Doce senhorita escrita por Sra Rockwell


Capítulo 1
Capítulo 1 - Gentileza


Notas iniciais do capítulo

Espero que curtam!



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Já eram 22:10 e Thalia ainda procurava sua jaqueta pelo quarto. O show começava as 22:00 e ela pegaria uma carona na van que levaria alguns campistas no centro de Nova York para uma missão. Em meio a toda aquela bagunça que era o chalé de Zeus, realmente não era de se esperar que ela achasse algo rápido. Apesar de morar sozinha no grande chalé, Thalia era uma bagunceira de primeira e ao que parecia, lidar com horários não era seu forte.

—Vamos logo Thalia! – gritou Daniel.

—Espera só mais um momentinho!- ela visualizou algo que reluziu perdurado atrás do armário. –Achei!

Saiu correndo de seu chalé. Chegou esbaforida até a van.

—Estávamos quase deixando você para trás. – disse Angela.

—Pelo bem de vocês, é melhor que não. – Thalia entrou na van e assim eles partiram.

Desceu na porta do bar onde aconteceria o show. Entrou, arranjou uma mesa e se pôs a observar os outros. Vira alguns campistas, porém estes eram mais velhos, tinham carros e não dependiam da carona como ela. Ela sempre fora muito independente, mas digamos que andar do acampamento até o centro de Nova York não seria algo muito animador. Ainda mais com algum possível monstro pelo caminho.

Foi até o balcão pedir algo. Enquanto esperava, alguém sentava ao seu lado. Nico. Filho de Hades. Ele pediu uma cerveja e sentou. Arrumou o cabelo e olhou para o lado, de canto de olho. Ela percebera, mas continuou quieta. Nunca foram amigos, até pouco se cruzavam no acampamento, pois ele preferia se manter isolado dos outros campistas, principalmente das caçadoras. Não era fadado a conversas, mas tinha uma forte amizade com Percy e Annabeth, pelo que Thalia sabia. Aparentemente a morte da irmã como caçadora ainda o incomodara bastante, algo que justificava sua aversão a elas.

Fazia quase um ano desde que Ártemis a mandara de volta ao acampamento. Estava cansada de caçadoras com pouca experiência em batalha, por isso mandou Thalia para que as treinasse. Ela então as instruía e preparava e logo que achava que estavam prontas, as mandaram de volta para Ártemis. Apesar de sentir falta da ação, Thalia gostava de ajudar as garotas. Algo naquilo era de certa forma recompensador. Ela já tinha 21 anos, então já tinha algo com que se lembrar da caçada. Além do mais, como qualquer adolescente, ela queria algo novo, talvez um experimento da vida adulta com responsabilidade de uma garota normal, da qual ela nunca teria como filha do deus mais poderoso do Olimpo. Era bom mudar o ar de vez em quando, e depois, como se prometera, voltaria a caçada.

—Oi. – disse.- Nico, não é ?

Virou-se para ela e ergueu uma sobrancelha. Olhou-a de cima a baixo.

—É.

—O que faz aqui?

Ele olhou em volta, fingindo confusão.

—Eu não deveria estar aqui?

Ela revirou os olhos exasperada.

—Não isso. Não lembro de te ver aqui– respondeu timidamente.

—Talvez só veja quem realmente queira ver. – ele disse, erguendo as sobrancelhas. – Estou aqui para o show, como você, senhorita.

Ele estendeu a mão para ela.

—Nico Di Angelo, muito prazer. – mesmo desconfiada, ela deu a mão para ele que a virou e a beijou, olhando para ela com grandes olhos negros cor de noite.

—Para quem não tem uma vida social no acampamento, – ela tomou um gole de sua bebida. - até que você fala bastante.

—Não ter uma vida social, como você coloca, não quer dizer que eu não fale. – ela ajeitou o topete de leve. – Inclusive, como deve perceber, eu me expresso muito bem.

—Um perfeito cavalheiro. - ela observou. 

—Com o tempo você acostuma. - disse levemente.

—Acostumar? – foi a vez dela erguer a sobrancelha.

—Assim espero, doce senhorita, ter a oportunidade de falar com você novamente. – Nico sorriu e levantou. – Agora, eu preciso ir. Até a vista. – ele fez um sinal com dois dedos na testa e saiu.

Definitivamente, não era isso que ela esperava que era o filho de Hades. Sorriu consigo mesma e balançou a cabeça. As luzes do palco se acenderam.

—Boa noite a todos, bem vindos ao Gruta Grunge. – o narrador foi aplaudido. – Abriremos esta noite, com uma banda que já tocou toda Nova York e está noite está aqui. Aplausos para a Irvine!

Todos no bar vibraram ao ver o pessoal da banda. Quando o vocalista começou a cantar, Thalia virou sua atenção para ele. Além de falar muito bem, ele cantava também, pensara. O que mais ele tinha escondido para mostrar ?

A música acabou e a cantora que Thalia tinha ido ver entrara no palco. Cumprimentou todos e começou a cantar. Apesar de adorar o show, como sempre, Thalia passara quase todo o tempo procurando ele. Não achou, mas com certeza essa noite ela teria um problema com os pensamentos antes de dormir.

—Essa foi Lana Del Rey senhoras e senhoras! – o apresentador disse e todos aplaudiram de pé com bastante barulho. Thalia pediu mais uma bebida.

—Você não parou de olhar para os lados o show inteiro. – Nico sentou-se ao seu lado. – Estava procurando alguém?

—Você é bastante curioso, sabia?

—Desculpe, é que pensei que poderia ajuda-la. – argumentou. – Venho muito aqui, conheço bastante gente.

—Deve conhecer mesmo, tendo uma banda. – ela disse. – Você sabe, fãs histéricas e essas coisas.

—Ah.- ele riu, divertido.- Com certeza. Quem não me amaria, não é?

—Muitas pessoas.- ela enrugou a sobrancelha pensando. – Eu, por exemplo.

—Nossa. – ele pareceu impressionado. – E o que a faz pensar que você é o tipo de pessoa que não se apaixonaria por mim ?

—Apenas não sou.

—Devo argumentar que tenho inúmeros encantos, das qual ainda desconhece. – ele a encarou fixamente.

—Talvez algum dia possa me falar mais sobre eles. – ela olhou o relógio e levantou.- No momento a Cinderela aqui tem que voltar para casa.

Nico levantou também. Percebera que ele era mais alto que ela, o suficiente pra ele deitar o rosto em seus cabelos, pensou.

—Eu me ofereceria para leva-la até sua porta, como um lorde, mas ainda tenho alguns deveres reais. – ele apontou para os instrumentos no palco.

—Bom, Tchau. – ela abanou.

Nico pegou a mão de Thalia e beijou-a delicadamente.

—Até a vista, senhorita.

Thalia sorriu e revirou os olhos. Enquanto abria a porta, ainda podia sentir o olhar dele em si.


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Notas finais do capítulo

E ai? Se gostaram, comentem que eu continuo!



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