Gina, seus pais e os seis irmãos, se encontravam no luxuoso escritório de advocacia que havia cuidado dos bens da falecida Tia Muriel. A mulher tivera uma vida regada dos maiores luxos, viagens e festas. Havia dado sorte de casar-se com um empresário que a aguentou por todo o seu tempo de vida, e quando partiu ainda deixou para a mulher uma imponente conta bancária.

Muriel, já sabendo de sua saúde fraca e muita idade, deixou pronto um testamento para a hora que sua partida chegasse. Nele ela dividia seus bens entre as mulheres da família, Molly, a mãe de Gina, Victória, neta de Molly e a própria Gina. O único homem incluído no texto foi Rony, que segundo ela sempre fora seu sobrinho preferido e mais desafortunado. Para nenhum dos beneficiados houve pré-requisitos para ter acesso ao dinheiro exceto para a ruiva mais nova. Que se encontrava de boca aberta com o que tinha acabado de ouvir de Doutor Alberti, o advogado de sua falecida tia Muriel.

- Peraí! Ela só recebe a herança da titia quando estiver noiva? – Rony, irmão da menina, foi o primeiro a se manifestar.

- Sim senhor. Foi o que acabei de dizer. – o advogado respondeu de forma rude

- Que tipo de pessoa em pleno século XXI, coloca esse tipo de coisa em um testamento? - Gina praticamente gritou.

- Quem sabe o seu comportamento preocupou sua tia? – o advogado disse de forma presunçosa. Com certeza a tia havia dito horrores da personalidade da menina para ele. A mulher costumava dizer que Gina estava na idade de casar, mas que do jeito que se comportava nunca iria arrumar um homem que a quisesse.

- Vamos todos nos acalmar. – Molly disse – Gina meu amor logo você receberá sua parte. – a mulher disse mesmo sabendo que a data demoraria anos para chegar, ou mesmo nunca.

- Mas ela nem namorado tem! – Jorge, um de seus irmãos, disse rindo. – A velha estava certa. Essa menina não vai casar tão cedo!

- Não fale assim de sua irmã! – O pai da menina interviu, mesmo concordando com o filho.

- Vocês querem parar com isso! – ela gritou – É claro que eu tenho um boy na faculdade. Não é um namorado, mas pode vir a ser... – a menina estava mentindo de forma descarada. Tivera apenas uma ficada rápida com Dino Thomas no primeiro período da faculdade e nunca mais tinha saído com ninguém.

- Eu nunca te vi com ninguém lá no campos... – Rony disse a menina. Os dois estudavam na mesma faculdade, mas em cursos diferentes.

- Mas é claro que eu não vou ficar-me garrando com o cara na sua frente Roniquinho. – ela disse como se fosse óbvio – E eu sempre te vejo babar pela Granger. – ela disse em tom de deboche.

- Muito bem, senhorita Weasley, quando seu boy virar um namorado, volte aqui e cuidaremos de lhe dar a sua parte. Enquanto isso não acontece, eu mesmo cuido de tudo. – o advogado disse em um claro, porém educado encerrar de assunto.

- O senhor tem toda razão. – Molly disse – Vamos resolver o assunto e voltamos a entrar em contato. – ela estendeu a mão ao homem, que apertou de forma educada – Vamos todos para fora. Em fila!

- Mamãe... Não somos mais crianças! – Gui disse rindo, enquanto carregava sua filha Victória no colo.

- É mamãe. Nós fazemos crianças! – Fred disse rindo – Menos a Gina, ela não está autorizada a isso.

- Nem o Rony, mas só por que ninguém quer esse desprazer com ele. – Jorge completou

- Em fila! – Arthur, pai de Gina gritou. E todos trataram de obedecer.