Grenada escrita por ElenaraCastro


Capítulo 14
XIV


Notas iniciais do capítulo

E ai? Como estão?
Mias um! Boa leitura!



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– MATTHEW, SEU GORDO! Sai de cima de mim!

Matthew se espreguiçou sem abrir os olhos. Sentiu alguém o empurrar para o lado de forma agressiva. Abriu os olhos e piscou para se acostumar com a claridade da manhã.

– São que horas? - Olhou para o lado, e percebeu que não deveria está ali. - Skyler?!

– Matthew?! - Skyler olhava confuso. O que Matthew estava fazendo ali? - Mas... O que diabos está fazendo aqui?

Não sabia o que dizer. Como iria explicar?

.....

– Aqui está! - Esperanza entregou o colar à avó, que parecia chocada, e sentou em uma das cadeiras velhas da sala.

– Você... Conseguiu? Pegou o colar mesmo?

Esperanza queria dar um bela resposta à avó, algo como " se está em suas mãos é porque peguei ". Mas não era tão maluca assim. Além disso, se o garoto não tivesse entregado por livre e espontânea vontade, ou quase isso, o colar não estaria ali.

– Consegui. Fiz o que a senhora pediu. Agora não irá acontecer nada ao garoto, não é mesmo?... Agora que o colar está com a senhora, é melhor esconder para que ninguém mais encontre. - Falou. Não iria passar por isso novamente.

– Bem... Eu não sei se o garoto está livre do feitiço. - A velha resmungou sem tirar à atenção do colar. - Mas isso não é problema meu. O importante é que eu tenho o colar que estava desaparecido à tanto tempo. - Sorriu, o que não a deixava menos apavorante.

– O que? Mas o colar... Não era o colar que fazia as pessoas se apaixonarem por quem usava.

Esperanza viu que não era aquilo, pois a avó levantou a cabeça e a olhou de um jeito assustador.

– Você não presta atenção no que eu falo mesmo, não é, garota? - Revirou os olhos. - Sim, o colar faz algumas pessoas se apaixonarem ainda mais de quem usa, mas não faz com que todas as pessoas do mundo também se apaixonem. O colar... - Levantou o objetivo. A pedra parecia brilhar. - O feitiço nele é quem escolhe a pessoa.

– Sim, eu lembrei disso... Agora. Mas não entendo o porquê de um garoto não está livre desse feitiço.

– Não só o garoto. Os que o colar escolheu para terem um certa paixão, posso dizer, algumas até obsessivas talvez, podem não está livres. Pois o colar ficou muito tempo com ele. O feitiço pode está nele.

Esperanza arregalou os olhos. O pouco que conheceu o menino, já dava para perceber que ele tinha problemas demais para mais aquilo.

– E ... E agora?

– O que? - A avó perguntou desinteressada.

– O que vamos fazer para tirar, se por acaso o feitiço estiver mesmo no menino?

A bruxa riu alto.

– Nada, não vamos fazer nada. Não é problema nosso. Agora vá pra loja vender aquelas poções velha, vá. - Ordenou, mas Esperanza não ficou satisfeita com o que a avó disse sobre não ajudar o menino. Iria descobri se o garoto estava mesmo com o tal feitiço, e se estivesse, como faria para ajudá-lo.

–------

– Eu dormi aqui, Sky. Você não lembra? - Matthew não olhou para o amigo ao falar isso. Estava mentindo, mas como iria falar a verdade?

Ei, Skyler, eu invadir seu quarto no meio da noite e deitei aqui. Foi só um vontade que tive, ah, e tevi um sonho bem quente enquanto dormia ao seu lado. Mas tudo bem, acontece.

– Você não dormiu aqui, Matthew. Eu não esqueceria que você dormiu aqui. - Afirmou pela terceira vez. - É melhor falar a verdade. - Cruzou os braços em frente ao peito. Estava com o cabelo amassado de um lado, o que p deixava engraçado, mas Matthew achou melhor não rir.

– Olha... Você deve ter sonhado que eu não estava aqui, não sei. - Matthew continuava olhando para o chão. - Olha, já está tarde... É melhor eu voltar para casa. - Falou olhando para o despertador de Skyler.

– Quando você dorme aqui, vc não se importa com as horas. - Skyler deu aquele olhar de " Você está mentindo muito".

– É que... É que... - Gaguejou. Droga, ele não deveria ter gaguejado. - É que vou ajudar o meu pai a cortar a grama.

– Sei. - Falou sem acreditar em nenhuma palavra de Matthew. Sabia muito bem que ele não tinha dormido lá. A falta do colar em seu pescoço confirmava. - Então, vai. - Apontou para a porta. Não olhou quando Matthew saiu do quarto. Mexeu no celular para disfarçar, mas no fundo, queria olhar para o amigo sem camisa... E nem sabia o porquê.

Revirou os olhos com os próprios pensamentos. Tanto fazia Matthew sem ou com camisa. Jogou-se na cama.

– Tanto faz. - Resmungou. O pai entrou segundos depois com um olhar engraçado.

– Matthew dormiu aqui? Eu não lembro de ter o visto ontem. - Pensou. - Espera, ele saiu de pijama daqui? Não estou entendendo nada.

– Nem eu. - Skyler falou sincero. - Cadê a Abbey?

– Vomitando, provavelmente. Bem, isso é o que dá comer quase um bolo todo de chocolate ontem a noite. - Sentou ao lado do filho, inclinando-se para ver o que Skyler fazia no celular. - Não é muito cedo para já mexer nessas coisas?

– Nunca é cedo para ser antisocial. Eh. - Fingiu comemoração. - O que está fazendo mexendo comigo tão cedo?

–Hum, ah sim, me distrai com Matthew. Bem, vim perguntar se quer ir ao shopping comprar mais coisas para o bebê? Comigo e a Abbey.

– Abbey e eu. - Corrigiu.

– E eu também. - Ben falou sem entender o que Skyler quis dizer.

Skyler revirou os olhos e pensou na possibilidade de sair de casa naquele domingo e caminhar muito, mais muito mesmo.

– Noventa por cento de chance de eu não querer ir. - Comentou.

– E os dez por cento de chance de você ir. O que tenho que fazer?

– Hum... - Colocou a mão no queixo fingindo pensar algo. - Não sei, acho que nada.

– Que pena... - Ben levantou. - Porque estava pensando em comprar aquele livro que você tanto queria... - Comentou saindo do quarto lentamente.

– Que? - Skyler largou o celular. - Papai... - Levantou da cama e seguiu o pai até a cozinha. Um livro é um livro.





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