Poemas ou Travessuras? escrita por Bianca Fiats


Capítulo 19
Capítulo 19 - Com Weasley não se brinca




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Scorpius estava para mais avoado do que o normal. Ele estava olhando para a janela a horas, sem se dar conta de que até agora não havia movido um músculo além do bater dos olhos.

"O que aconteceu?" Não resisti a pergunta. Era difícil vê-lo desse jeito.

"Eu sou um homem morto"

Comecei a rir.

"Mais um pouco e eu diria que você é uma estátua. Mas parece bem vivo para mim."

"Por que depois de tanto tempo vice finalmente revelou seus sentimentos pra Rose?"

O modo repentino pela qual ele falou comigo, me assustou. O que tinha acontecido com ele? Sentei-me ao seu lado e tentei saber o que ele tanto olhava. Era um pouco difícil, pois estávamos nas masmorras. Nossas janelas eram como aquários e tudo que eu via era a lula gigante nadando pelo lago.

"Eu soube depois do beijo. Uma coisa era conviver com ela. Outra era tê-la beijado e saber que qualquer outro poderia ter aqueles lábios. E isso me fez querer matar o imbecil."

...

Será que...?

"Como foi beijá-la?" Arrisquei alto, mas a possibilidade de ter acontecido era alta.

"Muito bom. Se eu não tivesse me controlado, eu teria mais do que aprendido a beijar naquela tarde".

Pobre Scorpius, agora ele ia comer o pão que o diabo amassou. Por que para que tentar algo com uma garota fácil se podemos ter as mais difíceis e que iriam complicar tudo? Nós éramos dois idiotas sentimentais.

"Vou lá...Não quero deixar seus pais esperando" falei para ver se isso chamava sua atenção. Hoje era o recesso e alguns pais vinham buscar os filhos para viajar.

Scorpius era um desses e geralmente ele ficaria desesperado ou pedindo para que eu o salvasse. Agora ele apenas levantou e caminhou obedientemente para a sala comunal. Quando estávamos chegando no salão o levei até seus pais que conversavam com o professor Slughorn. Astoria olhou para o filho e colocou a mão sobre sua testa. Scorpius deu de ombro e se colocou ao lado do pai. A Sra Malfoy estava preocupada com ele, por isso cheguei perto dela e confidenciei.

"O Pipinho está apaixonado."

"Não." A mãe dele levou a mão a boca. "E quem é minha adorável futura nora?"

Ri e balancei a cabeça.

"Acho...que no andar da carruagem, vai demorar. Mas ali está Libusee"

E ao som do nome dela, Scorpius procurou-a com o olhar. Astoria sorriu e pareceu aprovar a escolha de Malfoy. Eu não pude deixar de concordar.

"Bom hora de ir. Até depois Scorpius... Lib. Fadinha vem cá me dar um abraço de despedida" falei de propósito e percebi que Scorpius adiantou-se para vir comigo.

Quando estávamos um pouco afastadas ouvi a risada de Astoria.

Abracei Libusee e a arrastei para conhecer meus pais. Obvio que Scorpius nos acompanhou querendo me esfolar vivo. Ao menos era uma reação melhor de quando ele estava partindo. Meus pais pareciam analisar se eu ainda estava vivo. E quando comprovaram que não era um fantasma sorriram. Minha mãe como sempre reagiu mais como uma menina que como minha mãe. Ela aproximou-se de Scorpius e beijou suas bochechas, em seguida fez o mesmo com Lib.

"Então você é minha filha perdida?"

Libusee corou, o que tirou uma risada de Ginny.

"Aparentemente sim. Onde estão seus pais? Vamos lá pedir permissão para eles, e nesse Natal você e Scorpius nos farão companhia. Vai ser muito divertido e temo que teremos mais uma pessoa para manter um papo cabeça" Ela ergueu as sobrancelhas e arrancou uma risada espontânea de Libusee.

"Dessa vez vamos convidar seus pais também Scorpius. Oh! Chamemos os seus pais também querida. Isso, está decidido." E mamãe puxou Libusee para longe de nós.

Scorpius suspirou. "É oficial, já sei a quem você realmente puxou"

Dei de ombros e vi uma cabeleira ruiva ao longe. Eu sabia que reconhecer um Weasley de outro era complicado, mas vacilei quando vi várias dessas vindo na minha direção. Scorpius lambeu os lábios e fez um som de estalo com a boca.

“E essa é minha deixa para partir”

“Traidor”

Ele já estava longe quando fui cercado por TODOS os irmãos Weasley. Charles tinha acompanhado, mas tinha um sorriso bobo no rosto que dizia ‘Me obrigaram’. Mas se eles achavam que iriam me intimidar vindo para cima de uma só vez, eles estavam… conseguindo. Mas mantive-me firme. Não andei por anos com Scorpius à toa. Aprendi a manter a feição morta, e senti-me como uma borboleta espetada num prato a ser analisado. O pior era o olhar de Ronald. Ele parecia prestes a arrancar meu fígado fora.

“Sr. Potter. Há quanto tempo.” Ronald sorriu maldosamente. “Como vai o olho?”

“Sarrou como de um trouxa senhor. Fiquei semanas com ele roxo, depois mudou para verde, por fim um tom de amarelado… Lembro-me que podia dizer que estava torcendo para o Brasil na copa quadribol”.

“Você é corajoso Potter” disse George enquanto esfregava as mãos em punho.

“O que está acontecendo aqui?” Hermione apareceu colocando as mãos na cintura. Se havia alguém pior que vó Molly era a tia Mione zangada. Todos os irmãos Weasley se afastaram ligeiramente. Apenas Ronald permaneceu no lugar.

“Se eu me lembro nós vamos passar um tempo no campo. E vamos devolver AMBOS inteiros para a escola” tia Mione lançou um olhar maléfico para todos e, agora até mesmo Ronald se afastou. Ela se virou para mim e bagunçou meus cabelos “Se eu souber de qualquer coisa indecente de vocês nessa viagem eu vou cortar você em pedacinhos. ”

Podia ter se passado anos desde que eu não fazia isso, mas peguei-me olhando para meu pai que agora estava abraçado em minha mãe, provavelmente conversando com os pais de Libusee. Eles estavam entretidos e se amavam, e eu aqui batalhando por algo similar. Virei-me e percebi que Hermione me encarava. Não podia mais pensar nela como tia Mione, afinal um dia (eu não desisto fácil), ela seria minha sogra. Endireitei meu corpo, porque conhecendo-a ela queria uma resposta.

“Eu não vou tocá-la sem a permissão dela. Não sou um malandro, a Senhora me conhece. Jamais a forçaria a algo e, vou me comportar. E se não o fizer, sinta-se livre para me punir”

Eu sempre sou adepto de brincadeiras, mas existem momentos na vida em que eu devo ser sério. E esses era um desses momentos, porque estava falando do meu futuro. E não importa o que as pessoas possam pensar de mim. Eu sempre cumpria com minhas promessas, ainda mais uma para com a pessoa amada.

"Resposta correta Albus. Resposta correta." Hermione deu um sorriso singelo, bateu contra minha bochecha e foi atrás de Rose que agora conversava com uma animada Libusee. Há um tempo atrás eu teria me preocupado.

Ronald chegou do meu lado e olhou para Rose também.

"Ela é minha princesinha."

"Irei cuidar dela. Ela é minha rainha." Bufei "Eu não teria ido pedir sua permissão aquele dia se não fosse assim."

"Foi estúpido." Ronald sorriu "Mas corajoso. Rose tem jeito de que será como sua mãe, se não pior... Tenha certeza de não cometer os meus erros, ou vai sofrer muito e trilhar um árduo caminho"

Ele estava me dando conselhos? Sobre como ficar com a princesinha dele? Será que era uma cilada?

Vi como ele prestava atenção em Rose, e também como os Weasley pareciam despreocupados por fora. Mas todos os que estavam ali hoje, tinham uma posição de proteção. Como se fosse o lugar em que deveriam ficar. Eles eram uma sólida muralha, e se quisesse fazer parte da família, eu deveria achar o meu lugar. Eu sabia onde gostaria de ficar. E esse lugar era ao lado de Rose.

♣♣♣

Ter uma família pequena era legal, ter uma família grande também era legal. Mas juntar ambas, trazer alguns amigos íntimos e seu professor de poções surgir de última hora para uma visita amigável, não é legal. Por que todos eles me mantinham de alguma forma afastados de Rose, que era arrastada pelas mulheres da família e quando pouco nos encontrávamos, ela reclamava da saudade que sentia de Scorpius e Libusee. Poxa eu estava ali, então ela não precisava de mais ninguém".

Se não bastasse a dificuldade de ficar somente com minha Rose, os nossos parentes decidiram ‘ajudar’ na minha campanha de ‘Quero ficar com Rose’. O que só tornou tudo muito mais complicado que antes. Minha mãe decidiu me constrangendo desenterrando um álbum de fotografias (MESMO que nós crescemos juntos). Tia Fleur falou sobre como garotos podem ser perigosos os quais Rose deveriam se afastar, porém, pelo que deu a entender da conversa dela, é tudo o que eu sou, então… Sem contar quando tio George disse que eu deveria fazer uma serenata para ela (sou um péssimo cantor) o que resultou em um vaso sendo arremessado e um ‘vai dormir Potter’. Em seguida minha vó Molly disse para trocar cartas. Até que seria legal, se não fosse pelo fato de que TODOS da família decidiram ajudar e escrever cartas e assinar meu nome. O que resultou que ela me entregava as cartas deles dando risada.

Chega. Era minha vez de agir. Meus planos pelo menos funcionavam...Ou ao menos era o que eu achava.

♣♣♣

Nos últimos dias das férias, nós iriamos visitar os pais trouxas por parte de Hermione. Meio que virou tradição, mas acho que nossos parentes ficam com os cabelos em pé. Quando chegamos lá, descobri que eles também sabiam (de alguma forma) sobre minha pretensão para com sua neta. O que fiquei mais feliz foi que o Sr. Granger me chamou num canto e foi conversar sobre estar com sua neta. Inicialmente ele pareceu irritado, mas com o passar do tempo na nossa conversa ele deve ter percebido meus sentimentos e pretensões (e ouso dizer que melhor que qualquer outro Weasley) e decidiu ajudar também. Acontece que a ideia dele veio como uma luva. Afinal foi ele que a viciou nisso. Decidido parti para o centro da cidade comprar meu presente para Rose.

Quando estava voltando para a casa da família Granger, Rose me esperava no portão da frente.

“Onde você se meteu? Vovô Granger disse que você não ia voltar. Seus pais disseram que você voltaria. Está uma confusão na casa. O que você tinha na cabeça?”

Senti meu sorriso crescer no rosto. Ela estava preocupada?

“E você foi me buscar?”

“Seria uma estupidez andar a esmo na cidade, então decidi te esperar aqui. Com seu histórico de sumiço, espero de tudo…”

“Eu só saí um fim de semana Rose”

“E voltou com um olho roxo. E agora? O que aconteceu? Custava avisar?”

Cocei a nuca e depois dei de ombros.

“Eu avisei. Se não chegou em ninguém o aviso, que posso fazer?”

Ela ia gritar comigo de novo. Ela estava se preparando para me dar a bronca do ano, quando seus olhos foram até meu ombro. Rose tinha visão apenas de uma caixa que ia de um lado do ombro para o outro.

“Você ia mesmo partir? Esqueceu de algo?”

Agora parecia desconfiada e consegui ouvir um pouco de tristeza em sua voz (ou talvez fosse só minha imaginação me pregando peças.

“Eu fui atrás de algo que era essencial e que me lembrei que faz tempo que não tenho”

“E seria…?”

“Está cheia de perguntas Srta. Weasley”

“Estou no direito, já que sumiu sem avisar de novo”

Não aguentei e comecei a rir. Ela tentou me bater e eu recuei.

“Está bem apressadinha. Já que prefere aqui…” E antes que ela pudesse falar qualquer coisa, gentilmente a empurrei para as escadas da porta principal e comecei a tirar o embrulho que eu tinha colocado nas costas com ajuda da sacola de alça lateral.

“E não venha reclamar que queria ver lá dentro, porque agora você vai descobrir isso sozinha”

Rose ia reclamar novamente e eu coloquei meu dedo indicador diante de seus lábios. Um arrepio percorreu meu corpo, pensando que no lugar de meu dedo poderia ser meus lábios. Rose manteve silencio, mas percebi que seus olhos ficaram um pouco mais abertos que o normal.

“Abra e veja o que eu ‘aprontei’ fugindo.”

Coloquei o embrulho sobre seu colo. Eu queria ter usado magia para deixá-lo menor e ela descobrir aos poucos o que poderia ser. Mas não podíamos fazer magia fora de Hogwarts e muito menos na frente de trouxas. Seria algo que não iria arriscar. Rose não abriu o embrulho inicialmente, mas depois de um tempo ela começou a tirar da sacola com muito cuidado. Ao tirar da sacola, viu uma caixa de madeira sem nenhum entalhe. Com um fecho dourado na lateral. Rose lançou um olhar para mim, mas não esbocei nada. A caixa era fina demais para caber objetos de fuga. Com cuidado ela abriu o fecho. Não chegou a abrir completamente, mas seu rosto mudou consideravelmente. A mão que segurava a tampa da caixa estremeceu um pouco. Rose colocou a caixa com cuidado ao seu lado, e em seguida abriu a tampa devagar. Percebi que uma lágrima escorria pelo seu rosto e quando ia me adiantar para limpar, ela passou as costas da mão contra a bochecha.

“Para que você está carregando uma citara? Você não toca.”

Quando não respondi de imediato, ela virou todo o corpo para mim. A citara já em suas mãos, e eu pude entrever a pulseira dela. Aproximei-me dela a ponto de ficar com o rosto a alguns centímetros do seu e toquei sua pulseira.

“Mas você sim. Poderá diminuí-lo e colocar junto a sua harpa. Assim você sempre carregará algo que eu te dei.”

Rose afastou-se ligeiramente e virou o rosto. Mas não respondeu nada. Deixá-la sem palavras era difícil, por isso encarei como uma vitória.

“Então, não vai tocar?”

Ela sorriu para mim, ajeitou o instrumento nos braços e dedilhou.

♣♣♣

Estávamos voltando para Hogwarts, mas devido a distância, paramos em uma estalagem. Nossos pais pediram quartos separados para todo mundo. Mas eu já havia procurado onde era o de Rose (no caso de… Né?). Iriamos passar a noite e partiríamos de manhã. Senti que nossas férias foram uma confusão só e não pude aproveitar nada para tentar provar a Rose que nós faríamos um belo casal. Ou melhor, conquistar seu coração. Eu queria que ela sempre se lembrasse dessas ferias como um ponto marcante da nossa vida juntos, então eu teria que bolar algo que marcasse nosso último dia juntos sozinhos antes de Hogwarts.

Sai para uma rápida ‘excursão’ na vila e organizei meu grand finale. Quando voltei para o pub que tinha na estalagem e Rose me olhou desconfiada. Ela já associou minha sumidas a grandes planos. E ver a citara miniatura agora junto com a harpa miniatura (dada pelo Vô Granger) sempre causava uma quentura no coração. Despedi-me de todos, dizendo que estava cansada e ia aproveitar para descansar. Agora todos me olhavam desconfiados, afinal nem anoitecido tinha. Mas eu precisava tirar uma soneca se quisesse que isso desse certo. Ou ao menos tentar… O que foi que eu fiz enquanto rolava de um lado para o outro na cama. Geralmente teriam alugado apenas 3 quartos. Um para meus pais, um para os Weasley e um com camas de solteiros para nós. Porém com todo o alvoroço que eles fizeram pediram quartos separados de solteiro. Melhor ainda, porque assim meu plano iria funcionar.

Quando anoiteceu e os clientes começaram a se recolher eu ouvi meu nome sendo gritado. Passos no corredor e eu segurei o riso. Havia fechado a porta por dentro então quando a maçaneta tentou girar, afundei meu rosto no travesseiro para não rir muito alto e ela perceber que eu estava acordado.

“Eu vou te matar Albus Severus Potter...Eu juro, nem que seja a última coisa que eu faça. Já pensou se eu fosse alérgica? Seu...maluco”

E o final de sua frase não foi tão zangada, então eu alcancei um ponto a mais. Eu deveria tentar adormecer agora, mas tudo que me vinha na mente era como foi que ela viu meu presente. E quando não imaginava olhava para o relógio na parede. Quando deu o meu horário, peguei minha vassoura e sai voando pela janela. Procurei a dela, e foi mais fácil do que eu pensei. Ela havia aberto a janela e o cheiro das flores saia noite afora. Quando cheguei no peitoral admirei meu trabalho. O quarto dela estava cheio de vasos com flores (a maioria rosas) e não havia um lugar sem flores. O chão era o mais cheio, provável por ela ter jogado as que estavam na cama para baixo. Meus pais iriam ter que se explicar com o dono do lugar e com certeza eu teria que limpar (ao modo trouxa) minha bagunça antes de partir, mas foi por uma boa causa.

Rose dormia como um lindo anjo e quase perdi meu rumo apenas olhando-a descansar. Entrei no quarto e fui até sua cama. Encostei nela e tentei despertá-la sem assustar. Porém Rose acordou e ia gritar se não fosse pela minha agilidade de colocar a mão sobre sua boca.

“Calma, sou eu”

E apenas quando eu percebi que ela não ia gritar mais eu tirei minha mão.

“O que você acha que está fazendo aqui?” Rose parecia furiosa, e eu segurei a risada.

“Desculpe, mas queria saber se você gostou do meu presente” e então abri os braços e apontei tentando rodear tudo que havia ao nosso redor.

“Você é louco. Diga o que está aprontando agora?” Rose olhou para o seu relógio “Você já viu que horas são?”

“Horas de levantar se quiser receber seu ultimo presente antes de Hogwarts. Mas isso é com você”

Estava torcendo para que ela aceitasse. E se não fizesse eu a levaria de qualquer jeito. A curiosidade de Rose falou mais alto.

“Entregue-me”

“Não, não, mocinha apressada. Esse eu não posso te dar. Vou te levar até ele.”

“Albus”

“Você não se arrependerá. É pertinho”. Apontei para a janela e minha vassoura encostada no umbral.

“Vamos antes que eu me arrependa”.

Eu fui na frente e sai com a vassoura para o lado de fora da janela. Fiquei próximo a janela e ergui a mão para Rose. Ela enrolou-se em um robe e veio até a janela. Apoiou as mãos nos meus ombros e pulou para a vassoura. Empinei e subi voando pelo ar frio da madrugada. Sobrevoei em círculos e parei no telhado da estalagem, que era o mais alto edifício da vila.

“Não acredito que você fez toda essa bagunça por causa do telhado” Rose reclamou ao qual apenas ri.

“Você é tão impaciente...apressadinha”

Puxei Rose para abraçá-la pelas costas. Senti que ela ficou rígida, mas ainda assim a apertei mais forte.

“É por que você está olhando para o lugar diferente. Basta olhar para o lugar certo” Indiquei com um aceno para o lado da montanha. Rose não parecia olhar, então com cuidado coloquei o queixo dela na direção que havia dito “Em alguns segundos…”

Enquanto falava o sol nascia no horizonte, colorindo o céu de rosa e posteriormente de amarelo.

“Albus isso é…”

“O céu celebrando nosso retorno a Hogwarts”

Eu sorri e virei meu rosto para baixo para olhá-la. Na mesma hora em que ela olhou para mim. Nossos rostos estavam próximos a centímetros de distância. Rose parecia na expectativa, e eu não aguentei mais. Era o cenário perfeito, por fim eu poderia beijá-la do jeito certo.

“Obrigada” Quando eu desci, Rose colocou o dedo sobre meus lábios, afastando-me. “Mas ainda não disse sim” Ela sorriu, segurou meu rosto e me trouxe para perto, dando um beijo demorado no meu rosto. “Boa sorte limpando o quarto”

“E se eu disser que quero um aqui?” Falei indicando meus lábios.

Rose virou para me olhar, sorriu e pulou na vassoura.

“Quando eu disser sim”

E voou para seu quarto me deixando no telhado.




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