Desperate Souls escrita por Lolita Moe


Capítulo 9
Capítulo 8 - Ferida


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
Problemas, problemas everywhere, mas retornei das cinzas com mais um capítulo! (não q seja um dos melhores ¬¬)
Não é tão "uaaau" esse capítulo, ele só é mais introdutório para a parte que realmente interessa, e o q seria? Só no próximo capítulo bwahahaha!
Mas vamos ao capítulo!



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—Cara, esse espaço é perfeito! –dois homens adentram um lugar um tanto decaído, porém era bem grande –Mano, imagina um palco aqui! E as mesas! A cozinha lá atrás! Nossa, perfeito! –quem falava era o homem com camisa havaiana que tempos atrás encarava a antiga Fazbear’s Fright:

—Você está bem animado com isso, não é? –o outro fala, rindo:

—Mas é claro! Você teve uma das ideias mais geniais existentes!

—Não é tão genial assim... –ele coça atrás da cabeça:

—Ah tá, reconstruir a famosa pizzaria dos animatrônicos que virou uma lenda urbana não é uma ideia genial. –o da camisa havaiana bufa –Imagina quantas pessoas iriam vir aqui só pela fama! Mas também tem que ter os animatrônicos iguais aos antigos...

—Isso não vai ser problema, eu tenho arquivos sobre eles. –ele saca uma pilha de papéis na pasta que carregava –E também tenho umas ideias de fazer alguns novos...

—Novos?

—Sim, mas para fazermos eles, precisamos encontrar uma certa pessoa.

—E quem seria?

—Alguém que já tem uma história com a antiga pizzaria. –o homem sorri.

######

Aos poucos Miki recobrava a consciência, vozes preocupadas ao seu redor. Ela mexe a mão, sentindo que estava deitada em algo fofo e coberta:

—Ela está acordando! –uma voz soa, era de James:

—Miki, querida, consegue nos ouvir? –era a voz da Vovó Teresa. Miki abre devagar os olhos e dá de cara com um teto branco –Miki?

—O-onde...? –ela olha para o lado, vendo James e a Vovó a olhando preocupados e um homem de jaleco com uma prancheta estava ao lado –E-estou em um hospital?

—Se lembra do que aconteceu? –Vovó pega em sua mão:

—Eu estava levando o pedido da mesa três... Tinha um garoto no meio do caminho... –ela leva a mão a cabeça e nota que estava enfaixada –O que...

—O garoto se esbarrou em você... Os copos voaram... Você o protegeu, mas eles te acertaram... –James a olha triste:

—Você teve sorte, o impacto apenas cortou sua pele, não teve concussão nem nada. –o doutor fala, mexendo na prancheta –Vou apenas deixa-la em observação, se nada acontecer, vai poder ser liberada para ir para casa.

—É claro que nada vai ocorrer agora. –Vovó sorri para ela –E pode deixar que eu te levo para casa.

—Quanto tempo eu fiquei desacordada?

—Você chegou aqui perto da noite, passaram-se 22 horas desde que chegou aqui. São 16:00 agora, caso queira saber. –o doutor olha o relógio:

—Um dia inteiro?! –Miki exclama, lembrando-se que havia alguém a esperando em seu apartamento:

—Para um ferimento como aqueles, até achei que você ficaria apagada por três dias.

—P-preciso ir para casa! –ela tenta se levantar, porém o movimento brusco a faz tontear:

—Apenas depois que o período de observação terminar, até lá, fique quietinha aí. –o doutor a faz deitar novamente:

—Mas eu...

—Miki, não discuta com o doutor. –James segura a mão dela –Sei que deve ter coisas importantes para fazer, mas tem que se preocupar com você também.

—Apenas descanse e rapidinho poderá ir para casa. –Vovó sorri, Miki suspira, não teria como discutir com ela.

Com esse ponto final, o doutor pede para deixarem Miki sozinha até o período de observação terminar.

Uma hora se passa, Miki estava inquieta, queria ir logo para casa, aquele coelho deveria estar destruindo tudo por ela não ter voltado ainda.

Finalmente o doutor entra na sala:

—Parece que não haverá mais recaídas, vou lhe liberar, pode votar para casa, mas terá que tomar esses medicamentos. –ele anuncia, lhe estendendo um pote de comprimidos.

Miki agradece e sai da sala, apenas querendo chegar logo em casa.

######

—Tem certeza que não quer que eu entre com você? –James pergunta, estacionando na frente do prédio de Miki:

—Tenho, estou bem. –ela sorri, descendo do carro e o olhando –E obrigado, por tudo.

—Fique bem. –ele cora e dá a partida no carro.

Miki suspira e entra no prédio, temendo o que encontraria quando abrisse a porta de casa. Ela para, reúne toda sua coragem e abre a porta.

Ela entra e olha ao redor, nenhum sinal do animatrônico:

—Estranho... –ela caminha lentamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível e encarando cada centímetro da sua sala –Será que ele foi embora?

Ela entra em seu quarto e estanca, Springtrap estava sentado no canto, parecia desativado.

Miki vai até ele, não sabia o que fazer. Chamaria? Sacudiria? Chutava? Ela suspira e decide ir pelo caminho mais “gentil” e mais idiota.

Sua mão toca o ombro dele:

—S-Spring-... –ela engasga –Coelho amarelo... –ela fala, querendo se dar um tapa por ainda ser fraca e não conseguir falar o nome dele –Coelho?

Springtrap faz um som, se ativando. Ele olha para Miki, piscando algumas vezes, processando onde estava:

—V-você... –ele para por um segundo:

—Hei, me desculpe por não vir ontem, tive um... –ela recebe um abraço, fazendo-a paralisar –Problema.

—Achei que você não ia voltar... –ele a abraça mais forte, ela sente que ele tremia. Com receio, ela o abraça de volta.

Eles ficam um tempo assim, e Springtrap finalmente se desvencilha, olhando-a bem –O que...

—Então, era isso que eu ia te contar. –ela ri sem emoção, se levantando, ele faz o mesmo –Tive um acidente no trabalho e parei no hospital, mas agora está tudo bem, só tenho que tomar uns remédios.

—Que tipo de acidente? –ele estende a mão, querendo tocar as faixas na cabeça dela, porém para e recolhe a mão:

—Um que envolvia uma bandeja cheia de copos e uma criança correndo...

Criança? —Miki arrepia ao ouvir a voz dele, que fecha os olhos e coloca uma das mãos na cabeça, mexendo um pouco a cabeça. Ele abre os olhos e estava normal –Por que essa... Criança fez isso?

—Não foi por mal, foi um acidente. Ele entrou correndo e não me viu, só isso. –o animatrônico estreita os olhos, como se discordasse, porém ele deixa para si:

—E seu ferimento...

—Nada sério, daqui a três dias volto lá e tiro os pontos. –ela sorri –Estou perfeitamente bem.

Com isso, ela coloca sua bolsa na cama e vai até a cozinha, pegando um copo de água e engolindo o comprimido. Springtrap estava parado perto do sofá, encarando-a:

—Parece que você cuidou bem da casa... –ela comenta, olhando ao redor:

—Não toquei em quase nada. Quando você não voltou, me sentei no canto que você me encontrou e desliguei. –o comentário a faz morder o lábio, nervosa:

—N-não precisa ficar em um canto, não quero que se sinta deslocado... –claro, porque um coelho gigante zumbi não é nada incomum em uma sala, ela pensa, se arrependendo na hora:

—Não tem como me sentir mais deslocado do que já estou... –ele solta uma risada, olhando o chão:

—N-não, eu não quis dizer nesse sentido...

—Eu entendi, não se preocupe. –as orelhas dele abaixam:

—Ah... –preciso mudar de assunto, e rápido!—Q-que tal olharmos as notícias? –ela aponta para a TV, Springtrap dá de ombros. Com um sorriso nervoso ela vai até a TV e a liga, se sentando no sofá em seguida.

Springtrap a encara, ela sorri e gesticula para que ele se sente ao seu lado:

—Tem certeza? –ele olha com receio:

—Mas é claro, venha antes que eu te faça sentar. –ela o encara, ele ri e se senta:

—Sabe que estou sujando seu sofá, certo?

—Limpe depois. –ela faz beiço, trocando os canais –Vou arranjar uns ótimos shampoos para te lavar e deixar cheirosinho.

—Não sou limpo há mais de trinta anos, vai ser difícil me deixar “cheirosinho”. –ele ri e ela o fuzila com o olhar:

—Estou tentando ser legal aqui, não fique agourando! –finalmente ela acha o canal de notícias, se ajeitando para prestar atenção nos desastres que aconteciam no mundo. Os dois ficam assistindo até que ela cai no sono, encostando a cabeça no ombro do animatrônico, que a encara, levando a mão até as faixas em sua cabeça:

—Aquela criança... Devia morrer... Por ter feito isso.—ele fica insano por alguns instantes, fechando os olhos em seguida, se controlando.

Ele se levanta com cuidado e pega Miki no colo, levando-a até a cama e a cobrindo com o cobertor, olhando com certo carinho e desejo de proteção:

—Toda essa dor... Você não merece isso... –ele faz um carinho na bochecha dela e vai para a parede, se sentando e desligando em seguida.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!



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