Apocalipse escrita por MapleWolf


Capítulo 28
Insanidade


Notas iniciais do capítulo

Yooo!! Leitoras, Leitores...

Gente, tava devorando os meus dedos aqui de tanta ansiedade, nem tava conseguindo esperar dar meia noite XD Eu até postei em outra fanfic pra ver se passava (isso na quarta), deu pra aguentar mais um dia, e ontem, na quinta, eu ia postar outro capítulo em uma fanfic que escrevo com a Foxy Juh, mas ela disse que queria postar, então eu só tive o trabalho de revisar o capítulo.

Eu fiz a coitada da Merlyn Mln ler o capítulo no meio da aula pra ver se tava tudo de boas... Tirando os spoilers que eu já dou pra ela diariamente... Hueahueahueah

SEM MAIS DELONGAS!!

—Boa Leitura!!
~May

Ah é, puxa uma aba aí é põe essa música
https://m.youtube.com/watch?v=ZrEHNolYpak

Demorei um bocado pra decidir que música eu colocava...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/652348/chapter/28

O sol já estava se pondo no horizonte, a neve havia cessado, porém, o vento frio ainda insistia em soprar cada vez mais forte.

Com muito esforço, Lizzie conseguiu remover a flecha, tendo que puxá-la por trás até que as penas da parte de trás do corpo da mesma estivessem saído por completo. Agora a flecha ensanguentada servia de enfeite na lateral da mochila. Para conter o sangramento, ela enrolou uma faixa em volta da cintura e colocou neve, algo totalmente provisório, ela cauterizaria após encontrar um local seguro.

Aika não parava de ganir desde que a ruiva a colocou no cavalo, encolida na frente, com a cabeça baixa, fitando o caminho já percorrido. Já cansada de tentar chamar a atenção da garota, a collie emitiu um latido alto. Lizzie franziu as sombrancelhas.

– O que foi? Você quer voltar? Nada te impede... - ela disse com um leve tom de raiva.

A collie levantou a cabeça e bufou, depois se atirou na neve, parando para fitar a garota, na expectativa de que assim ela lhe desse atenção. A ruiva apenas olhou-a por cima do ombro e completou:

– Pode ir, eu não ligo...

Aika ainda ficou parada por alguns instantes, esperando a dona voltar, mas, percebendo que isso não ia acontecer, bufou e resmungou baixinho. Ouvindo as passadas rápidas sobre a neve, Lizzie olhou para trás e suspirou, vendo a collie correr rapidamente. Deu meia volta com o cavalo e seguiu-a em ritmo moderado, sem a mínima preocupação.

Ficaram assim por alguns minutos, até que o sol já estivesse totalmente baixo, deixando o local totalmente escuro. Ao longe, sua visão foi atraído por uma forte luz que vinha de trás de um muro, a ruiva ficou observando-a por um tempo até notar fumaça também. A collie continuava a correr naquela direção, e só então ela percebeu que era a cidade. Hesitou um pouco por causa de seu ressentimento, mas logo fez o cavalo correr mais rápido, até que alcançasse Aika, puxando-a pelo suéter de lã que usava, com o auxílio do pé-de-cabra.

Chegando mais perto, a garota notou uma horda consideravelmente grande em um dos portões, estão fez o caminho contrário, ainda fazendo o cavalo chegar ao limite, beirando o muro alto. Seus olhos assimilavam ligeiramente tudo que estava ao redor, notando uma parte quebrada que se estendia até metade da muralha. "Mas que coisa! Parece que ninguém ouve os meus conselhos aqui! Ainda não consertaram essa merda!" ela reclamou consigo mesma, notando um leve desnível na neve, talvez fosse algo soterrado, mas seria o suficiente para o cavalo saltar.

Com essa ideia na cabeça, direcionou o cavalo para a rota certa, e para a sua surpresa e alívio, o cavalo saltou com suavidade, aterrissando no chão com firmeza. Ainda levou um tempo para assimilar onde estava e o que estava acontecendo. Era como se o caos da noite de cinco anos atrás estivesse se repetindo, havia infectados entrando pelo portão Sul, enquanto as construções que tinha naquele local estavam em chamas, iluminando boa parte. Os portões do estádio estavam escancarados e havia uma grande possa de sangue no chão. Lizzie mordeu o lábio inferior, tentando bolar algo, quando avistou Íris caída no chão próxima das chamas.

– ÍRIS!! - ela chamou a morena, sem obter resposta, e rapidamente se pôs a cavalgar outra vez.

Saltando do cavalo, a ruiva se aproximou da garota caída, notando que ela estava quase inconsciente. Puxou-a pelos ombros, afastando-a das chamas, até que a morena notasse sua presença.

– Você voltou... - ela disse com voz fraca, tossindo em seguida.

– Sim, eu voltei! Você consegue andar? - Lizzie soltou-a e olhou em volta, dessa vez notando que o canil estava em chamas.

– S-sim... Só estou um pouco zonza... - a morena comentou, levantando com certa dificuldade.

– Err... Bem... Vou precisar da sua ajuda... Aquele é o portão sul, certo? Eu vou lá fechar.

– O que?! - Íris disse espantada - Você enlouqueceu de vez ou é só suicida?!

Lizzie sorriu como se dissesse "um pouco dos dois" e puxou o cavalo, estendendo as rédeas para a garota.

– Vai por mim, será mais fácil contê-los com o portão fechado... - a ruiva completou.

– Certo... Então vamos lá...

As duas subiram no cavalo e, sob as orientações da ruiva, foram até a parte quebrada da muralha, que a ruiva escalou com facilidade e foi andando com passadas rápidas na direção do portão. Chegando até os limites da muralha, ela desceu até uma das partes que eram mais largas e se pôs a girar uma manivela enferrujada que tinha ali, era o modo de fechar o portão, como Thomas havia lhe ensinado. Com muito esforço ela conseguiu girá-la, fazendo uma das partes do portão se mover, seguindo a linha da parede. "Bem, um já foi..." ela disse para si mesma e subiu no muro outra vez.

Parou na ponta e fitou o portão, tendo uma leve vertigem em seguida, notando a grande quantidade de infectados que ainda passavam. Ela foi andando, atravessando o portão lentamente, mantendo os olhos levantados, tomando extrema cautela para não escorregar. "Não olhe para baixo, se não você virá panqueca... Não olhe para baixo..." ela encorajava a si mesma. Chegou na ponta e tomou impulso, saltando para o outro lado do portão, agarrando-o com as pontas dos dedos. Usando sua força restante, ela conseguiu subir, passando para o muro em seguida, e mais uma vez desceu para girar a manivela, prensando alguns infectados entre as duas partes.

Ela escorou na parede e suspirou, depois subiu no muro outra vez, notando que havia mais pontos luminosos no norte da cidade. Andando com a mínima preocupação, ela observou os infectados dilacerando alguns humanos e depois outros avançando para o Norte, viu também alguns cachorros zumbis e ela poderia até contá-los, se sua mente não estivesse vazia.

– Quem te deu permissão para fechar o portão, Ruivinha? Agora você não me escapa! - uma voz masculina que ecoou sobre o muro tirou-a do transe, e ele se movia rapidamente na direção da garota.

Lizzie apenas lançou-lhe um olhar de puro tédio, mas ao notar aquele sorriso macabro sua expressão mudou, seus olhos verdes encheram-se de ódio e seu sangue ferveu. Era a hora de sua vingança. Ela respirou fundo e sorriu em seguida.

– Creio que não fomos apresentados... - ela rebateu, passando a andar mais rápido. - Não o conheço ainda...

O homem arqueou uma sobrancelha e parou, ponderando sobre isso rapidamente, até deduzir que seria justo.

– Ray. - ele disse é voltou a andar em seu encontro.

– Lizzie. - ela fez uma pausa e voltou suas mãos para trás das costas, onde o pé-de-cabra estava escondido entre a mochila e a jaqueta que vestia. - Sabia que você é um puta dum incompetente? Tantas chances que você teve pra me aniquilar e você quer tomar o meu tempo justo agora?

– Ora sua!! - Ray estendeu as mãos na direção do pescoço descoberto da garota, quando notou que já estavam próximos, mas a ruiva puxou o pé-de-cabra e acertou uma das mãos, com muita força, quebrando alguns ossos e fazendo-a inchar na hora.

– O que foi que você disse? "Agora você me escapa"? Foi isso? - a garota começou a rir como uma psicopata, sem nem sentir mais a dor da ferida na cintura como antes, consequentemente esquecendo-se de que perdia a grande quantidade de sangue.

– Desgraçada!! Você me paga!!

Ray investiu contra a garota outra vez, mas está levantou sua arma e o golpeou no peito, quebrando algumas costelas e fazendo-o desequilibrar, caindo para o lado de dentro da muralha.

– Talvez algum dia, no inferno! - ela riu outra vez, enquanto observava alguns infectados se aproximando, e logo dilacerando o homem caído.

Por alguns instantes sua visão pareceu ficar um tanto embaçada. Lizzie chacoalhou a cabeça e apertou os olhos, se pondo a andar pelo muro, na direção do norte. Seguiu andando até chegar perto de uma construção, que por sorte não estava em chamas, e saltou para o telhado, saltando para o chão em seguida.

– Mandou bem, Li! - Íris parabenizou-a, aproximando-se, trazendo consigo outro cavalo.

– Valeu... - a ruiva agradeceu, com a voz fraca e um tanto cansada.

Íris desceu do cavalo preto e branco, entregando as rédeas deste para a ruiva, e montou no outro. Lizzie montou em seu cavalo.

– O que fazemos agora? - indagou a morena.

– Bem... Sugiro que você encontre o Nathan e o máximo de sobreviventes possível e saia da cidade o mais rápido possível. - ela fez uma pausa e voltou a fitar a amiga nos olhos. - Eu tenho alguns assuntos pra resolver ainda, mas nem se preocupe, eu vou ficar bem!

As duas se despediram e tomaram caminhos distintos. Lizzie seguiu pelas trilhas mais escondidas, pois as principais estavam cheias de infectados.

Chegando à Casa Branca, ela viu um rapaz caído na neve, segurando um infectado pelos ombros, tentando contê-lo, mas era um tanto complicado, já que ele estava sobre o rapaz. A garota desceu do cavalo e se aproximou calmamente, com o pé-de-cabra em mãos. Ao chegar perto o suficiente, golpeou o infectado com tão rápido e com tanta força, pela lateral, que a parte frontal do cérebro foi lançada à neve, junto com um jato de sangue e, antes que o corpo desfalecido caísse sobre o garoto, ela o chutou para o lado.

– L-Lizzie?! - disse Nick, ainda não acreditando que ela estava ali.

A ruiva apenas lambeu os lábios, que já estavam quase rachando com o frio, e o olhou rapidamente voltando sua atenção para os outros infectados que se aproximavam. Levantando o pé-de-cabra, ela golpeou o próximo infectado no meio da flácida cabeça, fazendo o crânio romper e afundar, jorrando bastante sangue. A garota rapidamente retirou sua arma e chutou o corpo para trás, fazendo-o cair sobre outro infectado que vinha atrás, que ela também o golpeou na cabeça rapidamente. Sua visão começou a embaçar outra vez, mas agora ela também sentia uma leve tontura, que foi o suficiente para desnorteá-la.

– Cuidado!! Atrás de você!! - Nick a alertou. A cabeça da ruiva girava, tudo que ela pôde fazer foi virar-se e ver um vulto preto e branco lançando-se contra um cachorro infectado, atirando-o um tanto longe.

Lizzie retomou o controle e, antes que o cachorro tivesse tempo para levantar, ela pisou nele com força, fazendo-o afundar na neve, e o golpeou na cabeça, espalhando seus miolos no chão. Aika foi para perto de Nick, este que ainda tentava alcançar a pistola, e empurrou a arma para mais perto do jovem, com o focinho. Ele por sua vez pegou a arma e começou a atirar nos infectados, adiantando o trabalho da ruiva, que já derrubara uma boa parte.

A garota se aproximou e se agachou próximo do molho de chaves, fitando o rapaz, ainda deitado na neve. Ela abriu um sorriso sarcástico e tomou fôlego para falar:

– Preciso perguntar quem fez isso? - ela deu uma risadinha, enquanto o rapaz a encarava com seriedade.

– Não vai me soltar? - ele indagou.

– Vou pensar na sua proposta... - ela disse, ainda com o sorriso no rosto, enquanto juntava a neve em forma de uma bolinha, que ia aumentando de tamanho. - Vejamos... Você mentiu, eu fui expulsa da cidade, levei uma flechada, que por acaso está doendo pra caralho e eu nem tive tempo de cauterizar, anm... O que mais? Ah, sim, você matou o Josh também, quando você poderia ter salvado ele... E...

– Tá bom! Chega! Eu sei que eu errei, mas você nem deixou eu me explicar! Desculpa, Lizzie! O David me confrontou, disse que mataria o meu tio naquela sala quando ele te expulsou, depois ele mataria a minha irmã, você não percebeu que ele estava com uma arma enquanto estava atrás do meu tio? - o rapaz fez uma pausa e suspirou. - Mas de que importa...? Ele levou a minha irmã e a cidade já era...

– Comovida. - ela rebateu, em tom de ironia, quase rindo da desgraça alheia, uma das coisas que adorava fazer. - Mas bem que você merece...

– Ok ruiva, agora para de tirar sarro da minha cara e me solta logo! - ele disse, ainda mais sério, com uma pontada de raiva, enquanto franzia a testa.

Lizzie riu zombeteira e pegou o molho de chaves, balançando-o no alto. Depois levantou, com a bola de neve em uma mão e o molho de chaves em outra.

– Até que você fica bonitinho quando ta em perigo... Tipo aquelas princesas dos contos de fada... - ela zombou outra vez, rindo e balançando as chaves.

Nick ficou sério, não sabia se ria, se retribuía a zoeira ou se ficava bravo, passou a mão no rosto e voltou a fitá-la:

– Você consegue ser pior que o David em certos aspectos... - ele comentou, vendo que ela já procurava a chave certa para abrir a algema.

– Obrigada. - a garota sorriu e jogou a bola de neve na cara do rapaz, fazendo-a se partir em pedaços menores. - Você continua sendo um con... Mas ainda é o meu favorito.

Depois de tirar a neve da cara, ele a olhou com uma expressão confusa. Os dois ficaram em silêncio até que Lizzie conseguiu encontrar a chave certa. Nick já ia agradecê-la quando notou uma arma apontada para si e a expressão mais sarcástica da ruiva estampada no rosto. O rapaz ficou imóvel, ainda no chão.

– O quê? - ela indagou. - Você não achou que depois de tudo isso eu deixaria você sair ileso, não é? Oras, aquilo foi a maior traição que eu já vi na vida, foi tipo um punhal nas costas. Eu queria ter o prazer de te matar...

– Você não pode me matar! - ele disse em desespero, tentando ser o mais convincente possível.

– Ah, é? - ela arqueou uma sobrancelha e fez uma cara de convencida. - Por que não?

– Porque se não você não vai encontrar o David. - ele cruzou os braços e fechou os olhos.

– Ahh... É verdade, você foi o último a vê-lo, não é? E aonde ele foi?

– Eu não vou contar. - ele levantou e abriu um largo sorriso. - Ainda corro o perigo de você me matar.

– Garoto inteligente... Então sai da minha vista antes que eu meta um tiro no meio da sua testa. - a ruiva rebateu, guardando a arma e tomando rumo para dentro da Casa Branca.

– E aonde você vai?

– Não é da sua contaaaaa... - ela cantarolou vendo-se perto da porta.

Adentrou em silêncio, notando que o local estava do mesmo jeito. Ela passeou por alguns corredores, espreitando na escuridão que a noite lhe proporcionava até ouvir o som abafado de um diálogo. Ela tinha certeza que a voz era de Olívia, e logo um sorriso formou-se em seu rosto. Seguiu andando por alguns corredores até ver um homem grande e gordo parado em um deles. Reconhecendo também aquele rosto estranho do estádio, ela se aproximou, usando a escuridão ao seu favor, puxou o pé-de-cabra e saltou nas costas do homem, o sufocando com a arma. O homem se debatia e tentava tirá-la a todo custo, mas ela aguentava os golpes e mantinha-se firme, até o oponente perder a consciência. Para ter a certeza absoluta de que ele não levantaria tão cedo, ela cravou o facão de caça em sua cabeça, usando o orifício de um dos olhos. Remexeu os bolsos e pegou uma arma e cartuchos de munição, além de duas granadas.

As vozes começaram a ficar mais altas. Outra vez prestando atenção no curto diálogo, entendeu que estavam indo para o carro parado nos fundos. Apressou-se, ainda espreitando na escuridão, até que estivesse do lado de fora. Escondeu a mochila em um canto e mandou a collie se esconder também, depois entrou no banco de trás de um carro com vidro filmado e tratou de ficar em silêncio, quase não respirando, até que sua tia entrasse, com outro rapaz.

– Não vai chamar o seu amigo, Danny? - disse Olívia.

– Não. Ele que se foda! - o tal Danny respondeu, já dando partida no carro.

Em meio a algumas leves derrapadas, o carro começou a pegar velocidade, quando Lizzie deixou-se mostrar, sufocando o motorista com o pé-de-cabra. Danny soltou as mãos do volante e tentava puxar o pé-de-cabra, mas a garota fazia ainda mais pressão quando se apoiava no banco da frente, quase quebrando o pescoço do homem de tanto envergar. Olívia percebeu e, em total desespero, começou a gritar e tentar controlar o carro. Danny perdeu a consciência e a mulher permitiu que o carro tombasse, girando violentamente na neve, até parar, batendo em algo.

A ruiva perderia a consciência se a forte dor em seu abdômen permitisse, agora sua cabeça estava sangrando e ela poderia jurar que alguma coisa penetrou em sua perna esquerda. Mesmo assim ela riu de sua vitória. O carro estava tombado de lado e ela estava caída, encostada no vidro frio e rachado, de ponta cabeça. Sua visão começou a embaçar outra vez, a tontura voltou mais forte e ela quase não conseguiu se mover por causa dos cacos de vidro sob suas costas. Ainda com tudo isso, ela se arriscou a chutar o vidro que parecia estar acima dela, chutando firmemente, até que este rompesse e deixasse algum espaço para sua passagem.

Relaxou os músculos e mudou de posição lentamente, ainda sentindo os cacos rasparem em suas costas, braços e até no pescoço. Começou a ouvir som de água caindo e deduziu que fosse a gasolina. Entrou em pânico e com um brusco movimento conseguiu se por de pé, mesmo que um dos cacos conseguiu cortar a parte de trás do seu ante braço, um tanto fundo.

– Maldita... - a voz de Olívia ecoou baixa e fraca no banco da frente. - Achei que tinha me livrado de você...

– Oh, titia, não se sinta mal... - ela disse com sarcasmo e riu em seguida, parando apenas pela forte dor no abdômen. - Agora você poderá encontrar o tio Andrew no inferno!

A ruiva sentiu a respiração pesada da mulher e, antes que tomasse impulso para sair, despediu-se.

– Sabe tia, meu pai sempre me dizia que tinha vontade de te matar, ressuscitar em seguida e matar você outra vez... - ela parou para respirar e depois continuou. - Acho que finalmente realizei o desejo dele... - ela fez outra pausa, vendo que já estava arfando. - E pense que isso foi pra compensar aquela calorosa boas-vindas que você me proporcionou... - riu outra vez e saiu do carro, se espremendo pela brecha que tinha feito.

Ouvindo os gritos de sua tia, vociferando pragas e palavrões nas duas línguas, ela se sentiu até um pouco mais leve. Aqueles gritos eram como música para seus ouvidos. Ela então ativou a granada e jogou-a pelo buraco do vidro, dando as costas e voltando o mais rápido possível para a Casa Branca, mancando e tentando estancar o ferimento no abdômen, que parecia ter aberto mais. Logo ouviu o som da explosão e sentiu o impacto da mesma, caindo no chão e levantando com muito custo.

Enfim conseguiu chegar à mansão, pegando suas coisas de volta e voltando para a frente da mesma, junto com Aika. Já estava sentindo que iria desmaiar, sua visão estava bastante distorcida e embaçada. De volta às grades, ela se apoiou na mesma e viu uma figura em sua frente. Era Nick, dessa vez montado em seu cavalo, com as rédeas do cavalo da ruiva em uma das mãos.

– Você não parece muito bem... - ele comentou, notando as manchas vermelhas em suas roupas, que aumentavam a cada mínimo movimento.

– E quem se importa? - ela tomou as rédeas e montou no cavalo, com grande dificuldade.

– Eu me importo. - ele rebateu, demonstrando preocupação.

– Não preciso que você se importe... - ela disse com a voz fraca, fazendo o cavalo seguir adiante.

Sua cabeça começou a doer, tudo pareceu girar, além de ficar tudo mais embaçado do que já estava. Ainda estava arfando e agonizando por causa das graves feridas. De repente tudo ficou preto e a ruiva tombou para o lado, caindo rapidamente na neve fria, desacordada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

TAN TAN TAAAAAAAN!! XD

Então... EU TÔ EXIGINDO COMENTÁRIOS por toda a ansiedade que eu passei pra postar esse capítulo maravilindo, que por um grande acaso é um dos meus favoritos...
Gente, gente, gente!! Sério, comentem, to ficando louca já ;-; hueahueahueah

Mas então, o que vocês acham que vai acontecer agora? e .e
Lizzie morreu, num morreu?
Nick vai morrer, num vai?
Heheh

Agora se os senhores e senhoras me dão licença, to indo ali tomar um chá e escrever o próximo capítulo...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apocalipse" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.