Capítulo 7 – O Dragão das Sombras

O rio caudaloso chegava a seu fim, e logo começaria o “rio de fogo” ou “cemitério de navios” como era chamado, devido às grandes rochas e fortes correntezas que afundavam os barcos.

Foram longos dias no barco, e foi grande a felicidade em pisar na terra firme novamente, a Torre Norte já não era mais vista, perdida em meio da nevasca que começava a cair, e somente as corredeiras eram vistas, exalando sua beleza.

— Ainda vai continuar com seu plano de matar o Dragão de Gelo, Eleinor? — perguntou Bergonie.

— Sim, já estou aqui, e nada vai me impedir – respondeu Eleinor.

Aerus olhava para a montanha coberta de gelo e neve, como se estivesse lembrando-se de algo, enquanto Bergonie se sentia mais fraco com toda aquela neve caindo, isso continuava, até avistarem um anão correndo desesperado, parecendo que procurava ajuda.

— Por favor, jovens cavaleiros! Minha cidade subterrânea está sendo atacada por um dragão!

Ao ouvir o anão dizer a palavra “Dragão”, já começou a despertar um interesse enorme em Eleinor, o que fez com que eles fossem tentar matar aquele dragão de gelo também chamado de Bonechill, para finalmente acabar com todo terror.

— A cidade é nas montanhas, como chegaremos até lá a tempo? — perguntou Eleinor.

E então o anão respondeu:

— Logo ali, perto das árvores há um poço mágico, pelo qual podemos passar para chegar a tempo.

Eleinor não queria mais perder tempo e todos correram para o poço, passando por uma passagem secreta, menos Diana, que preferiu ir voando  até a mina dos anões; Ao chegar ao local, havia destroços, e no meio da fumaça, surgia uma sombra negra, um dragão alto e ameaçador que causava desespero nos anões, menos em um deles, que lutava com unhas e dentes.

Bergonie, Eleinor e Aerus, preparavam-se para a batalha, cada um com sua arma, mas a surpresa de todos foi que a criatura possuía  grandes asas, as quais ele usou para voar direto para os três guerreiros, mas mesmo assim, Eleinor conseguiu ferir a fera, mas da ruína, ergueu-se o dragão negro, que logo feriu gravemente Eleinor, o que deixou Bergonie irado, lançando com sua espada um grande poder, uma magia antiga, que ferira o dragão letalmente lançando-o no Abismo, e nunca mais voltara; Quando Diana chegou, viu Eleinor ferido, e começou a curá-lo, meio chorosa, dizendo em voz doce:

— Eleinor, não deixarei que pereças, cuidarei de você — dando um beijo em seu rosto.