A Coroa - Interativa escrita por Bia Valdez


Capítulo 14
Capítulo XIII


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee genteeeeee!
Sei que demorei pacas dessa vez e sinto muito. Logo depois do último cap eu viajei no fim de semana e desde lá minha vida anda meio corrida e sem tempo já que durante as férias "ficar em casa escrevendo" é visto por outras pessoas como "perda de empo" ¬¬
Resumindo: Irei fazer o máximo para isso não se repetir.
Eu tive alguns problemas para escrever este capítulo (outra razão para a demora), já que não conseguia achar um modo de finalizar satisfatoriamente. A parte do encontro em si saiu meio pequena, mas não se preocupem, no futuro as que tiverem pouco terão situações para completar.
Bem, acho que por aqui é só. Leiam as notas finais e...
Espero que gostem!



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Donnatella nunca foi uma garota especialmente violenta, mas quando Frederick deixou um de seus pincéis cair na cesta, ela realmente pensou em arrancar a cabeça do garoto como a rolha de uma garrafa de champagne.

— AI MEU DEUS! – a criada gritou, arremessando o pincel longe e tentando, em vão, separar as roupas manchadas das limpas – SEU DESGRAÇADO! OLHA O QUE VOCÊ FEZ!

Frederick a encarou, estático. Como faz-tudo do palácio, tinha sido cabido a ele repintar uma parede de um dos corredores mais afastados. Ele não esperava que alguém o visse, muito menos que esbarrassem nele.

Mas é claro, quando se fala de Donnatella Hamming, fica meio difícil dizer o que não pode acontecer.

— Eu fiz!? – o garoto se abaixou e foi tentar apanhar uma das blusas manchadas, mas se afastou quando notou suas próprias mãos sujas de tinta – Você é quem devia olhar por onde anda. E o que está fazendo aqui a final? Pensei que fosse seu turno na lavanderia!

O dimon-gralha-do-campo de Donnatella piou, irritado, e ela fechou a cara. Com um movimento bruto, a criada agarrou a cesta e usou uma das mãos para cutucar o peito do outro.

— Nem me venha com essa de ser “o meu turno”. – a loira rosnou, colocando mais força do que deveria no cutucão e fazendo com que Frederick desse um passo para trás – Você acha que eu estou com essa cesta por quê? Acha que eu gosto de sair carregando roupa por aí? A próxima vez que você me irritar, Fadaye, vai ver o que acontece. – a criada o encarou por alguns segundos, percebendo que o olhar do garoto descera para os curativos em sua mão – E nem me pergunte sobre isso. Não é da sua conta.

— Me desculpe por querer me mostrar preocupado com sua saúde, Alteza. – Frederick ironizou, fazendo uma reverência exagerada – É assim que devo chama-la quando esse plano todo de casar com o príncipe funcionar?

Foi a gota d’água. Com um impulso, Donna se lançou sobre o faz-tudo, empresando-o contra a parede recém-pintada e colocando a antebraço sobre sua traqueia. Frederick manteve a expressão séria, sem se mover, e seu dimon, uma pastor-alemão, rosnou de leve.

— Está com ciúme, Fadaye? – a criada cuspiu, abrindo um sorriso de escárnio – Enquanto eu vou me tornar princesa você vai passar o resto da vida limpando privadas. Ah, é mesmo. Você vai poder pedir ajuda para seu irmãozinho qualquer coisa.

— Meio-irmão. – o garoto corrigiu, sem alterar o tom de voz.

— Não importa. Deve ser frustrante. – Donna colocou mais força no antebraço, quase impedindo o outro de respirar – Ter um irmão Dois a quem todos adoram e ficar aqui de faz-tudo. Imagina só, as pessoas nem devem saber quem você é. Você será sempre o pobrezinho do irmão do grande Anthony Fadaye.

— Cale a boca. – Frederick respirou fundo, tentando se manter calmo.

— Então pare de se meter na minha vida. Não sou mais sua já faz tempo.

— Posso dizer o mesmo.

Donna trincou os dentes, mas se afastou, o dimon-gralha saindo de seu ombro para voejar ao redor dos dois. Frederick somente arrumou o uniforme mal cuidado e tentou ignorar a mancha de tinta que agora ocupava toda as costas.

— Tenha um bom dia. – ele disse quando a garota se virou para ir embora. A criada somente parou por uns instantes e depois seguiu seu caminho, deixando para trás o monte de roupas manchadas.

Pelo jeito o garoto teria mais trabalho do que o normal para aquele dia.

***

CLICK

Katniss só desfez seu sorriso quando o último fotógrafo se afastou, torcendo para que ninguém tenha notado seu desconforto quanto as bochechas doloridas. Pelo menos valeria à pena, mal podia esperar para ver a expressão das outras quando vissem as fotos.

Seria impagável.

— Espero que eu tenha saído bem. – Katniss riu de leve, tentando parecer o mais angelical possível enquanto retirava a flor que colocara atrás de sua orelha – Não costumo ser muito fotogênica.

A selecionada de Allens sentiu novamente seu salto afundar entre as pedras da trilha onde andavam, amaldiçoando o idiota que havia dado a ideia para o passeio. Quando se tornasse rainha, faria questão de colocar um calçamento melhor para aquele lugar.

O jardim era encantador, mas a garota definitivamente não era uma das maiores fãs da Mãe Natureza. Preferia o conforto de casa ou a música alta e as celebridades arrasadoras das melhores festas de Allens. Talvez uma première de um filme que uma de suas várias “amigas” tivessem feito. Qualquer coisa seria melhor do que um monte de terra e plantas pouco oportunas.

— Engraçado, eu não acredito nisso. – Elliot ergueu uma sobrancelha para a selecionada, e a loira demorou alguns segundos para descobrir a que ele se referia – Você me pareceu bem fotogênica na ficha.

— Foi um bom dia. – Katniss riu, aceitando o braço do príncipe.

— Espero que tenha outros bons dias durante sua estadia aqui, senhorita Katniss.

— E eu espero que você pare de me chamar de “senhorita”. – a selecionada o encarou com um sorriso torto brotando nos lábios. Depois de alguns segundos, retomou a conversa – De qualquer forma, bons dias são um tanto raros em minha vida, infelizmente. Acredito que entenda o que eu quero dizer.

— Parcialmente. – o príncipe respondeu e a selecionada notou que ele acabou por desviar os olhos.

Bingo.

— Em meio a um mar de preocupações é difícil encontrar um bote salva-vidas de vez em quando. – Katniss deu de ombros e seu dimon sibilou de leve, enrolado em seu pulso – Mas é realmente encantador quando o encontramos.

— É um jeito interessante de ver as coisas. – Elliot franziu o cenho – Seria estranho se eu perguntasse qual seria esse seu “bota salva-vidas”?

— Mas é claro que não. – Katniss parou para pensar, tentando encontrar algo que parecesse verossímil em relação a sua ficha – Meu pai tinha me visitado no dia da entrega da inscrição. Ele não costuma ser muito presente então acho que acabou por melhorar um humor na hora da foto.

Os dois andaram por mais alguns metros antes que a loira voltasse a falar, decidida a não deixar o assunto morrer.

— E você?

— Eu? – Elliot a encarou um tanto confuso enquanto Katniss se desvencilhava de seu braço e se colocava a sua frente.

— É. – a garota riu da expressão do príncipe – Você. O que faz de seus dias bons realmente bons?

***

Quando Elliot entrou no próprio quarto, pensou seriamente se não seria uma boa ideia descansar antes do jantar. Três encontros seguidos não eram para qualquer um, principalmente quando eles envolviam momentos totalmente embaraçosos de silencio mortal ou garotas que pareciam querer roubar cada gota de sua energia.

Era desgastante.

Extremamente desgastante.

— Bom tarde, irmãozinho, como foi o passeio?

E lá se foi seu tempo de descanso.

— O que está fazendo aqui, Stella? – Elliot bufou, encarando a irmã. A princesa somente deu de ombros.

— Estava curiosa sobre esse seu último encontro. – a monarca estreitou os olhos – Acho que já vi aquela garota num comercial de lingerie ou algo assim.

— Pensei que não iria se intrometer.

— Não estou me intrometendo. – Stella riu enquanto folheava alguns papéis que tinha consigo – Só andei pesquisando um pouco além das fichas. Para ter o que falar no Jornal, sabe? Seria bem irritante se o Tony perguntasse qual a minha opinião sobre alguma delas.

— E o que um comercial de lingerie tem haver com isso? – o príncipe revirou os olhos verdes enquanto observava Yang passar sobrevoando sobre sua cabeça. Kira, aos seus pés, continuou seguindo a borboleta com o olhar.

— Sei lá. Estava no meio de algumas informações que eu encontrei. – a princesa deu de ombros – Junto com a lista de celebridades com quem ela anda e por aí. O conselheiro Galamore deixou escapar que era a favorita dele então tentei descobrir a razão.

— Que maravilha. E eu achava que já era ruim que minha irmã estivesse se metendo em minha vida.

— Todo mundo se mete na sua vida, El. – Stella tentou parecer confiante – Você só precisa aprender a distinguir o que se deve ouvir e o que não se deve ouvir. O conselheiro Galamore com certeza está na lista do “não”.

— E você estaria aonde?

— No “sim”, é claro. Sou sua irmã, dã.

O príncipe não pode deixar de rir daquela afirmação. Com uma das mãos, apanhou um dos papéis. Neste estava escrito com letras garrafais o nome de uma selecionada que ele já colocara na lista da próxima eliminação.

— Quanto tempo demorou achar isso tudo?

— Umas três horas. Pesquei algumas informações em revistas e li alguns artigos sobre cada uma delas, depois foi só digitar e imprimir.

— Você realmente gastou três horas pra isso?

— Que é? Você fala como se eu tivesse muita coisa para fazer nas horas vagas.

Elliot tentou não parecer tão irritado quanto realmente estava. Só naquela semana pelo menos três artigos sobre as selecionadas já haviam saído, todos dando as opiniões da imprensa sobre cada uma. Já era ruim quando um bando de jornalistas o seguiam para todo o lado, mas aquilo já o estava tirando do sério.

— Tem mais alguma coisa que queria me falar, minha querida irmãzinha? – o príncipe cruzou os braços sobre o peito e observou enquanto a irmã se sentava em sua cama com os papéis espalhados no colo.

— Obviamente. – a garota respondeu, em tom de sarcasmo – Gostaria de avisar que a Evangeline Freak gosta de filmes de ação. Pensei que gostaria de saber disso.

— Estou agradecido. – o príncipe indicou a porta – Agora, se me dá licença...

— É mal educado expulsar as pessoas.

— É mal educado invadir o quarto das pessoas.

— Quanto cavalheirismo da sua parte. – Stella se levantou, deixando os papéis para trás e abrindo um sorriso cômico – Talvez devesse guardar isso para as selecionadas. Elas adorariam ver um pouco do seu mal-humor vespertino.

— Olha só, você andou estudando.

— Você é irritante.

— É de família.

Stella somente revirou os olhos para o irmão enquanto Yang pousava em seu cabelo. Elliot não tinha ideia do que se passava pela cabeça da loira, porém, antes mesmo que pudesse perguntar, a princesa já se retirara.

— Ela pode ser bem infantil quando quer. – o príncipe comentou, fazendo com que Kira lançasse uma risada felina e o encarasse com um brilho de diversão nos olhos:

— É de família.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, esse cap deu mais trabalho do que eu imaginava para sair. Como devem ter visto, aqui foi apresentado um novo personagem. Ele pode ser importante no futuro então... Fiquem de olho ;)
Bem, agora a razão para a leitura das notas finais... Novo desafiooo!
Vai ser assim: Como notaram, o próximo cap será o primeiro Jornal Oficial da Seleção (este cap se passa numa quinta e o JO é toda sexta), então as selecionadas terão de brilhar um pouco, certo?
O desafio de vocês é bolar uma pergunta para uma selecionada que NÃO SEJA A SUA. Vocês me enviarão as perguntas e eu escolherei as melhores para aparecer no capítulo. As perguntas devem estar na seguinte fórmula:
Nome de minha selecionada:
Pergunta:
Nome da selecionada que deve responder a pergunta:
E uma última coisa, quem for corajosa e quiser enviar uma pergunta para o príncipe junto com a pergunta para a selecionada, pode. Se a pergunta for realmente boa eu colocarei no capítulo.
Lembrando que o Anthony que fará as perguntas, ou seja, tem de ser perguntas que se encaixem num programa de rede nacional U.U
Bem... Por hoje é só!
Beijoooooooos!
Bia Valdez
PS: Estou indo responder os comentários neste exato segundo U.U