jane completou o raciocínio. Realmente tudo aquilo não fazia sentido. Agradeceu a Tania pelas informações e disse a ela que não deixaria passar. Desligou o aparelho e voltou a refletir sobre essas últimas observações de Tania. Por que motivo Rossi teria de dizer a gente que não saberia como atirar ao colocar três balas no Leonard? O que não deu muito certo, pois percebemos que o tiro no meio da testa foi precisamente certeiro para uma execução e não teria motivo para os outros dois tiros completamente inofensivos ao corpo de Leonard. E sem falar que o cenário do crime diz com certeza que Anna Rossi estava lá, havia tido relações sexuais com a vitima antes de ser morta. E as testemunhas a viram sair do local do crime.

Jane seguiu seu olhar até o grande mural da sala do departamento de investigações da policia. No meio do mural, havia uma foto grande de uma garota com sorriso tímido em volta de pedaços de papel com anotações e pedaços de jornais. Jane atentou para a foto da garota.

Onde você está Anna Rossi? E porque esse crime não parece ser tão óbvio assim?

***

Emma começou o dia com sua cabeça latejando. Estava zonza. O remédio que tomou para dormir a fez ficar com muito sono para uma noite muito pequena. Antes de entrar no prédio onde ficava a redação da rede de noticias que trabalhava, comprou um café na Starbucks que ficava na mesma esquina. Andava a todo momento sentindo uma preocupação lhe invadir, seu inconsciente avisando que tinha alguma coisa errada e Emma sempre tentava oprimir tudo isso mas não dava certo. A conversa com Anna sempre passava por sua cabeça em forma de flashs. Conseguia esquecer por um período, mas do nada sempre voltava. Isso aumentava a aflição e dor de cabeça de Emma que nem remédio conseguiu parar.

Entrou na redação e tinha impressão que todos os olhos estavam virados para ela, mas sempre quando via, ninguém a olhava. Era coisa de sua cabeça. O peso na consciência se chamava Anna. E entrando na sala de trabalho onde pelo menos um terço da equipe falava sobre ela, especulando onde ela estaria e o que aconteceu naquela noite, Emma sentiu-se como se fosse uma traidora.

Ao sentar em sua mesa de trabalho, analisou os seus colegas em volta. Muitos deles tinham Anna como ponto central. Conseguiu ler em seus lábios "Anna" e "assassina" e diziam com certa repulsa.

O sentimento que antes era de vergonha por está traindo sua equipe de trabalho em relação a omitir sobre o encontro que teve com Anna, agora crescia, mas era com outro sentimento. De repente, ao observar seus colegas que estavam em patamar diferente do dela, especulando sobre crimes e como pauta o nome Anna Rossi, Emma sentiu certo prazer nascer dentro dela. Estava se sentindo ansiosa para algo, estava se sentido especial. Ela estava do outro lado da sala com uma pauta na sua mesa para publicar sobre "o que as crianças preferem fazer nessas férias de verão", porém nessa madrugada teve um encontro com a estrela do momento, capa das diversas folhas policiais da cidade, assunto das rodas de conversas nos bares, festas de família e tema de debate nas aulas de Psicologia.

Anna Rossi.

Agora, isso ganhava outro aspecto: era como se tivesse o chocolate premiado do Willy Wonka. Somente para uma pessoa. Todos necessitavam saber onde estaria Anna e somente Emma sabia. E sabia de coisas que ninguém imaginaria, nem mesmo a policia. O sentimento de vantagem sobre os outros era maravilhoso. Sorriu diversas vezes ao se tocar de tudo isso. Toda sua equipe de jornalistas trabalhavam com aspecto sério, compromissado e ela simplesmente mantia um sorriso no rosto. Tudo isso é bastante louco, bastante hilário! Pensou ela surpresa com a mudança dentro dela de sentimentos em relação aquilo. Então uma luz acendeu na cabeça dela. Já sabia o que pedir em troca do que faria por Anna.

Pediria uma entrevista exclusiva com Anna Rossi no final de tudo isso.

Seria um upgrade altíssimo na sua carreira de jornalista.

Precisaria se esforçar.

***

Na hora do almoço, Emma saiu com um casal de amigos da Redação, os quais sempre são companhia para o almoço. Foram em um restaurante self service de comida orgânica que ficava em frente do lugar onde trabalham. Era sexta feira e o assunto que discutiam enquanto almoçavam eram os planos para o final de semana. Emma disse que o fim de semana estava imprevisível para ela. E realmente estava. Não sabia se daria inicio a ajuda à Anna. Anna. Só de lembrar-se dela, um frio na barriga aparecia. De repente queria muito falar a John e Lena o que aconteceu naquela madrugada, o encontro com Anna Rossi e quem sabe pedir uma opinião deles sobre essa situação bastante louca e anormal que Emma aceitou participar.

Os seus pensamentos foram interrompidos ao sentir seu celular vibrando no bolso de sua calça jeans. Pegou o celular e viu na tela um número que não estava registrado nos contatos. Deslizou na tela para atender.

– Alô?

Está sozinha?

Emma reconheceu de imediato a voz. Era ela. Seu coração começou a acelerar. Devagar, pousou seu garfo ao prato. Logo pediu licença a seus amigos sem acrescentar mais nada. Sentiu os olhares deles em sua costa. Seguiu até um canto quieto do restaurante do qual não havia ninguém por perto.

– Sim... o que foi? – tentou falar em tom neutro apesar de seu corpo estar totalmente o oposto.

Precisamos nos encontrar. Ainda hoje. Na hora que você puder.

Emma fechou os olhos. O tique em uma das pernas deu inicio. Ficou imaginando o que viria pela frente.

– Não sei... Saio daqui cedo, as 5 horas.

Arrependeu-se de imediato por falar que sairia esse horário. Significa que mais cedo teria de encontrar com ela.

Ótimo. Tem como você anotar o lugar onde vou estar?

– Fala, vou tentar memorizar.

Anna disse que estaria em uma praça abandonada que ficava na periferia da cidade, um lugar distante das movimentações de pessoas. Emma ficou mais ainda nervosa e com medo. Aquele sentimento mais uma vez. Assim que as duas entraram em acordo em relação a hora do encontro, que seria mais ou menos depois do término do serviço de Emma, elas finalizaram a ligação.

Emma voltou para a mesa com o corpo duro de tensão. Lena notou uma expressão diferente no rosto de Emma e perguntou se houve algum problema. Emma negou, mas não convenceu nenhum dos dois amigos. Percebendo isso, tentou falar de outro assunto que sabia que renderia alguma coisa. Era o único que dominava sua mente. Talvez isso a ajudasse ou só a deixasse mais aflita. Mas preferiu ir fundo.

– Vocês acham realmente que aquela Anna Rossi matou o tal namorado?

***

Emma passou o resto da tarde tentando preencher sua mente lendo artigos, noticias reportagens especiais e até teorias malucas de ET''s e ovnis. Não que acreditasse em outras vidas no Universo, mas isso a distraia e fazia ela esquecer por uns minutos do encontro que teria com Anna. Sempre sentia seu estômago doer de nervoso ao lembrar e não fazia a menor ideia do que Anna pretendia falar.

Soube que os pais dela haviam chegado de uma longa viagem de Londres e que se encaminhavam para o departamento de policia responsável pelo caso, pois precisavam prestar depoimento sobre a filha. Emma se perguntava se Anna saberia disso.

Quando já era hora de sair do trabalho, Emma recebeu uma ligação de Anna. Ficou espantada com a pontualidade da garota.

– Oi.

Eu tô indo no lugar onde marcamos. Mais ou menos que horas você irá chegar?

Emma olhou o relógio em seu pulso.

– Acho que em 20 minutos.

Tudo bem. Até daqui a pouco.

– Ok.

Emma encerrou a ligação. Estava bastante apreensiva. Respirou fundo, desligou o computador de sua mesa, pegou sua bolsa e saiu apressada da sala da Redação.

Esqueceu-se de se despedir dos amigos.

Chegou ao local um pouco antes do que imaginara. Porém, Anna se encontrava lá. Ao reparar na figura loura e misteriosa perto de uma árvore bastante grande no canto da praça, buzinou duas vezes.

Observou que os passos de Anna eram bastante cautelosos. Ela discretamente olhou em volta, através de óculos de aviador escuros, e trouxe seus longos cabelos para sua frente e depois enfiou suas mãos no bolso da calça jeans. Não havia ninguém naquele perímetro. Emma percebeu que carregava uma mochila nas costas. Atravessou a rua e seguiu até o carro. Entrou.

– Hey – disse ao fechar a porta.

– Hey – repetiu Emma a observando.

Anna tirou sua jaqueta jeans, seus óculos e em seguida mexeu em seu cabelo. Até que de repente, retira a cabeleira loura de sua cabeça revelando seus fios castanhos avermelhado presos em um coque.

Emma levantou as sobrancelhas demonstrando surpresa, apesar de ter desconfiado que aquilo não parecia ser o cabelo de verdade de Anna.

– Peruca. Claro. – disse Emma em tom irônico.

Anna finalmente parou para encara-la.

– Uma grande necessidade, por sinal. Mas isso na cabeça dá bastante agonia – agora olhava a grande cabeleira em suas mãos, a ajeitando e penteando com os dedos.

Emma girou a chave do carro, fazendo-o ligar. Deu partida.

– Certo. Agora me diz qual o motivo desse encontro? – Emma mantinha os olhos para a estrada. Se via mais calma do que da última vez com Anna.

Anna demorou alguns segundos antes de responder.

– Preciso de dinheiro.

Emma se virou para olha-la, porém Anna mantinha os olhos em sua peruca.

– E...?

Dividiu o olhar na estrada e em Anna.

– Não tenho onde ficar mais. Só carrego uns 20 dólares comigo e... bom, ontem eu ia te perguntar mas seria muita coisa na sua cabeça...

– Perguntar o quê? – Emma queria que ela fosse logo ao ponto. E talvez sabia que ponto seria esse.

– Se você me emprestaria – Anna a fitou – Eu gastei todo dinheiro vivo que tinha alugando um quarto sujo durante esses últimos dias. Agora estou sem nada e sem lugar para dormir.

Emma estalou a língua e fez sinal negativo com a cabeça. Mas que porra eu fui me meter? Toda essa agonia que sentia nessas últimas 24 horas era seu inconsciente lhe alertando de algo ruim. Claro. Não queria ter que dar dinheiro a fugitiva, porém, se não desse dinheiro a ela, certamente Anna estaria ferrada, ficaria vulnerável. As chances de ser pega pela policia ou pelos caras que a perseguiam seriam maiores. E Emma disse que a ajudaria e se tudo desse certo teria sua entrevista exclusiva com Anna Rossi, a garota que foi tida como suspeita injustamente. A famosa troca de favores.

Não poderia entregar os pontos. Precisava pensar o que faria nessa situação. Não podia ficar pagando aluguel à Anna, não possuía tamanha renda que cobrisse a estadia e alimentação de Anna todos os dias. E sabe-se lá quando tudo isso iria terminar.

Pensa, Emma. Pensa.

Foi então que veio em sua cabeça a mensagem que sua tia Margot havia lhe mandado, a convidando para passar o final de semana em seu chalé na Serra da Nevada que ficava a 3 horas de São Francisco.

Emma visualizou Anna, que agora estava com uma expressão cansada e vazia, com a cabeça apoiada no vidro da janela.

– Talvez eu tenha uma solução. – disse a ela, tentando demonstrar um tom positivo na voz.

Anna somente virou seu olhar à ela.

Emma respirou fundo.

– Minha tia tem um chalé na Serra da Nevada. Ela me convidou a ir até lá no final de semana.

Anna se endireitou no assento.

– Ela vai estar lá?

– Acredito que não. Esse verão ela passaria em Miami. – parou em um sinal vermelho e encontrou o olhar de Anna que parecia estar cheio de expectativas – posso falar com ela e daí poderíamos passar esse final de semana por lá e resolvemos o que temos que resolver.

Emma sorriu para Anna. Um sorriso genuíno que nem ela mesma esperava dar.

Anna respirou fundo, com a expressão aliviada.

– Não sei nem como te agradecer.

Emma não sabia se estava feliz ou triste. Um lado seu se sentia feliz por te achado uma solução e ter feito sumir a expressão de dor e desespero que Anna possivelmente sentia colocando no lugar uma sensação de esperança. Porém desanimou ao refletir que o que ocorreu naquele dia na praia não foi algo como um favor prestado por Anna. E isso deixava Emma péssima toda vez que lembrava. Não deveria cobrar nada de Anna por ajudá-la em algo importante à ela, que talvez valha a sua vida. Se sentia triste consigo mesma por não ter coragem de fazer a coisa certa.

– O sinal abriu – avisou Anna.

Emma, ao ouvi-la, olhou para ela e percebeu que Anna a observava com certo olhar diferente. Ele era curioso. Emma se perguntou se era observada durante esse tempo todo em que estava olhando para o nada, refletindo suas escolhas e com certeza com cara de idiota. Sentiu seu rosto ruborizar, um tanto envergonhada. Rapidamente olhou para frente e colocou o pé no acelerador. Pretendia passar em seu apartamento para pegar algumas coisas.

Teria uma viajem pela frente.


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Notas finais do capítulo

Comentem, beijos!



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