Desligados da verdade escrita por Ton Becker


Capítulo 2
Perfeito demais pra ser verdade.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente! Bem, demorei um pouco p/ postar mais ta ai... Espero que vocês gostem.



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– Filha! Entre logo!

Diz ela.

– Está bem mãe...

Digo eu entrando juntamente com Breno.

– Filha o que está acontecendo lá?

– Eu não sei... Não temos tempo para pensar nisso!

– Sim! Vem, me siga.

Ela nos leva até ao porão no fundo de nossa casa, pega algumas coisas e vai com a gente.

– Gracy...

– Oi, Breno?

– Eu não sei se estaremos seguros aqui.

O barulho de mais uma bomba invado o lugar.

– Se não aqui... Aonde?

O porão treme levemente. Olho assustada para os lados juntamente com minha mãe. Sinceramente eu estava confusa... Bombas, bombas e mais bombas para quê?

As horas se passam e finalmente todos aqueles barulhos de destruição seção.

– Bem, parece que acabou...

Diz minha mãe tentando não parecer com medo. Ela abre a porta do porão e sai do lugar, logo após nos chama.

– Tudo limpo! Podem subir.

Olham para cima onde está minha mãe e subo as escadas indo ao encontro dela, Breno faz o mesmo.

– Parece que a coisa foi feia aqui enquanto nós estávamos lá em baixo.

Fala Breno.

– Sim. – Digo eu meio confusa – Muito...

Minha mãe olha para mim e para o garoto e fala:

– O importante é que estamos todos bem não é mesmo?

Eu e Breno balançamos a cabeça como um sinal afirmativo. Logo após alguns instantes várias naves e helicópteros sobrevoam o lugar.

– O que... É isso?

Digo meio desorientada.

– Acho que são do governo.

Fala minha mãe.

Breno olha para nós duas e fala:

– Creio eu que são soldados para reforçar nossa segurança.

– Sim, também acho.

Comento.

– Bem... Eu vou ir à cozinha... Já que isso tudo já passou... Vão querer algo?

– Não. – Digo. – Não agora...

– Eu vou querer... Um copo com água, por favor.

Diz Breno.

– Está bem vou pegar para você.

Ela sai do lugar entra na casa indo para cozinha. Enquanto isso observo a cena de destruição que estava ao meu redor. Eu até hoje me pergunto como o ser humano consegue ser tão mal consigo mesmo?

– Gracy?

– Oi Breno.

Digo.

– Vamos para dentro?

– Eu não quero ir.

Minha mãe chega com a água dizendo:

– Aqui sua água.

– Obrigado.

Fala o garoto sorrindo.

Eu continuo olhando para frente e por incrível que pareça com certo “ódio” de quem fez aquilo com a cidade.

– Filha?

– Oi?

– Não quer uma água?

– Não mãe, obrigada.

Esfrego as mãos nos meus olhos e vou para dentro de casa.

– Então eu acho que já vou indo para casa! Tchau.

Diz Breno.

Eu o olho enquanto entro para minha casa e falo:

– Até.

O garoto vai embora.

Sento-me no sofá. Logo após minha mãe entra e sem dizer nada vai para a cozinha. Parece que as coisas voltaram ao normal... Por enquanto...

O tempo se passa e finalmente o amanhã chega.

O despertador toca e quando vejo já estou de pé, me visto, passo uma leve maquiagem e vou até a sala aonde se encontra minha mãe.

– Bom dia.

Falo ainda com sono.

– Bom dia filha! O café da manhã já está pronto ok? Pode ir comer.

– Ah... Sim.

Saio da sala, dirijo-me até a cozinha e como o que ela tinha preparado. Depois de comer pego as minhas coisas e vou para escola.

– Tchau mãe.

– Tchau filha.

Lá vou eu mais um dia. Enquanto ando pela cidade observando os muros das casas vejo frases pichadas neles escritas assim: “Nem tudo que é perfeito é bom.”, “Nós estamos voltando para libertar todos vocês dessa grande fantasia”... Eram diversas frases. Retiro o meu celular da bolsa e tiro fotos das frases que estão nos muros e logo após guardo o aparelho novamente onde estava, continuo a andar e alguns minutos depois chego à escola.

– Onde será que ele está...

Digo eu “meia” desesperada procurando por Breno, ando pelo colégio inteiro e finalmente o acho:

– Ei! Vem aqui!

– Oi, Gracy! – Diz o garoto sorrindo – Tudo bem?

– To bem sim! Mas isso não importa...

– Hã? Por que não?

– Por que tenho algo muito mais importante para te mostrar!

– Então... O que é?

Pego meu celular e mostro as imagens para ele e falo:

– Bem... Essas são imagens de pichações que eu encontrei enquanto vinha para cá! Eu achei muito estranho então resolvi registrar. Por que tipo quem é o louco que mora aqui que fica pichando frases dessas nos muros das casas dos outros?

O garoto se espanta ao ver algumas frases e diz:

– Eu acho que eu conheço uma pessoa que pode nos ajudar a acabar com esse mistério todo?

– Quem?

Quando ele ia responder o sinal toca.

– Depois te falo. Tenho que ir. Tchau.

– Tudo bem. Tchau.

Saio do lugar onde eu estava e vou para a minha sala. Eu não parava de ficar pensando nisso tudo que está acontecendo, toda hora as imagens das frases iam e vinham na minha cabeça sem nenhum motivo eu realmente já estava inquieta com tudo aquilo. As horas se passam e finalmente o som estridente do sino toca para o intervalo. Quando saio da sala já vejo Breno na porta e falo:

– Então... Vamos?

– Sim. Vem.

O garoto segura em um dos meus braços e me puxa até uma das salas da escola que estava vazia.

– Vai, entra!

Fala ele meio apressado.

– Tá.

Digo entrando pela porta.

Breno entra logo após e fecha a porta. Era uma sala escura não dava pra ver nada.

– Aqui está escuro.

– Não tem problema.

Fala um garoto aparecendo do nada e acendendo as luzes.

Fico meio assustada com a aparição inesperada do garoto.

– Este é Mayckon. – fala Breno. – Ele irá nos ajudar.

– Olá.

Disse o garoto em um tom de voz suave mais suave que a cor verde claro de seus olhos.

– Oi...

– Do que precisam?

– De informações. – falo eu. – Só que... Informações maiores.

– Que tipo de informações?

– Sobre o governo.

Fala Breno.

O garoto olha para mim e meu amigo e diz revirando os olhos:

– Ah... O governo. O que vocês querem saber sobre “O governo”?

Olho ele e falo:

– Coisas estranhas têm acontecido ultimamente! As mortes, o ataque das bombas e hoje de manhã quando eu estava vindo para escola eu vi frases pichadas em um muro!

– Que frases?

Pego meu celular e mostro para ele.

– Essas frases! Eu decidi fotografar por que eu sei que quando eu voltasse essas frases não iriam estar mais lá.

Mayckon começa a ler as frases, mas não esboça nenhuma expressão, só fala:

– Okay...

Breno olha para ele e diz:

– Okay? Então... Isso significa que você vai nos ajudar?

– Sim.

O garoto vai para o outro lado da sala falando:

– Venham comigo. Ultimamente eu tenho feito umas pesquisas básicas sobre isso tudo... As mortes e etc. Eu consegui invadir um dos computadores onde fica a maioria das coisas que o governo faz e realmente não é nada bom.

Mayckon senta em um de seus computadores apertando rapidamente várias teclas. O garoto olha novamente para eu e Breno e continua a falar:

– Vejam só isso.

Dirijo o meu olhar para a tela e vejo vários rostos de bebês com um “X” enorme e vermelho na frente e logo abaixo escrito “executado”. Quando li isso minhas pernas ficaram meio tremulas e senti certa tristeza interior. Olho para Mayckon revoltada e falo:

– Mas por quê? Por que mataram eles?

– Quanta crueldade.

Fala Breno.

– Por quê? – diz Mayck – Simples... Quando uma criança nasce eles a colocam dentro de uma espécie de tubo onde várias fotos da criança são tiradas logo após retiram o bebê lá de dentro. Essas fotos são tiradas para saber se a criança vai ser feia ou bonita quando ficar maior se for feia morre e se for bonita vive.

Fico meio assustada, mas quando eu ia falar algo o sinal toca para voltarmos para a sala de aula.

– Temos que ir.

Fala Breno.

– Está bem.

Digo.

– Tchau pra vocês dois.

Fala Mayckon saindo da sala.

Logo após saio da sala, juntamente com Breno. Sinceramente não pensei que o governo fosse capaz de fazer isso. Era tudo tão real... Parecia tudo tão perfeito... Perfeito até demais para ser verdade.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor sua opinião é importante pra mim :)



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