— Alice! Quer ajuda? —

O pequeno botão parecia não acompanhar o ritmo alienante das outras flores.

— Jamais vai sair deste jardim se ouvir estas senhoras, sempre preocupadas em admoestar aquelas que julgam mais fracas! —

Não irei comentar o fato de não ser uma rosa ou algo assim, então apenas concordei com a cabeça e aproximei-me para ouvir melhor o que tinha a dizer.

— Siga os corvos, eles sabem o caminho! Talvez consiga chegar ao seu destino antes da hora do chá. —

Por um momento pergunto-me o que um pequeno botão de rosa sabia sobre “hora do chá”, mas imaginei que não saberia a resposta, pois logo em seguida o pequeno botão passou a entoar a mesma canção que as demais. Mesmo com minha sequência de perguntas, mais uma vez sou direcionada para algum lugar esquisito.

Corri até estar a uma distância considerável do jardim, não podia correr o risco de ser convidada a participar daquilo, já que da última vez que não as agradei, acabei pior do que já estava. Já não podia ouvir a cantoria e minhas roupas já não pesavam pela lama, então, olhei para o céu a procura dos tais corvos que pareciam sobrevoar em uma certa direção.